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Lição 3 JEREMIAS - ONDE BUSCAR CORAGEM (Lições Bíblicas Juvenis)

Lições Bíblicas Juvenis

Lições Bíblicas Juvenis 2° trimestre 2024 – CPAD

ASSUNTO  DO TRIMESTRE: Conhecendo dos Livros dos Profetas

Comentarista: Thiago Santos

| Subsídios Dominical |Lição 3 JEREMIAS - ONDE BUSCAR CORAGEM

VERSÍCULO CHAVE:

“Mas o SENHOR me disse: Não digas: Eu sou uma criança: porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás." (Jeremias 1.7)

LEITURA DIÁRIA

SEG. 2 Co 12.9

A graça do Senhor é suficiente

TER. 2 Cr 714

Arrependimento e busca sincera atraem a resposta divina

QUA. Jr 7.1-4

Melhorai os vossos caminhos e as vossas obras

QUI. Jr 15.19-21

Aparte o precioso do vil

SEX. 1 Jo 1.9

O Senhor é fiel e justo para perdoar

SÁB. At 3.19

O arrependimento traz refrigério

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jeremias 1.4-14,17-19

4 Assim veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:

5 Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta.

6 Então, disse eu: Ah! Senhor JEOVÁ! Eis que não sei falar; porque sou uma criança.

!7 Mas o SENHOR medisse: Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás.

8 Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR.

9 E estendeu o SENHOR a mão, tocou-me na boca e disse-me o SENHOR: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca.

10 Olha, ponho-te neste dia sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares, e para derribares, e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares.

11 Ainda veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Que é que vês, Jeremias? E eu disse: Vejo uma vara de amendoeira.

12 E disse-me o SENHOR: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir.

13 E veio a mim a palavra do SENHOR, segunda vez, dizendo: Que é que vês? E eu disse: Vejo uma panela a ferver, cuja face está para a banda do Norte.

14 E disse-me o SENHOR: Do Norte se descobrirá o mal sobre todos os habitantes da terra.

17 Tu, pois, cinge os teus lombos, e levanta-te, e dize-lhes tudo quanto eu te mandar; não desanimes diante deles, porque eu farei com que não temas na sua presença,

18 Porque eis que te ponho hoje por cidade forte, e por coluna de ferro, e por muros de bronze, contra toda a terra, e contra os reis de Judá, e contra os seus príncipes, e contra os seus sacerdotes, e contra o povo da terra.

19 E pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti; porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para te livrar.

 

CONECTADO COM DEUS

O chamado de Jeremias ocorreu em um contexto político-religioso complicado para a nação de Judá. Seu ministério abrangeu os últimos anos que antecederam a destruição de Jerusalém e o cativeiro babilônico. Foi para esse tempo difícil que Deus escolheu Jeremias, um homem sensível que sofria ao ver seu povo padecer as consequências de suas escolhas erradas. Embora sofresse grande perseguição, o profeta não deixou de levar a mensagem de arrependimento a um povo teimoso e rebelde. A história desse profeta tem muito a nos ensinar no tocante aos tempos trabalhosos em que estamos vivendo. Em alguns momentos, pode parecer que você não conseguirá vencer os desafios para cumprir o chamado de Deus, mas saiba que é Ele quem sustenta e capacita você.

 

1. A VIDA DO PROFETA

1.1. Quem era Jeremias?

Jeremias era natural de Anatote, uma vila localizada ao nordeste de Jerusalém, dentro do território da tribo de Benjamim, O nome do seu pai era Hilquias, e muitos estudiosos o consideram como o sacerdote de Anatote. O que reforça o fato de Jeremias pertencer a uma família de sacerdotes é o local de seu nascimento, visto que Anatote é apontada como uma cidade sacerdotal desde os tempos de Josué (Js 21.18), Não se sabe ao certo se Jeremias chegou a exercer o ofício sacerdotal, O fato é que ele foi chamado pelo Senhor para ser profeta muito jovem e, por esse motivo, dedicou sua vida ao exercício do ministério profético.

