Lições Bíblicas BETEL:
1° Trimestre de 2023 |
1° Trimestre De 2023 | TEMA: O EVANGELHO DE MARCOS – O Servo e a missão no serviço da obra de Deus
TEXTO ÁUREO
“E
sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: Mas quem este que até o vento
e o mar lhe obedecem?” Marcos 4.41
VERDADE APLICADA
A revelação acerca da autoridade de Jesus Cristo registrada nos
Evangelhos deve produzir em nós confiança a impulsionar-nos no cumprimento da
missão evangelizadora.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Evidenciar as manifestações da autoridade do
Servo.
Expor
a
autoridade demonstrada pelo Servo
Apresentar a abrangência da autoridade do
Servo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
MARCOS
4
35-
E, naquele dia, sendo tarde, disse-lhes: Passemos para a outra banda.
36-
E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco;
havia também com ele outros barquinhos.
37-
E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de
maneira que se enchia.
38-
E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada; e despertaram-no,
dizendo-lhe: Mestre, não se te dá que pereçamos?
39-
E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E
o vento se aquietou, e houve grande bonança.
40-
E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tens fé?
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA
Mt 9.6 O Servo tem autoridade para perdoar pecados.
TERÇA
Mt 28.18 Nenhuma autoridade está acima do Servo.
QUARTA
Mc 1.34 O Servo tem autoridade para curar enfermidades
QUINTA
Lc 4.36 O Servo tem toda a autoridade.
SEXTA
Lc 10.19 O Servo e a fonte de autoridade.
SÁBADO
Jo 17.2 A autoridade do Servo é inquestionável.
HINOS SUGERIDOS: 154, 282, 491
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore
para que possamos exercer a autoridade que vem do alto.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1–
Autoridade sobre a natureza
2–
Autoridade sobre os demônios
3–
Autoridade sobre as enfermidades
Conclusão
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INTRODUÇÃO
Vamos
prosseguir no estudo acerca de Jesus Cristo, a partir do evangelho de Marcos,
focando um aspecto que faz a diferença: a autoridade de Jesus. Veremos seu
significado, sua demonstração a seus efeitos na vida dos discípulos do Senhor.
PONTO DE PARTIDA
– Jesus tem autoridade sobre tudo e todos.
I- AUTORIDADE SOBRE A NATUREZA
Podemos
aprender com Jesus que a autoridade é o direito e o poder de dar ordem e se
fazer obedecer. Em geral, esta alusão se faz às pessoas que administram ou que
desempenham alguma liderança. Neste sentido, a presente lição objetiva demonstrar
que Jesus Cristo possuía autoridade não apenas diante dos demônios como também
sobre a natureza a as enfermidades: “É me dado todo o poder no céu e na terra”
[Mt 28.18].
1.1.
Autoridade sobre a tempestade.
Esse
milagre constrói uma abordagem motivadora revelando-nos de forma admirável a
divindade de Jesus. Podemos ver que, ao demonstrar Sua autoridade sobre a
tempestade, Jesus se revelou como o verdadeiro Filho de Deus, cujo poder se
estende sobre todas as coisas.
Nesta
passagem – Marcos 4.35-41 – repousa a certeza de que exclusivamente Aquele,
através do qual todo o Universo foi criado, é capaz de ter o total controle
sobre as leis da natureza. Lemos no evangelho de Marcos que, ao ser acordado
pelos discípulos, Jesus se ergueu e repreendeu o vento e ordenou que o mar se
aquietasse [Mc 4.39]. Assim, notamos perceptivelmente no texto que sob a
autoridade de Jesus na mesma hora o vento cessou, a tempestade acalmou e as
águas do mar ficaram absolutamente tranquilas.
💡Dewey
M. Mulholland (Marcos: introdução e comentário, Vida Nova, 1999, p. 91)
escreve sobre Marcos 4.41: “Num misto de maravilha e assombro, os discípulos
perguntam-se: “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” Seu medo e a
falta de fé vem à tona por um único motivo: eles não sabem quem é Jesus. (…)
Deus interviera em suas vidas; Ele os salvará. E, de um modo peculiar, tudo
estava relacionado a Jesus. Jesus fez aquilo que somente Deus pode fazer.
