Escola
Dominical, Classe: Adolescentes – 2° trimestre de 2023 - CPAD
LEITURA BÍBLICA
2 Reis 17.9-23 2 Crônicas 36.11-21
MENSAGEM
[...]
Povo de Israel, não fique assustado! Eu os libertarei dessa terra distante, da terra
onde vocês são prisioneiros. Os descendentes de Jacó voltarão e viverão em paz
[...]. Jeremias 30.10
DEVOCIONAL
Segunda
» 2Rs 1 7.5,
Terça
» Jr 25.1,2,9
Quarta
» 2 Rs 25.21
Quinta
» Ez 1.1-3
Sexta
» Hc 2.1-4
Sábado
» Sl 126.1-6
Vamos Descobrir
Aprendemos
que Israel foi dividido em dois reinos, Reino do Norte (Israel) e Reino do Sul
(Judá). Após a divisão, ambos os reinos desobedeceram a Deus e se entregaram à
idolatria. Israel não teve nenhum rei temente a Deus. Judá teve alguns.
Todavia, pelas desobediências constantes, Deus exerceu juízo contra eles e os
permitiu serem expulsos de suas terras. Eles foram levados cativos. Porém, esse
não poderia ser o fim da história do povo escolhido. Vamos aprender mais?!
Hora de Aprender
I - O JUÍZO DE DEUS SOBRE ISRAEL
O Reino
de Norte se manteve por um pouco mais de dois séculos. Nesse período 20 reis
governaram Israel. Ao longo dos anos, os reis e o povo pecaram contra Deus, que
enviou seus profetas.
Os
profetas anunciaram que o juízo viria sobre a nação, exatamente como descrito
por Moisés (Dt 28.45,63-65). Elias, Eliseu, Amós, entre outros, profetizaram
contra Israel, alertando sobre os seus pecados. Era uma oportunidade de
arrependimento que Senhor estava oferecendo. Entretanto, eles rejeitaram a mensagem
dos profetas fiéis a Deus (2 Rs 17.13,14).
O Reino
do Norte tornou-se uma nação de idólatras, que edificava imagens e altares a
Baal e outras divindades pagãs da época (2 Rs 17.10).
O povo chegou
ao ponto de queimar os seus filhos em altares pagãos, além de crer em
adivinhações (2 Rs 17.17).
Então,
no governo do rei Oseias, a nação foi tomada pela Assíria. Oseias não temia ao
Senhor e seus pecados contaminaram toda a nação que, inclusive, vinha em uma
sequência de reis maus (2 Rs 17.2). Portanto, foi o declínio espiritual e moral
de Israel que gerou o juízo. Deus levantou a Assíria para punir Israel pelos
seus pecados (Is 10.5). Os motivos da queda de Samaria foram, sobretudo,
espirituais (2 Rs 17.16,18).
A
Assíria atacou Israel e, em 722 a.C., o povo se rendeu. Esse ano marca o fim do
Reino do Norte. Os judeus foram levados cativos e os que ficaram no território
tiveram que pagar tributos. Eles perderam a autonomia e a liberdade quando se
tornaram servos da Assíria. O cativeiro trouxe ao povo dor, sofrimento, perdas,
mortes e consciência de pecado.
II - O JUÍZO DE DEUS SOBRE JUDÁ
A queda
de Samaria, ou seja, o cativeiro de Israel, ocorreu durante o 6o ano de reinado
de Ezequias em Judá (2 Rs 18.9-11). Após esse advento, em Judá, ainda
governaram sete reis, em um intervalo de pouco mais de 100 anos. Durante esse
período, o povo de Judá também abandonou o Senhor, praticou a idolatria,
profanou o culto e desobedeceu aos mandamentos.
O juízo
de Deus sobre seus irmãos, não despertou nos hebreus do sul o arrependimento,
exceto durante o governo de reis que decidiram instruir o povo no caminho
justo, tais como Ezequias e Josias. Então, Deus também levantou uma nação
estrangeira e inimiga para instrumentalizar seu juízo sobre Judá (Jr 27.1,6).
Após grandes
conquistas, a Assíria perdeu força e deixou de ser a grande potência da época.
A Babilônia, aproveitando-se desse enfraquecimento, atacou e conquistou o
Império Assírio.
Em um
esforço para expandir o império, a Babilônia começou a tentar conquistar o
território de Judá. Nabucodonosor conseguiu o controle sobre Jerusalém pela
primeira vez em 605 a.C. e levou para a Babilônia um pequeno grupo de cativos,
entre eles estavam Daniel, Ananias, Misael e Azarias (Dn 1.3,6).
Em 597
a.C., Nabucodonosor cercou novamente Judá. O rei Joaquim se rendeu ao invasor,
que levou outra parte dos utensílios do Templo para a Babilônia, além de um
grupo de cativos de 10 mil pessoas (2 Rs 24.11-15), dentre elas, o profeta
Ezequiel (Ez 1.3).
Mais
tarde, a fim de enfrentar uma séria revolta liderada pelo rei de Judá,
Zedequias, Nabucodonosor cercou novamente Jerusalém. Em 586 a.C., após um
prolongado cerco, o imperador babilônico destruiu a cidade de Jerusalém (2 Rs
25.1,2). Nessa ocasião, o Templo foi destruído e a maior parte dos habitantes
de Judá foi levada cativa, deixando em Jerusalém apenas os mais pobres, em uma
situação de miséria e destruição (2 Rs 25.9).