 

1.2. Contexto social da época

O profeta Jeremias começou a exercer o seu chamado cerca de 40 anos antes do cativeiro judaico. Esse período abrangeu os reinados de Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias. Um período conturbado que foi primeiramente marcado pela renovação espiritual promovida por Josias, mas que logo se dissipou em razão da falta de arrependimento sincero e constância na obediência à Lei por parte dos judeus.

 

O povo havia passado um bom tempo mergulhado na idolatria e subjugado pelas forças políticas que havia ao seu redor, a saber, os assírios que, dominavam a Ásia e o Oriente até então; e, a seguir, os babilônios, que se tornaram a maior potência mundial da época em poucos anos. É nesse cenário de precariedade espiritual e desorganização política que Jeremias exerceu o seu ministério profético.

 

1.3. Um profeta sensível à voz de Deus

Jeremias não apenas era inconformado com o pecado da nação, como também lutou com todas as suas forças para chamá-la ao arrependimento. Intercedeu com lágrimas e lamento com tamanha compaixão por seus compatriotas, que o respondiam com ódio e ameaças. Ao que ouviu do próprio Senhor: “Tu, pois, não ores por este povo, nem Levantes por ele clamor ou oração, nem me importunes, porque eu não te ouvirei” (Jr 7.16). Embora Jeremias insistisse, não havia outro remédio para conduzira alma da nação ao arrependimento a não ser o cativeiro babilônico.

 

Ainda que tal quebrantamento emocional de Jeremias pudesse ser visto a princípio como um sinal de fraqueza, ele foi um dos profetas mais corajosos e perseverantes da história, embora solitário e rejeitado durante toda sua vida (Jr 15.15-18). As próprias experiências do profeta foram tão intensas que Deus as usa até hoje para nos ensinar preciosas lições.

 

1.4. Público-alvo da profecia

Quando Jeremias foi chamado pelo

Senhor, a sua missão era convocar Judá a um arrependimento sincero para com Deus, No entanto, no momento inicial do seu chamado, o Senhor havia dito que ele seria um profeta para as nações. De imediato, o propósito divino era derrubar a soberba do seu povo e anunciar 0 domínio das nações gentílicas, a saber, a Babilônia. Todavia, o juízo do Senhor também viria sobre os caldeus, bem como sobre os povos que desdenhavam da nação eleita em razão da sua dor (46—51). Ao final, o reinado davídico sobreviveria ao exílio, e um remanescente seria preservado para cumprir os propósitos de Deus para o seu povo. O Senhor não perde o controle da história, inclusive, da vida daqueles que o servem com obediência.

 

2. A CHAMADA E O ENVIO

2.1. Desculpas para não atender ao chamado

Jeremias ainda era muito jovem quando foi chamado para ser profeta. Prontamente, o Senhor lhe disse que o havia escolhido desde o ventre da sua mãe para exercer o ministério. De imediato, Jeremias demonstrou sentir-se incapaz de tão grandiosa missão, alegando ser apenas uma criança, sem condições de ser porta- -voz de Deus (Jr 1.5, 6). Entretanto, o Senhor o garantiu que Ele mesmo o enviava e, portanto, a livraria de todos os seus opositores (vv. 7,8). Da mesma forma, atualmente, o Senhor continua a chamar jovens para o exercício do ministério. Não importa o quanto você se sinta inadequado, Deus quer usar a sua vida com poder e autoridade! A base do êxito de Jeremias foi a obediência. Da mesma forma, seja obediente, e você também alcançará sucesso em seu chamado ministerial.

 

2.2. Encorajamento e envio

Apesar das limitações humanas de Jeremias, o Senhor o encorajou a cumprir o seu chamado. Afinal, a capacitação para tão grande obra viria do Deus Todo-Poderoso, que faria dele um instrumento para arrancar e para derrubar; para destruir e para arruinar; para edificar e para plantar (v. 9,10).

 

A mensagem de Jeremias, muitas vezes severa, era poderosa e constituída de toda a autoridade divina. Num primeiro momento, o Senhor lhe perguntou o que via, ao que o profeta respondeu: “vejo uma vara de amendoeira".

