Lições Bíblicas BETEL:
4° Trimestre de 2022 | Título: A IGREJA E O ESPIRITO SANTO – A
necessidade do avivamento promovido pelo Espírito Santo para os dias atuais
TEXTO ÁUREO
“Mas
a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.” Efésios
4.7
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VERDADE APLICADA
Os dons de Cristo visam prover à Igreja o necessário para
proporcionar o indispensável aperfeiçoamento dos salvos até que Ele venha.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar
a
relevância dos dons ministeriais na igreja
Mostrar
que
os dons ministeriais são atuais
Expor a variedade de dons e a multiforme
de Deus
TEXTOS DE REFERÊNCIA
EFÉSIOS
4
11-
E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e doutores,
12-
Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para
edificação do corpo de Cristo,
13-
Até que todos cheguemos à unidade e é ao conhecimento do Filho de Deus, a varão
perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,
14-
Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento
de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA
– Is 40.11 O pastor apascenta as ovelhas
TERÇA
– Am 3.12 O pastor protege as ovelhas
QUARTA
– At 21.8 O ministério de evangelista
QUINTA
– 1 Co 143 Os objetivos com dom de profecia
SEXTA
– 1 Co 14.32 Sensatez quanto aos dons
SÁBADO
– 1 Tm 4.14 Não despreze o dom de Deus
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MOTIVOS DE ORAÇÃO
Orar
para que possamos usar os dons para edificação do Corpo de Cristo.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1–
Conhecendo os dons ministeriais
2–
Distribuição dos dons
2–
Variedade de dons e a multiforme graça de Deus
Conclusão
INTRODUÇÃO
O
apóstolo Paulo nos faz ver que o Senhor, que venceu e foi exaltado, segundo a
Sua graça, concede à Sua Igreja dons necessários para o pleno desenvolvimento
do Corpo de Cristo para que alcancem a maturidade espiritual necessária.
PONTO DE PARTIDA
Deus tem prazer em distribuir os dons
1. CONHECENDO OS DONS MINISTERIAIS
Os
dons ministeriais foram ofertados aos crentes como um dom pessoal com a
finalidade de que seja exercido de modo a promoverem o desenvolvimento
espiritual e o fortalecimento da Igreja de Cristo. Sendo assim, os dons
ministeriais não são distribuídos aos crentes para o seu próprio interesse,
todavia eles são dados por Cristo para servirem aos interesses da Igreja.
1.1
A atualidade dos dons de Cristo.
Não
é segredo para ninguém que somos conhecidos como um povo pentecostal, que crê
intensamente na atualidade das manifestações dos dons do Espírito Santo. A
respeito dos dons ministeriais vemos que Paulo em sua carta aos Efésios está
muito interessado que os crentes tenham o conhecimento verdadeiro de cada dom.
Craig Keener (O Espírito e a Igreja, 2018, p. 121) observa que, em Efésios
4.7-11, após o Senhor Jesus Cristo vencer e ser exaltado, “concede a seu corpo
um grupo especial de pessoas que, por sua vez, mobilizarão os outros membros do
corpo de Cristo para seus ministérios. Assim, é possível afirmar que enquanto a
Igreja estiver na terra precisará de mais maturidade e unidade [Ef 4.13],
sendo, então, necessário que os dons continuem a se manifestar”.
Bispo Abner Ferreira:
“Paulo ensina que os dons são concedidos por Cristo por meio do
Espírito Santo [Ef 4.8-10]. Lemos aqui que Cristo, subindo ao alto, levou
cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Paulo faz referência ao Salmo 68.18,
que fala acerca do triunfo de Deus, representado pela volta da Arca da Aliança
ao seu santuário original após a derrota dos inimigos de Israel. De igual modo,
Jesus Cristo triunfou na batalha contra o império do mal. Paulo traça aqui a
imagem de um conquistador militar levando seus cativos e dividindo os espólios
com seus seguidores. O relato é uma declaração profética sobre a vitória de
Cristo no Calvário e Sua ascensão. Cristo, conquistando o Seu lugar no céu, deu
dons à Igreja.”