Marcos pretende que este e outros milagres na natureza sejam entendidos,
primeiramente, como a substanciação da autoridade divina de Jesus”.
1.2.
Autoridade sobre o vento.
Após
ter compaixão da multidão [Mc 6.34] e alimentar quase cinco mil homens [Mc
6.44], Marcos registra que Jesus pediu que seus discípulos subissem no barco e
fossem para o outro lado enquanto Ele despedia a multidão [Mc 6.45]. Após
despedir-se da multidão, Jesus foi a um monte para orar. Quando sobreveio a
tarde, o barco estava no meio do lago, e Jesus estava em terra, sozinho.
E
vendo que os discípulos estavam remando com dificuldade porque o vento soprava
contrário, Jesus foi até lá, andando em cima da água, e passar adiante deles.
Ao avistarem Jesus andando em cima da água, os discípulos pensaram que ele era
um fantasma e começaram a gritar. Entretanto, logo Jesus falou com eles,
dizendo: “Tende bom ânimo; sou eu; não temais” [Mc 6.50]. Marcos relata que
Jesus uma vez mais demonstra Sua autoridade sobre a natureza, pois, ao subir no
barco com eles, o vento se acalmou.
💡 Comentario Moody: “Tempestade
de vento não era coisa incomum na Galileia. O lago fica a 224m abaixo do nível
do mar e está cercado de colinas. Quando o ar nas elevações resfria ao fim do
dia, ele desce pelos declives das montanhas até o lago e o agita violentamente.
As ondas revoltas batiam no barco aberto. De modo que estava em perigo de
afundar. A tempestade devia ser fora do comum para amedrontar pescadores
experimentados que conheciam todos os aspectos do lago. Jesus tinha autoridade
sobre as forças da natureza. Se a tempestade passasse naturalmente, a calmaria
não teria seguido instantaneamente”.
1.3.
Autoridade sobre as árvores.
No
evangelho de Marcos, dentre os seus muitos escritos, encontra-se o momento em
que Jesus amaldiçoou uma figueira [Mc 11.12-26]. O que devemos nos atentar é
que Jesus usa a figueira para demonstrar Sua autoridade sobre a natureza.
Marcos expõe que o Servo após Sua entrada triunfal em Jerusalém teve fome e, ao
enxergar de certa distância uma figueira coberta de folhagens, Ele aproxima-se
desta figueira para ver se encontraria algum figo e se alimentar, entretanto
encontra somente folhas.
Nesta
hora recorrendo à Sua autoridade Jesus diz para a figueira que nunca mais
comeriam fruto daquela árvore. Conforme acentua Marcos em seu evangelho, no dia
seguinte, de manhã cedo, Jesus e os discípulos passaram perto da figueira e
viram que ela estava seca desde a raiz [Mc 11.20].
💡 Bispo Samuel Ferreira: “Qualquer
pessoa que olhasse para Jesus de Nazaré o veria como um homem comum, porém
havia algo de especial nEle que lhe conferia autoridade. Esta autoridade estava
a serviço de Deus e das pessoas. Era através dessa autoridade que o Senhor
Jesus fazia coisas extraordinárias.
EU ENSINEI QUE
O evangelho de Marcos nos faz ver que, enquanto Jesus viveu na
terra, Ele mostrou a Sua autoridade sobre a natureza de muitas maneiras em
várias ocasiões.
2 - AUTORIDADE SOBRE OS DEMÔNIOS
Não
há nada mais prazeroso do que a observação leve e aguçada de Marcos em querer
nos mostrar que Jesus tem toda a autoridade sobre os demônios. O que devemos
nos atentar é que Jesus escolheu doze discípulos e os designou com a mesma
autoridade para pregar e expulsar os demônios [Mc 3.14-15].
2.1.
Uma autoridade reconhecida até pelos demônios. Percebe-se pelas páginas do
evangelho de Marcos que Jesus demonstra possuir autoridade total sobre os
demônios. Marcos narra que Jesus, ao chegar à província dos gadarenos, lhe saiu
ao encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo, que nem com cadeias o
podia prender [Mc 5.2-5]. O homem possuído pelos demônios viu Jesus ao longe e
correndo adorou-o [Mc 5.6].
