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Lição 10 - Arrependimento, Perdão e Santificação (Jovens)

📝 Tema: SEPARADOS PARA DEUS – Buscando a Santificação para vermos o Senhor e sermos usados por Ele| 1° Trimestre de 2023 – CPAD

🎓 Classe: Jovens – Revista do professor

Comentarista: Natalino das Neves


TEXTO PRINCIPAL

“Vinde, então, e argui-me, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve […].” (Is 1.18)

RESUMO DA LIÇÃO

O caminho da santificação passa pelo arrependimento e pelo perdão.


LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – 2 Pe 1.3,4

Escapamos da corrupção do mundo

TERÇA – 2 Co 7.10

A tristeza segundo Deus

QUARTA -1 Jo 4.17-19

O amor de Cristo nos livra do medo

QUINTA – CL 2.14

A cédula foi riscada

SEXTA – Hb 2.11

O que santifica e os santificados

SÁBADO – Lc 19.1-10

Zaqueu, arrependimento e perdão


OBJETIVOS

🎯 EVIDENCIAR que o arrependimento é a base para uma vida de santidade;

🎯 COMPREENDER que o cristão deve perdoar a si mesmo e ao próximo;

🎯 APRESENTAR exemplos bíblicos de pessoas transformadas por meio do arrependimento.

INTERAÇÃO

Professor (a), nesta lição falaremos a respeito de três assuntos fundamentais para que o cristão tenha uma vida vitoriosa em Jesus Cristo: arrependimento, perdão e santificação. Algumas pessoas têm dificuldades para aceitar o perdão de Deus. Outras já não conseguem se perdoar. Porém, ainda há aquelas que não sabem perdoar as ofensas recebidas, deixando que a raiz de amargura adentre em seus corações. Depois de apresentar os tópicos da lição, ore com seus alunos pedindo que Deus nos ajude a recebermos o seu perdão, que venhamos também nos perdoar, assim como aqueles que nos ofenderam.


TEXTO BÍBLICO

1 João 1.7-10

7 Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.

8 Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.

9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.

10 Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.


INTRODUÇÃO

O caminho para a santificação passa necessariamente pelo arrependimento e o perdão. Para se obter o perdão divino é preciso ter consciência do erro cometido, confessar e deixar a prática do pecado. Ser perdoado não é tudo, precisamos aprender a perdoar também, até a nós mesmos. Muitas pessoas têm se afastado de Deus por não conseguirem se perdoar, pelo orgulho que os afastam do arrependimento e do perdão ao próximo.

I- SANTIDADE E ARREPENDIMENTO

1. Santidade não significa perfeição.

O que significa perfeição? Não existe uma resposta única, pois cada pessoa tem seus padrões. Na filosofia grega, o conceito de perfeição estava relacionado a uma realidade imutável, um conceito estático e inflexível. No entendimento dos gregos algo que precisasse mudar já indicaria que não era perfeito, pois se fosse, não precisaria de mudanças.

 

Na cultura judaica, que regia os ensinos de Jesus e de seus apóstolos, o entendimento é de que a perfeição é uma realidade relacional e moral. A santificação não significa perfeição. Ela é contínua e progressiva. Só alcançaremos a perfeição e a santificação completa quando formos arrebatados pelo Senhor e recebermos um corpo glorificado. Jesus é o padrão divino de santidade para a humanidade, e quanto mais próximo chegarmos deste padrão, melhor.

 

2. A graça divina viabiliza que o cristão agrade a Deus com sua vida.

Sabemos que não existe ninguém perfeito a não ser Deus. O cristão é coparticipante da natureza divina, mas está sujeito a falhas, a pecar (2 Pe 1.3,4). Essa verdade pode levar algumas pessoas a pensarem que não é possível alguém agradar a Deus. As pessoas têm talentos, habilidades e personalidade que as diferenciam como indivíduos.

