Trimestre De 2023 | TEMA: O EVANGELHO DE
MARCOS – O Servo e a missão no serviço da obra de Deus
TEXTO ÁUREO
“Porém ele disse-lhes: Não vos
assusteis; buscais a Jesus, o nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou,
não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram.” Marcos 16.6
VERDADE APLICADA
Ao ser preso, passar pelo
sofrimento, morrer na cruz e ressuscitar ao terceiro dia, o Servo estava
cumprindo o glorioso e perfeito piano de Deus.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1. Mostrar que
Judas foi um discípulo desonesto.
2. Pontuar as
aflições sofridas pelo nosso Senhor,
3. Evidenciar
a importância da ressurreição de Jesus
TEXTOS DE REFERÊNCIA
MARCOS 15
43 Chegou José de Arimatéia, senador
honrado, que também esperava o reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e
pediu o corpo de Jesus.
44 E Pilatos se maravilhou de que já
estivesse morto. E, chamando o centurião, perguntou-lhe se havia muito que
tinha morrido.
45 E, tendo-se certificado pelo centurião,
deu o corpo a José,
46 O qual comprara um lençol fino, e,
tirando-o da cruz, o envolveu nele, e o depositou num sepulcro lavrado numa
rocha, e revolveu uma pedra para a porta do sepulcro.
47 E Maria Madalena e Maria, mãe de José,
observavam onde o punham.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA - Mc 14.56
Testemunharam falsamente acerca do Servo.
TERÇA - Mc 14.72
Pedro nega ser amigo do Servo.
QUARTA - Mc 15.20
Zombaram do Servo na hora da crucificação.
QUINTA - Mc 15.28
O Servo e colocado entre os malfeitores
SEXTA - Mc 16.2
Jesus ressuscitou no primeiro dia da
semana.
SÁBADO - Mc 16.9
O Servo aparece a Maria Madalena
HINOS SUGERIDOS: 282, 291, 465
MOTIVO
DE ORAÇÃO
Ore para que nunca esqueçamos o propósito da ressurreição de Jesus.
ESBOÇO
DA LIÇÃO
Introdução
1– O sofrimento do Servo
2– O Servo está prestes a ser ferido
3– A crucificação e ressurreição do Servo
Conclusão
INTRODUÇÃO
O evangelho de Marcos também registra
Jesus passando zombaria, escárnio, açoites, aflição, sendo morto na cruz e
ressuscitando ao terceiro dia. Porém, tais situações não foram acidentais ou
surpresa, pois o próprio Servo já tinha revelado aos Seus discípulos [Mc 8.31;
10.33-34]. Estava cumprindo o perfeito plano divino.
PONTO
PARTIDA– O Servo sofreu em nosso lugar
1. O SOFRIMENTO DO SERVO
A leitura do evangelho de Marcos 14.1-2 deixa transparecer a trama dos principais dos sacerdotes e os escribas que buscavam ocasião para ver como aprenderiam com engano a matariam Jesus em segredo.
1.1. A unção do Servo Para a sepultura.
Marcos nos mostra a devoção de uma mulher
de Betânia que estava presente na casa de Simão, o leproso, na mesma
oportunidade que o Servo. Esta mulher trazia um vaso de alabastro, com unguento
de nardo puro, de muito valor. Sem se importar com o preço, esta mulher quebrou
o vaso e derramou sobre a cabeça do Filho de Deus.
Contudo, esse gesto irritou os presentes
grandemente: “E alguns houve que em si mesmos se indignaram e disseram: Para
que se fez este desperdício de unguento?” [Mc 14.4]. Em seu discurso alegavam
que o perfume derramado era um desperdício, pois possuía um alto valor e
poderia ser vendido para dar aos pobres. Esse pensamento era um equívoco por
parte de todos os presentes, pois eles não conseguiam compreender que aquela
mulher, consciente ou não, estava ungindo previamente o corpo do Servo para o
Seu sepultamento que estava se aproximando [Mc 14.8].
