Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Subsídios Lição 2: Somos Cristãos Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo? Subsídios...
Lição 8 - A Promessa de Paz
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Lições
Bíblicas Adultos 4° trimestre 2024 CPAD
Data
da aula: 24 de Novembro de 2024
TEXTO
ÁUREO
“Deixo-vos
a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o
vosso coração, nem se atemorize.” (Jo 14.27)
VERDADE
PRÁTICA
A
Paz do Senhor Jesus traz quietude e calma para a nossa alma, principalmente,
nos momentos difíceis da vida.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Fp 4.9
O Deus de paz está conosco em todo o tempo
Terça - Cl 3.15
A paz de Deus domina os corações dos que o temem
Quarta - Mt 5.9
Os pacificadores são bem-aventurados
Quinta - Rm 5.1
Por meio de Cristo temos paz com Deus
Sexta - Is 9.6,7
Jesus, o nosso Senhor, é o "Príncipe da
Paz"
Sábado - Fp 4.6,7
A paz de Deus excede todo o entendimento
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Números
6.24-26; Filipenses 4.6,7; 1 Pedro 3.10,11
Números
6
24
- O Senhor te abençoe e te guarde;
25
- O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti;
26
- O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.
Filipenses 4
6
- Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em
tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças.
7
- E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações
e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.
1 Pedro 3
10
- Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal,
e os seus lábios não falem engano;
11
- aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a.
Hinos Sugeridos: 3, 178, 364 da Harpa Cristã
INTRODUÇÃO
O
Senhor Jesus é identificado na profecia de Isaías como o “Príncipe da Paz”. De
seu principado deriva a paz de que todo ser humano precisa. Por isso, nesta
lição, estudaremos a respeito da promessa de paz que está presente na Palavra
de Deus. Veremos como a paz é representada no plano de Deus, bem como é
apresentada na perspectiva do mundo e, principalmente, a paz que Jesus prometeu
para cada um de seus seguidores.
PALAVRA-CHAVE: Paz
I
– A PAZ NO PLANO DE DEUS
1.
O significado de paz.
No
dicionário, encontramos os seguintes sinônimos para a palavra “paz”:
“tranquilidade”, “repouso”, “silêncio”, “sossego”. No Antigo Testamento,
encontramos a palavra “shalom” para “paz”, que tem o sentido de segurança,
bem-estar, saúde, prosperidade, paz (Nm 6.26); representando tudo o que há de
melhor para a vida. No Novo Testamento, em grego, a palavra “paz” é “eirene”,
com significado semelhante, contudo, enfatizando a ideia de quietude e repouso
(Fp 4.6).
2.
A Paz na bênção sacerdotal.
Os
versículos 24-26 de Números 6 expressam a bênção sacerdotal sobre os filhos de
Israel. Entre a bênção de proteção, benevolência e de misericórdia, encontra-se
a bênção de paz (v.26). O sentido de paz que a palavra hebraica shalom carrega
é de completude, satisfação e plena felicidade. Trata-se de uma bênção em que a
ansiedade, a tensão e a contenda não teriam vez entre os filhos de Israel. A
paz, em Números 6, revela um estado de plena satisfação em Deus a qual o povo
judeu poderá desfrutar na sua peregrinação pelo deserto e ao entrar na Terra
Prometida.
3.
A Paz do Senhor.
O
Texto Áureo traz consigo a Paz do Senhor Jesus, em que nos lembra uma das
principais características do Messias: “o Príncipe da Paz” (Is 9.6). Essa paz
do Senhor Jesus é assunto do apóstolo Paulo em Filipenses, quando ele exorta a
igreja a não ficar inquieta pelos últimos acontecimentos, pois a paz de Deus
nos fortalece e protege o nosso coração e sentimentos em Cristo, o nosso Senhor
(Fp 4.6,7).
O
apóstolo Pedro também reflete o mesmo ensino de Jesus no sentido de levar a
vida numa perspectiva de paz, refreando a língua para não entrar em contendas e
mentiras, apartando-se do mal, buscando a paz com os outros (1 Pe 3.10,11).
Dessa forma, como a paz reina em nossa vida, devemos buscar ter essa paz com
outras pessoas.
SINÓPSE I
Se a paz reina em nossa vida, devemos
buscar ter essa paz com outras pessoas.
AUXÍLIO
TEOLÓGICO
“O
ESPÍRITO E O MUNDO
[...] Jesus deixa a paz aos discípulos. Como isto se encaixa com
o que vem antes, e qual é o significado de que vem antes, e qual é o
significado de ‘paz’? O Espírito vem pelo nome de Jesus (v. 26), ou seja,
através da obra redentora de Jesus. ‘Paz’, neste contexto, refere-se ao que
Paulo chama ‘justificação’ e ‘reconciliação’. Quer dizer, por causa da obra de
Jesus, as pessoas estão numa nova relação com Deus. Tal relação é tornada real
quando a pessoa crê em Jesus.
Esta nova relação é expressa simultaneamente de duas maneiras.
