“O
preguiçoso não assará a sua caça, mas o bem precioso do homem é ser diligente.”
(Pv 12.27)
RESUMO DA LIÇÃO
A
preguiça nos paralisa, mas o trabalho e a diligência nos fazem perseverar.
LEITURA
SEMANAL
SEGUNDA – Pv 6.6-11
O exemplo da formiga
TERÇA – Pv 24.30-34
O mau exemplo de um preguiçoso
QUARTA – Pv 26.13-16
Uma ironia a respeito da preguiça
QUINTA – Dn 6.10-13
A importância de uma rotina saudável
SEXTA – 2 Ts 3.10-12
É preciso se dedicar ao trabalho
SÁBADO – Rm 12.11
Não pode faltar zelo e fervor na vida cristã
OBJETIVOS
1.
COMPREENDER a advertência bíblica contra a preguiça:
2.
MOSTRAR as consequências da preguiça,
3.
SABER como podemos nos proteger da preguiça.
INTERAÇÃO
Professor (a), nesta lição, estudaremos a respeito da preguiça.
Veremos, à luz do texto bíblico que serve de leitura bíblica em classe o que
realmente é a preguiça, pois é importante fazer uma distinção entre o que é e o
que não é preguiça. Também veremos como podemos prevenir a preguiça. Que, nesta
oportunidade, você incentive os jovens para que tenham senso de
responsabilidade com a alimentação e o sono, bem como o estabelecimento de uma
rotina saudável.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor (a), escreva no quadro as palavras “diligência” e
“preguiça”. Em seguida explique que o livro de “Provérbios” deixa claro que a
diligência, estar disposto a trabalhar arduamente e a fazer o melhor em qualquer
trabalho, é uma parte vital de um viver sábio. Trabalhamos arduamente não para
nos tornarmos ricos, famosos ou admirados, mas para servir a Deus com o melhor
de nós durante a nossa vida” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de
Janeiro: CPAD. p. 867). Depois, mostre o quadro abaixo e enfatize as
consequências da preguiça em nossa vida.
OS PREGUIÇOSOS
REFERÊNCIA
Empobrecem logo
Pv 10.4
Dormem durante a colheita
Pv 10.5
São um aborrecimento.
Pv 10.26
São ociosos
Pv 12.11
Desperdiçam bons recursos.
Pv 12.27
Tëm dificuldades por toda a vida.
Pv 15.19
TEXTO
BÍBLICO
Provérbios
6.6-11: 24-30-34: 26.13-16
Provérbios
6
6
Vai ter com a formiga, ó preguiçoso: olha para os seus caminhos e sê sábio.
7
A qual, não tendo superior, nem oficial, nem dominador.
8
Prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento.
9
Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono?
10
Um pouco de sono, um pouco tosquenejando, um pouco encruzando as mãos. para
estar deitado
11
Assim te sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um
homem armado.
Provérbios 24
30
Passei pelo campo do preguiçoso e junto à vinha do homem falto de entendimento.
31
E eis que toda estava cheia de cardos e a sua superfície, coberta de urtigas, e
a sua parede de pedra estava derribada.
32
O que tendo eu visto, o considerei e, vendo-o, recebi instrução.
33
Um pouco de sono, adormecendo um pouco, encruzando as mãos outro pouco, para
estar deitado.
34
Assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade como um homem
armado.
Provérbios 26
13
Diz o preguiçoso: Um leão está no caminho: um leão está nas ruas
14
Como a porta se revolve nos seus gonzos, assim o preguiçoso, na sua cama.
15
O preguiçoso esconde a mão no seio: enfada-se de a levar à sua boca.
16
Mais sábio é o preguiçoso a seus olhos do que sete homens que bem respondem
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, estudaremos a advertência do Livro de Provérbios quanto à preguiça.
Veremos que a Palavra de Deus tem muito a nos ensinar a respeito do assunto.
Assim, à luz da explicação do texto bíblico que serve de leitura bíblica em
classe, conceituaremos a preguiça, faremos uma distinção entre o que ela é e o
que não é. Finalmente, refletiremos algumas formas básicas de se prevenir a
respeito da preguiça. Que haja zelo e fervor em nossos corações no lugar da
preguiça!
I - UMA
ADVERTÊNCIA CONTRA A PREGUIÇA
1.
Informações iniciais.