Comentário
Bíblico Beacon: “Conscientemente
ou não, a mulher havia reconhecido Jesus como o Messias sofredor. Como aqueles
que banhavam e perfumavam seus entes queridos antes de colocá-los na sepultura,
a um custo inimaginável, ela antecipou-se a ungir o corpo de Jesus para a
sepultura. Para Cristo, seu ato falava mais claro que as palavras: `Sei que tu
és o Messias, e sei também que a cruz te aguarda:’
1.2. O Servo traído.
Judas Iscariotes é o modelo do crente que
caminha com o Servo, mas seu coração está longe dEle. Marcos diz que Judas foi
ter com os principais sacerdotes para entregar o Mestre, e estes, ouvindo isto,
alegraram-se a prometeram dar-lhe dinheiro. Dispostos a ganhar as suas moedas,
então Judas buscava como entregar o Servo em um momento oportuno [Mc 14.10-11].
O evangelista Joao nos faz saber que Judas
tinha uma ocupação muito importante entre os doze discípulos, sendo ele o
responsável em gerir as finanças do grupo que andava com Jesus [Jo 12.6]. A
preocupação exacerbada de Judas com o perfume gasto por Maria ao ungir Jesus,
já demonstrava seu apego pelo dinheiro em demasia [Jo 12.4-5]. Não podemos
esquecer que Joao também diz que ele era ladrão por se apropriar das ofertas [
Jo 12.6] . Foi a inclinação ao dinheiro que fez com que Judas entregasse Jesus
aos principais dos sacerdotes.
Charles
Swindoll: “O pecado secreto transforma
a mente e torce os valores de uma pessoa de modo grotesco. Aqueles que desviam
dinheiro raramente roubam muito a primeira vez. Depois, à medida que o desvio
se torna um hábito – e, então, um ritual – eles racionalizam seu pecado com o
objetivo de preservar algum senso de dignidade. Enquanto isso, o ciclo de
compulsão e vergonha vai criando uma separação entre seus pensamentos
particulares e uma imagem pública cuidadosamente elaborada, a qual por fim
aceita como seu verdadeiro eu’’.
1.3. O corpo do Servo está prestes a ser
oferecido vicariamente em favor dos pescadores.
E oportuno lembrar que a festa da Pascoa
era uma das mais importantes para o povo judeu, possuindo um grande valor
simbólico entre este povo. Essa festa lembrava a libertação do povo hebreu do
cativeiro egipcio. Foi na noite que antecedeu a Sua morte, que Jesus e os Seus
discípulos comeram a última Páscoa, quando o Mestre instituiu a Santa Ceia,
pois Ele possuía o entendimento de que o Seu fim estava próximo. O Filho do
Homem, que se fez Servo, estaria assim como no Egito, desprendendo o Seu povo
não mais de uma escravidão humana, entretanto do cativeiro das astúcias de
Satanás.
Bispo
Samuel Ferreira: “A última Páscoa
da vida do Senhor Jesus com os Seus discípulos foi a mais desejada por Ele, por
preceder o Seu sacrifício na cruz e ganhar um sentido novo e mais completo. De
maneira que ela se tornou mais que um ritual, pois os seus elementos, tais como
o pão e o vinho, ganharam significados além de si mesmos.
EU
ENSINEI QUE:
Por amor ao dinheiro, Judas Iscariotes foi
ter com os principais sacerdotes dos judeus a se apresentou para trair o Filho
de Deus, entregando-o em suas mãos.
2. O SERVO ESTÁ PRESTES A SER FERIDO
Jesus, sabedor que era chegada a Sua Hora,
preocupou-se em dar as últimas instruções e conselhos aos Seus discípulos.
Marcos registra a advertência que Jesus fez em particular a Pedro, dizendo que
antes que o galo cantasse duas vezes ele o negaria três vezes [Mc 14.27-30].
Palavras estas que não foram muito bem aceitas por Pedro.
2.1. O Servo no Getsêmani.
Marcos narra que, na noite em que seria
preso, Jesus orou três vezes no Jardim do Getsêmani [Mc 14.37, 40-41]. O
evangelista relata que, no espaço entre uma oração e outra, o Filho de Deus
achou os Seus discípulos dormindo. O que nos chama atenção é que isso ocorreu
enquanto o Servo angustiava-se em oração profunda, rogando ao Pai que se fosse
possível passasse dEle este cálice. Foi nesse ambiente que Jesus fez a seguinte
exortação: “(…) Basta, é chegada a hora. Eis que o Filho do Homem vai ser
entregue nas mãos dos pecadores.” [Mc 14.41].
