Mostrando postagens com marcador LB-ADULTOS-2-T2024. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador LB-ADULTOS-2-T2024. Mostrar todas as postagens

Lição 11 A Realidade Bíblica do Inferno

Lição 11 A Realidade Bíblica do Inferno

Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD

REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu

Comentarista: Pr. Osiel Gomes | AULA: 16 de Junho de 2024


TEXTO ÁUREO

“Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.” (Mt 25.41)


VERDADE PRÁTICA

O Inferno é um lugar real de dor, agonia e desespero. Sua realidade é um alerta para nós ao longo de nossa jornada.


LEITURA DIÁRIA

Segunda - 2 Tm 3.5; Mt 7.15

A enganosa aparência de piedade dos falsos ensinadores

Terça - 2 Tm 3.8; Êx 7.11

Um contexto de resistência à verdade

Quarta - Jó 17.13; Sl 16.10; Is 38.10

Inferno como sepultura, lugar dos mortos

Quinta - 2 Pe 2.4

Inferno como lugar de prisão dos anjos caídos

Sexta - Mt 23.33; 25.41,46

Inferno como castigo eterno, fogo eterno

Sábado - Mt 25.46; Jo 5.26

Passar a eternidade tem a ver com uma escolha


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 25.41-46

41 - Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;

42 - porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;

43 - sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e estando enfermo e na prisão, não me visitastes.

44 - Então, eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão e não te servimos?

45 - Então, lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.

46 - E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna.


Hinos Sugeridos: 48, 127, 182 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Na lição deste domingo estudaremos a respeito do Inferno. Muitos evitam falar sobre este tema, entretanto, não falar a respeito desse assunto não evita que alguns caminhem em sua direção. Um dia todos vão experimentar a morte, independente da classe social a que pertençam, religião ou títulos, e sabemos que, depois da morte, segue-se o juízo: Céu ou Inferno.  O Inferno é real e ele não foi preparado para o ser humano, por essa razão nos sentimos incomodados de falar a respeito dele. Contudo, a sua realidade é um alerta para nós ao longo de nossa carreira. Embora esse seja um assunto difícil de tratar na atualidade, o Inferno é um dos principais assuntos do Novo Testamento. Veremos que Jesus ensinou de forma enfática a realidade do Inferno nos Evangelhos. 

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Mostrar o pensamento humano a respeito do Inferno;

II) Saber como a palavra Inferno aparece na Bíblia;

III) Compreender a doutrina bíblica do Inferno.

 

B) Motivação: Converse com os alunos explicando que atualmente muitos não acreditam no Inferno. Para estes, o Inferno é uma criação humana para colocar medo nas pessoas e mantê-las presa a uma religião, ritos, dogmas etc. Procure mostrar, biblicamente, a realidade do Inferno por meio dos ensinos de Jesus. O Mestre veio salvar a humanidade de seus pecados, contudo, Ele mostrou que o Inferno é real. Tal realidade deve valorizar a tão grande salvação que Deus providenciou para nós e, por isso, devemos estar firmados em Jesus durante a nossa jornada de fé, pois sem Cristo, o ser humano passará a eternidade em um lugar de dor e sofrimento.

 

C) Sugestão de Método: Sugerimos que você escreva no quadro as palavras “Inferno” e “Céu”. Pergunte aos seus alunos o que vem à mente deles quando ouvem a palavra “Inferno”. À medida que forem falando vá anotando no quadro. Em seguida faça o mesmo com a palavra “Céu”. Conclua ressaltando que o ensino bíblico a respeito do Inferno e do Céu é simples: os que rejeitaram a Cristo receberão o castigo eterno, no Inferno (Mt 25.46); os que escolheram a Cristo receberão a vida eterna, no Céu (Jo 5.26). Portanto, a escolha de ir para o Céu ou para o Inferno é pessoal.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: A lição de hoje é uma oportunidade ímpar para que os alunos reflitam a respeito do valor da nossa salvação. Mostre que sem Jesus Cristo estaríamos destinados ao Inferno, mas Ele, mediante a sua graça, nos resgatou.  Em seguida conclua lendo o Texto Áureo da Lição.

