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Assunto da Revista: OS ATAQUES
CONTRA A IGREJA DE CRISTO:As Sutilezas de Satanás nestes Dias que Antecedem a Volta
de Jesus Cristo
📚TEXTO ÁUREO
“Mas o Espírito expressamente
diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores e a doutrinas de demônios.” (1 Tm 4.1)
💡VERDADE PRÁTICA
De
forma sutil e sorrateira, o Diabo desfere ataques à Igreja. É preciso que cada
crente saia ao combate com as armas espirituais dadas por Deus.
A
análise do tema “batalha espiritual” no presente capítulo enfoca o conjunto de
crenças e práticas neopentecostais que alcançou espaço considerável em nosso
meio.
A nossa batalha Espiritual inicia quando entregamos a nossa vida a Cristo e só terminará quando nos encontrarmos com Ele para vivermos em nosso Lar celestial (Ef 6.10-18; Jo 14.1-3).
Existe
um mundo habitado por seres malévolos e invisíveis que se opõem à Igreja e às
obras de Deus. São os poderes ocultos das trevas dos quais os crentes devem se
proteger pela força do poder de Deus.
“A Igreja está em contínua batalha contra o reino
das trevas, contra Satanás e seus correligionários, os demônios. No último
capítulo de Efésios, versículos 10,11 e 12, o apóstolo Paulo aborda a natureza
da batalha espiritual, enfatizando que só em Cristo é possível combater os
poderes demoníacos e ter vitória”.[1]
Quem são os inimigos da Igreja de
Jesus? Como eles estão organizados?
O Apóstolo Paulo esclarece:
“[...] contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das
trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares
celestiais (Ef 6.12 – ACF)”.
Pergunta:
O capítulo 12 do Apocalipse fala de uma batalha no céu envolvendo Satanás e o
Arcanjo Miguel. Sendo assim perguntamos:
Essa
Batalha já aconteceu? Essa Batalha diz respeito à queda original de Satanás?
Leitura
Bíblica em Foco: Apocalipse 12. 7 – 10:
Então estourou a guerra no céu. Miguel
e os seus anjos lutaram contra o dragão. Também o dragão e os seus anjos
lutaram, mas não conseguiram sair vitoriosos e não havia mais lugar para eles
no céu. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e
Satanás, o sedutor de todo o mundo. Ele foi atirado para a terra, e, com ele,
os seus anjos.
Então ouvi uma voz forte no céu,
proclamando:
“Agora veio a salvação, o poder, o
reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador
de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite diante do nosso Deus”
(NAA).
Informa-nos o autor
sagrado ter sido Jó o homem mais rico do Oriente. Ninguém possuía tanto gado;
ninguém comandava tantos servos e servas. Suas terras sumiam no aquilão,
desapareciam no austro; nelas, a cultura era diversa e rica. Não bastassem os
regalos materiais, concedera-lhe ainda o Senhor uma imensa sabedoria
espiritual. E só ler o capítulo 31 do livro que lhe leva o nome, para se
embevecer com a formosura de seu caráter. O próprio Senhor, quando rebatia a
insolência do Diabo, deu-lhe este testemunho: “Notaste porventura o meu servo
Jó, que ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, que teme a
Deus e se desvia domai?”, Jó 2.3.
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ESTUDE A BÍBLIA À DISTÂNCIA
Um dia, porém, intentou
o maligno afrontar ao Todo-Poderoso com uma virtual fraqueza de Jó. Conjeturava
o adversário residir a piedade do patriarca apenas nas riquezas formidáveis que
lhe confiara o Senhor. Então, que ele seja tocado nos bens: blasfemará com
certeza; que perca a fazenda com as suas novidades: certamente apostatará.
Com este silogismo já
montado; com esta já ajeitada, e já tendo costurado esta premissa, vai o
Inimigo à presença do Senhor, e incita-lhe a ira contra o bondoso homem.
1.
As provações de Jó
Como era intenção do
justo Deus provar ao seu servo, autoriza o demônio a bulir-lhe nos bens. Assim,
toda a riqueza de Jó desaparece num único dia.bHouvesse uma guerra, e o
patriarca não ficaria empobrecido tão depressa.