Bispo
Samuel Ferreira: “Jesus sentiu-se
angustiado diante da morte e por isso orou ao Pai Celestial que se possível o
livrasse daquela hora [ Lc 22.39-46]. Era necessário que Ele tomasse daquele
cálice de sofrimentos. Por esse motivo, Jesus ora mais intensamente, o Seu suor
se transformou em gotas de sangue e o um anjo do céu O confortava. Enquanto
isso, seus discípulos dormiam. Jesus venceu através da oração.”
2.2. O Servo é preso.
Marcos pronúncia que, enquanto o Servo
ainda falava, veio Judas Iscariotes, que era um dos doze discípulos, ao
Getsêmani, acompanhado dos principais sacerdotes, dos escribas e dos anciãos e
com eles vieram uma grande multidão com espadas e varapaus. Judas acertou com a
liderança judaica que aquele que ele beijasse esse seria o Cristo. Ao se
aproximar do Servo, disse: Rabi, Rabi e saudou-o com um beijo no rosto, sendo o
Mestre preso nesta hora [Mc 14.45- 46]. Aquelas pessoas foram prendê-lo como se
Ele fosse um delinquente [Mc 14.48]. Entretanto, a verdadeira identidade do
Filho de Deus estava muito próxima de ser conhecida por todos aqueles que o
haviam prendido injustamente.
Bispo
Samuel Ferreira: “O momento da prisão ocorreu ainda de madrugada, enquanto
Jesus advertiu os discípulos quanto à oração [Lc 22.47-53]. Judas conduziu a
guarda do templo, os anciãos e os principais dos sacerdotes até o lugar em que
Jesus estava [Lc 22.52; Jo 18.3]. O sinal combinado para a indicação de que a pessoa
a ser presa era Jesus foi a saudação com ósculo, e assim Judas Iscariotes fez.
2.3. O julgamento e condenação do Servo.
As circunstâncias do julgamento de Jesus
mostram o que há de mais perverso no coração do homem. Marcos narra que os
principais entre os judeus o levaram à casa do sumo sacerdote, buscaram algum
testemunho contra Ele, para matá-lo, e não acharam [Mc 14.55]. Estava tudo
armado naquele julgamento para que sua condenação acontecesse. Ao ser
interrogado pelo sumo sacerdote e revelar a Sua identidade como Filho de Deus
[Mc 14.62], o sumo sacerdote considera tal declaração do Servo uma blasfêmia e
todos concordam que Ele deve morrer [Mc 14.63-65].
Bispo
Samuel Ferreira:
Jesus foi submetido a três
julgamentos: o do Sinédrio, o de Pilatos e o de Herodes. Em nenhum deles, Jesus
foi julgado corretamente, tendo em vista a Sua inocência e a ausência de
provas. Contudo, era desígnio de Deus que assim acontecesse, para o cumprimento
das Escrituras.
EU
ENSINEI QUE
Todas as situações vivenciadas por
Jesus não foram acidentais ou surpresa, pois o próprio Servo já tinha revelado
aos Seus discípulos. Estava cumprindo o perfeito piano divino.
3. A CRUCIFICAÇÃO A RESSURREIÇÃO DO SERVO
Quando os principais dos judeus o Servo de
dizer ser o Rei dos judeus, o levaram até Pilatos para que este o condenasse a
morte. Após Pilatos interrogar Jesus a não achar nEle nenhuma culpa e, sendo
costume no dia da festa soltar um preso, Pilatos deu a escolher ao povo entre a
morte de Jesus e a libertação de Barrabás,
preso com outros amotinadores, que tinha
num motim cometido uma morte [Mc 15.7]. Que triste ao ler Marcos narrar que o
povo escolheu Barrabás [Mc 15.11]. Pilatos, querendo agradar a multidão, soltou
Barrabás e entregou Jesus para ser crucificado [Mc 15.15].