Por um lado, a pessoa tem uma nova posição diante de Deus por causa da obra de
Jesus. Jesus está no céu com o Pai, declarando que Ele fez a paz com Deus para
as pessoas pecadoras. (Note que esta é a parte advocatícia do Consolador, mas
no céu). Por outro lado, o Espírito traz essa paz ao crente. É quando a
reconciliação e a justificação tornam-se pessoais. (Note que esta é a outra
parte advocatícia do Consolador, que afirma e assegura ao crente que este tem
uma posição boa com o Pai no céu. [...] Esta ideia de paz está embutida na
ideia de shalom (a palavra hebraica que significa ‘paz’), que tem longa
história e está carregada de rico significado. Esta ideia havia juntado o
significado do tempo do fim associado com o Messias.
O termo shalom significava a presença da salvação de Deus, da
inteireza de mente, corpo e alma, com pessoas que estão em relações certas com
as outras. Na aparição da ressurreição em Jo 20.19-23, Jesus fala a paz para os
discípulos covardes. Lá, como aqui, Ele os consola no meio de um tempo muito
aterrorizante. Assim, pela segunda vez (cf. Jo 14.1) Ele diz: ‘Não se turbe o
vosso coração, nem se atemorize’ (v. 27b)” (Comentário Bíblico Pentecostal —
Novo Testamento. Vol. 1. Mateus — Atos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 583).
II
– A PAZ ILUSÓRIA DO MUNDO
1.
Uma paz enganosa.
Muitos
buscam a paz nos vícios, em substâncias tanto ilegais quanto legalizadas, nos
jogos, nas baladas, em falsas religiões. Ao longo da história, as pessoas
procuram sempre preencher uma lacuna em suas vidas com aquilo que não tem a
capacidade de preenchê-las. Outras entendem que a paz é meramente a ausência de
guerra, de dificuldades e problemas.
A
Bíblia revela que a paz do mundo é enganosa porque não tem como fundamento o que é eterno,
celestial e divino, mas temporal, terreno e puramente humano (Jo 14.27). O que
Jesus oferece advém da eternidade e, por isso, preenche todas as nossas
necessidades independente das circunstâncias que vivemos (Jo 7.38). A paz do
Senhor Jesus não é enganosa, mas verdadeira e sublime.
2.
A “paz” das obras da carne.
A
Carta aos Gálatas apresenta uma lista das “obras da carne” que, muitas vezes,
expressa a ilusão de uma falsa paz na vida das pessoas, e muitas confundem o
prazer e os deleites da vida com a paz (Gl 5.19-21). Na verdade, é uma
satisfação que ocorre por meio dos sentidos e, logo, se volta ao estágio de
necessidade anterior. Assim, quem vive na prática das Obras da Carne imagina
que desfruta de uma pretensa paz e, como consequência, pensa que vive uma vida
feliz. Ledo engano! É impossível desfrutar da verdadeira paz que o Senhor Jesus
oferece quando se viva na prática do pecado. Quem vive assim está se enganando,
atendendo à vontade do Mundo, da Carne e do Diabo (Ef 2.3).
3.
Uma falsa paz.
Ensinando
à igreja em Tessalônica, a respeito do Dia do Senhor, o apóstolo Paulo
escreveu: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá
repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo
nenhum escaparão” (1 Ts 5.3). Aqui, somos lembrados de uma falsa paz que haverá
na Grande Tribulação. Uma paz superficial, frágil e apenas aparente. Quem se
compromete com a falsa paz não saberá discernir os tempos de oposição tanto no
presente quanto no futuro. Mas com Jesus, desfrutamos de uma paz verdadeira e
duradoura.
SINÓPSE II
Com Jesus Cristo, o nosso Senhor,
desfrutamos de uma paz verdadeira e duradoura.
III
– A PAZ QUE JESUS PROMETEU
1.
O Príncipe da Paz.
O
Profeta Isaías teve a revelação divina das características do Messias prometido
a Israel e ao mundo. Uma de suas principais características é ser “O Príncipe
da Paz” (Is 9.6,7). A vinda do Messias trará uma paz que o mundo não conheceu.
Os Evangelhos apresentam o Senhor Jesus, o nosso Salvador, como esse “Príncipe
da Paz”. Seus discípulos podem desfrutar hoje dessa paz que só Ele pode dar.
Seu principado assegura-nos a verdadeira paz (Jo 14.27), que deve nos
acompanhar, como seguidores de Jesus,
onde colocarmos os nossos pés (Mt 10.12,13).
2.
Uma promessa redentora.
Em
Gênesis, a paz foi transtornada por causa da estratégia do Diabo que iludiu o
primeiro casal, fazendo-o desobedecer à ordem de Deus (Gn 3.1-7). Nesse
contexto, Deus prometeu redimir o ser humano por meio da “semente da mulher”
(Gn 3.15). Essa promessa se cumpriu em Cristo, reconciliando-nos e
estabelecendo a nossa paz com Deus (Rm 5.1).