1.2.
Os dons ministeriais estão disponíveis para edificação da Igreja.
A
carta de Paulo aos Efésios relaciona os dons ministeriais da seguinte maneira:
apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores [Ef 4.11]. Entendemos à
luz da Bíblia que a finalidade do Espírito Santo em ofertar estes dons é
capacitar o crente para contribuição ao crescimento do Corpo de Cristo, a
Igreja. Este pensamento se dá por assistimos que no Novo Testamento o exercício
ministerial está sempre atrelado ao serviço [Mt 20.20-28]. Que fique bem claro
que o recebimento destes dons não faz com que o receptor se torne melhor ou
superior a outros crentes! Assim estes dons são distribuídos pela graça de Deus
para o aperfeiçoamento dos crentes, para a obra do ministério e a edificação do
Corpo de Cristo [Ef 4.12].
Bispo Abner Ferreira:
“Ao falar da “graça, o apóstolo nos informa acerca das funções
específicas que nos são confiadas quando recebemos o dom de Cristo, onde Ele,
por sua “graça”, nos capacita para as diferentes funções e trabalhos a
desempenhar na igreja e no mundo [Ef 4.7]. O termo usado aqui não faz
referência a uma habilidade natural, o dom, no sentido cristão, é uma concessão
sobrenatural de Deus a nós (…) Quando esses dons e capacidades são exercidos no
poder do Espírito, os membros da igreja se tornam numa poderosa influência
tanto na sociedade, quanto na vida de seus irmãos em Cristo.”
1.3.
Cristo repartiu os dons com os homens.
Quanto
mais estudamos sobre os dons ministeriais, mais apreciamos as riquezas da graça
e da sabedoria do nosso Senhor Jesus Cristo. Observamos à luz das Escrituras
que Ele aqui distribui estes dons para capacitar os crentes para que estes se
desenvolvam espiritualmente de modo a fortalecer a unidade do Corpo de Cristo.
Desse modo, todo aquele a quem o Senhor escolher como instrumento e lhe
conceder os dons para o ministério deve servi-Lo diligentemente, buscando
compreender o que Ele pode fazer para o crescimento e edificação da igreja.
Donald Gee (Os Dons do Ministério de
Cristo, 1961, p. 18):
“A
divina soberania, nesta matéria de um lugar determinado para mim no Corpo de
Cristo em geral, e em particular na obra do ministério, é coisa que se acha
enfaticamente esclarecida, a ponto de não pairar sobre isso a menor dúvida. Os
preparatórios dons do Espírito são dados “como Ele quer” [1Co 12.11]; os
ministérios resultantes são estabelecidos na igreja por Deus (v. 28), e os
homens que os desempenham são dados por Cristo. Ver Efésios 4.11. Nem sempre
lembramos suficientemente que Cristo tem o nome de “o Senhor da seara”.
EU ENSINEI QUE:
Os dons ministeriais são ofertados aos
crentes para promover o desenvolvimento espiritual e o fortalecimento da
Igreja.
FOCO NA LIÇÃO: “ Os dons
ministeriais foram ofertados aos crentes como um dom pessoal com a finalidade
de que seja exercido sistematicamente…”
2. DISTRIBUIÇÃO DOS DONS
Tenhamos
em mente que o apóstolo Paulo discorreu nos primeiros três capítulos da carta
aos Efésios sobre o grande plano de Deus, Seu propósito, Sua ação redentora e
apresentou a Igreja como agente e representante deste plano [Ef 1.23;3.10].
Para tanto, há uma diversidade de ministérios distribuídos por graça aos que
estão em Cristo, capacitando-os para se rem instrumentos do Espírito Santo,
para a glória de Deus [Ef 3.21].
2.1.
Apóstolos, enviados pelo Senhor Jesus.