O
Livro de Provérbios tem diversas advertências de caráter prático na vida dos
jovens. No capitulo 6. dentre muitas advertências (vv.1-19). priorizaremos a
advertência contra a preguiça (vv.6-11). Correlaciona- remos esta seção com a
de Provérbios 24.30-34 que traz uma admoestação contra o preguiçoso. Também,
ampliaremos essa advertência bíblica por meio de um retrato irônico que o sábio
faz a respeito do preguiçoso.
2.
Provérbios 6.6-11.
A
advertência contra a preguiça em Provérbios 6 traz, na verdade, o estímulo à
prática das virtudes da diligência e do trabalho, uma vez que a preguiça
contraria a ambos. Por isso, o sábio se volta para a natureza e, por meio da
observação da formiga, ele ensina lições de diligência e do trabalho. As
formigas nos ensinam zelosa organização, mesmo que não tenha um chefe (vv.6.7),
ela nos ensina uma dimensão muito consciente do tempo de trabalho e descanso
bem recompensado (v.8). O sábio pergunta ao preguiçoso a fim de que ele faça
uma autorreflexão de sua condição (v.9). E, ao final da seção, arremata: a
pobreza se abaterá inesperadamente sobre o preguiçoso (vv.10.11).
3.
Provérbios 24.30-34; 26.13-16.
Provérbios
24.30-34 traz a observação do sábio a respeito do campo do preguiçoso. E o que
ele contempla: total desordem e ausência de diligente (vv.30,31). Diante da reflexão
desse quadro, o sábio arremata mais uma vez (v.32): a pobreza virá sobre o
preguiçoso de forma inesperada. Em Provérbios 26.13-16 o sábio faz uma ironia a
respeito das “desculpas do preguiçoso” contra ser diligente e trabalhador: “um
leão está no caminho, um leão está nas ruas” (v.13). O preguiçoso não levanta
da cama, não tem a coragem de levar à mão a boca (vv.14.15) e, ainda, diante de
sete pessoas que respondem bem, ele se acha sábio, dono da verdade, ou seja, o
preguiçoso entra num processo de negação (v.16)
PENSE! Que consequência material a preguiça traz de maneira inesperada?
PONTO IMPORTANTE! Uma delas é a pobreza.
SUBSÍDIO 1
“Muitas pessoas vivem com a impressão de que o trabalho é uma
maldição Alguns até mesmo tentam citar as Escrituras, para respaldar a sua
posição de que o trabalho é a triste consequência do pecado de Adão, no jardim
do Éden. Errado! Antes mesmo que o pecado entrasse no mundo, antes que a
desobediência de Adão sujeitou o mundo as consequências do pecado, e quando a inocência
total ainda prevalecia, Deus deu à humanidade a tarefa de cultivar o jardim,
encher o mundo e governar a terra (Gn 128: 215).
O trabalho não é uma maldição Ao contrário, é um dom de Deus.
Ele deu à humanidade a honra de se tornar o seu vice regente sobre a terra. A
Queda da Humanidade, no entanto, transformou o trabalho em esforço. A maldição
que se seguiu ao pecado também está por trás dos conflitos – as irritações que
parecem espinhos que agora frustram o trabalho de uma pessoa O trabalho, em si mesmo,
é um privilégio. É também um desafio à indolência, uma resposta à monotonia,
uma oportunidade para o crescimento e desenvolvimento pessoal, e um lugar digno
para investir as energias. E, talvez o mais importante, o trabalho atende as
nossas necessidades físicas”. (Adaptado de SWINDOLL, Charles R. Vivendo
Provérbios. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 149)
II- A
PREGUIÇA E SUAS CONSEQUÊNCIAS
1.
Conceituando a preguiça.
De
maneira geral, preguiça tem a ver com aversão ao trabalho, um estado de
prostração, morosidade e lentidão. Do ponto de vista psicológico, tem a ver com
uma indisposição crónica para realizar atividades corriqueiras, pode se revelar
como aversão à ideia de disciplina e ordem e também, pode ser um sintoma que
revela um problema orgânico. Além disso, com a preguiça, é possível desencadear
sentimentos como tédio, melancolia e, a partir de uma combinação de fatores
orgânicos e ambientais, a depressão. Quem nunca sentiu aquele sentimento de
vazio ao tomar consciência da perda do tempo por causa de uma prostração
causada pela preguiça? Quando esse estado se torna crônico, até mesmo a saúde é
afetada.
2.
O que não é preguiça?