 

A seguir, o Senhor lhe disse: “viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir" (v. 12). E, na segunda vez, Deus lhe perguntou o que via. Ao que Jeremias respondeu que via uma panela a ferver com a sua face virada para 0 Norte. Logo, o Senhor lhe explicou que do Norte viria o mal sobre toda a terra (vv. 13, 14). Dessa forma, Deus o ordenou a não temer diante deles, porque o estava tornando como cidade forte, coluna de ferro e muros de bronze contra nações, reis e sacerdotes (v. 18).

 

3. AS CONDIÇÕES DE JUDÁ

3.1. A idolatria e imoralidade

Um dos motivos pelos quais o Senhor prometeu enviar o cativeiro babilônico sobre Judá foi a sua decadência espiritual. Nos dias que antecederam o exílio, Judá se encontrava mergulhada na idolatria e imoralidade. Durante os governos dos reis Manassés e Amom (60 anos), os judeus cometeram toda sorte de maldade, inclusive, aderindo às práticas pecaminosas e idólatras da Assíria e nações vizinhas. Dentre as abominações praticadas, estavam a profanação do Templo e sacrifícios humanos oferecidos a Moloque, entidade Amonita (Jr 32.30-35). Esse declínio espiritual alcançou tal nível que o povo já não servia a Deus nem discernia tamanhas malignidades. Essa situação prorrogou-se até o tempo em que Josias assumiu o trono de Judá e iniciou o processo de restauração espiritual.

 

3.2. A mentira e o desprezo à Palavra de Deus

Além dos desvios religiosos e a iniquidade dos reis, a maldade, falsidade e falta de temor a Deus eram acentuadas no comportamento de toda a Judá. Tanto que o Senhor revelou ao profeta que até mesmo os da sua própria casa se voltavam contra ele encobertamente. Os reis demonstravam aparentemente que buscariam o arrependimento, mas não permaneciam no conselho do Senhor. Em nossos dias, muitas vezes nos deparamos com a mesma postura por parte de alguns ouvintes da Palavra. São pessoas que escutam com atenção a pregação, mas agem com desprezo e falta de temor a Deus. Esse tipo de comportamento revela um coração teimoso e inclinado para o mal. A Palavra de Deus afirma: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6.7).

 

3.3. Uma convocação ao arrependimento

A mensagem profética de Jeremias tratava-se de uma convocação ao arrependimento. Embora, inicialmente, a palavra do profeta fosse de condenação sobre as maldades praticadas pelo povo de Judá, bem como por seus vizinhos, a mensagem final era de restauração. As palavras de Jeremias soam como uma expressão da tristeza de Deus ao ver um povo que não soube aproveitar a oportunidade como nação separada e escolhida. Deus está sempre disposto a nos perdoar porque nos ama. Nós também devemos ser ávidos pelo seu perdão, na mesma proporção que estamos dispostos a abandonar nossos pecados para servi-lo com genuíno amor.

 

PARA CONCLUIR

Aprendemos nesta lição que a coragem para exercer o ministério profético não vinha da capacidade de Jeremias. Se Deus olhasse para a sua condição humana, jamais o separaria para tão grandiosa e difícil missão. Entretanto, é justamente por meio das fraquezas de seus servos que o Senhor se revela forte (1 Co 1.27-29). Que nós também possamos, pela graça de Deus, ser aperfeiçoados em nossas fraquezas, atuando na sua obra (2 Co 12.9).

 

HORA DA REVISÃO

1. O profeta Jeremias era natural de qual cidade e qual era o nome do seu pai?

2. O ministério profético de Jeremias abrangeu o reinado de quais reis?

3. Qual foi a reação de Jeremias ao ser chamado por Deus?

4. Cite as abominações praticadas pela nação de Judá devido à mistura religiosa com os assírios

5. Qual era a natureza da mensagem profética de Jeremias?

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Governador Félix, o tipo de político corrupto

Félix, mencionado no livro de Atos na Bíblia, era um governador romano da Judeia. Ele serviu como procurador entre os anos 52 e 58 d.C. O relato bíblico destaca sua interação com o apóstolo Paulo durante o julgamento deste.