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

 

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) A orientação bíblica, “Inferno”, localizada no primeiro tópico, destaca o que é o Inferno segundo os ensinos bíblicos; 2) O texto ao final do segundo tópico, traz uma reflexão a respeito dos ensinos de Jesus Cristo sobre o Inferno.

 

INTRODUÇÃO

O Inferno é um dos assuntos principais do Novo Testamento. O Senhor Jesus ensinou mais a respeito do Inferno que o Céu nas páginas dos Evangelhos. Ele também ensinou mais sobre o Inferno do que o apóstolo Paulo. Por isso, nesta lição, estudaremos a doutrina bíblica do Inferno. Situaremos a resistência atual de muitos em relação à doutrina, veremos as principais palavras que traduzem “Inferno” e mostraremos que negar essa doutrina bíblica significa negar todo o cristianismo bíblico. 


Palavra-Chave: Inferno

I – O PENSAMENTO HUMANO A RESPEITO DO INFERNO

1. Filósofos e teólogos de mente cauterizadas.

Os que vivem na incredulidade, dominados pelos poderes das trevas neste mundo, negam prontamente a realidade do Inferno. Filósofos humanistas dizem que a afirmação bíblica da existência do Inferno não é compatível com os valores éticos modernos. Teólogos modernos e pós-modernos negam a inspiração plenária da Bíblia e, por isso, agem para enfraquecer a doutrina bíblica sobre o Inferno, dizendo que se trata de um pensamento pagão que deve ser erradicado da Bíblia. Outros chegam até a admitir que certas pessoas irão para o Inferno, mas por tempo provisório. Porém, durante esse período, serão purificadas e receberão uma segunda chance para entrar no Céu.

 

2. O ensino do Universalismo.

Outro argumento muito frequente atualmente é o falso ensino de que, no final das contas, todas as pessoas irão para o Céu. Por exemplo, não haveria diferença no destino de um assassino frio e cruel para um crente que buscou ter uma vida santa, fugindo do pecado. A ideia central do Universalismo é a de que todos somos filhos de Deus e, como Ele é um Ser de amor, não pode condenar o ser humano a uma punição eterna.  

 

3. O alerta apostólico.

Esses falsos ensinos revelam a fraude que muitos intelectuais cristãos cometem a respeito do cristianismo bíblico. O que eles fazem é transformar a verdade de Deus em mentira, negar integralmente o ensinamento bíblico a respeito da realidade bíblica do Inferno como se encontra claramente exposto no Novo Testamento. Não por acaso, o apóstolo Paulo escreveu a respeito desses falsos ensinadores: eles teriam aparência de piedade, mas negariam sua eficácia (2 Tm 3.5; cf. Mt 7.15); resistiriam à verdade (2 Tm 3.8; cf. Êx 7.11); apostatariam da fé e dariam ouvido a doutrina de demônios, tendo suas consciências cauterizadas (1 Tm 4.1). Atualmente, estamos testemunhando de maneira vívida todos os alertas apostólicos quanto aos falsos ensinos e ensinadores dos últimos dias.

 

SINÓPSE I

Na atualidade muitos pensam que a existência do Inferno não é compatível com os valores éticos modernos

 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

Inferno

 “Lugar onde Deus designa os perdidos para o castigo eterno tanto do corpo quanto da alma (Mt 10.28). Essa agonia de tormento eterno no Inferno é a maior de todas as tragédias possíveis. Esse tópico da vida após a morte foi revelado apenas gradualmente nas Escrituras. ‘Geena’ originalmente se referia ao vale de Hinom perto de Jerusalém, o local das notórias ofertas, feitas por Acaz, de sacrifício de crianças pelo fogo ao deus Moloque (2 Cr 28.3) e Manassés (2 Cr 33.6). Mais tarde, o significado desse termo foi estendido ao lugar do castigo de fogo em geral. Ainda mais tarde, a localização geográfica desse lugar de punição foi mudada para debaixo da terra, mas a ideia de tormento de fogo continuou. Nos tempos do NT, os fariseus criam claramente na punição dos ímpios na vida após a morte.