É
muito importante ressaltar aqui o que não é preguiça. Descansar não é preguiça
(Gn 2.2). Muito pelo contrário, é um princípio bíblico que, se ignorado, levará
o ser humano à exaustão física e mental. Também não podemos confundir a
preguiça com causas orgânicas. Às vezes o que muitos entendem por preguiça tem
a ver com ausência de nutrientes provenientes de uma alimentação pouco
saudável. ou ausência do tempo necessário de um sono reparador ou, até mesmo.
uma disfunção química na produção de hormônio em nosso organismo que tenha a
ver com disposição e vitalidade. Portanto, nem tudo é preguiça!
3.
A preguiça paralisa seu desenvolvimento.
A
preguiça, contra a qual a Bíblia adverte, paralisa o desenvolvimento
espiritual, afetivo, académico e profissional do jovem. Ela liquida o senso da
responsabilidade na vida. Ora, se entrarmos num modo mórbido de inatividade,
infelizmente, sofreremos consequências sérias em nossa vida. Por exemplo, a
nossa vida devocional depende do senso de responsabilidade em manter certa
disciplina (Dn 6.10-13).
Nossa
disposição para o relacionamento social tem a ver com investir atenção e tempo
com o próximo. Atingir o objetivo de passar em um concurso importante, ou
vestibular, a fim de entrar em uma boa universidade tem a ver em manter o foco
para atingir o objetivo. O sucesso profissional depende da disposição em fazer
o melhor sempre. A preguiça, como uma disposição mórbida, sabota tudo isso. Não
por acaso, no Novo Testamento, o apóstolo Paulo exorta sobre não ficar ocioso e
trabalhar para comer o próprio pão (2 Ts 3.10-12) e não faltar zelo e fervor na
vida (Rm 12.11). O que lemos em Provérbios 6. 24 e 26 está alinhado com o que o
apóstolo Paulo ensinou e com a realidade da vida.
PENSE! O que a preguiça pode paralisar?
PONTO IMPORTANTE! Nosso desenvolvimento espiritual,
afetivo, acadêmico e profissional.
SUBSÍDIO 2
Professor (a), explique aos alunos que “de todas as passagens
das Escrituras que tratam do assunto da preguiça, as mais eloquentes são os
dizeres de Salomão. Entre as palavras que ele usou, preguiçoso parece ser a sua
favorita. Não há como evitar isso: a preguiça se concentra nos obstáculos, nas
desculpas que se agigantam à frente de uma tarefa. As pessoas que são
preguiçosas não conseguem arregaçar as mangas e mergulhar no trabalho. No
entanto, se perambulamos demais ao redor do trabalho, te sobreviverá a tua
pobreza como um ladrão, para que nunca possa fazer nada. Às vezes, é melhor
simplesmente mergulhar e começar a trabalhar.” (Adaptado de SWINDOLL Charles R.
Vivendo Provérbios. Rio de Janeiro: CPAD. 2013. p. 149)
III -
PROTEGENDO-SE CONTRA A PREGUIÇA
1.
Desenvolvendo o senso de responsabilidade.
Não
há um passo a passo para vencer a preguiça. Contudo, construir um senso de
responsabilidade é um bom início. Ele tem a ver com a clareza do propósito de
sua vida. Você conseguiria responder qual o propósito da sua vida? O senso de
responsabilidade tem a ver com a consciência que temos da vocação da nossa
vida. De acordo com isso é que teremos motivação para levantar todo dia a fim
de fazer alguma coisa. De acordo com Provérbios 6, o preguiçoso não tem
motivação para se levantar (Pv 6.9.10, 24.33).
Assim,
algumas perguntas assertivas podem ser feitas a nós mesmos para criar esse
senso de responsabilidade: “Qual é o propósito da minha vida?” “O que eu desejo
que Deus pense ao meu respeito?” “Que legado quero deixar para as pessoas com
as quais eu me relaciono? “Que senso de responsabilidade o do apóstolo Paulo:
“Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta
essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!” (1 Co 9.16).
2.
Cuidando do corpo.
Com
o senso de responsabilidade estabelecido, agora devemos fazer a manutenção do
nosso corpo para executar a nossa responsabilidade. Uma coisa que geralmente
nos descuidamos na juventude é com o nosso corpo e com a alimentação,
condicionamento físico e o sono. Se não nos alimentarmos bem e de maneira
saudável, não teremos os nutrientes adequados para dar conta da nossa responsabilidade
(At 27.33-38).