Félix é descrito como alguém que ouviu Paulo falar sobre fé em Cristo, justiça, temperança e juízo vindouro. Contudo, mesmo tendo conhecimento desses temas, Félix adiou uma decisão sobre a fé cristã. Ele esperava receber um suborno de Paulo e, por dois anos, manteve o apóstolo na prisão, buscando também agradar aos judeus.

Essa história destaca a oportunidade perdida por Félix de aceitar a mensagem cristã, apesar de ter tido contato com a verdade. Sua história destaca os desafios de confrontar a fé diante das pressões políticas e pessoais.


Atribuições de Félix

Félix atuou como procurador romano na Judeia, exercendo autoridade como representante do Império Romano na região. Suas atribuições incluíam:


1. Administração da Justiça: Como procurador, Félix tinha responsabilidades judiciais, julgando casos civis e criminais. Isso incluía lidar com questões legais e manter a ordem na província.


2. Manutenção da Ordem Pública: Era incumbência de Félix garantir a estabilidade e a paz na Judeia, utilizando meios necessários para controlar qualquer agitação social ou política.


3. Arrecadação de Tributos: Como parte de suas funções administrativas, Félix também estava envolvido na arrecadação de impostos para o Império Romano.


4. Relações Diplomáticas: Félix precisava manter boas relações com as comunidades locais, incluindo líderes religiosos e políticos, para assegurar a estabilidade e cooperação dentro da província.


5. Proteção do Império: Sua posição envolvia proteger os interesses do Império Romano na Judeia, assegurando que a região contribuísse para o bem-estar e a prosperidade do império.


No contexto bíblico, seu papel também se estendeu ao julgamento de casos envolvendo o apóstolo Paulo, como registrado no Livro de Atos, onde Félix teve que lidar com questões religiosas e políticas.

Félix, um líder corrupto


1. Busca de Suborno: Félix mostrou interesse em receber um suborno de Paulo, como mencionado em Atos 24:26. Sua disposição em aceitar dinheiro em troca de favores políticos evidencia uma prática corrupta.


2. Adiamento de Justiça: Mesmo tendo conhecimento dos ensinamentos de Paulo sobre fé, justiça, temperança e juízo, Félix adiou a decisão sobre o caso, sugerindo uma manipulação política em vez de uma busca sincera pela verdade.


3. Motivações Pessoais: As Escrituras indicam que Félix manteve Paulo na prisão por dois anos, não por questões de justiça, mas na esperança de receber um resgate por sua libertação. Essa atitude revela um interesse pessoal acima do compromisso com a justiça.


4. Pressões Políticas: Félix, ao tentar agradar aos judeus para manter sua posição política, demonstra uma disposição de comprometer a justiça em prol de interesses pessoais e políticos.


Esses elementos da narrativa bíblica destacam características que podem ser associadas a práticas políticas corruptas, onde o poder e os benefícios pessoais podem superar a busca pela verdade e justiça.
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Lição 2 A Doutrina de Moisés (Classe: Jovens)

🎓 Lições Jovens 1° Trimestre 2024 CPAD

Revista: O FUNDAMENTO DOS APÓSTOLOS E DOS PROFETAS - A Doutrina Bíblica como Base para uma Caminhada Cristã Vitoriosa

AUTOR: Pr. Elias Torralbo

DATA aula 14 de Janeiro de 2024

TEXTO PRINCIPAL

"Então, disse o SENHOR a Moisés: Sobe a mim, ao monte, e fica lá; e dar-te-ei tábuas de pedra, e a lei, e os mandamentos que tenho escrito, para os ensinares." (Êx 24.12)

RESUMO DA LIÇÃO

Moisés recebeu a Lei diretamente do Senhor.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA - Êx 20.1

Deus entregou os Mandamentos a Moisés

TERÇA - Mt 5.17

Jesus cumpriu toda a lei

QUARTA - Jr 31.31-34

O antigo concerto apontava para o novo

QUINTA - Gl 3.24

A lei nos conduziu a Cristo

SEXTA - Lv 1.1-7

As normas quanto aos holocaustos

SÁBADO - Êx 20.3-17

As leis morais


OBJETIVOS

• COMPREENDER o significado da Antiga Aliança;

• EXPLICAR o que são as doutrinas litúrgicas;

• MOSTRAR o que são as doutrinas morais.