3. A crucificação e ressurreição do Servo
Quando os principais dos judeus acusaram o
Servo de dizer ser o Rei dos judeus, o levaram até Pilatos para que este o
condenasse à morte. Após Pilatos interrogou Jesus a não achar nEle nenhuma
culpa e, sendo costume no dia da festa soltar um preso, Pilatos deu a escolher
ao povo entre a morte de Jesus e a libertação de Barrabás, preso com outros
amotinadores, que tinha num motim cometido uma morte [Mc 15.7]. Que triste ao
ler Marcos narrar que o povo escolheu Barrabás [Mc 15.11]. Pilatos, querendo
agradar a multidão, soltou Barrabás e entregou Jesus para ser crucificado [Mc
15.15].
3.1. A crucificação do Servo.
Para nos fazer compreender o caminho
traçado por Jesus antes da crucificação, Marcos narra que a preparação para o
ato foi um momento de aflição e amargura, onde Cristo teve que enfrentar a
chacota e a desonra [Mc 15.17]. Nesta ordem de ideias lemos que após a
condenação à morte por Pilatos [Mc 15.15], os soldados romanos usaram de ações
impiedosas [Mc 15.19]. Diante de tanta crueldade o Servo ficou muito combalido,
sendo Simão, o Cireneu, obrigado a ajudá-lo a carregar a cruz [Mc 15.21]. Ao
chegar ao Seu destino e ser exposto no madeiro o Servo dando um grande brado,
expirou [Mc 15.37].
Charles
Swindoll: “Deus amou o mundo de tal
maneira que deu seu único Filho para que todo aquele que acredita nele não
sofra a morte eterna, mas tenha a vida eterna. Embora inocente, Jesus tomou o
lugar de todo aquele que merecia pagar a penalidade da morte por seus delitos.”
3.2. O sepultamento do Servo.
Marcos narra que um senador honrado por
todos, por nome José de Arimatéia, que aguardava o Reino de Deus, se dirigiu
ousadamente a Pilatos e sem hesitar pediu o corpo do Servo [Mc 15.43]. O
evangelista João destaca que José de Arimatéia era um “discípulo de Jesus, mas
ocultamente, por medo dos judeus” [Jo 19.38]. Diante de tal pedido, a postura
adotada por Pilatos segundo Marcos foi de maravilhar-se ao saber que Jesus
havia morrido [Mc 15.44].
A aceitação de Pilatos em ceder o corpo do
nosso Senhor se deu após perguntar ao centurião e confirmar a informação.
Diante da ratificação, Pilatos aceitou dar o corpo a José [Mc 15.45]. No
diagnóstico alcançado por Marcos, assistimos que José comprou um lençol de
linho, envolveu o corpo de Jesus e depositou num sepulcro lavrado numa rocha. O
que José de Arimatéia não sabia era que o túmulo novo brevemente já estaria
vazio.
Comentário
Bíblico Beacon: “De forma sucinta
e emocionante, Marcos observa cinco aspectos no modo como José servia a Jesus:
ele comprou um lento fino, retirou o corpo da cruz e o enrolou na mortalha de
linho, e o depositou num sepulcro lavrado numa rocha (que ficava no jardim de
uma colina próxima) e revolveu uma pesada pedra contra a porta do sepulcro
(para protegê-lo dos saqueadores).
3.3. A ressurreição do Servo.
Pela manhã de domingo, mesmo preocupadas
acerca de como removeriam a pedra do sepulcro, as mulheres foram ao túmulo.
Marcos descreve que estas mulheres presenciaram um jovem sentado à direita,
vestido com uma roupa branca comprida e ficaram espantadas [Mc 16.5]. Nesta
hora o anjo do Senhor disse as palavras mais doces e belas para todo cristão: o
Servo ressuscitou [Mc 16.6].
Marcos cita que Maria Madalena, Maria, mãe
de Tiago, e Salomé compraram aromas para ungir o corpo do nosso Senhor. Se bem
observado, as mulheres permaneceram fiéis até o último momento ao lado do Servo
[Mc 15.40].
EU
ENSINEI QUE
A metodologia, a crucificação e
a execução do Servo foram um grande conjunto de desmoralização aos direitos
humanos. Contudo, Ele ressuscitou, cumprindo a Sua promessa de que iria se
reencontrar com o Pai.
CONCLUSÃO
O nosso Senhor Jesus Cristo venceu a morte!
Ele está vivo! Conforme nos afirma a Sua Palavra, Ele ressuscitou a cumprira a
Sua promessa e voltará para nos buscar.
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