A
palavra apóstolo constitui =”aquele que é enviado”, “mensageiro”, “oficialmente
comissionado por – Cristo”. Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe, o termo
grego apóstolos se origina do verbo apostellein, que significa “enviar”,
“remeter”. Donald Gee (Os Dons do Ministério de Cristo, 1961, p. 30): “Existe
ainda hoje o ofício do apóstolo? (…)
Em
1 Coríntios 12.28 nos diz que Deus “estabeleceu” este ministério dentro de Sua
Igreja; e Efésios 4.11-13 reafirma que foi concedido “para edificação do corpo
de Cristo, até que se alcance a unidade da fé…no homem perfeito”. A partir
destes argumentos o destacado escritor afirma haver base para o exercício de
uma certa forma de ofício apostólico em operação no Corpo de Cristo. A Bíblia
apresenta homens de Deus que também foram considerados apóstolos, além dos doze
[At 14.14; Rm 16.7].
Bispo Abner Ferreira:
“Apóstolo significa
“aquele que é enviado”, “mensageiro”. Evidentemente que hoje não temos
apóstolos com as credenciais dos primeiros: convocados pessoalmente pelo Senhor,
andaram com Jesus ao longo de Seu ministério e testificaram que Jesus era o
Senhor ressuscitado. Porém, é possível considerar que há o ministério de
caráter apostólico.
2.2.
Profetas: portadores da mensagem divina.
Entendemos
que o profeta do Novo Testamento não tem a mesma posição e destaque do profeta
do Antigo Testamento Em sua carta aos Efésios, quando Paulo apresenta os
chamados dons ministeriais, vemos que os profetas ali citados são nivelados
àqueles que pregam a Palavra de Deus. No Novo Testamento, os profetas eram
aqueles que propagavam a Palavra de Deus, impulsionados pelo Espírito Santo,
cooperando, assim, para edificação da Igreja [At 13.2]. Agiam visando
contribuir para que o Corpo de Cristo prosseguisse à maturidade espiritual [Ef
4.13-16), por intermédio do ensino, da interpretação da Palavra de Deus e de
sua aplicação.
Warren Wiersbe:
O profeta do Novo Testamento era uma pessoa que proclamava a Palavra
de Deus [At 11.28; Ef 3.5]. Os cristãos da Igreja Primitiva não tinham Bíblias,
e o Novo Testamento ainda não havia terminado de ser escrito. De que maneira,
então, as congregações locais poderiam saber qual era a vontade de Deus? O
Espírito compartilhava a verdade de Deus com os que possuíam o dom de
profecia.”
2.3.
Evangelistas, portadores das boas novas.
A
palavra evangelista vem do grego: “euangelistes”, que literalmente
significa: “mensageiro do bem” ou “mensageiro de boas novas: O dom ministerial
de evangelista consistia em proclamar a Palavra de Deus em viagens de um lugar
para outro onde quer que o Espírito os enviasse. Esse dom conferia ao
evangelista possuir uma capacitação especial para conduzir outras pessoas a
Cristo que depois, agrupadas, as almas que aceitaram a mensagem eram
congregadas em pequenas comunidades ou igrejas. O apóstolo Paulo era um
evangelista [1Co 1.17], assim como Timóteo [2Tm 4.5].
Warren Wiersbe:
“Os apóstolos e profetas lançaram os alicerces para a Igreja. e os
evangelistas edificaram sobre esses fundamentos ao ganhar os perdidos para
Cristo, Por certo, na Igreja Primitiva, cada cristão era uma testemunha (At
2.41-47; 11.19-21], como também devemos ser Hoje, porém, continuam existindo
pessoas que possuem o dom de evangelizar. O fato de um cristão não possuir esse
dom não é desculpa para a falta de interesse pela alma dos perdidos e pela
negligência no testemunho”.
EU ENSINEI QUE:
Há uma diversidade de ministérios
distribuídos por graça aos que estão em Cristo, capacitando-os para serem
instrumentos do Espírito Santo.