Suas provações não se
limitaram aos bens materiais. Naquele mesmo dia morrem-lhe os sete filhos e as
três filhas. Sob o peso destas tragédias, rasga as vestes, curva-se e adora ao
Senhor. Embora lastimável fosse o seu estado, enaltece o Altíssimo. Nenhum impropério
deixa-lhe os lábios. Eis porque Jó, juntamente com Noé e Daniel, é considerado
um dos homens mais fiéis de todos os tempos (Ez 14.20).
Ainda duvidando de
tanta sinceridade, julga o Diabo poder incitar uma vez mais o Senhor contra o
homem que era a mesma paciência. Desta feita, quer-lhe a carne ferida e
lacerada. Dirige-se, então, o caluniador ao Eterno: “Pele por pele, e tudo
quanto o homem tem dará pela sua vida”, Jó 2.2. De repente, uma chaga começa a
tomar-lhe o corpo. Vai a doença evoluindo e amargurando-lhe o que a vida lhe
deixara de vida. E a tortura espiritual? Veio também. Numa primeira instância,
com o louco conselho que lhe dá a esposa: “Amaldiçoa o teu Deus, e morre”. Na
instância seguinte, com o debate teológico, ético e filosófico que trava com os
seus sempre molestos amigos.
2.
As lições que nos ensina Jó
Em todas estas
angústias, Jó não blasfemou contra o Senhor, nem ao Diabo culpou. Intimamente,
sabia estar sendo provado. Como fugir ao crisol? Como escapar ao cadinho?
Depois daquelas experiências, reerguer-se-ia mais sábio. Mais compreensivo,
reerguer-se-ia. Gerações aprenderiam com os seus sofrimentos. Decorridos três
milênios e meio (julga-se que a história de Jó haja passado nos dias de
Abraão), podemos extrair preciosíssimas lições das angústias a que o Senhor o
submetera.
2.1 Primeira lição
A primeira coisa a
aprendermos com Jó é que, embora o Diabo nos queira arruinar, não logrará seus
intentos: estamos nas mãos do Senhor. Fosse o patriarca agir como alguns
crentes que vivem a frequentar as chamadas reuniões de libertação, culparia
imediatamente o vizinho incrédulo, o amigo idólatra ou o pai-de-santo.
Descarregaria a cólera contra o demônio; esbravejaria contra o inferno. Apesar
de tudo, o mal continuaria mal; a luta permaneceria luta.
Sabia Jó estar a sua
vida guardada no Senhor. Se tivermos também ao Eterno como broquel,
achar-nos-emos mais que seguros: o maligno nada poderá contra nós.
Infinitamente mais poderoso é o que se encontra conosco: Jesus.
Sim, ainda que o mesmo
demônio tente destruir-nos, nada fará contra nós sem a expressa permissão
do Todo-Poderoso. Não o
demonstra os episódios seguintes da história de Jó?
Percorrendo a poesia
deste grande livro da Escritura Sagrada, vemos como o Senhor preserva a vida ao
patriarca. Quer no auge da luta, quer no âmago da tribulação, garante-lhe o
Senhor o refrigério final.
Quando o mal nos
atingir; quando a doença tirar-nos o vigor; quando a perturbação invadir-nos a
paz, não percamos a serenidade. Quando nuvens negras nos encobrir o arraial,
miremos o horizonte: o sol há de aparecer sempre.
Nestas estações tão
difíceis, recolhamo-nos ao cárcere com Paulo. Em meio as algemas do sofrimento,
aprendamos com o apóstolo as lições da paciência e da longanimidade.