É principalmente nos ensinos de Jesus que a realidade de um lugar de punição eterna entra em nítido foco. Na descrição de Jesus, o Inferno envolve fogo, inextinguível (Mt 18.8,9), um lugar onde o verme não morre (Mc 4.48)” (Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 255).


II – COMO A PALAVRA INFERNO APARECE NA BÍBLIA

1. No Antigo Testamento.

A primeira palavra a ser destacada no Antigo Testamento é Sheol, “mundo inferior dos mortos”, “sepultura”, “inferno”, “cova”. Ela traz a ideia do AT para “morada dos mortos”, “lugar que não tem retorno”. Essa palavra aparece 65 vezes no AT: sepultura, lugar para onde os mortos iam (Jó 17.13; Sl 16.10; Is 38.10); os fiéis seriam resgatados desse lugar (Sl 16.9-11; 49.15); os ímpios não seriam resgatados de lá (Jó 21.13; 24.19; Sl 9.17; 55.15). No AT, o ensino sobre o destino das pessoas se concentrava mais para o lugar onde os corpos das pessoas iam, não para o destino da alma após a morte.

 

Não há, portanto, um texto claro no AT a respeito da divisão do Sheol entre um lugar de castigo e outro de bênçãos. Assim, o Antigo Testamento aponta para o Novo. Neste Testamento a doutrina do destino eterno das pessoas após a morte é bem clara. Contudo, de modo geral, a palavra hebraica Sheol também é descrita como lugar de castigo (Jó 24.19).

 

2. No Novo Testamento.

Três palavras gregas que aparecem no Novo Testamento foram traduzidas pela palavra “Inferno”: hades (traduz a hebraica Sheol); tártaro, geena.

 

A palavra hades significa “lugar de castigo” (Mt 11.23; Lc 10.15; 16.23); também pode se referir ao estado de morte que o ser humano experimentará no fim da vida (Mt 16.18; At 2.27,31; Ap 1.18).

 

A palavra tártaro traz a ideia de um abismo mais profundo que a sepultura, a habitação dos ímpios mortos em que eles sofrem punição pelas suas obras más. Os anjos caídos estão presos neste lugar (2 Pe 2.4).

 

A palavra geena, que aparece 12 vezes no Novo Testamento, significa “castigo eterno”. É uma palavra que deriva de termos hebraicos atrelados ao Vale de Hinom, ao lado sul e leste de Jerusalém. Nesse lugar, os adoradores de Moloque sacrificavam bebês pelo fogo (2 Rs 16.3; 21.6). Não por acaso, o profeta Jeremias se referiu ao Vale de Hinom como de julgamento (Jr 7.32; 19.6). No tempo do NT era um lugar em que se queimava o lixo da cidade. Essa palavra recebeu todo o simbolismo de “castigo eterno”, “fogo eterno” e “julgamento final” (Mt 23.33; 25.41,46) que faz jus ao termo Inferno.

 

SINÓPSE II

A palavra Inferno aparece na Bíblia tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.

 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

Professor(a), explique que “Jesus também retrata a extrema angústia dos que sofrem o castigo final de serem ‘lançados nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes’ (Mt 8.12).

 

Os apóstolos também ensinam a ideia de um severo castigo eterno para os perdidos. Na volta de Cristo, os que vivem fora de um relacionamento adequado com o Senhor Deus experimentarão repentina destruição (1 Ts 5.3), quando os anjos vierem ‘como labaredas de fogo’ e ‘tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo’ (2 Ts 1.6-9). O autor aos Hebreus fala de ‘uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários’ (Hb 10.27). Apocalipse descreve que ‘a fumaça do seu tormento sobre para todo o sempre ‘(Ap 14.11) e que os ímpios serão lançados no ‘lago que arde com fogo e enxofre’” (Ap 21.8) (Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 256).

