Lições Bíblicas BETEL:
1° Trimestre de 2023 |
1° Trimestre De 2023 | TEMA: O
EVANGELHO DE MARCOS – O Servo e a missão no serviço da obra de Deus
TEXTO ÁUREO
“Passará
o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.” Marcos 13.31
VERDADE APLICADA
Todo cristão precisa estar vigilante, orando, perseverando e
cumprindo a missão, pois breve Jesus voltará.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar
que
devemos perseverar até o fim.
Destacar
que
Jesus virá buscar os escolhidos
Falar
que
antes da vinda do Servo surgirão falsos cristãos
TEXTOS DE REFERÊNCIA
MARCOS
13
3
E, assentando-se ele no monte das Oliveiras, defronte do templo, Pedro, e
Tiago, e João, e André lhe perguntaram em particular:
4
Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá quando todas elas
estiverem para se cumprir.
5
E Jesus, respondendo-lhes, começou a dizer: Olhai que ninguém vos engane,
6
Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a
muitos.
7
E, quando ouvirdes de guerras e de rumores de guerras, não vos perturbeis,
porque assim deve acontecer; mas ainda não será o fim.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA
Mc 13.5
Cuidado
para não ser enganado.
TERÇA
Mc 13.6
Muitos
virão dizendo ser o Cristo
QUARTA
Mc 13.10
É
preciso pregar o Evangelho
QUINTA
Mc 13.24
Haverá
sinais no céu.
SEXTA
Mc 13.26
O
Filho do Homem virá a qualquer momento.
SÁBADO
Mc 13.31
As
palavras do Senhor não passarão.
HINOS SUGERIDOS: 142, 206, 442
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore
pedindo a Deus para permanecer firme até o fim.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1-
O Sermão Profético do Servo
2–
O Sermão Profético continua
3–
A vinda do Filho do Homem
Conclusão
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, abordaremos o capítulo 13 de Marcos, onde encontramos o Sermão Profético
de Jesus. Veremos o que levou o Servo a proferir o Sermão, a destruição do
Templo, a Grande Tribulação, a imprevisibilidade da volta de Jesus aos alertas
do Senhor aos Seus discípulos.
PONTO PARTIDA Devemos estar em constante
vigilância.
1. O SERMÃO PROFÉTICO DO SERVO
Próximo
ao fim de Sua missão na terra o Servo faria Seu último discurso que ficaria
notório como Seu Sermão Profético. Evento este que Ele narrou em uma conversa
particular com quatro dos seus discípulos [Mc 13.3]. Nesta conversa Jesus expôs
em particularidades como seria o fim dos tempos.
1.1
O início do Sermão Profético.
No
capítulo treze do evangelho de Marcos o autor com todo zelo narrou a fala
relevante exposta pelo próprio Servo acerca dos dias futuros. Marcos descreve
que, ao saírem do templo que Herodes havia construído, um dos Seus discípulos,
impressionado com a estrutura da edificação, lhe disse: “(…) Mestre, olha que
pedras e que edifícios!” [Mc 13.11]. Jesus respondeu: “(…) Vês estes grandes
edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada:’ [Mc 13.2].
Nesta hora o Servo inicia o Seu sermão profético, falando sobre a futura
destruição do Templo. Esta profecia se cumpriu em 70 d.C., quando o exército
romano, sob a supervisão de Tito, destruiu a cidade e derrubou o Templo. O
historiador Flavio Josefo relata que a destruição do templo foi flagelante para
o povo judeu.
Bispo Samuel Ferreira: “O sermão
registrado em Lucas 21, como também em Mateus 24 e Marcos 13, e antecedido da
afirmação de Jesus de que o templo seria destruído [Lc 21.6]. O evangelho de
Mateus registra mais dois aspectos na pergunta dos discípulos, além dos
mencionados pelos outros evangelhos:
1) “Quando serão essas coisas?”;
2) “Que sinal haverá da tua vinda?” [Mt 24.3] – enquanto Marcos e
Lucas registram: “Que sinal haverá quando isto estiver para acontecer?”;
3) “(conforme Mateus 24.3) – “E do fim do mundo?” Assim, no corpo do
sermão temos informações sobre a destruição do Templo em Jerusalém, período da
Grande Tribulação e a segunda vinda de Jesus.”