Também
se não cuidarmos do nosso condicionamento físico teremos problemas físicos e
falta de mobilidade para dar conta de uma rotina (Ef 5.29). Também não é
possível dormir tarde, acordar cedo e render bem ao longo do dia. É impossível!
O sono é precioso para a nossa recuperação após um dia de trabalho e de estudo
(1 Rs 19.5.6). Por isso, alimente-se de maneira saudável, trate de seu
condicionamento físico e durma num horário regular em que o seu corpo descanse
e se restabeleça para uma nova rotina. Seu corpo agradecerá e sua mente ficará
mais leve. A preguiça faz pesar o corpo e a mente.
3.
Cultivando uma rotina saudável.
Observe
a natureza! O exemplo da formiga, visto em Provérbios 6, mostra-nos como seu
ritmo e tempo são harmoniosos Olhe para as 4 estações outono, inverno,
primavera e verão! Independentemente do que ocorra no mundo, esse ciclo
acontecerá Devemos aprender com a natureza. Ora, a rotina não é para nos
oprimir, pelo contrário, é para nos dar maior liberdade para escolher as
melhores opções que estão diante de nós. Nenhum atleta chega ao objetivo sem
uma rotina. Nenhum escritor publica um livro sem uma rotina básica. Nenhum
artista desenha uma tela sem uma rotina que se enquadre à sua realidade.
Lembremo-nos que o primeiro capítulo de Gênesis mostra um Deus que trabalhou
com rotina (Gn 1.2). Em Números, Ele ensinou o seu povo a se organizar e
desenvolver uma rotina (Nm 1.2). A rotina é um grande antídoto contra a
preguiça e Deus espera que nos organizemos, por meio de uma rotina saudável,
tanto por dentro quanto por fora.
PENSE! Com o que podemos relacionar o senso de responsabilidade?
PONTO IMPORTANTE! Podemos relacionar com o propósito de
vida
CONCLUSÃO
O
livro de Provérbios revela muitas advertências contra a preguiça. Que nesta
oportunidade, tomamos como convite da Palavra de Deus para o nosso bem-estar.
Cuidemos do nosso senso de responsabilidade, da nossa alimentação e do sono,
bem como do estabelecimento de uma rotina saudável. Esses cuidados são
iniciativas sábias para prevenir a preguiça e, consequentemente, desenvolvermos
a nossa vida sob o ponto de vista espiritual, afetivo, académico e
profissional.
HORA DA
REVISÃO
1.
Qual é a principal advertência de Provérbios que estudamos?
A
advertência contra a preguiça
2.
Segundo a lição, conceitue a palavra preguiça.
De
maneira geral., preguiça tem a ver com aversão ao trabalho, um estado de
prostração, morosidade e lentidão
3.
O que não é preguiça?
Descansar
não é preguiça (Gn 2.2).
4.
Com o que o senso de responsabilidade tem a ver?
Ele
tem a ver com a clareza do propósito de sua vida.
5.
O que podemos destacar no exemplo da formiga em Provérbios 6?
O
exemplo da formiga, visto em Provérbios 6, mostra-nos como seu ritmo e tempo
são harmoniosos
“Dize
à Sabedoria: Tu és minha irmã; e à prudência chama tua parenta; para te
guardarem da mulher alheia, da estranha que lisonjeia com as suas palavras. ”
(Pv 7.4,5)
RESUMO DA
LIÇÃO
A
sabedoria divina nos protege da imoralidade sexual, concedendo-nos as virtudes
do domínio próprio e da temperança.
LEITURA
SEMANAL
SEGUNDA – Pv 7.1-5
Sabedoria para escapar da sedução da mulher estranha
TERÇA – Rm 1.24
A distorção da natureza sexual
QUARTA – 1 Co 6.18
O pecado contra o próprio corpo
QUINTA – 2 Tm 2.22
Fugindo das paixões
SEXTA – 1 Co 10.31,32
Visando a glória de Deus
SÁBADO – 1 Co 7.8,9
O marco delimitador do relacionamento sexual
OBJETIVOS
1.
MOSTRAR a advertência bíblica contra a imoralidade;
2.
COMPREENDER a relevância de Provérbios 5 contra a
imoralidade;
3.
SABER que a moralidade sexual cristã é uma proteção contra a
imoralidade.