Nesta
hora reconhecendo a autoridade do Filho de Deus, os demônios rogaram-lhe para
que os não enviasse para fora daquela província [Mc 5.10]. Marcos nesta hora
relata que andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos. E todos
aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que
entremos neles. E Jesus logo lhe permitiu [Mc 5.11-13].
💡 Bispo Samuel Ferreira: “Somente Jesus Cristo tem “todo o poder” (“eksousia”). Nenhuma
autoridade está acima dEle. Contudo, para desfrutar da ação redentora
proveniente desta autoridade é preciso crer e submeter-se ao senhorio de
Cristo. O exercício da autoridade de Jesus era limitado pela incredulidade da
sua audiência. Nem todas as pessoas reconheciam e, portanto, não experimentaram
a autoridade de Jesus. Vede os habitantes de Nazaré [Mt 13.54-58].
Infelizmente, ainda hoje, nem todos reconhecem a autoridade de Jesus.”
2.2.
Uma autoridade inquestionável.
Uma
vez mais Jesus demonstra Sua autoridade ao libertar um jovem lunático das
garras dos demônios [Mc 9.17-27]. É bom que se diga que o incidente da cura do
jovem lunático ocorreu após Jesus e os discípulos desceram do monte onde
ocorreu a transfiguração.
Refugiando-se
na narrativa do texto do evangelho de Marcos, podemos dizer que o espírito
maligno que tomava conta daquele jovem atuava de duas maneiras distintas para
que aquele jovem não recebesse a sua cura: a primeira ação dos demônios foi
deixá-lo mudo, pois desse modo ele não tinha como rogar por aquela cura.
E
a outra maneira de atuação de Satanás foi deixá-lo surdo [Mc 9.25], pois assim
o jovem não poderia ser alcançado pela Palavra, que liberta o homem das garras
do diabo. Contudo, vemos que o pai do jovem o leva até Jesus, que, usando Sua
autoridade, liberta aquele jovem dos demônios que o assolavam.
💡 O que
precisamos ter em mente é que ainda hoje os demônios atuam de igual modo,
fazendo com que as pessoas fiquem adoentadas como mudas e surdas para ele poder
dominar as suas vidas.
2.3.
Jesus concede o poder de expulsar os demônios.
É
notório nas páginas do Novo Testamento que o Senhor Jesus não somente tem poder
sobre os demônios, como também concede aos Seus discípulos o poder para
expulsar os demônios [Mc 3.15; 16.17]. Pois Nosso Senhor bem sabe que ainda há
atividade demoníaca no mundo e pessoas que precisam ser libertas de espíritos
maus.
Contudo,
é importante destacar que a autoridade colocada à disposição dos discípulos de
Cristo nunca se torna posse deles; permanece sempre autoridade delegada. Ser
escolhido por Deus nunca será motivo de vangloriar-se ou reivindicar
privilégios; um chamado para o serviço [Mc 9.35]” (Dewey M. Mulholland –
Marcos: introdução e comentário, Vida Nova, 1999, p. 70).
💡 Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1467, sobre “O CRENTE E OS DEMONIOS”: “Jesus prometeu aos
genuínos crentes autoridade sobre o poder de Satanás e das suas hostes. Ao nos
depararmos com eles, devemos aniquilar o poder que querem exercer sobre nós e
sobre outras pessoas, confrontando- -os sem trégua pelo poder do Espírito Santo
(ver Lucas 4.14-19).” Vide: Atos 5.16; 16.18.
EU ENSINEI QUE
Ao mostrar o Seu poder sobre os demônios, Jesus evidenciou Sua
autoridade sobre as forças naturais sobrenaturais, legitimando Sua natureza
divina a identidade messiânica.
3- AUTORIDADE SOBRE AS ENFERMIDADES
Contemplamos
no evangelho de Marcos Jesus enviando Seus discípulos para apregoar o Evangelho
e anunciar o Reino de Deus. Se bem observado, ao mesmo tempo em que o Senhor os
envia, também lhes concede a autoridade para pôr as mãos sobre os enfermos e os
curar [Mc 16.18].
3.1.
Autoridade sobre todas as doenças.
O
evangelho de Marcos é essencial para a abrangência do estudo sobre a autoridade
de Jesus. Conforme observado nas Santas Escrituras, durante o Seu ministério
terreno Jesus curou muitos doentes, exceto em Nazaré onde curou alguns poucos
enfermos pela incredulidade do povo [Mc 6.5].