1.2.
O primeiro sinal de advertência descrito pelo Servo. Como podemos observar, os discípulos
se aproximam de Jesus para entenderem quando teria início quais seriam os
sinais que aconteceriam para que eles pudessem entender sobre a consumação do
século [Mc 13.4]. Jesus, então, alertou os discípulos sobre a necessidade de
estarem alertas, para que não fossem enganados: “(…) Olhai que ninguém vos
engane, porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; a enganarão
a muitos.” [Mc 13.5-6].
Bispo Samuel Ferreira: “Os três
evangelhos registram que o Senhor inicia seu sermão escatológico com uma
advertência: Mateus 24.4 (“Acautelai- -vos”); Marcos 13.5 (“Olhai”) e Lucas
21.8 (“Vede”). Tais expressões no grego admitem algumas ideias: “considerar”;
“prestar atenção diante de algo”; “citado como forma de cautela, tomar cuidado
com”.”
1.3.
Conflitos entre as nações.
Estudar
sobre o sermão profético não para resultar em terror ou deixar que a mente
fique inquieta, entretanto, este tema e para despertar-nos para as verdades de
que breve Ele regressara e que o Seu povo deve aguarda-Lo, pois Ele assegurou
regressar uma segunda vez, para levar todos os salvos para o céu a ajuizar
todos os povos [Lc 21.27]. Sobre o tema Marcos menciona a quebra da paz entre
as nações quando Jesus discorre a respeito de guerras e rumores de guerras: “E,
quando ouvirdes de guerras e de rumores de guerras, não vos perturbeis, porque
assim deve acontecer; mas ainda não será o fim.” [Mc 13.7]. Assim entendemos
que o princípio de dores será caracterizado por um aumento de embates de todas
as ordens.
Warren Wiersbe: “Jesus
também nos adverte a não se deixarem perturbar pelos conflitos políticos entre
as nações. O império romano havia desfrutado certa paz por muitos anos, mas tal
tranquilidade não seria permanente. Com o declínio do império e o
desenvolvimento do nacionalismo, o conflito entre as nações era inevitável. A
“Pax Romana” (Paz Romana – grifo nosso) desapareceria de vez:’
EU ENSINEI QUE:
A atenção na fé cristã precisa ser constante. Não temos dúvidas de
que devemos permanecer cautelosos quanto a vinda de Cristo, sendo criteriosos
com os mentirosos que dizem ser o Cristo a permanecer na vigilância contra os
falsos profetas.
2. O SERMÃO PROFÉTICO CONTINUA
Nosso
Senhor segue em Sua narrativa, descrevendo o cerco sobre a destruição de
Jerusalém. Marcos 13.14 delineia a fala de Jesus discursando sobre a
`abominação do assolamento’; se referindo à fala do profeta Daniel [Dn 9.27;
11.31; 12.11].
2.1.
É necessário apressar-se.
Assistimos
o Servo em Seu ilustre sermão profético tratar sobre os últimos acontecimentos,
cujas profecias estavam conectadas com a destruição de Jerusalém pelos romanos
no ano 70 d.C. e com o período do Anticristo na Grande Tribulação. Devido a
reconhecer a urgência com que o inimigo se aproximava, o Servo orienta dizendo
que aqueles que estiverem sobre o telhado, que fujam logo a não entrem em casa
para pegar nada [Mc 13.15]; e quem estiver no campo, que não volte atrás a fim
de buscar os seus vestidos [Mc 13.16]; seguindo seu discurso, Ele chama atenção
para as mulheres grávidas e das mães com criancinhas recém-nascidas naqueles
dias [Mc 13.17]. E ainda buscando ensinar de maneira concisa, Jesus orienta a
orar a Deus para que isso não aconteça no inverno. Porque, segundo Ele,
naqueles dias haverá uma aflição tão grande como nunca existiu desde que Deus
criou o mundo.