INTERAÇÃO

Prezado (a) professor (a), na lição deste domingo veremos o propósito e o valor da doutrina bíblica. A proposta é fazer, juntamente com seus alunos, uma reflexão a respeito da "Doutrina de Moisés”, uma referência à lei que Deus entregou ao seu servo, bem como as suas aplicações.


É importante ressaltar, no decorrer da lição, que a expressão “Antiga Aliança” se refere a uma parte importante do plano divino na história, e não deve ser negligenciada e nem declinada pelos crentes da atualidade. Veremos que tanto na individualidade de pessoas quanto na coletividade de seu povo, Deus estabeleceu importantes e eternas alianças, um exemplo é a aliança que Ele fez com Israel e que é denominada de “os Dez Mandamentos". Esse acordo foi entregue a Moisés no Monte Sinai (Êx 34.28). Assim como a Nova Aliança, a Antiga, cumpriu o propósito de Deus.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor (a), depois de orar para iniciar a aula e fazer as atividades rotineiras, converse com seus alunos explicando quais eram os propósitos da Lei que Deus entregou a Moisés. Diga que o termo Decálogo significa, literalmente, dez enunciados ou declarações (Êx 34.28; Dt4.13). Deus proferiu suas declarações de forma audível no monte Sinai para Moisés, porém elas também foram escritas em duas tábuas de pedra (Êx 31.18).

Os Dez Mandamentos exprimem a vontade de Deus em relação ao ser humano e são um resumo da lei moral do Senhor. Em seguida, escreva no quadro os três propósitos dos Mandamentos relacionados abaixo. Discuta esses propósitos com seus alunos.


1. Prover um padrão de justiça. A Lei entregue pelo Senhor a Moisés é um padrão de moralidade não só para os judeus, mas para os seres humanos (Dt 4.8; Rm 7.12).


2. Identificar e expor o pecado. “Pela lei vem o conhecimento do pecado”, ou seja, o pleno conhecimento dele (Rm 3.20).


3. Revelar a santidade de Deus. A santidade do Senhor foi revelada por intermédio da Lei Mosaica (Êx 24.15-17; Lv 19.1,2), assim como na Nova Aliança, Ele revela ao mundo o seu amor através de Jesus (Jo 3,16; Rm 5.8).


TEXTO BÍBLICO

Gálatas 3.23-26

23 Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar.

24 De maneira que a lei nos serviu de aio.

para nos conduzir a Cristo, para que, pela fé, fôssemos justificados.

25 Mas, depois que a fé veio, já não estamos debaixo de aio.

26 Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.


INTRODUÇÃO

Nesta lição vamos tratar a respeito do propósito e o valor da doutrina. Faremos uma reflexão a respeito da “Doutrina de Moisés", uma referência à lei que Deus entregou ao seu servo, bem como as suas aplicações.

I - A ANTIGA ALIANÇA

1. Compreendendo o termo.

A expressão "Antiga Aliança" se refere a uma parte importante do plano divino na história e não deve ser negligenciada e nem desvalorizada. Tanto na individualidade de pessoas quanto na coletividade de seu povo, Deus estabeleceu importantes e eternas alianças (Gn 9.8-19; 173-14; Êx 34.10).


Um exemplo é a aliança que Deus fez com Israel e que é denominada de "os Dez Mandamentos". Esse concerto foi entregue a Moisés no Monte Sinai (Êx 34.28), e como resumo da aliança de Deus com Israel, é possível afirmar que a expressão "Antiga Aliança” faz referência à forma pela qual o povo de Israel foi tratado por Deus no Antigo Testamento. Em síntese, assim como a Nova Aliança, a Antiga cumpriu o propósito de Deus em se conectar e falar com os homens.