Encarcerado em Roma,
distante dos seus e afastado da comunhão dos redimidos, soube o grande campeão
do Evangelho tirar proveito de toda aquela situação. Não amaldiçoou a Nero, nem
imprecou a guarda pretoriana. Não ousou pronunciar impropérios contra Satanás,
nem mofou dos deuses romanos. Por que mofaria dos deuses de Roma? Nada eram,
representavam: por que mofar do que não existe? Mas, como bom soldado de
Cristo, falou de Cristo a todos. Ouviram-nos os soldados; até a casa de César o
ouviu. Fez depois este relato aos irmãos de Filipos: “Segundo a minha intensa
expectação e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda a
confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo,
seja pela vida, seja pela morte. Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é
ganho”, Fp 1.20-21
2.2 Segunda lição
Sabia também o
patriarca Jó: como servo de Deus, teria de ser acrisolado. Afinal, somos aos
olhos do Senhor mais preciosos que o ouro. Se o ourives prova o metal que
perece, por que o Divino Artífice não provará o ouro que vaza a eternidade? Se
fomos comprados por bom preço; se representamos as primícias deste mundo, e se
professamos acreditar num Deus que tudo pode, por que iríamos ignorar as
provações? Por mais dolorosas que sejam, não podemos evitá-las.
Como seria triste se,
no auge das provações, passássemos a considerá-las uma armação maligna!
Acontecesse tal, já estaríamos perdendo em bênçãos celestes e eternas
consolações.
Infelizmente, não são
poucos os que acreditam terem os trabalhos de macumba efeitos danosos sobre os
servos de Deus. Num desespero injustificado, perdem a paz, e rogam a oração da
igreja para que as mandingas lhes sejam desfeitas. Ora, acreditar em macumbaria
é desconhecer o que Paulo disse aos irmãos de Corinto: “Sabemos que o ídolo
nada é”.
Neste sentido, são os
crentes superticiosos os maiores propagandistas dos poderes das trevas. Em seus
testemunhos, falam na macumba; referem-se medrosamente aos pais-de-santo; e, se
for o caso, estão dispostos até a lançar mão dos talismãs. Se a luta os acha,
culpam o adversário e execram o centro espírita. Será que eles ainda não sabem
que é Deus quem está no comando de todas as coisas?
Se os pastores
ensinassem melhor suas ovelhas, tenho certeza de que a propaganda do inferno
diminuiria em nossas igrejas. Os crentes passariam a falar mais de Cristo.
Quando a luta chegasse; quando a provação aparecesse, então estariam mais
preparados para enfrentar as adversidades. Enfim, não perderiam tanto tempo com
bobagens.
Em relação aos
macumbeiros não podemos nos portar como vítimas, e sim como evangelistas.
Devemos pregar-lhes o Evangelho para que se arrependam de seus pecados e venham
a aceitar Cristo. Devemos amá-los, orar por eles e demonstrar-lhes que são
objeto dos cuidados divinos.
Conclusão
Estejamos sempre
sensíveis à voz de Cristo. Como o Senhor de todos nós, sabe quando e como
provar-nos. Quando Ele nos envolver com as provações; quando nos batizar com o
fogo da luta; quando nos passar pelo crisol, saibamos agradecer-lhe pelo
singular amor. Destas provações, tiraremos a perseverança de Jó; desta luta,
extrairemos a vitória que fez do patriarca um exemplo de fé e piedade. Deste
crisol, sairemos mais puros e reluzentes.
Por que culpar ao diabo
se quem nos prova é o Senhor? Por que tributar tanta honra ao príncipe das
trevas se é ao Senhor que cabe toda honra e toda glória? À semelhança de Jó,
saibamos assimilar as lições que a divina misericórdia nos lega todos os dias.
Se as lições são dolorosas, o alívio é bem maior. E que, no final, tenhamos a
fé galardoada.
Fonte: Jornal
Mensageiro da Paz, Outubro de 2004 | Acervo: Subsídios EBD | Artigo: Pr. Claudionor Corrêa de Andrade
Obs. Subsídio para a classe de Jovens.
Lição 9 – 1° trimestre de 2019.
I - Os Inimigos
1.