 

III – A DOUTRINA BÍBLICA DO INFERNO

1. O conceito bíblico de Inferno.

À luz de Mateus 25.41, o Inferno é um lugar real. O Deus justo e bom jamais faria um lugar como esse para o ser humano criado à sua imagem e semelhança (Gn 1.26), mas, sim, para o Diabo e seus anjos que se rebelaram contra Ele (2 Pe 2.4; Jd 12.6; Ap 12.7). Entretanto, quando o ser humano despreza a Deus e sua Palavra, colocando-se sob o governo do deus deste século, o Diabo, será também sentenciado e destinado ao mesmo lugar que Satanás e seus demônios foram (2 Co 4. 4).

 

2. O que ensina a doutrina?

A realidade do Inferno é um ensino integralmente bíblico (Mt 10.28; 23.33; Mc 9.43; Lc 12.5), descrito como um lugar de tristeza, vergonha, dor e extrema agonia. Isso porque o ser humano irá para o Inferno de maneira integral: corpo e alma. Assim, de acordo com o vasto ensino do Novo Testamento, todas as pessoas que desprezam Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas passarão a eternidade totalmente separadas de Deus, na presença do Diabo e seus demônios (Mt 25.41).

 

3. O castigo será eterno.

Diversas passagens do Novo Testamento denotam a realidade do Inferno como lugar de castigo eterno: fogo inextinguível (Mt 3.12; Mc 9.43,48); fornalha acesa (Mt 13.42,50); trevas (Mt 8.12; 22.13); fogo eterno (Mt 25.41); Lago de Fogo (Ap 19.20; 20.10,14,15). Então, o castigo eterno se configura como uma penalidade aos que se rebelaram contra Deus e sua Palavra. Por isso, esse castigo tem relação direta com o pecado. Todos os pecadores que não se arrependeram de seus pecados serão lançados no Lago de Fogo, o Inferno, logo após o julgamento do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15).

 

Contudo, precisamos observar algo importante. A ida do ser humano para o Inferno não é uma iniciativa primária de Deus, mas um fruto da escolha do ser humano em viver deliberadamente em rebelião contra o Altíssimo. O ensino bíblico é claro e simples: os que rejeitaram a Cristo receberão o castigo eterno (Mt 25.46); os que escolheram a Cristo receberão a vida eterna (Jo 5.26). Portanto, a escolha de ir para o Céu ou para o Inferno, se passará a eternidade com Cristo ou sem Ele, é pessoal.

 

SINÓPSE III

A doutrina bíblica do Inferno prova a sua realidade.

 

CONCLUSÃO

À luz da Bíblia, a possibilidade de passar a eternidade num contexto de dor e sofrimento é real. Por isso, essa realidade deve valorizar mais a tão grande salvação que Deus providenciou para as nossas vidas e, por isso, devemos estar firmados em Jesus durante a nossa jornada de fé, pois sem Cristo, o ser humano passará a eternidade longe de Deus.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Explique pelo menos um argumento apresentado na lição que nega o ensino bíblico sobre o Inferno.

Teólogos modernos e pós-modernos negam a inspiração plenária da Bíblia e, por isso, agem para enfraquecer a doutrina bíblica sobre o Inferno, dizendo que se trata de um pensamento pagão que deve ser erradicado da Bíblia.

2. O que os falsos ensinadores afirmam ao distorcerem as verdades do cristianismo bíblico?

O que eles fazem é transformar a verdade de Deus em mentira, negar integralmente o ensinamento bíblico a respeito da realidade bíblica do Inferno como se encontra claramente exposto no Novo Testamento.

 

3. Qual palavra do Novo Testamento traz o simbolismo de “castigo eterno”, “fogo eterno” e “julgamento final”?

A palavra geena recebeu todo o simbolismo de “castigo eterno”, “fogo eterno” e “julgamento final” (Mt 23.33; 25.41,46) que faz jus ao termo Inferno.