2. Características e propósito da Antiga Aliança.

A compreensão da Antiga Aliança depende de analisá-la à luz da Nova Aliança. Esse exercício passa por identificar o que o Novo Testamento tem a dizer a respeito de suas características e de seu propósito. A abordagem neotestamentária sobre a Antiga Aliança é feita por meio da comparação entre ambas, tomando assim os seus respectivos significados conhecidos e compreensíveis.


A Carta aos Hebreus nos apresenta uma comparação entre a Antiga e a Nova Aliança. Na introdução, o autor nos apresenta como Deus tem se comunicado com o seu povo na história, tanto na Antiga quanto na Nova Aliança (Hb 1.1). Acerca da Antiga Aliança, esse mesmo texto apresenta as suas principais características: os homens foram os seus instrumentos; ela foi externa; ela dependeu de tomar uma forma por meio de cerimoniais e foi representada por símbolos. Sendo assim, por meio da Antiga Aliança, Deus firmou um relacionamento com o seu povo, preservando-o de possíveis contaminações enquanto os israelitas aguardavam uma Nova Aliança a partir do que viam e experimentavam na Antiga.


3. A relação entre a Antiga Aliança e a Nova.

A relação entre as duas alianças começa com a indicação de que, embora cada uma delas tenha suas peculiaridades e propósitos, é possível identificar a advertência para que haja dedicação em fazer o bem, em claro alinhamento com o ensinamento de Jesus (Êx 23.4,5; Mt 5.38-48).


O escritor aos Hebreus informa que a Antiga Aliança serviu de sombra para a Nova e que esta é superior àquela, pois possui “melhores promessas" (Hb 8,5-7). Em ambos os casos, existe a presença da promessa, visto que, qualquer aliança depende da existência de uma promessa que, nesse caso, é confirmada por sinais exteriores, como o arco nas nuvens e a circuncisão, além da Ceia do Senhor. As promessas que Deus fez na Antiga Aliança foram cumpridas perfeitamente em Cristo (Hb 9.11-28). As que pertencem à Nova Aliança também se cumprirão, pois quem prometeu não muda (Hb 13.8). Fica evidente, tanto pela essência como pela presença da promessa, que as duas alianças estão intimamente ligadas.


SUBSÍDIO 1

Professor (a), inicie o tópico explicando que “a confirmação bíblica ou a certeza de que uma promessa seria mantida era um juramento ou ainda a morte daquele que fez a aliança. Os termos juramento e aliança são sempre usados como sinônimo. Uma Aliança no Antigo Testamento era, em sua essência, um juramento, um acordo solene. Deus confirmou a aliança Mosaica através de um juramento mencionado em Deuteronômio 29.12. O juramento 'que o Senhor, teu Deus, hoje faz contigo’, As partes que faziam a aliança deveriam se tomar como os mortos, de maneira que não poderiam mais mudar de ideia e revogá-la, assim como os mortos também não poderiam fazer. Assim, o sangue dos animais substitutos sacrificados era espargido na cerimônia de ratificação da aliança, para representar a 'morte' das partes (Êx 24 3-8)."

II - DOUTRINAS LITÚRGICAS

1. O que eram?

As “doutrinas litúrgicas" também são identificadas como “leis cerimoniais". Essas Leis regulamentaram o sistema de ritos, ordenanças e cerimônias, inclusive na oferta de animais em sacrifício a Deus, inicialmente no Tabernáculo e depois no Templo. Além dos sacrifícios de animais, as Leis cerimoniais consistiram em holocaustos e observâncias de festas religiosas.


O ato de sacrificar animais está implícito na ação de Deus em vestir Adão e Eva logo que pecaram (Gn 3.21), e pode ser identificado explicitamente nos dias de Caim e Abel, além de outros casos (Gn 4.3-5; Hb 11.4). Portanto, elas se constituem tanto de ordenanças como de sacrifícios de animais, e com elas a intenção de Deus foi a de normatizá-las, o que ocorreu enquanto Israel peregrinava no deserto e momentos antes da constituição do Tabernáculo, com vistas à organização das ações que ali ocorreriam (Êx 25.8,9). Portanto, por meio dos ritos, das ordenanças e das cerimônias que juntos formaram as “doutrinas Litúrgicas", Deus revelou o seu caráter santo e exigiu o mesmo de seu povo.