Inimigos que não Conhecem a Deus
Há uma guerra em curso contra o povo
de Deus e esse embate reflete um conflito cósmico muito maior, que não
conseguimos dimensionar. Não é um luta entre o mal e o bem, mas um combate do
mal contra o Bem Absoluto, inquebrantável. Nessa luta, claro, já se conhece o
vencedor, porque ninguém é páreo para Ele (Rm 8.37). O mal, porém, mesmo
conhecendo sua vocação de perdedor, não desiste de criar conflito contra os
servos do Altíssimo. Por isso, a Bíblia recomenda que o cristão utilize o
capacete da salvação, de maneira que a mente esteja bem protegida (Ef 6.17).
Diante disso, surgem inevitavelmente inimigos. Alguns deles sequer conhecem ao
Senhor, mas mesmo assim se levantam para combater contra o povo de Deus.
Um deles oi Balaque, rei dos moabitas
(Nm 22.2-4), que compreendia que a força de Israel vinha de Deus, todavia,
ainda assim, tentou distorcer a vontade do Senhor (Js 24.9; Jz 11.25).
Lições Bíblicas do 1° trimestre de 2019 -
CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 3 de Março de 2019
TEXTO ÁUREO
"Portanto,
tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo
feito tudo, ficar firmes." (Ef 6.13)
VERDADE PRÁTICA
A metáfora do sistema militar, usada por
Paulo, mostra que estamos em guerra no mundo espiritual. Estejamos, pois,
cingidos com a armadura espiritual!
LEITURA DIÁRIA
SEG. 2 Co 10.4: As armas do cristão
são espirituais
TER. Cl 2.1: Pastorear o rebanho
do Senhor também é um combate
QUA. 1 Ts 2.2: Pregar o Evangelho já
é um grande combate espiritual
QUI. 1 Ts 5.8: A couraça e o capacete são
armas espirituais no combate ao pecado
SEX. 1 Tm 1.18: O apóstolo Paulo
compara a nossa missão como a de um militar
SÁB. 2 Tm 4.7: O apóstolo Paulo
combateu o bom combate e venceu
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Efésios
6.13-20
13-
Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau
e, havendo feito tudo, ficar firmes.
14-
Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a
couraça da justiça,
15-
e calçados os pés na preparação do evangelho da paz;
16-
tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos
inflamados do maligno.
17-
Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espirito, que é a palavra de
Deus,
18-
orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espirito e vigiando nisso com
toda perseverança e súplica por todos os santos
19-
e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com
confiança, para fazer notório o mistério do evangelho,
20-
pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como
me convém falar.
HINOS SUGERIDOS: 9, 212, 305 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Conscientizar que é a vontade de Deus que sejamos revestidos de toda a
armadura espiritual.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I- Mostrar a guerra e seu
sentido metafórico;
II- Discutira metáfora bíblica da
armadura;
III- Elencar outras armas usadas
como ilustração.
INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
É importante ter em mente que esta lição é um desdobramento da
anterior. Se na lição anterior vimos que há uma guerra espiritual, pois nossa
“luta não é contra carne e sangue", aqui, o apóstolo usa a metáfora da
armadura para mostrar a realidade dessa guerra. Assim, veremos que o apóstolo
usou os instrumentos bélicos como metáfora de uma realidade que todos vivemos.
Há uma batalha espiritual e, para enfrentá-la, precisamos estar bem preparados
com as armas espirituais. Devemos estar prontos, e armados, afim de lutarmos e
vencermos essa guerra. Boa aula!
PONTO
CENTRAL
Estamos em guerra no mundo espiritual.
VEJA O ÁUDIO LIÇÃO
INTRODUÇÃO
A
presente lição é a continuação da anterior. Lá vimos que existe uma batalha
espiritual e invisível entre os crentes em Jesus e o reino das trevas. Aqui,
vamos estudar como o apóstolo Paulo usou os instrumentos bélicos do sistema da
época como metáfora. Essa ilustração é um recurso didático importante porque
facilita a compreensão dos cristãos para o bom combate.
I. GUERRA
Segundo
o Dicionário Teológico Beacon, guerra é "o recurso das nações para tratar
de resolver diferenças pela força das armas. As guerras sempre são produtos da
pecaminosidade humana, seja por instigação imediata ou causa indireta".
Mas a legitimidade da guerra pode depender de sua motivação.