Warren Wiersbe: “Jesus
adverte, especialmente, os cristãos judeus que estiverem em Jerusalém e na
Judéia: “Fujam o mais rápido possível “: Essa mesma advertência valia para a
invasão romana de Jerusalém que se daria no ano 70 d.C. (ver Lucas 21.20-24,
lembrando que Daniel 9.26 predisse essa invasão). Os acontecimentos de 70 d.C.
prefiguram aquilo que acontecera na metade da tribulação:’
2.2.
A soberania de Deus.
É
interessante observarmos no Sermão Profético aspectos relevantes como a
soberania de Deus, Seu governo, Seu poder para “abreviar dias”: Ou seja, tudo
está debaixo do governo divino. Ele tem pleno poder sobre todas as situações,
inclusive os dias de tribulações, juízos, calamidades. Ele não esquece que tem
“escolhidos” Este texto aponta para o cuidado de Deus e Sua atenção e
providência para com os Seus. Este texto nos leva a meditar no poder de Deus
para intervir em qualquer situação. Tal constatação nos faz descansar, confiar
e esperar nAquele que sabe o que está acontecendo e permanece no controle das
coisas [Mc 13.231.
Pr. Marcos Sant’Anna (Aperfeiçoamento
Cristão, 2018, pp. 135-136) comenta sobre a visão de Joao do trono de Deus, em
Apocalipse: “Sim, Satanás luta e ameaça, mas do Seu trono Deus emana
ordens, limites e controle sobre o inimigo e os eventos que estavam por vir.
Notamos que todas as manifestações estrondosas relatadas a partir do capítulo 6
de Apocalipse estão no pleno controle do que está assentado sobre o trono, o
qual foi objeto da primeira visão de Joao ao subir (…)”. Vide alguns textos de
Apocalipse que atestam sobre esta verdade do controle, limites e de permissão
estabelecidos por Deus: 7.3; 11.7; 12.12; 13.7.
2.3.
Acautelai-vos dos falsos profetas.
O
Servo é o manancial de toda a verdade [Jo 14.6]; enquanto o diabo aniquila a
vida e é o pai da mentira [Jo 8.44]. Assim sendo o diabo tem levantado falsos
profetas para desconstruir a verdade do Evangelho e enganar a muitos. Podemos
dizer que o ponto de partida para essa reflexão se dá ao lermos a fala do Servo
quando diz que se levantaria falsos cristos e falsos profetas [Mc 13.22].
Já
no Antigo Testamento lemos que o Senhor já ensinava Seu povo sobre o risco de ser
ludibriado por falsos profetas [Dt 13.1-4]. Dentre os seus muitos escritos,
lemos de igual modo no Novo Testamento a preocupação de Pedro instruindo a
igreja do Senhor acerca do surgimento dos falsos profetas no meio do povo de
Deus [2Pe 2.1-3].
EU ENSINEI QUE:
Nossa salvação depende de estarmos vigilantes, para vivermos da
forma que o Servo deseja que vivamos, evitando os falsos cristos e falsos
profetas, ocupando-nos zelosamente na obra de Deus.
3. A VINDA DO FILHO DO HOMEM
Ao
descrever o sermão profético, Marcos afirma que a vinda do Filho do Homem será
o apogeu deste evento, além de demonstrar a urgência de estarmos precavidos, a
fim de não sermos surpreendidos pela vinda repentina do Servo nas nuvens.
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3.1.
O tempo da segunda vinda.
O
evangelho de Marcos, dentre os seus muitos escritos, nos apresenta no capítulo
13 uma riqueza escatológica. O versículo 32 deste capítulo informa que o Filho
de Deus, assumindo Sua forma de Servo, revela não saber o tempo da Sua volta:
“Mas, daquele Dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o
Filho, senão o Pai’: Para compreendermos essa fala do Servo, podemos dizer que
se trata apenas do período em que Ele permaneceu na terra.