2. O seu propósito.

A Liturgia cerimonial tinha o propósito fazer com que o povo concentrasse a sua atenção em Deus. Ela poderia ser dividida da seguinte maneira: em relação a Ele: diante da história; com respeito aos outros povos e quanto ao futuro. Os sacrifícios e as cerimônias que envolviam o combate à impureza tiveram o propósito de indicar o meio do resgate da posição do homem diante do Criador.


Historicamente, as festas e os festivais cumpriam o desígnio de lembrar o povo sobre as grandes obras realizadas por Deus ao Longo de sua trajetória. Na relação com outros povos, o objetivo foi o de distinguir o povo de Deus dos demais povos por meio de restrições alimentares e o uso de roupas diferentes. Finalmente, Leis como a guarda do sábado, a circuncisão, a Páscoa e a redenção do primogênito projetavam o futuro, indicando a vinda do Messias (Hb 9.9-11).


3. Tempo de operação.

A proposta deste subtópico é refletir sobre o prazo de validade das “doutrinas litúrgicas”. Ao chamá-las de “sombras das coisas futuras" (Cl 2.17), a Bíblia sugere um tempo limite de atuação determinado pela chegada daquilo que ansiosamente se aguardava. Por isso, até quando essas doutrinas vigoraram, quando e por que deixaram de existir? Essas doutrinas litúrgicas trabalharam com símbolos e tipos que apontaram para aquilo que haveria de vir, com referência a um novo tempo inaugurado por Cristo, motivo pelo qual é possível afirmar que essas doutrinas foram válidas até a morte de Cristo (GL5.1-12; Hb 10.8-10). Houve 0 que pode ser chamado de substituição, cuja estrutura é essa: Cristo é o verdadeiro sacrifício (Jo 1.29), e os crentes cumprem a função sacerdotal (1 Pe 2.5,9), à medida que oferecem sacrifícios aceitáveis diante de Deus (Rm 12.1).


SUBSÍDIO 2

Prezado(a) professor (a), explique que “é comum ouvir falar de lei moral, lei cerimonial e lei civil. Os preceitos morais estão resumidos nos Dez Mandamentos. São os que tratam dos princípios básicos morais (alguns chegam a considerar erroneamente o sábado como preceito moral).


A lei cerimonial é parte que trata das festividades religiosas, do sistema de sacrifícios e da adoração, no santuário, dos alimentos limpos e imundos e das instruções sobre a pureza ritual, entre outros. A Lei civil diz respeito à responsabilidade do israelita como cidadão; são regulamentos jurídicos e instruções que regiam a nação de Israel. Há uma interpretação entre os cristãos de que a lei moral é eterna, portanto, para a atualidade. A lei cerimonial se cumpriu na vida e na obra de Jesus Cristo. A lei civil cumpriu sua função até que Israel deixou de ser um estado teocrático, e a igreja não é um estado.

III - DOUTRINAS MORAIS

1. Uma análise introdutória.

As "doutrinas morais” são parte da aliança de Deus com o seu povo (Êx 6.1-8; 19.5-8). Embora sejam importantes, essas doutrinas não possuem propósitos de salvação, pois esta é obra da graça de Deus, e somente pela fé em Jesus pode ser alcançada (Ef 2.8,9). Essas doutrinas evidenciam a natureza e a vontade de Deus, que as entregou a Moisés (Êx 20.1). Sendo assim, elas são perfeitas, eternas e imutáveis, e por meio da obediência a elas que Israel foi mantido como povo de Deus (Êx 19-5), e pôde refletir a santidade divina. Essas doutrinas têm relação direta com os Dez Mandamentos e, juntos regulamentam o exercício da justiça, o respeito mútuo entre as pessoas. Em síntese, as doutrinas morais exprimem parte da lei de Deus, que nas palavras do apóstolo Paulo é “santa” (Rm 7.12) e como expressão da vontade divina, ela é “boa, agradável e perfeita" (Rm 12,2).