 

4. Cite ao menos três expressões que descrevem o Inferno.

Fornalha acesa (Mt 13.42,50); fogo eterno (Mt 25.41); Lago de Fogo (Ap 19.20; 20.10,14,15).

 

5. De quem é a iniciativa primária do destino do ser humano ao Inferno?

A ida do ser humano para o Inferno não é uma iniciativa primária de Deus, mas um fruto da escolha do ser humano em viver deliberadamente em rebelião contra o Altíssimo.

 

CLIQUE E LEIA TAMBÉM 👇

***

Lição 10 Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade

Lição 10 Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade

Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD

REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu

Comentarista: Pr. Osiel Gomes |9 de Juno de 2024

O DIA DO PASTOR

TEXTO ÁUREO

“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” (Hb 12.14)

VERDADE PRÁTICA

Na jornada para o Céu, devemos estar conscientes a respeito da necessidade de ter uma vida santa para nos encontrarmos com o Senhor.


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 17.17

A Palavra de Deus gera verdadeira santidade

Terça - Rm 6.19-22

Um chamado para a santificação na jornada

Quarta - Rm 8.29; 1 Jo 3.2

O propósito de ser como Jesus

Quinta - 1 Co 6.11

A santificação inicial na jornada

Sexta - Ef 4.20-24,27-30

A santificação progressiva na jornada

Sábado - 1 Ts 4.13-18

A glorificação final após a jornada da vida cristã


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Pedro 1.13-21

13 - Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo,

14 - como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância;

15 - mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver,

16 - porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.

17 - E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,

18 - sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais,

19 - mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,

20 - o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós;

21 - e por ele credes em Deus, que o ressuscitou dos mortos e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus.


Hinos Sugeridos: 39, 175, 339 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

A santidade é um atributo pelo qual o Senhor se faz conhecido. Ter consciência de que Deus é santo implica ao crente tornar-se santo também para que possa manter-se em comunhão com o Criador durante a jornada para o Céu. Nesta lição, veremos a perspectiva bíblica de santificação, bem como os estágios da santificação. Veremos também que a santidade é acompanhada da justiça, atributos divinos que não se contradizem.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Apresentar a perspectiva bíblica da santificação;

II) Descrever a abrangência dos estágios da santificação;

III) Distinguir a santidade e a justiça de Deus como atributos inerentes à sua natureza.

 

B) Motivação: A santificação é um processo contínuo na vida do crente. Ter uma vida santa é viver separado das práticas pecaminosas deste mundo. A mente do homem natural não entende as coisas do Espírito e acha estranho os crentes não seguirem o mesmo curso natural de pecados. Converse com a classe sobre a forma como o crente lida com as pessoas que não professam a fé em Jesus.

 

C) Sugestão de Método: O segundo tópico da lição elenca os três estágios que a santificação abrange. Escreva na lousa os respectivos títulos em três colunas: estágio 1 - estágio 2 - estágio 3. Com a colaboração dos alunos, abaixo de cada coluna, escreva as características pertinentes a cada estágio da santificação. Ao final, reforce que a santificação tem como objetivo que o crente tenha o seu caráter transformado a fim de que se torne cada vez mais parecido com Jesus.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Durante a jornada rumo à eternidade o crente não pode perder a consciência da santidade divina. É a partir da percepção de que Deus é santo que o crente prossegue em santidade e nutre uma vida de rejeição ao pecado. O fato de desfrutarmos o amor de Deus não nos isenta da consciência de que o juízo virá sobre as obras infrutuosas das travas as quais não podemos compartilhar. 

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p. 41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

 

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Santo", localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão sobre a santidade como atributo divino; 2) O texto "A Adoção de Atitudes Cristãs", ao final do segundo tópico, amplia a reflexão sobre a conduta cristã, inclusive, quanto ao exercício da santificação.