 

Na área da santidade não é diferente, elas lidam de forma distinta com determinadas situações, mas todas podem agradar a Deus à sua maneira, mediante a graça, que possibilitou a nossa justificação por meio do sacrifício de Cristo e o perdão de nossos pecados (1 Jo 1.9). A graça de Deus alcança a todos que creem e buscam misericórdia.

 

3. O arrependimento é a base para a santificação.

Arrependimento não se fabrica, ele deve ser reate sincero. O cristão não pode viver na prática do pecado, mas em algum momento, inevitavelmente irá pecar (1 Jo 1.10). Para a restauração do homem será necessária uma conscientização do erro e o arrependimento para uma mudança de atitude. A tristeza segundo Deus, por causa dos pecados, conduz ao verdadeiro arrependimento (2 Co 7.10).


Por isso, o arrependimento serve como base à santificação. O arrependimento não pode ser algo a ser procrastinado; o ideal é ocorrer quando o cristão percebe que ofendeu ao Senhor. Quando alguém fica procrastinando o arrependimento é porque ele ainda não aconteceu. O arrependimento não pode ser por medo do inferno ou de ser punido. O crente salvo é conduzido pela cruz e constrangido pelo amor de Deus (2 Co 5.14,15). Sem arrependimento não ocorre transformação de vidas.


SUBSÍDIO 1

Professor (a), inicie explicando que assim como recebemos o perdão de Jesus, nós também temos que oferecer o mesmo perdão aqueles que cometeram alguma falta contra nós. Em seguida, peça que um aluno(a) leia João 1.7. Explique que nos “tempos do Antigo Testamento, os crentes transferiram simbolicamente os seus pecados para um animal, que era então sacrificado. O animal morria em seu lugar para pagar por seus pecados e permitir que continuassem a viver na presença de Deus.

 

O Senhor gratuitamente lhes perdoava por causa de sua fé nEle e porque conhecia as suas ordens relativas ao sacrifício. Tais sacrifícios antecipavam o dia em que Cristo removeria completamente o pecado. A verdadeira purificação do pecado veio com Jesus, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo’ (1 Jo 1.29). O pecado, por sua natureza, traz a morte — este é um fato tão certo quanto a lei da gravidade. Jesus não morreu por seus próprios pecados. Ele não tinha nenhum.

 

Em vez disso, por uma transação que podemos nunca vir a entender completamente, Ele morreu pelos pecados do mundo. Quando entregamos e comprometemos nossa vida a Cristo, e deste modo nos identificamos com Ele, sua morte se torna a nossa. Ele pagou a pena por nossos pecados, e seu sangue nos purificou, Da mesma maneira que Cristo ressuscitou dos mortos, nós ressuscitaremos para uma nova vida de comunhão com Ele (Rm 6.4)” (Bíblia de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1781.)


II- A SANTIDADE E O PERDÃO

1. O cristão precisa aprender a se perdoar.

João afirma que o amor de Cristo gera fruto de santidade e nele não há lugar para o medo ou julgamento (1 Jo 4.17-19). Uma das grandes fontes de medo é 0 sentimento de culpa. O cristão precisa entender que a justificação e a santificação em Cristo salvam tanto da culpa quanto do poder do pecado. Conta-se que certa vez, Lutero teve um sonho em que o Diabo apareceu e lhe apresentou uma longa Lista de pecados cometidos por ele.

 

O Inimigo queria impor sobre Lutero a culpa e a condenação pelas suas inúmeras falhas. Lutero não negou os pecados, mas lembrou ao Diabo que algo estava faltando ser escrito naquela longa lista. Então, ele disse: Escreva no final da lista que o sangue de Cristo, vertido na cruz, me purifica de todo pecado (1 Jo 1.7). Todos os nossos pecados, tudo o que poderia nos condenar, foi cravado na cruz do Calvário (Cl 2.14).