2. O seu propósito.

O principal propósito das doutrinas morais é advertir o povo de Deus a não pecar (Êx 20.20), principio repetido pelo apóstolo João: “vos escrevo para que não pequeis” (1 Jo 2.1). No texto de Êxodo está a expressão “provar-vos”, que aparece também no episódio em que Deus provou Abraão (Gn 22.1-24). Enquanto as doutrinas cerimoniais apontavam para Cristo, as morais lembram o ser humano sobre a sua condição de pecador e convidam- -no a buscar a solução em Deus, As doutrinas morais visam também guiar o crente ao conhecimento da vontade de Deus e a viver em santidade.


SUBSÍDIO 3

Em geral, a Torá (Lei) pode ser subdividida em três categorias: judicial, cerimonial e moral, embora cada uma delas possa influenciar ou se sobrepor à outras.


O Antigo Testamento associa a ‘entrega da Torá1 com o primeiro encontro divino de Moisés no monte Sinais (Êx 19—23) após a libertação dos israelitas da terra do Egito, embora algum corpo de legislação consuetudinária existisse antes dessa época (Êx 18). Essas instruções encontram expansão e elucidação noutros textos do Pentateuco, como Levítico e Deuteronômio 12—24, indicando que os ensinos de Deus foram concebidos como código de conduta e adoração para Israel não só durante as peregrinações no deserto, mas também quando se estabeleceu na terra de Canaã após a conquista. Mais especificamente, a palavra ‘lei’ denota os Dez Mandamentos que foram entregues a Moisés. Esses mandamentos refletem uma declaração resumida da aliança e podem ser divididos em duas partes, consistentes com as duas tábuas de pedra em que foram registrados pela primeira vez: os quatro primeiros tratam do relacionamento do indivíduo com Deus, e os seis últimos concentram-se em instruções relativas aos relacionamentos humanos.


PROFESSOR (A), O que é a Bíblia? É a revelação de Deus à humanidade. Seu Autor é Deus mesmo. Seu real intérprete é o Espirito Santo. Seu assunto central é o Senhor Jesus Cristo. O homem deve ler a Bíblia para ser sábio, crer na Bíblia para ser salvo e praticar a Bíblia para ser santo ou santificado" (Antonio Gilberto, Manual da Escola Dominical, CPAD).


CONCLUSÃO

Nesta lição reafirmamos o lugar da Bíblia como fonte genuína da doutrina cristã. Vimos que ela é a inspirada Palavra de Deus, cujo desenvolvimento histórico e estrutural comprova que, não obstante tenha sido escrita por homens falíveis, Deus é a sua fonte; o que faz dela o Livro dos livros, pois é o instrumento infalível e inerrante de comunicação da mensagem de Deus aos seres humanos.


HORA DA REVISÃO

1. A que se refere a expressão "Antiga Aliança?

A expressão “Antiga Aliança" se refere a uma parte importante do plano divino na história e não deve ser negligenciada e nem desvalorizada.


2. Cite um exemplo de aliança que Deus fez com Israel. Um exemplo é a aliança que Deus fez com Israel e que é denominada de "os Dez Mandamentos."


3. Segundo a lição, quais são as principais características da Antiga Aliança?

Acerca da Antiga Aliança, as suas principais características são: os homens foram os seus instrumentos; ela foi externa: ela dependeu de tomar uma forma por meio de cerimoniais e foi representada por símbolos.


4. O que o escritor aos Hebreus fala a respeito da Antiga Aliança em relação à Nova?

O escritor aos Hebreus informa que a Antiga Aliança serviu de sombra para a Nova e que esta é superior àquela, pois possui “melhores promessas” (Hb 8.5-7).


5. Qual é o principal propósito das doutrinas morais no Antigo Testamento?

O principal propósito das doutrinas morais é advertir o povo de Deus a não pecar (Êx 20.20).

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