É
significativo notar que todos os quatro evangelistas destacam esta autoridade
de Jesus sobre as enfermidades. A partir do que se pode ler no evangelho de
Marcos, Jesus curou toda sorte de doenças e enfermidades [Mc 1.34]. Podemos ver
neste evangelho que Ele mostrou Sua autoridade de cura desde uma simples febre
[Mc 1.29-31], a uma ressurreição, como no caso da filha de Jairo [Mc 5.35-43].
💡 Bispo Samuel Ferreira: “Os
espíritos imundos atuam com diferentes especialidades. Os demônios fazem parte
de hostes infernais especializados em todo tipo de maldade. Lucas, o médico
amado, não explora profundamente o assunto, mas aponta os demônios como agente
da tentação, causadores de discórdias e de enfermidades [Lc 11.14-26;13.10-16].
3.2.
O legado da autoridade de Jesus sobre as enfermidades.
Temos
visto que a ação de curar está presente desde o início do ministério de Jesus.
Vemos em Marcos 1.21-39, um verdadeiro resumo do ministério de Jesus: ensino,
cura, pregação e expulsão de demônios. Na sinagoga em Nazaré, Jesus lê a
profecia de Isaías a diz que se cumpriu nEle: ungido e enviado para evangelizar
e curar [Lc 4.17-21].
E
assim foi no início da Igreja nos registros em Atos 3, que descreve a cura de
um coxo e a pregação de Pedro, atestando que o Senhor continua curando. O
Senhor Jesus é o mesmo — Hebreus 13.8. Assim, continua Sua obra na Igreja e por
meio dela, incluindo a cura.
💡 Vernon Purdy (Teologia Sistemática: uma
perspectiva pentecostal, 1997, p. 501-533) escreveu sobre A Cura Divina.
“Há
pelo menos quatro razões para crermos que Deus continua curando hoje em dia:
1)
A cura divina encontra-se na Bíblia;
2)
Está incluída na obra expiatória de Cristo;
3)
O Evangelho inteiro a para a pessoa inteira;
4)
Crença de que a salvação deve ser entendida, em última análise, como a
restauração do mundo caído:’
3.3.
Autoridade para levar esperança a muitos.
Marcos
registra uma série de milagres realizados por Jesus. Este evangelho possui
extraordinários milagres narrados como exemplos do poder de Jesus Cristo. Myer
Pearlman (Mateus – O Evangelho do Grande Rei, 1995, p. 51): “Ao curar, Jesus
realmente sentia o fardo dos doentes. Assim, preencheu a lei da verdadeira ajuda:
o colocar-se sob o fardo de quem se quer ajudar [G1 6.2]. Saiu dEle poder
quando uma mulher tocou nas suas vestes, procurando cura [Mc 5.30]; suspirou
quando orou por um surdo e mudo [Mc 7.34]; emocionou-se junto ao tumulo de
Lazaro [Jo 11.35, 38]:’
💡 O nome de Jesus é o nome que está
acima de todos os nomes!
Não
há dúvidas de que a maior prova que Jesus está acima de qualquer enfermidade
está na autoridade do Seu nome: “Enquanto estendes a mão para curar e para que
se façam sinais e prodígios pelo nome do teu santo Filho Jesus.” [At 4.30].
Através do nome de Jesus os demônios são expulsos, as pessoas são curadas e
vidas são transformadas. Tudo isso na autoridade do nome de Jesus.
EU ENSINEI QUE
A partir de uma série de milagres realizada por Jesus, foi manifesto
que Ele era a perfeição da divindade, tendo autoridade sabre qualquer
enfermidade.
CONCLUSÃO
Tendo estudado sobre a verdade de que Nosso Senhor Jesus possui toda
a autoridade, demonstrada por Ele ao lidar com a natureza, os demônios a as enfermidades,
devemos procurar estar cada vez mais firmes em Cristo e, no poder do Espírito
Santo, nos empenharmos no anúncio do Evangelho completo para a pessoa inteira
(espiritual, emocional e física).
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E-book é uma verdadeira fonte informativa para os novos e os veteranos
professores de Escola Bíblica.