Ao
mesmo tempo, a parede da separação foi derrubada e toda inimizade entre judeus
e gentios foi desfeita, de modo que de ambos os povos Ele fez um, a Igreja (Ef
2.14,15). Por isso, no Novo Testamento há várias referências que nos mostram
que a paz de Cristo está ao alcance de todos que nEle creem. Essa paz estará
conosco (Fp 4.9), dominará os nossos corações (Cl 3.15) e, como pessoas
pacíficas, desfrutaremos de verdadeira felicidade (Mt 5.9).
3.
Uma promessa que excede todo o entendimento.
A
paz que excede todo o entendimento nos acalma diante das inquietações da vida
(Fp 4.6). Essa paz acalmará o nosso coração, nos fortalecerá para resistir às
intempéries diante de nós, assim como aconteceu com o apóstolo Pedro que, mesmo
preso numa cadeia típica do primeiro século, dormia um sono profundo e sereno
(At 12.5-7). Esse episódio está de pleno acordo com o que o Senhor Jesus
prometeu: “Tenho-vos dito isso, para que
em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o
mundo” (Jo 16.33). Mesmo diante de aflições e lutas, podemos confiar no Senhor
e experimentar a paz que só Ele pode nos dar. Portanto, confiemos nas promessas
de Jesus, bem como em sua providência!
SINÓPSE III
A paz que excede todo o entendimento é
uma paz que nos acalma diante das inquietações da vida.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
A
RESTAURAÇÃO DA PAZ
“[...] Experimentar a paz com Deus exige que estejamos unidos a
Cristo pela fé. O primeiro passo é crer no Senhor Jesus Cristo. Esta ‘crença’ é
mais do que apenas uma concordância ou aceitação intelectual. É uma confiança
ativa pela qual uma pessoa aceita o sacrifício de Cristo pelos pecados e
entrega o controle de sua vida à liderança de Cristo.
Uma pessoa que responde a Cristo dessa forma é perdoada e
justificada (isto é, torna-se reta diante de Deus) através da fé (Rm 3.21-28;
4.1-13; Gl 2.16). Junto com a fé, devemos seguir as diretrizes de Deus e
obedecer aos seus mandamentos, a fim de vivermos em paz (Lv 26.3, 6). Os
profetas do Antigo Testamento declaram frequentemente que não há paz real para
os ímpios (Is 57.21; 59.8; Jr 6.14; 8.11; Ez 13.10, 16).
A fim de que possamos experimentar continuamente a paz de Deus,
ele nos deu o Espírito Santo, que desenvolve o seu caráter e os seus propósitos
em nós, o que envolve a paz de Deus (Gl 5.22; cf. Rm 14.17; Ef 4.3). Com a
ajuda do Espírito, devemos orar pela paz (Sl 122.6, 7; Jr 29.7; Fp 4.7, nota),
deixando que a paz dirija nossos corações (Cl 3.15), desejando e buscando a paz
(Sl 34.14; Jr 29.7; 2 Tm 2.22; 1 Pe 3.11) e fazendo o melhor que pudermos para
vivermos em paz com os outros (Rm 12.18; 2 Co 13.11; 1 Ts 5.13; Hb 12.14)” (Bíblia
de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p. 1288).
CONCLUSÃO
Vimos
que a paz de Deus tem a ver com bem-estar, repouso e quietude, mesmo nas horas
de grandes tormentos. Contrastamos essa perspectiva de paz com a do mundo que
compreende que a paz é a mera ausência de guerra ou se resume a períodos
limitados de prazeres. Aprendemos que a Paz de Deus é uma virtude profunda,
elevada e eterna. Não se trata de algo passageiro, mas de um estado permanente,
que independe das circunstâncias. É a paz que Jesus prometeu.
Áudio Lição Dominical
REVISANDO
O CONTEÚDO
1.
Escreva a respeito do conceito de paz.
No
Antigo Testamento, encontramos a palavra “shalom” para “paz”, que tem o sentido
de segurança, bem-estar, saúde, prosperidade, paz (Nm 6.26); representa tudo o
que há de melhor para a vida. No Novo Testamento, em grego, a palavra “paz” é
“eirene”, com significado semelhante, contudo, enfatizando a ideia de quietude
e repouso (Fp 4.6).
2.
O que a paz em Números 6 revela?
A
paz, em Números 6, revela um estado de plena satisfação em Deus a qual o povo
poderá desfrutar na sua peregrinação pelo deserto.
3.
Por que podemos dizer que a paz que o mundo oferece é enganosa?
A
paz do mundo é enganosa porque não tem como fundamento o que é eterno, celestial
e divino, mas temporal, terreno e puramente humano.
4.
Como os Evangelhos apresentam o Senhor Jesus?
Os
Evangelhos apresentam o Senhor Jesus, o nosso Salvador, como esse “Príncipe da
Paz”.
5.
De acordo com a lição, o que é a paz que excede todo o entendimento?
A
paz que excede o todo entendimento é uma paz que nos acalma diante das
inquietações da vida.