 

INTRODUÇÃO

A palavra “consciência” nos remete a ideia de percepção a respeito de algo que está em nossa volta, é o estado em que estamos despertos, acordados e lúcidos no tempo presente e, por isso, sabemos que existimos. Desse jeito, o crente em Jesus, que iniciou a sua jornada de fé com Cristo, deve estar consciente a respeito de viver uma vida santa, sem a qual, a Bíblia afirma: “ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Nesta lição, estudaremos a importância da santidade em nossa jornada para o Céu.

 

PALAVRA-CHAVE: Santidade

 

I – A PERSPECTIVA BÍBLICA DA SANTIFICAÇÃO

1. Santificação no Antigo Testamento.

Do hebraico qôdesh, santidade é um substantivo masculino que significa “sacralidade”, “posto à parte”, que pode se referir a Deus, aos lugares, coisas, algo à parte, separado. Essa palavra deriva da raiz verbal hebraica qadash, que traz a ideia de “consagrar”, “santificar”, “preparar”, “dedicar”, “ser consagrado”, “ser santo”, “ser santificado”, “ser separado”. Nesse sentido, a palavra qôdesh aparece cerca 469 vezes no Antigo Testamento como santidade (Êx 15.11), coisa santa (Nm 4.15), santuário (Êx 36.4). Outrossim, o adjetivo qâdôsh, muito presente no Pentateuco, os primeiros livros da Bíblia, traz a ideia de um dia, uma pessoa ou uma nação inteiramente consagrada, separada, santificada a Deus (Gn 2.3 Êx 19.6).

 

2. No Novo Testamento.

O verbo grego hagiadzô, quer dizer “santificar”, traz a ideia de “tornar santo”, “purificar ou consagrar”, “venerar”, “ser santo”. Esse termo abrange o sentido de o crente tornar-se puro, de modo a estar purificado e santificado por obra graciosa do Espírito Santo (1 Co 6.11). Nesse sentido, no Novo Testamento, a santidade operada na vida do crente é uma obra autêntica do alto (Ef 5.26; 1 Ts 5.23).

 

3. A santidade exigida pela Palavra.

Em nossa jornada cristã rumo ao Céu, a Palavra de Deus exige santidade em todas as áreas de nossa vida. Isso porque a palavra da verdade nos santifica (Jo 17.17). Desse modo, o crente em Jesus não pode ter compromisso com o comportamento pecaminoso, visto que em sua lida diária, ele tem um compromisso de buscar um estilo de vida santo, pois sabe que sem ele não podemos ver o Senhor (Hb 12.14).

SINÓPSE I

A Palavra de Deus aponta o estilo de vida santo sem o qual não podemos agradar a Deus.

 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

Santo

“Santidade é um atributo de Deus e de tudo o que é adequado para associação com Ele. Somente o Senhor é intrinsecamente santo (Ap 15.4). Deus Pai é santo (Jo 17.11), assim como o Filho (At 3.14), ao mesmo tempo que ‘Santo’ é a designação característica do Espírito de Deus (Sl 51.11; Mt 1.18). O nome de Deus é santo (Lc 1.49), assim como o seu braço (Sl 98.1), caminhos (Sl 77.13) e palavras (Sl 105.42).


Com referência ao próprio Deus, a santidade pode indicar algo como a sua singularidade e está associada a atributos como a glória (Is 6.3), justiça (Is 5.16) e zelo, ou seja, a preocupação com a sua reputação (Js 24.19).

A morada de Deus é no Céu (Sl 20.6), e ‘santo’ funciona em alguns contextos como equivalente virtual de celestial (11.4). O trono de Deus é santo (47.8), e os anjos que o cercam são ‘santos’ (89.5; cf. Mc 8.38). Um corolário da santidade de Deus é que Ele deve ser tratado como santo (Lv 22.32), ou seja, honrado (Lv 10.3), adorado (Sl 96.9) e temido (Is 8.13)” (Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 452).