 

2. O cristão precisa perdoar o seu próximo.

Paulo aponta a grande dívida do cristão salvo para com Deus. O uso metafórico do pecado como dívida era uma prática comum dos judeus (Lc 7.4142). O perdão ao próximo após a justificação, é colocado como uma condicional para o perdão de novas dívidas na vertical(Mt 6.12; Mt 18.21-27).

 

Infelizmente, algumas pessoas estão despercebidas da realidade da mensagem na oração do Pai-Nosso: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6.12). Esta frase condiciona o nosso perdão à maneira como perdoamos a quem nos tem ofendido. Você já pensou na seriedade dessa afirmação? Como você tem lidado com aqueles com quem não simpatiza ou tem lhe ofendido? Como acha que Deus tratará tal situação? Liberte-se hoje, abandone essa carga pesada causada pela falta de perdão e continue a caminhada da santidade.

 

3. O cristão deve ser livre da raiz de amargura.

A raiz da amargura pode surgir, dependendo de como se lida com a ofensa recebida. Por um lado, se a ofensa não for tratada e perdoada a pessoa ficará ferida e presa ao seu ofensor. Contudo, se a ofensa for tratada e a pessoa ofensora for perdoada, haverá restauração total, com total liberdade para uma vida de santificação.

 

O autor de Hebreus relaciona a plena santificação, condição para ver e ter uma vida eterna com Deus, com a raiz de amargura: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem” (Hb 12.14,15). É preciso ter cuidado para que nenhuma raiz de amargura brote em seu coração e venha atrapalhar sua comunhão com o Senhor.

 

SUBSÍDIO 2

Professor (a), explique que “pelo fato de Deus perdoar todos os pecados que cometemos, não devemos negar perdão a nossos semelhantes. À medida que entendemos 0 completo perdão de Cristo em nossa vida, devemos demonstrar uma atitude de perdão em relação aos outros. Se não o fizermos, colocamo-nos acima da lei do amor de Cristo” (.Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 188).


III- EXEMPLOS DE PESSOAS ARREPENDIDAS

1. Zaqueu, o chefe dos publicanos (Lc 19.1-10).

Jesus, ao passar por Jericó, teve um encontro com Zaqueu, chefe dos publicanos, Ele era de pequena estatura e rico. Os publicanos não eram bem-vistos pelos judeus, pois eram aliados das forças de ocupação romanas e tinham como principal atribuição coletar impostos de seus compatriotas para serem entregues a César. Por isso, eles eram odiados pelos judeus, considerados traidores da pátria e do povo.


Zaqueu estava ansioso para ver quem era o Senhor, mas a multidão ao redor de Jesus tornava quase impossível vê-lo. Então, ele sobe em uma figueira brava, um sicômoro. Ao chegar ao local, Jesus olha para Zaqueu e pede para se hospedar em sua casa, o que foi considerado pelos judeus um ato de traição (Lc 19.7). Na casa de Zaqueu, o resultado da bondade de Jesus logo é manifesto na fala do anfitrião: “Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se em alguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado” (Lc 19.8).


A resposta de Jesus é objetiva e assertiva: “Hoje, veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão” (Lc 19.9). Um exemplo de transformação duradoura de uma pessoa constrangida pela bondade e o perdão de Jesus.


2. A mulher pega em flagrante adultério (Jo 8.3-11).

João conta que os escribas e fariseus trouxeram a Jesus uma mulher apanhada em flagrante adultério e perguntaram-lhe: “Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando, e, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas, Tu, pois, que dizes?” (vv. 4,5).


Na Lei estava escrito que o homem adúltero e a mulher adúltera deveriam ser punidos com a morte (Lv 20.10). Fica explícita a má intenção dos escribas e fariseus, pois só apresentaram a mulher. Nem mesmo o marido dela é mencionado. Todavia, Jesus não debate a respeito da Lei, pois Ele estava interessado em resgatar a mulher.