A
destruição da cidade, do Templo e o cativeiro do povo de Judá ocorreram devido
aos pecados, a prática de idolatria, a falta de temor a Deus e a decadência
moral e espiritual dos hebreus. O juízo de Deus trouxe grande tristeza sobre o
povo, que sofreu profundamente nas mãos das nações inimigas. A devastação
gerada em Jerusalém está registrada em detalhes no livro Lamentações, escrito
pelo profeta Jeremias.
III - DEUS NÃO DESAMPAROU O SEU POVO
A Bíblia
mostra que Deus não desamparou o seu povo. Ao longo da história, antes, durante
e depois do exílio, Deus continuou falando, através dos seus profetas.
Habacuque, Jeremias e Ezequiel viveram nesse período. O ministério deles marcou
o povo hebreu.
1.
Habacuque
O
profeta Habacuque viveu em Judá. Na sua época, a Babilônia crescia e tinha
domínio sobre muitas nações. Judá seria dominada em breve por esse império. O
profeta sabia que os últimos reis de Judd foram homens que não temiam ao Senhor
e que oprimiram seu próprio povo.
Habacuque
viveu em um tempo de grandes dilemas morais e espirituais. Ele questionava a
Deus por, aparentemente, não punir a iniquidade na sociedade (Hc 1.2-4). Mas
Deus mostrou ao profeta que os babilônios eram o instrumento do seu juízo sobre
Judá (Hc 1.5-7). Habacuque foi confrontado pelo Senhor, que lhe disse que o
justo viveria pela fé (Hc 2.4). Por fim, o profeta entendeu que deveria ter fé
em Deus, e se alegrar na presença dele, independente das circunstâncias (Hc
3.17-19).
2. Jeremias
Jeremias
era filho de sacerdote (Jr 1.1), todavia, Deus o chamou para ser profeta, desde
o ventre de sua mãe (Jr 1.5). Ele enfrentou muitas dificuldades por ser um
profeta fiel a Deus: foi proibido de se casar e ter filhos (Jr 16.2); foi
lançado num poço (Jr 38.6); lutou contra falsos profetas (Jr 28.10);foi
desacreditado (Jr 43.1,2); foi ameaçado de morte (Jr 26.7,8); viu a fome, o
luto, a miséria e a guerra destruírem o povo hebreu e assistiu a cidade de
Jerusalém ser queimada (Lm 1.1-5).
Jeremias
anunciou, diversas vezes, o cativeiro babilônico. Todavia, falsos profetas
anunciavam que em dois anos a nação retornaria do cativeiro (Jr 28.11). Isso
confundiu o povo, mas Jeremias, por ser um verdadeiro profeta, tinha certeza de
que o cativeiro duraria 70 anos, conforme anunciado por Deus (Jr 25.11).
A
história, o ministério e mensagem desse profeta estão registrados no livro de
Jeremias e no livro Lamentações de Jeremias.
3. Ezequiel
Ezequiel,
assim como Jeremias, também era filho de sacerdote e foi chamado para ser
profeta (Ez 1.1).
Ezequiel
viveu no mesmo período de Jeremias, todavia era mais jovem. Ele foi levado
prisioneiro pela Babilônia e passou a viver às margens do rio Quebar. Foi nesse
lugar que Ezequiel teve visões e viu a glória de Deus (Ez 1.3).
Ali
mesmo, na Babilônia, o profeta foi instrumento de Deus anunciando juízo a
muitas nações ímpias (Ez 25.11) e esperança para Judá (Ez 37.14).
Ezequiel
foi usado por Deus para instruir os judeus que estavam no cativeiro. Através
dele, Deus anunciou promessas ao povo escolhido, especialmente, sobre um tempo
de restauração após o cativeiro (Ez 36.24-28) e sobre a vinda do Messias (Ez
34.15,23; Jo 10.11).
O
ministério de Ezequiel era um sinal vivo da presença e do cuidado de Deus para
com o seu povo (Ez 3.16,17)
Durante
o cativeiro uma nova geração de hebreus foi formada. Ali eles reaprenderam a
adorar somente ao Senhor. O pecado da idolatria foi destituído do meio do povo.
Após o
período de 70 anos, Deus começou a cumprir sua promessa de restauração. Um novo
império se estabeleceu: a Pérsia passou a dominar a antiga Babilônia. O novo
imperador, sendo usado por Deus, permitiu, por meio de decreto, o retorno dos
judeus para Jerusalém (2 Cr 36.22,23).
Assim,
centenas de judeus começaram a retornar para a região de Judá, a fim de
reconstruir o Templo e a cidade de Jerusalém e, o que de fato foi realizado
mediante a liderança de Zorobabel, Esdras e Neemias (Ed 2.1,2,64,65; Ne
7.1,8.1-3).
Alguns
séculos depois, nessa mesma região, Deus cumpriu a sua grande promessa: o
Messias, Jesus Cristo, nasceu em Belém, na região de Judá (Mt 1.1,2.1).
CONCLUSÃO
O mesmo
Deus que puniu o seu povo com o exílio, por constantes desobediências e intensa
idolatria, os trouxe de volta, por sua imensa misericórdia. Deus anunciou o
juízo e a esperança e cumpriu toda a sua Palavra.
Pense Nisso
No passado, Deus levantou profetas para alertar seu povo. Da mesma forma, hoje em dia, Deus usa a Escritura para instruir, repreender, direcionar, bem como os dons espirituais para edificar os crentes.
Será que estamos dando ouvidos a tudo aquilo que o Senhor tem
falado? Precisamos estar atentos à voz de Deus.
PUBLICAÇÕES INDICADAS
Este
E-book é uma verdadeira fonte informativa para os novos e os veteranos
professores de Escola Bíblica.