 

II – A SANTIFICAÇÃO E SEUS ESTÁGIOS

1. A realidade da santificação.

A partir do que estudamos sobre os termos bíblicos a respeito da santificação, podemos afirmar que se trata de um ato, um estado e um processo pelo qual o pecador se torna santo (Rm 6.19-22; 1 Ts 4.1-7). Em primeiro lugar, a santificação é um ato de separação do mundo. Em segundo, ela é um processo cujo propósito é levar o cristão a se tornar semelhante ao nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 8.29). Assim, a santificação busca aperfeiçoar o crente de modo que a imagem de Cristo se reflita plenamente em sua vida (2 Co 7.1; Ef 4.12,13; 5.26). Nesse caso, a santificação bíblica é um processo que abrange pelo menos três estágios: Santificação inicial (posicional), Santificação Progressiva e Glorificação.

 

2. Três estágios da santificação.

Em primeiro lugar, a santificação do crente inicia com o Novo Nascimento, pois por intermédio do Espírito Santo, o crente é declarado justo diante de Deus, completamente regenerado, declarado sem pecado; trata-se da santificação inicial ou posicional (1 Co 6.11). Em segundo lugar, há o estágio progressivo da santificação neste mundo, em que o crente se despoja do “velho homem” e vai se revestindo do “novo homem” até alcançar a perfeita imagem de Cristo (Gl 5.16-18; Ef 4.20-24,27-30). Esse estágio leva ao último: o da glorificação. Esse é o momento em que o crente será como Jesus é (Rm 8.29; 1Jo 3.2) e receberá um corpo ressurreto tal qual o do nosso Senhor, por ocasião da sua aparição após a ressureição (Jo 20.24-29; cf. 1 Ts 4.13-18).

 

3. O alvo da santificação.

Segundo o estudo dos três estágios da santificação, percebemos que o propósito da santificação é tornar o crente perfeitamente coerente com a plenitude do caráter divino (Mt 5.8). Nesse aspecto, todo crente regenerado é chamado por Deus para ouvir, guardar e praticar seus mandamentos, de modo que seja a sua santa habitação de Deus (Jo 14.23).

 

SINÓPSE II

A santificação trata-se de um ato, um estado e um processo pelo qual o pecador se torna santo.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

A Adoção de Atitudes Cristãs

“A obediência tem duas dimensões: a positiva e a negativa. Os filhos de Deus não devem se conformar com os desejos pecaminosos que tinham no passado; antes, devem ‘ser santos’ em tudo que fizerem (1 Pe 1.15). Isso porque aquele que os chamou é santo. Isto é, Deus é o modelo de conduta e comportamento para seus filhos. Obviamente, os filhos de Deus devem refletir a característica de santidade da família — uma característica nitidamente diferente daquela de seu antigo estilo de vida (1.14; 2.1; 4.3). Na terminologia contemporânea, esse relacionamento entre o Pai e a conduta dos filhos é chamado de ‘modelo de conduta’. Essa obrigação de santificação inclui obediência às Escrituras, pois está escrito: ‘Sede santos, porque eu sou santo’ (1.16). [...] Portanto, como salvação é uma questão de graça e aquele que convoca à salvação é santo, torna-se imperativo que os leitores de Pedro também sejam santos. Entretanto, a fim de que possam obedecer a essa ordem, devem adotar atitudes e condutas que estejam de acordo com seu santo modelo. Uma atitude negativa seria insistir em permanecer em sua antiga conduta de desejos pecaminosos (1.14); e a positiva seria ter uma atitude de autocontrole (1.13). Devem assumir a identidade de serem santos (1.15, 16). À medida que o povo de Deus atender a essa ordem de santificar sua vida, adotará novas atitudes em relação ao pecado (2.1-3), ao Estado (2.13-17), à escravidão (2.18-25) e ao casamento (3.1-7)” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. Romanos-Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 897-98).