Ela estava em uma situação humilhante e opressiva, em nome de uma falsa santidade. Jesus, depois de se inclinar e escrever na terra, por insistência dos acusadores, se levanta e responde: “Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela” (v. 7b). Jesus, mais uma vez, inclina-se e volta a escrever na terra. Os acusadores, como viviam uma santidade de “fachada”, saem desiludidos.


Jesus, se levanta e percebendo que está a sós com a mulher, então pergunta: “Ninguém te condenou?” A mulher responde: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus disse-lhe: “Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais”. Jesus não a humilhou, não fez um longo sermão, simplesmente a aconselhou: “não peques mais”. As palavras de Jesus são um chamamento para uma vida de santidade.


CONCLUSÃO

Nesta lição, nós aprendemos que não existe perfeição humana, mas mediante a graça de Deus o cristão que busca uma vida de santidade pode agradar a Deus, o crente precisa perdoar a si mesmo, ao próximo e deixar toda raiz de amargura, bem como buscar o arrependimento sincero, que é a base para o caminho de santidade.


HORA DA REVISÃO

1) Santidade significa perfeição?

Santidade não significa perfeição, A santificação é contínua e progressiva.

2) Na cultura judaica o que significava perfeição?

Na cultura judaica, que regia os ensinos de Jesus e de seus apóstolos, o entendimento é de que a perfeição é uma realidade relacional e moral.

3) Qual a base para a santificação?

O arrependimento é a base para a santificação.

4) O que a experiência do amor de Cristo gera em nós?

João afirma que a experiência do amor de Cristo gera fruto de santidade e nele não há lugar para o medo ou do julgamento (1 Jo 417-19).

5) Transcreva um versículo que trata a respeito do perdão.

Sugestão: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6.12).

Este E-book é uma verdadeira fonte informativa para os novos e os veteranos professores de Escola Bíblica.


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Lição 9 - A Santidade é a Marca do Crente

📝 Tema: SEPARADOS PARA DEUS – Buscando a Santificação para vermos o Senhor e sermos usados por Ele| 1° Trimestre de 2023 – CPAD

🎓 Classe: Jovens – Revista do professor

Comentarista: Natalino das Neves


TEXTO PRINCIPAL

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (1 Pe 2.9)


RESUMO DA LIÇÃO

A santidade é a marca do crente tanto no Antigo Testamento quanto no Novo.


LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – Êx 19.5

Propriedade peculiar do Senhor

TERÇA – Lv 16.11,15,34

Expiação pelo pecado

QUARTA – Hb 12.14

Sem santificação ninguém verá ao Senhor

QUINTA – 1 Ts 4.3

A vontade de Deus é a nossa santificação

SEXTA – Rm 12.1

Um culto racional

SÁBADO – 1 Pe 2.5

Sacerdócio santo


OBJETIVOS

🎯 MOSTRAR que a santidade é a marca do crente no Antigo Testamento;

🎯 SABER que a santidade continua sendo exigida no Novo Testamento;

🎯 APONTAR a superioridade do culto oferecido pelo crente no Novo Testamento, o culto racional.


INTERAÇÃO

Professor (a), na lição deste domingo veremos que a santidade no Antigo Testamento estava diretamente relacionada com o Tabernáculo, enquanto no Novo Testamento está relacionada ao sacrifício de Cristo como cumprimento da Lei. O sacrifício perfeito de Jesus Cristo inutilizou os sacrifícios do Antigo Testamento e apresenta o culto racional como a nova forma de adoração a Deus em santidade (Rm 12.1,2). No Novo Testamento “Deus deseja que nos ofereçamos como sacrifício vivo. Ele não quer o sacrifício de animais. Isto significa que devemos deixar de lado os nossos desejos para segui-lo, colocando nossa energia e recursos à sua disposição, confiando para nos guiar. Agimos deste modo como uma demonstração de nossa gratidão, por nossos pecados terem sido perdoados” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1572).