1. Ao longo dos
séculos.
Desde
a batalha dos israelitas contra Ai, por volta de 1400 a.C. (Js 8.21-26), até
Massada, em 73 d.C., a Bíblia registra cerca de 20 batalhas principais. Pessoas
de todas as civilizações antigas - egípcia, assíria, babilônica, grega e romana
- estavam acostumadas com a presença dos soldados no meio do povo. E a palavra
profética anuncia guerras até o fim dos tempos (Dn 9.26).
2. Os antigos.
Os
antigos encaravam a guerra como algo sagrado; esse era o contexto da época. Era
usual oferecer sacrifícios antes da partida das tropas militares para a batalha
a fim de invocar, das divindades, proteção e vitória (Jr 51.27). Essa prática
era também generalizada em Israel (1 Sm 13.10-12; Sf 1.7). Deus permitia e, às
vezes, até ordenava a guerra no período do Antigo Testamento (1 Sm 23.2-4).
3. Sentido metafórico.
O
tema sobre a guerra não aparece no Novo Testamento. A guerra é, em si mesma,
incompatível com o espírito cristão. Jesus nos ensinou: "Bem-aventurados
os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus" (Mt 5.9). A
guerra aparece nas Escrituras no sentido figurado para ilustrar a luta contra a
morte (Ec 8.8), da mesma forma que ilustra a maldade dos ímpios (Sl 55.21). Na
presente lição, o enfoque é metafórico, representando a nossa luta espiritual
contra os inimigos da nossa salvação (2 Co 10.3; 1 Tm 1.18).
SÍNTESE DO TÓPICO 1
A
guerra em si mesma é incompatível com o espírito cristão, mas aqui o apóstolo a
usa como metáfora afim de mostrar a realidade da batalha espiritual.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Para enriquecer a sua exposição do primeiro tópico seria
interessante fazer uma pesquisa sobre s guerra ao longo da história do mundo.
Por meio de sites confiáveis ou de revista especializada, tenha acesso a um
resumo sobre o contexto das guerras, principalmente primeira e segunda mundiais.
A ideia é que essa exposição tenha maior objetividade quando você se encontrar
munido de conhecimentos básicos sobre a guerra. Avalie a possibilidade de
compartilhar a sua pesquisa com a classe, seja em forma de artigo, resumos ou
resenhas.
II - A METÁFORA
BÍBLICA
"Guerra",
"batalha", "luta", "combate", "peleja"
são termos do dia a dia para indicarmos, muitas vezes, um debate ou discussão
e, também, para nos referirmos às dificuldades da vida. Mas a metáfora aqui se
aplica na defesa e no combate espiritual, na pregação e no ensino da Palavra.
1. A armadura do
soldado romano.
A
sociedade contemporânea do apóstolo Paulo conhecia com abundância de detalhes
toda a armadura do soldado romano. Efésios é uma das quatro epístolas da
primeira prisão de Paulo, juntamente com Filipenses, Colossenses e Filemom
(v.20; Ef 3.1; 4.1; Fp 1.13; Cl 4.3; Fm 9,10,13,23). Assim, o apóstolo escreveu
aos efésios de sua prisão domiciliar em Roma, vigiada pela guarda pretoriana
(At 28.16,30,31). Paulo convivia com esses soldados diariamente e conhecia com
detalhes a armadura daqueles que o vigiavam.
2. A armadura de Deus
(v.13).
Mesmo
depois de tomar toda a armadura de Deus, o apóstolo nos exorta a ficarmos
firmes. Depois da vitória, o soldado romano permanecia em pé e vitorioso. Paulo
acrescenta: "tendo cingidos os vossos lombos com a verdade" (v,14.a).
Isso significa usar a verdade como cinturão (Is 11.5). Essas metáforas são
apropriadas, pois usam as coisas da vida diária, conhecidas de todos, para
esclarecer verdades espirituais.
3. A couraça da
justiça (v.14).