INTERAÇÃO
Professor a (a), na Lição deste domingo estudaremos o capítulo 5
do Livro de Provérbios. Este capítulo tem importantes lições a nos ensinar a
respeito da moralidade cristã. No decorrer da lição, enfatize que na Bíblia, e
não somente no livro de Provérbios, há uma moralidade objetiva e específica que
passa pela concepção de santidade. Quando falamos a respeito de moralidade,
estamos tratando de uma consciência de santidade como resultado da salvação em
Cristo. Veremos que, segundo o capítulo
5 de Provérbios, é quase inevitável encontrar-se com a mulher imoral no caminho
da vida. No texto bíblico é feita uma referência a uma mulher, mas a
advertência bíblica também e para as jovens, as irmãs. O autor nos mostra que é
possível não cair em sua sedução, embora não seja nada fácil” pois a mulher
sedutora, ou o homem sedutor, tem as seguintes características: teus lábios
“destilam favos de mel ” e seu paladar “e mais macio que o azeite” (v.3). Ou
seja, é alguém que tem grande poder de atração, porém logo esse “doce prazer”
momentâneo dá lugar a “um fim amargoso como absinto”, “agudo como a espada de
dois fios”; ele faz descer para a morte (vv. 4,5). Mostre aos jovens que a
santidade e um dos ensinos mais presentes nas Escrituras Sagradas e segundo o
autor da Carta aos Hebreus, sem ela ninguém verá ao Senhor (Hb 12.14). Viver de
modo santo, não é algo retrógrado ou só para alguns, mas é algo exigido de
todos os salvos.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), inicie a lição pedindo que os alunos leiam o Texto
Principal da lição. Em seguida, faça a seguinte pergunta: “Como um jovem pode
ter uma vida longe da imoralidade?” incentive a participação dos alunos e ouça
as respostas com atenção. Em seguida, coloque no quadro o esquema abaixo.
Explique que estes são os resultados para aqueles que se guardam da
imoralidade. Discuta com os alunos os resultados de se ter uma vida de
santidade, longe da imoralidade. Explique que na Bíblia encontramos estratégias
para uma vida de santidade.
ESTRATÉGIA PARA UMA
VIDA DE PUREZA
Começa com…
Sabedoria de
Deus
Reverência e
temor ao reconhecer o Todo-Poderoso
Exige
Aplicação
moral
Para confiar
em Deus e em sua Palavra; permitir que esta fale conosco.
Exige
Aplicação
prática
Para agir
conforme a direção de Deus em devoções diárias
Resulta em…
Vida eficaz
Para
experimentar o que Deus faz quando Lhe obedecemos.
TEXTO
Bíblico
Provérbios
5.1-14
1
Filho meu, atende à minha sabedoria; à minha razão inclina o teu ouvido;
2
para que conserves os meus avisos, e os teus lábios guardem o conhecimento.
3
Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é
mais macio do que o azeite;
4
mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois fios.
5
Os seus pés descem à morte; os seus passos firmam-se no inferno.
6
Ela não pondera a vereda da vida; as suas carreiras são variáveis, e não as
conhece.
7
Agora, pois, filhos, dai-me ouvidos e não vos desvieis das palavras da minha
boca.
8
Afasta dela o teu caminho e não te aproximes da porta da sua casa;
9
para que não dês a outros a tua honra, nem os teus anos a cruéis.
10
Para que não se fartem os estranhos do teu poder, e todos os teus trabalhos
entrem na casa do estrangeiro;
11
e gemas no teu fim, quando se consumirem a tua carne e o teu corpo,
12
e digas: Como aborreci a correção! E desprezou o meu coração a repreensão!
13
E não escutei a voz dos meus ensinadores, nem a meus mestres inclinei o meu
ouvido!
14
Quase que em todo o mal me achei no meio da congregação e do ajuntamento.
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, estudaremos a respeito da imoralidade sexual. Meditaremos no capítulo 5
de Provérbios e, a partir desse texto, veremos o quanto ele é relevante
atualmente, pois vivemos em uma sociedade marcada pela sensualidade em tudo
quanto é produzido do ponto de vista cultural. Finalmente, nos conscientizarmos
a respeito da moralidade sexual ensinada pela Bíblia como instrumento protetor
contra a imoralidade sexual na vida do jovem cristão, Assim, veremos que quem
pratica a moralidade sexual bíblica age com sabedoria.
I –
ADVERTÊNCIA CONTRA A IMORALIDADE
1.
Compreendendo o capítulo 5.