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor (a), para esta aula sugerimos que você reproduza e amplie a imagem do Tabernáculo ao lado. Essa imagem foi extraída da Bíblia de Estudo Pentecostal, página 158. Utilizando a imagem, mostre todas as suas divisões. Explique também a respeito de seus mobiliários e a função tipológica de cada um. Faça a conclusão da atividade mostrando como o sacrifício de Jesus foi superior. Ele foi apresentado na presença de Deus, perfeito e único, abrindo o caminho para a confissão, adoração e louvor diretamente a Deus.


TEXTO BÍBLICO

Êxodo 19.5,6

5 Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu concerto. Então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha.

6 E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel


Romanos 12.1,2

1 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.

2 E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.


1 Pedro 2.9,10

9 Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.

10 Vós que, em outro tempo, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia.


INTRODUÇÃO

A santidade é exigida tanto no Antigo Testamento quanto no Novo. Todavia, no Antigo Testamento o povo era considerado santo por meio de sacrifícios de animais. No Novo Testamento, o crente é santificado mediante o sacrifício perfeito de Cristo. Como filhos(as) de Deus agora devemos oferecerão Senhor um culto racional e viver de maneira santa, justa e piedosa.

I- A SANTIDADE COMO MARCA DO CRENTE NO ANTIGO TESTAMENTO

1. Propriedade de Deus (Êx 19.5,6).

O livro de Levítico apresenta dois temas importantes e que se sobressaem: a expiação — procedimentos sacrificiais que dizem respeito à remoção do pecado, a restauração da comunhão com Deus — e a santidade. De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal, esse livro foi escrito para “instruir os israelitas acerca do acesso a Deus por meio do sangue expiador e para mostrar o padrão divino, da vida santa, que deve ter o povo escolhido de Deus.”


O Senhor estabeleceu uma aliança com os hebreus e essa aliança exigia santidade e compromisso a fim de que os outros povos pudessem ter o conhecimento de Deus. Os israelitas são advertidos, várias vezes, para não adotarem as práticas dos demais povos. Eles deveriam ter a marca de Deus, a santificação.


2. O Tabernáculo como lugar de adoração e santidade.

O Tabernáculo e os serviços realizados nele revelam a santidade de Deus e do seu povo. Os sacerdotes recebiam as ofertas do povo, que tinha acesso somente ao Átrio do Tabernáculo, também chamado de Pátio, A partir daí, somente os sacerdotes e sumo sacerdotes continuavam com a oferta e a adoração.


No Átrio, ficavam o altar de Bronze, para oferta e sacrifícios, e a Pia de Cobre, para purificação das mãos e pés dos sacerdotes com água, antes de entrarem no interior do Tabernáculo para ministrar nos seus dois compartimentos: o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo ou Santo dos Santos (Êx 38.1-6). No lugar Santo havia três mobiliários com significados importantes: o castiçal de ouro (Êx 25.31-37): a mesa com os pães da proposição (Êx 25.30) e o altar de Incenso (Êx 30.1-10).


No Santos dos Santos somente o sumo sacerdote podia entrar como representante de todo o povo e havia somente um único móvel, a Arca da Aliança (Êx 25.10-15), que guardava em seu interior as Tábuas da Lei (Dt 10.1-5). um vaso de ouro com maná do deserto (Êx 16.33-36) e a vara de Arão (Nm 17.10).


3. A santidade como purificação do pecado de injustiça.

O convite de Deus para se aproximar dEle vai além de uma relação mais íntima, o seu povo deveria se comprometer com a prática da justiça, pois como afirma Isaías, “Deus, o Santo, será santificado em justiça” (Is 5.16b). A tradição sacerdotal priorizava a pureza ritual, enquanto os profetas prezavam pela pureza da justiça social e equidade nas relações humanas.