 

III – O JULGAMENTO DO DEUS SANTO

1. O Deus Santo.

A Bíblia revela Deus como o Santo de Israel (Is 1.4), com um nome Santo (Is 57.15); os serafins declaram a sua santidade (Is 6.3) e, em santidade, ninguém pode se igualar a Deus (1 Sm 2.2). Desse modo, a Bíblia afirma enfaticamente que Deus é Santo. Assim, Ele é o nosso parâmetro para uma vida de santidade, conforme registra o texto bíblico: “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2; cf. 1 Pe 1.16). Portanto, à luz da santidade de Deus, somos chamados a ser santos em nossa jornada.

 

2. Santidade exigida a todos os crentes.

A Igreja de Cristo neste mundo é o santuário dedicado ao Senhor (Ef 2.21). Por meio do nosso amado Salvador, o Senhor Jesus Cristo, a Igreja foi santificada para apresentar-se gloriosa, santa e sem defeito diante de Deus (Ef 5.26,27). Por isso, como membros do Corpo de Cristo neste mundo, comprados pelo seu precioso sangue, somos exortados e convocados a andar em santidade (Hb 12.14). Empenhemo-nos a nos consagrarmos a Deus em verdadeira santidade (Rm 12.1)!


3. Santidade e justiça de Deus.

Biblicamente, a santidade e a justiça são atributos divinos que se relacionam. Como vimos, essa virtude aponta para a essência de Deus, que é totalmente puro, como bem afirma João: “Ele é luz e nEle não há treva alguma” (1 Jo 1.5). Tudo em Deus é santo, puro e verdadeiro. A justiça dEle aponta para a sua retidão, para a harmonia de sua justiça com a Lei. Desse modo, compreender a santidade e a justiça de Deus como atributos é importante para reconhecermos que Ele é santo, reto, justo e verdadeiro. E que, por isso, jamais deixará o ser humano impune diante de sua rebelião contra a sua santidade e justiça (Gn 6.12,13).

 

SINÓPSE III

Nenhum ser humano ficará impune diante da santidade e justiça de Deus.

 

CONCLUSÃO

Na jornada para o Céu, o cristão precisa desenvolver uma consciência da santidade de Deus para que possa tomá-la como o padrão perfeito de vida. Devemos sempre progredir em santidade desde o momento em que iniciamos a vida com Cristo até o final de nossa jornada (1Jo 2.3). Estamos no tempo de ser conscientes de que Deus ama a todos e não deseja que ninguém se perca. Todavia, os que rejeitam uma vida santa e se entregam ao pecado sofrerão a condenação eterna, pois santidade e justiça são atributos de Deus que não se contradizem.


REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que a Palavra de Deus gera?

A Palavra de Deus santifica o crente.

2. Segundo a lição, o que queremos dizer com santificação?

A partir do que estudamos sobre os termos bíblicos a respeito da santificação, podemos afirmar que se trata de um ato, um estado e um processo pelo qual o pecador se torna santo (Rm 6.19-22; 1 Ts 4.1-7).

3. Mencione os três estágios da santificação.

A santificação bíblica é um processo que abrange pelo menos três estágios: Santificação inicial (posicional), Santificação Progressiva e Glorificação.

 

4. Como a Bíblia revela Deus?

A Bíblia revela Deus como o Santo de Israel (Is 1.4), com um nome Santo (Is 57.15); os serafins declaram a sua santidade (Is 6.3) e, em santidade, ninguém pode se igualar a Deus (1 Sm 2.2).

5.  Para o que a Bíblia aponta a santidade de Deus?

Aponta para a essência de Deus, que é totalmente puro, como bem afirma João: “Ele é luz e nEle não há treva alguma” (1 Jo 1.5).

4. Qual foi a advertência de Paulo em relação à Ceia do Senhor?

Concernente à celebração da Ceia do Senhor, Paulo advertiu sobe o perigo de participar da Ceia indignamente (1 Co 11.27).

5. O que a Ceia do Senhor celebra?

A Ceia do Senhor celebra a morte e ressurreição de Jesus e não o seu funeral. A Ceia celebra o Cristo que morreu, mas que ressuscitou (1 Co 15.1-4).


***