O
quinto capítulo do Livro de Provérbios inicia com o apelo a prática da
sabedoria O capítulo 4 desenvolveu a ideia da proteção do coração a partir da
prática da sabedoria, onde o pensamento, o sentimento e a vontade são dominados
por Deus para as saídas da vida, o capítulo 5 inicia como uma repetição da
importância de “atender”, “inclinar” e “guardar” a sabedoria (Pv 5.1,2). Essa e
a sabedoria aplicada ao relacionamento entre homem e mulher. O leitor e convidado
a adquirir a sabedoria divina com o proposito de aplica-la no relacionamento
com o outro sexo. Assim, os versículos 3 a 6 apresentam a mulher estranha,
aquela que seduz o jovem no caminho da vida (Pv 7.6-23). Os versículos 7 a 14
expõem a consequência destruidora da relação com essa mulher imoral E,
finalmente, nos versículos 15 a 23, o autor sagrado faz um apelo à fidelidade
no matrimônio como antídoto contra a imoralidade sexual.
2.
A mulher estranha.
E
inevitável encontrar-se com a mulher imoral no caminho da vida, mas não é
inevitável cair em sua sedução, Sua característica principal é a arte de
seduzir Seus Lábios “destilam favos de mel”; seu paladar, “é mais macio que o
azeite” (v.3). Contudo, embora a sedução da mulher imoral tenha grande poder de
atração. Logo esse “doce prazer” momentâneo dá lugar a “um fim amargoso como
absinto”, “agudo como a espada de dois fios”; ele faz descer para a morte (vv.
4,5). Essa mulher imoral não tem compromisso com a retidão nem com o
conhecimento (v.6) e, por isso, torna-se uma parábola alusiva à vida de
imoralidade que o jovem não deve e nem precisa trilhar. No início, esse estilo
de vida e atrativo, mas logo não tarda mostrar que e uma verdadeira escravidão
que leva a morte (cf. Pv 7.21-23).
3.
As consequências da imoralidade.
Os
versículos 7 a 14 iniciam com o apelo do sábio: ‘Afasta dela o teu caminho e
não te aproximes da porta da sua casa” (Pv 5.8). Ora, se o (a) jovem não se
afastar da(do) mulher (homem) imoral, esta(e) o tragará, O tempo passará, e o
remorso consumirá a vida desse(a) jovem. Ele (a) falará no seu coração: “Como
aborreci a correção” (Pv 5.12). Por isso, o caminho do bom senso está em ouvir
a voz dos mestres e dos ensinadores (Pv 5.13), pois a vontade de Deus e que não
sejamos condenados dentro da congregação dos santos (Pv 5.14), Por isso, seguir
o caminho da mulher imoral e percorrer o caminho da perdição, da insensatez e
do desequilíbrio moral. Naturalmente, os jovens cristãos são convidados pelo
texto sagrado a não trilhar a marcha da insensatez imoral.
SUBSÍDIO 1
Quando praticamente cada meio de comunicação nos bombardeia com
material relacionado a sexo – um fenômeno que as gerações anteriores não
viveram – também enfrentamos outro perigo. as oportunidades para cometer o
adultério nunca estiveram mais presentes. Além disso, vivemos em uma sociedade
que é mais acomodada do que nunca. Além das tentações que ocorrem na vida
cotidiana, é possível acessar, pela internet, um serviço de encontros para
pessoas que buscam casos amorosos! Assim, o que podemos aprender com as
palavras de Salomão, quando esteve diante da sedução de um modo de vida
luxurioso? Como podemos viver além da engrenagem deste tipo de tentação? O
sábio ofereceu quatro decisões específicas para evitar o tropeço moral. Originalmente,
Salomão escreveu isso para seu filho, pois a tentação é citada no feminino.
Naturalmente, a tentação não discrimina, mas aflige os dois sexos, igualmente.
Salomão incentivou seu filho a encher a sua mente com a Palavra de Deus, como
uma maneira de se distanciar da mulher sensual que ele considera tentadora.”
Adaptado de SWINDOLL, Charles R, Vivendo Provérbios. Rio de Janeiro; CPAD,
2013, p. 113)
II – A
RELEVÂNCIA DE PROVÉRBIOS 5 CONTRA A IMORALIDADE
1.
Uma sociedade sexualizada.
Por
que Provérbios 5 é tão relevante para nós? Ora, a nossa geração é herdeira dos
movimentos sociais de contestação sexual. Mais especificamente, a partir do que
foi denominado Protestos de Maio de 1968, em que um movimento de jovens
franceses universitários protestou contra os valores do Ocidente na
universidade de Paris.