Já os livros poéticos e sapienciais apontam para a pureza da moralidade individual. Deus também age com justiça contra Israel, pois Ele é Justo e imparcial (Is 11.3-6). O salmista pergunta: “Quem subirá ao monte do SENHOR ou quem estará no seu lugar santo?’ Ele mesmo responde. “Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente” (Sl 24.3,4). Todo ser humano tem o poder em suas mãos em determinado momento de sua vida, por mais simples que seja, o que ele faz com isso, revelará o seu caráter e sua obediência ao Senhor.


PENSE! No Santos dos Santos somente o sumo sacerdote podia entrar como representante de todo o povo.


PONTO IMPORTANTE! Depois do sacrifício de Jesus Cristo o véu do Templo foi rasgado e hoje temos acesso à presença de Deus.


SUBSÍDIO 1

“Rm 12.1 – […] que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”. Que podemos entender por ‘apresentar vossos corpos?’ É através do corpo e dos seus membros que a nossa natureza interior se manifesta. O apelo de Paulo é um apelo à consagração. O ato de consagrar alguma coisa implica em dedicar e separar essa coisa. Oferecer os nossos corpos em sacrifício vivo implica em reconhecer que Deus está pronto a abençoar. Porém, quando o apelo vem com ‘apresenteis’ indica o que o crente pode fazer para cumprir e fazer o que Deus quer que faça.


A consagração envolve dois atos: o de Deus e o nosso. O nosso ato é apresentar-nos: o de Deus é tornar-nos aptos para pôr em prática a sua vontade. O nosso ato é impelido de dentro e nos leva a fazer, espontaneamente e racionalmente a sua vontade. Não temos condição de tornar-nos ‘santos’ só porque queremos, pois precisamos da indispensável ajuda do Espírito Santo para sermos santificados”.


Rm 12.1 – ‘Sacrifício vivo’. Não significa um sacrifício físico literal, mas espiritual. No Antigo Testamento os sacrifícios eram literais, No Novo Testamento, a ordem dos sacrifícios contínua, mas dentro de uma perspectiva espiritual.” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. p. 134.135)


PROFESSOR (A), “os profetas hebreus anteviam tempos em que Deus purificaria toda a raça humana e o mundo no qual ela habita. Deus revelou que levaria a efeito essa grande obra de purificação mediante o seu Espírito (Zc 4.6). Como consequência, os profetas frequentemente empregavam vocábulos dos rituais de purificação realizados no Templo para descrever a obra divina. Deus promete, ainda, que restaurará Israel e Judá à sua terra e os purificará (Ez 37.21-23). As cidades seriam reedificadas, e a terra se tornaria como o jardim do Éden” (JENNEY, Timothy P. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. ig.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 417)

 

II- A SANTIDADE CONTINUA SENDO EXIGIDA NO NOVO TESTAMENTO

1. A justificação pela fé e a santificação por meio do sacrifício de Cristo.

Vimos que no Antigo Testamento a santidade estava diretamente relacionada com a Lei de Moisés, o Tabernáculo e a prática da justiça. No Novo Testamento, a função da lei no plano de salvação vai ficando mais clara, principalmente nos escritos do apóstolo Paulo, afirmando que a lei era insuficiente para salvar. Ela serviu como preceptora para se chegar a Cristo.

 

A morte de Jesus é acompanhada de sinais (Mt 27.51-56), e um deles foi o Véu do Templo, a separação do Lugar Santíssimo, símbolo de inacessibilidade do ser humano a Deus rasgou-se em dois de alto a baixo. Uma das demonstrações que Jesus estava cumprindo a Lei, e inutilizando qualquer forma de sacrifício para justificação. Agora quem crê em Cristo, por meio de seu sacrifício, tem o privilégio de entrar na presença de Deus e ser considerado justo (Hb 10.19-22). Por meio do sacrifício de Cristo o crente é justificado e santificado.