O
evangelista Joao registra a oração de Jesus pedindo ao Pai que Lhe concedesse a
glória que tinha antes de vir ao mundo (o que aponta para a divindade de
Jesus). Tal glória envolve, também, pleno conhecimento: “E, agora, glorifica-me
tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o
mundo existisse:’ [ Jo 17.5].
Manual Bíblico Unger: “Será que o
Filho sabia o tempo de sua segunda vinda? Quanto ao dia e a hora, ninguém sabe,
nem os anjos do céu, nem o Filho, senão somente o Pai” [Mt 24.36; Mc 13.32]. Em
Marcos, o Senhor assume uma atitude de completa humilhação como servo, e o
servo é apropriadamente apresentado como aquele que não conhece os negócios do
Senhor [ Jo 15.15]. Depois Jesus, na morte, desfez- -se de sua condição de
servo, sendo ressuscitado para a glória, então Ele, o Filho glorificado, tudo
sabia, recebendo essa revelação [Ap 1.1]:’
3.2.
Precisamos estar alertas em todo tempo.
Em
seu discurso apocalíptico o Servo segue dizendo aos seus discípulos: “Olhai,
vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo.” [Mc 13.33]. Ainda
para compreender a necessidade de estarmos atentos, Ele faz uma comparação
sobre este momento narrando que será como um homem que sai de casa a viaja para
longe; mas, antes de ir, dar ordens, distribui o trabalho entre os empregados e
manda o porteiro ficar de vigia [Mc 13.34]. Pela fala de Jesus percebe-se que
devemos estar preparados em todo o momento, para que quando Ele retornar para
buscar a Sua Igreja não nos encontre adormecidos.
Como
se vê sem embargo no conteúdo, o Servo querendo nos mostrar sobre a necessidade
da vigilância narra essa história para que estejamos alertas, pois, não sabemos
a hora que Ele vem, se será a tarde, ou a meia-noite, ou de madrugada, ou de manhã
[Mc 13.35].
3.3
Jesus diz a todos: vigiai.
O
ensino principal de Marcos capítulo treze e vigiar. Podemos ler que Jesus
inicia o Seu discurso abordando o fim dos dias falando sobre a importância da
vigilância: “E Jesus, respondendo-lhes, começou a dizer: Olhai que ninguém vos
engane:’ [Mc 13.5]. Conforme observamos, o evangelista Marcos encerra o
capítulo fazendo uso do chamado do Servo a todos sobre a necessidade da
vigilância: “E as coisas que vos digo digo-as a todos: Vigiai.” [Mc 13.37].
Reparem que o Servo, ao concluir Seu discurso profético, finaliza com a palavra
vigia.
Warren Wiersbe: “Vigiar
significa permanecer alerta, em sua melhor postura, desperto. Porque ninguém
sabe quando Jesus Cristo voltará. Quando estava aqui na Terra em forma humana,
Jesus não sabia o dia nem a hora de sua volta. Nem mesmo os anjos sabem. O
mundo incrédulo zomba de nós, pois continuamos apegados a essa “esperança
abençoada”; mas Ele voltará conforme prometeu [2Pe 3]. Cabe a cada um
permanecer fiel e ocupado, sem especular nem discutir detalhes ocultos da
profecia:’
EU ENSINEI QUE:
Devemos estar sempre preparados, vigiando e orando em todo tempo,
pois não sabemos o dia e a hora da volta de Jesus. Por isso, é importante ficar
atento, permanecendo firme, fiel, crendo e perseverando até aquele Grande Dia.
CONCLUSÃO
Que o Espírito Santo continue guiando a Igreja em toda a verdade [Jo
16.13], para não sermos enganados nestes últimos dias a perseverarmos em
oração, vigilância e cumprido a missão que o Senhor nos entregou, enquanto
aguardamos “a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande
Deus a nosso Senhor Jesus Cristo” [Tt 2.13].
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