Movimentos
parecidos também estavam em andamento na América do Norte e Inglaterra. Esse
período histórico marca o início da ideia da normalização da contestação de
qualquer perspectiva de moderação na questão sexual. O sexo passou a ser
tratado como um fim em si mesmo, onde a recreação individual, fosse seu maior
objetivo. Por isso, toda forma de relacionamento sexual entre adultos passou a
ser normalizada. O slogan “É proibido proibir” resume bem os valores seculares
que a nossa geração herdou a partir de maio de 1968.
2.
Não se pode dominar o desejo sexual?
Essa
era a consequência das ideias gestadas por trás do Movimento de 1968. A tese da
vida sexual moderada nos Limites do matrimônio, como ensina a Fé Cristã, como
repressão sexual é uma consequência natural do que já estava gestado por
intelectuais antes do movimento de 1968.
Hoje,
o jovem está inserido numa cultura secularizada e sexualidade em que o Movimento
Cultural. Pop com suas músicas, filmes e literatura estimula a sexualização dos
corpos, de modo que leva a pessoa a pensar de fato ser impossível moderar os
instintos sexuais. Logo, as consequências naturais dessas ideias são gravidez
precoce, multiplicação dos abortos propositais, vícios em pornografia,
transição de gêneros etc.
3.
O enfraquecimento da ideia do casamento. Naturalmente, em muitas
realidades, o conceito bíblico de casamento e enfraquecido, a ideia de que o
casamento e para sempre, que o relacionamento profundo e verdadeiro e para a
vida toda, não faz sentido para muitos jovens hoje, Muitos deles se tornaram,
de fato, produto do meio e infelizmente já se casam com o pensamento de se
separar se o casamento não der certo. Não por acaso, o apóstolo Paulo traça um
panorama da profunda distorção da natureza humana que pode ser constatado na
vida de muitos jovens hoje: “Por isso, Deus os entregou aos desejos pecaminosos
de seu coração. Como resultado, praticam entre si coisas desprezíveis e degradantes
com o próprio corpo” (Rm 1.24- NVT). É uma distorção completa do propósito de
Deus para o bem-estar do ser humano. Por isso, Provérbios 5 faz muito sentido
no cenário em que vivemos hoje.
SUBSÍDIO 2
É difícil ignorar a beleza e o charme. Pessoas atraentes tentam
nos convencer a comprar determinados produtos. O candidato político com
aparência física mais atraente tem vantagem nas pesquisas. Assim, por que
esperaríamos que esta preocupação com a beleza física cessasse, repentina e
automaticamente, quando interagimos com pessoas normais, no trabalho, na
escola, em casa ou no mercado? Infelizmente, este autocontrole mental é uma
questão de disciplina. Não é fácil, nem automático. Devemos reeducar,
conscientemente, nossas mentes, para remover a beleza física de nosso processo
mental. Devemos nos educar para olhar além dela. Devemos tomar a decisão
consciente e habitual de deixar de lado qualquer consideração sobre a beleza e
nos relacionarmos com qualquer pessoa como se fosse um irmão ou irmã. Devemos nos
educar para olhar além da beleza e assim não ser levado pela imoralidade.”
(Adaptado de, SWINDOLL, Charles R Vivendo Provérbios, Rio de Janeiro: CPAD,
2013, p. 114.)
III – A
MORALIDADE SEXUAL CRISTÃ COMO PROTEÇÃO CONTRA A IMORALIDADE
1.
A delimitação sexual da moralidade cristã.
Em
uma de suas obras, o apologeta cristão, C. S. Lewis, nos lembra uma doutrina
cristã constrangedora para quem não passou pela experiência da regeneração e se
encontra imerso na cultura atual: a castidade como uma prática da virtude
cristã. Dessa maneira, ele ainda nos lembra que a virtude da castidade se
resume na seguinte regra: “O casamento deve ser com fidelidade completa ao
cônjuge ou, fora dele, apenas completa abstinência sexual”. Sim, pela Palavra
de Deus, a moralidade sexual tem uma delimitação muito clara: “Fugi da
prostituição”. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se
prostitui peca contra o seu próprio corpo” (1 Co 6.18; cf, 7.8; 1 Tm 2.22).
Assim, diferentemente das ideias dominantes de nossa sociedade cultural a
Bíblia não considera o instinto sexual degenerado como algo insuperável em que
o ser humano não pode vencer.