 

2. A santidade da Igreja de Cristo.

Jesus cumpriu sua missão e retornou ao Pai, porém, Ele não retirou a Igreja do mundo (Jo 17), mas deixou-a para representar-lhe, anunciando seu Evangelho. A Igreja não pode se deixar vencer pelo mal (Jo 17.15). O cristão, guiado pelo Espírito Santo, torna-se embaixador de Cristo, conforme Paulo afirma à igreja de Corinto (2 Co 5.20). A Igreja, por meio dos discípulos, recebeu de Jesus uma vocação, a qual deve se manter fiel.

 

A principal marca que deve identificar a Igreja neste tempo pós-moderno continua sendo a santidade. Estando no mundo, mas com comportamento que inspire ser replicado e referenciado no trabalho, no comércio, na política, nos negócios, entre outras áreas. A Igreja tem conquistado espaços em nossa sociedade, mas será que tem feito a diferença, tem sido santa (separada) em sua forma de agir?

 

3. A santidade é exigida tanto no Antigo Testamento como no Novo.

Encontramos, no Pentateuco, a seguinte recomendação divina ao povo de Israel: “Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2). Este texto é citado no Novo Testamento pelo apóstolo Pedro com a mesma reverência (1 Pe 1.15,16). O profeta Isaías revela Deus como o Santo de Israel (Is 17.7; 4114). De forma semelhante, o apóstolo Paulo se refere aos crentes de Roma como um povo santo (Rm 1.7).


Já sabemos que a santidade é exigida tanto no Antigo Testamento quanto no Novo. Todavia, a Igreja tem uma responsabilidade maior, pois recebeu a revelação maior de Deus por meio de Cristo, bem como pôde evidenciar o cumprimento do que estava previsto no Antigo Testamento, a saber, a redenção por meio do sacrifício perfeito de Cristo como sumo sacerdote perfeito. Seja você um representante de Deus nesta sociedade por meio de uma vida de santidade.

 

PENSE! Por que a santidade é exigida em toda a Escritura Sagrada?

PONTO IMPORTANTE! Porque Deus é santo.

 

SUBSÍDIO 2

Professor (a), explique aos alunos que segundo a lei, ao sacrificar um animal, o sacerdote deveria matá-lo, cortá-lo em pedaços sobre o altar. Todavia, o mais importante e o que Deus realmente exigia era a obediência. Fale que “nossa decisão de escolher a Deus não é apenas pessoal para nós, mas ela também é pessoalmente relevante em relação a Ele, pois encara nossas escolhas e nossos pecados de forma bastante pessoal. Quando pecamos, sejam quais forem as especificidades do pecado, servimos a um ídolo, a alguém ou a algo que não seja Deus. E isso, é uma afronta pessoal a Ele.

 

Além disso, Deuteronômio e o resto da Bíblia, às vezes, referem-se à desobediência como falta de crença no Senhor. Você já havia pensado nisso antes? A essência, o pecado é basicamente não crer em Deus. E o foco dessa descrença são os ídolos. De certo modo, o Senhor tem rivais que disputam o coração de seu povo.” (DEVER. Mark. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética. Rio de Janeiro: CPAD, 2015. pp. 168.169.)

 

III - O CULTO RACIONAL NO NOVO TESTAMENTO

1. Consagrando o corpo como sacrifício vivo.

No Antigo Testamento, uma das práticas principais do Tabernáculo era o sacrifício de animais. Estes rituais serviram para apontar para Cristo, encobrir os pecados, mas não eram eficazes para removê-los (Hb 10.3.4). O novo convertido passa a ter acesso ao sacrifício único e perfeito realizado por Cristo, porém, isso não elimina a consagração a Deus.

 

Exige-se uma consagração autêntica, e não mecânica e repetitiva. Paulo revela como entrar em comunhão com Deus, uma vez que os antigos rituais não eram mais necessários. O culto agora deveria ser realmente espiritual, onde o adorador entrega sua própria vida, seguindo o exemplo de Jesus, o corpo do crente passa a ser o lugar de encontro e da comunhão, lugar privilegiado na adoração, o templo do Espírito Santo (1 Co 3.16).