É
uma armadura defensiva em forma de um manto de ferro feito de couro, tiras de
metal ou escamas de bronze (1 Sm 17.5). Sua função é proteger o pescoço, o
peito, os ombros, o abdome e as costas. Dependendo da época e da civilização, a
couraça chegava até a coxa. O apóstolo Paulo usa a couraça como metáfora para
ilustrar a defesa espiritual como "couraça da justiça" (v.14), um
abrigo contra as feridas morais e espirituais e uma proteção da justiça de
Cristo imputada ao pecador; é a "couraça da fé" (1 Ts 5.8).
SÍNTESE DO TÓPICO
2
A armadura do soldado romano representa a
armadura de Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Para este tópico é importante conhecer melhor o termo
"Justiça”:
Justiça
de Deus, [Do hb. tsadik; do
gr. dikaios; do lat. justitia]
Atributo moral e básico de Deus, manifestado pela fidelidade com que o Supremo
Ser trata seus propósitos e decretos. É a sua fidelidade com a própria
natureza. A justiça de Deus entra em ação todas as vezes que a sua santidade é agredida.
Sua justiça e santidade acham-se intimamente associadas; não se pode abstrair
uma da outra sem violar sua inefável natureza. Justiça Original. Condição moral
e espiritual que o ser humano recebeu de Deus quando de sua criação. O homem
era naturalmente bom. Tendia a executar o que era reto e justo. Mas o pecado
afetou-lhe a natureza de forma flagrante e quase que irremediável. Aceitando
porém a Cristo, os descendentes de Adão e Eva são, não somente justificados,
como transformados pelo Espírito de Deus. A regeneração faz com que
readquiramos a justiça original e passemos a viver sob o mando da justiça de
Cristo. Este ensino encontra-se na maioria das epístolas paulinas (Ef 4.24; Rm
8.29; 2 Co 3.18)" (ANDRADE, Claudionor de Corrêa. Dicionário Teológico.
Rio de Janeiro; CPAD, 1998, pp.197-98).
III - OUTRAS ARMAS
USADAS COMO ILUSTRAÇÃO
O
apóstolo Paulo não foi exaustivo ao elencar os instrumentos bélicos de sua
geração. Aqui vamos apresentar os demais elementos apresentados na sua lista.
1. Os calçados
(v.15).
O
termo hebraico naal, "sandália,
sapato", e o seu correspondente grego na Septuaginta e no Novo Testamento,
hypodema, "sandália", vem
do verbo hypodeo, "atar
debaixo", e diz respeito ao calçado formado por uma sola de couro que se
amarra ao pé com correias ou cintas. Era uma peça do vestuário usada pela
população civil (Jo 1.27; At 7.33). No caso do soldado, porém, era necessário
para segurança e prontidão na marcha (Is 5.27). Isso, na linguagem figurada,
remete a agilidade e prontidão na obra da evangelização e na pregação do
evangelho da paz.
2. O escudo da fé
(v.16).
O
escudo era o principal instrumento bélico de defesa na guerra. Trata-se de uma
peça fabricada a partir de vários materiais e em formatos diversificados. Os
israelitas tinham dois tipos: o primeiro, sinna,
"proteção" em hebraico, uma peça que cobria o corpo inteiro de forma
oval ou retangular, usada pela infantaria pesada (2 Cr 25.5); e, o segundo, magen, usado pelos arqueiros (2 Cr
17.17). O escudo é símbolo de proteção nas Escrituras. É usado de maneira
figurada desde o Antigo Testamento para mostrar Deus como o protetor dos seus
(Gn 15.1; Dt 33.9; 2 Sm 22.3); é comparado à salvação e à verdade de Deus (2 Sm
22.36; Sl 18.35; 91.4). O apóstolo Paulo usa a figura do escudo como proteção
para "apagar todos os dardos inflamados do maligno" (v.16), tais como
calúnia, malícia, concupiscência, ira, inveja e toda a sorte de desobediência.
Esse escudo nos protege das setas malignas (Sl 91.5).
3. O capacete da
salvação e a espada do Espírito (v.17).
O
capacete era uma cobertura para a cabeça feita de metal e internamente
acolchoada para o conforto do usuário e a proteção eficiente da cabeça. No
Antigo Testamento, a salvação é o capacete que Deus usa na batalha (Is 59.17).