Quem
passou pela experiência de regeneração, com o auxílio do Espírito Santo, pode
desenvolver as virtudes do “domínio próprio” e da “temperança” e, como o
apóstolo Paulo, pode exclamar: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas
as coisas convêm: todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei
dominar por nenhuma” (1 Co 6.12)
2.
A pedagogia da abstinência sexual.
Aos
Jovens solteiros, cabe o desenvolvimento da virtude da castidade cristã, isto
é, a abstinência sexual como preparação para o casamento. Como vimos, do ponto
de vista bíblico, o (a) jovem cristão(ã) não é puramente instinto sexual.
Ele(a) sabe que a satisfação sexual tal qual a Bíblia ensina não é egoísta,
descartável é ilusória, mas cumpre um sentido quando nos unimos a pessoa amada
e com ela compartilhamos e dividimos toda uma história de vida que glorifique a
Deus no casamento (1 Co 6.20; cf. 1 Co 10.31,32). Enquanto esse tempo não
chega, nós guardamos, esperamos a pessoa amada. Desse modo, percebemos que a
abstinência sexual e pedagógica, pois ela nos ensina que em tudo deve haver
comedimento, equilíbrio e parcimônia. Com ela, na vida de solteiro, aprendemos
que devemos esperar passar por períodos de abstinência na vida de casado. Sim,
a abstinência sexual também ocorre na vida dos casados, por causa de uma doença
ou tratamento de saúde em que um dos cônjuges não pode manter um relacionamento
sexual regular por um período, quer por propósitos espirituais entre os
cônjuges em comum acordo (1 Co 2.5). Assim, a abstinência sexual na vida de
solteiro ensina que na vida de casado nem tudo no relacionamento entre homem e
mulher tem a ver com sexo.
3.
A beleza da vida sexual dentro do matrimônio cristão.
Segundo
o ensino bíblico, o relacionamento sexual só é possível no casamento (1 Co
7.8,9). Essa união profunda e verdadeira se concretiza diante de Deus no
relacionamento sexual entre um homem e uma mulher (Gn 2.24). Essa união,
segundo o texto bíblico, ninguém pode separar (Mc 10.7-9), pois ela não se
resume a mera necessidade fisiológica, mas e a necessidade de, diante de Deus,
estabelecer um projeto de vida e viver um projeto atemporal divino que é o
estabelecimento de uma família. Em vista disso, Provérbios 5 traz uma seção de
versículos em que o sábio estimula que se desfrute da vida sexual com sua
esposa, aquela da sua juventude (Pv 5.15-19). No casamento, homem e mulher
podem, e devem, desfrutar do prazer sexual em que o amor, o respeito e o
compromisso de vida de ambos foram aliançados diante de Deus e da igreja do
Senhor, até que a morte os separe (Mt 19.6).
CONCLUSÃO
Temos
visto os apelos da imoralidade sexual presente em nossa sociedade, Entretanto,
a Palavra de Deus nos afirma que não precisamos ser dominados por eles. E muito
melhor viver de acordo com o que a Palavra de Deus nos ensina, de modo que
podemos, sob o Espírito Santo, ter nossos sentimentos e vontade ordenados pela
Palavra de Deus. Logo, no matrimônio, podemos nos realizar por completo de um
modo que glorifique a Deus em nós.
HORA DA
REVISÃO
1.
De maneira resumida, apresente a estrutura do capítulo 5 de Provérbios.
Resumindo,
o capítulo 5 traz um apelo à sabedoria (vv. 1,2); descreve o perigo da mulher
estranha e imoral (vv. 3-6); expõe a consequência destruidora desse
relacionamento (vv. 7-14); e faz um apelo à fidelidade no matrimônio como
antídoto contra a mulher estranha (vv. 15-23).
2.
Como os versículos 7 a 14 iniciam?
Os
versículos 7 a 14 iniciam com o apelo do sábio: “Afasta dela o teu caminho e
não te aproximes da porta da sua casa” (Pv 5.8).
3.
Como ficou conhecido o período histórico que caracteriza o movimento de
protesto contra os valores do Ocidente na Universidade de Paris?
“É
proibido proibir”
4.
Que tipo de virtude a ser desenvolvida cabe aos jovens solteiros?
Aos
jovens solteiros, cabe o desenvolvimento da virtude da castidade cristã, isto
é, à abstinência sexual como preparação para o casamento.
5.
Segundo o ensino bíblico, onde que o relacionamento sexual é permitido aos
jovens cristãos?
Segundo
o ensino bíblico, o relacionamento sexual só é possível no casamento (1 Co
7.8,9).