 

2. Consagrando a Deus o espírito, o corpo e a alma.

O apóstolo Paulo orienta o crente a oferecer o corpo como sacrifício vivo e santo para Deus (Rm 12.1). No Antigo Testamento, a santidade era uma das preocupações dos sacerdotes. O povo era responsável por levar o sacrifício, mas era o sacerdote quem o oferecia, por isso ele deveria seguir todas as recomendações da Lei.

 

Os sacrifícios deveriam ser repetidos todos os anos (Hb 10.3). Na nova aliança, o crente não precisa mais de intermediários, pois cada crente é um sacerdote santo para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus (1 Pe 2.5). O salvo passa a adorar a Deus por meio de seu próprio corpo, de forma integral (espírito, alma e corpo). O cristão deve oferecer o seu espírito, corpo e alma de forma exclusiva (separada) para Deus.

 

3. Consagrando o corpo de forma agradável a Deus.

Deus se interessa pelo interior das pessoas, onde está o verdadeiro ‘eu’, mas é inegável que o interior se reflete no exterior. Desse modo, como devemos cuidar do Templo do Espírito Santo? O estudo dessa lição é um bom momento para refletirmos a respeito da mordomia do corpo, para que possamos considerá-lo a Deus de forma agradável.

 

Dentre vários cuidados, podemos citar a alimentação saudável. Alguns crentes levam uma vida desregrada e quando as consequências deflagram no corpo eles correm para Deus, como se Ele tivesse obrigação de curá-los. No entanto, devemos oferecer o melhor ao nosso corpo para que estejamos prontos para o serviço do Mestre. Isso é agradável a Deus.


PENSE! Você tem preservado o seu corpo, Templo do Espírito, em santidade?


PONTO IMPORTANTE! A santidade é requerida pelo Senhor para os crentes de todos os tempos. Nosso corpo é Templo do Espírito Santo, por isso deve ser mantido puro e santo para uso exclusivo de Deus.


SUBSÍDIO 3

Professor (a), explique que nosso maior desejo deve ser uma vida de santidade, e sermos aceitos por Deus. Para isso, precisamos separar-nos do mundo e nos aproximar cada vez mais de Deus. Devemos viver para o Senhor, adorá-lo, obedecer-lhe; pôr-nos ao pecado e apegar-nos à justiça; resistir e repudiar o mal, ser generosos com o próximo na prática de boas obras, imitar a Cristo, segui-lo, servi-lo. andar na direção do Espírito Santo e ser cheio dEle.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1721.)

 

CONCLUSÃO

Aprendemos, nesta lição, que a santidade é uma marca do crente. Ela é exigida tanto no Antigo Testamento quanto no Novo. No entanto, com a revelação progressiva de Deus e o sacrifício de Cristo na cruz, o crente não precisa mais de intermediários, pois cada um possui um sacerdócio santo para oferecer sacrifício espiritual e agradável a Deus.


HORA DA REVISÃO

1) Segundo a lição, quais são os dois temas importantes do livro de Levítico? A expiação, procedimentos sacrificiais que dizem respeito à remoção do pecado, a restauração da comunhão com Deus e a santidade.


2) Qual o propósito do livro de Levítico? Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, esse livro foi escrito para “instruir os israelitas acerca do acesso a Deus por meio do sangue expiador e para mostrar o padrão divino, da vida santa, que deve ter o povo escolhido de Deus.”


3) O que revela o Tabernáculo e os serviços realizados nele? Revelam a santidade de Deus e do seu povo.


4) O que a tradição sacerdotal priorizava? A tradição sacerdotal priorizava a pureza ritual.


5) No Antigo Testamento, a santidade estava relacionada a quê? No Antigo Testamento a santidade estava diretamente relacionada com a Lei de Moisés, o Tabernáculo e a prática da justiça.

Este E-book é uma verdadeira fonte informativa para os novos e os veteranos professores de Escola Bíblica.


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