Parece que Paulo segue nessa linha em outro lugar: "tendo por capacete a
esperança da salvação" (1 Ts 5.8). A espada literal é uma arma de ataque,
mas no sentido figurado é um símbolo de guerra, julgamento divino e autoridade
ou poder (Lv 26.25; Jr 12.12; Rm 13.4). A expressão paulina "espada do
Espírito" refere-se à Bíblia, pois as Escrituras Sagradas vieram do
Espírito Santo (2 Pe 1.21). Por isso, Paulo completa dizendo, "que é a
Palavra de Deus". Isso significa que a Bíblia é a Palavra de Deus, como
ela própria se declara (Mc 7-13; Hb 4.12).
4. A outra lista (vv.
18,19).
Oração
e súplica vêm permeadas entre esses elementos da armadura de Deus e permanecem
juntas a essas armas espirituais, que sem a oração seriam inúteis. A oração
deve ser em todo o tempo e com súplica no Espírito e vigilância (Mt 26.41; Fp
4.6; 1 Ts 5.17). As virtudes gêmeas, vigilância e perseverança, aparecem na
instrução para orarmos uns pelos outros. Quando um homem da estatura espiritual
do apóstolo Paulo pede a oração da Igreja em seu favor e pelo seu ministério
(v.20), isso mostra que não existe super-homem na igreja. Todos nós somos
dependentes do Senhor Jesus e contamos com a oração uns dos outros.
SÍNTESE DO TÓPICO
3
Os
calçados, o escudo da fé, o capacete da salvação e a espada do Espírito são
armas usadas como ilustração.
SUBSÍDIO DE
VIDA CRISTÃ
Deus quer trazer fé aos nossos olhos e aos nossos ouvidos, uma
realização viva do que seja a Palavra de Deus, do que o Senhor Deus quer dizer
e do que podemos esperar se crermos. Estou certo de que o Senhor deseja colocar
diante de nós um fato vivo que, pela fé, deve pôr em ação um princípio que está
dentro de nossos corações, a fim de que Cristo destrone todo o poder de
Satanás.
É isso que eu penso. O Reino dos Céus está dentro de nós, dentro
de cada crente. O Reino dos Céus é Cristo, é a Palavra de Deus.
O Reino dos Céus deve superar todas as demais coisas, até sua
própria vida. Tem que ser manifestado de maneira tal que compreendas que mesmo
a morte de Cristo traz à lume a vida de Cristo.
O Reino dos Céus é a vida de Jesus, é o poder do Altíssimo. O
Reino dos Céus é puro, é santo. Não tem doenças, nem imperfeição" (WIGGLESWORTH,
Smith. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro:
CPAD, 2003, pp.72-73).
CONCLUSÃO
Os
crentes precisam dessa armadura de Deus ainda hoje. Isso porque bem sabemos que
os inimigos da Igreja não são agentes humanos. Estão por trás deles os
demônios, liderados pelo seu maioral, o Diabo. Os recursos espirituais
apresentados aqui são importantes e poderosos para expelir todas as forças do
mal.
PARA REFLETIR
A respeito de "Conhecendo a Armadura de Deus", responda:
•Qual o enfoque da guerra na presente lição?
O enfoque é metafórico, representando a nossa luta espiritual contra os
inimigos da nossa salvação (2 Co 10.3; 1 Tm 1.18).
•O que significa cingir "os lombos com a
verdade"?
Significa usar a verdade como cinturão (Is 11.5).
•O que significa o uso dos calçados na linguagem
figurada?
Na linguagem figurada isso remete a agilidade e prontidão na obra da
evangelização e na pregação do evangelho da paz.
•De que o escudo da fé nos protege?
Esse escudo nos protege das setas malignas (Sl 91.5).
•A que se refere a expressão "espada do
Espírito"?
A expressão paulina "espada do Espírito" se refere à Bíblia,
pois as Escrituras Sagradas vieram do Espírito Santo (2 Pe 1.21).