FOCO NA LIÇÃO: “…há uma
diversidade de ministérios distribuídos por graça aos que estão em Cristo,
capacitando-os para serem instrumentos do Espírito Santo, para a glória de
Deus…”
3. VARIEDADE DE DONS E A MULTIFORME GRAÇA
DE DEUS
David
Lim (Teologia Sistemática, 1997, p. 471-472): “Existem muitos dons, e nenhuma
das listas visa ser exaustiva. Vinte e um deles são alistados no Novo
Testamento. Todos são complementares entre si: nenhum é completo em si mesmo.
(…) O fato de nenhuma pessoa ser auto suficiente leva à interdependência. Cada
crente é um membro do Corpo de Cristo; e cada membro precisa dos demais, Mesmo
quando as pessoas manifestam os mesmos dons, fazem-no de modo diferente e com
resultados diferentes”.
3.1.
Pastores, responsáveis por conduzir o rebanho de Cristo.
O
dom de pastorear se desponta, quando pela capacitação pelo Espírito, o obreiro
é levantado por Deus para resguardar, proteger, conduzir em cuidar da sã
doutrina, refutar as heresias que surgem no seio da igreja, tendo o dever de
ser exemplo da pureza e da sã doutrina [Tt 2.7-8].
Cabe
ao pastor a responsabilidade de alimentar as ovelhas de Cristo com a Palavra de
Deus. Assim, através do ministério pastoral, o ministro conduz as ovelhas as
nutrindo com alimento sadio e consistente através de um comando forte e
servidor indispensável para a ampliação da igreja. Entretanto, para exercer sua
função, é necessário e absolutamente decisivo manter o seu relacionamento com o
Bom Pastor.
Bispo
Abner Ferreira:
“Os
pastores e os mestres eram dons distintos na Igreja Primitiva. Em nossos dias o
ministério pastoral tem sido confundido com o de mestre, porque ambos estão
muito próximos na ministração do ensino cristão. O pastor do rebanho de Deus é
o homem que leva em seu coração o povo de Deus, que o alimenta com a verdade,
que vai em sua busca quando se extravia, que o defende contra tudo o que pode
ferir ou destruir sua fé [Jo 10.11-14; Hb 13.7, 17].”
3.2.
Doutores – aqueles que ensinam as doutrinas cristãs fundamentais.
Aquele
que possui este dom consegue obter revelações do Espírito Santo de forma
detalhada da Palavra de Deus e comunicar os conhecimentos proeminentes para a
saúde do Corpo de Cristo, fazendo-o de tal maneira que os crentes consigam
aprender.
No
Novo Testamento os doutores instruíam e ajudavam a aplicar a revelação de Deus
à vida da Igreja. Muito importante atentarmos para o fato de que o ensino no
contexto do Corpo de Cristo requer dom concedido por Deus. Vide: Romanos
12,6-7- “segundo a graça que nos é dada”: 1 Coríntios 12.28 – “pôs Deus na igreja”;
Efésios 4.11 – “E ele mesmo deu…. Portanto, não basta ter o natural dom de
ensinar.
Elinaldo Renovato:
“Entre os dons ministeriais, concedidos por Deus para a edificação e
“aperfeiçoamento dos santos”, nas igrejas locais, está o de “doutor” ou “mestre”.
Não é um dom muito reconhecido em geral nas comunidades cristãs, por falta de
entendimento acerca do seu valor ou até por preconceito contra esses termos.”
3.3.
Outros dons ministeriais a serviço da Igreja.
O
apóstolo Paulo, assim como fez com a igreja de Éfeso, de igual modo apresenta à
igreja de Corinto uma relação de alguns dons e acrescenta outros que podem ser
enquadrados na categoria de dons ministeriais, a saber: apóstolos, profetas,
doutores, milagres, curar, socorros, governos e variedades de línguas [1 Co
12.27-28].
O
apóstolo Pedro também enfatiza que a vida dos discípulos de Cristo é
marcantemente caracterizada pelo serviço aos outros e que, para tanto, a
multiforme graça de Deus opera na vida de cada um através da dinâmica dos dons
segundo as necessidades que vão surgindo [1Pe 4.10-11]. O Espírito Santo não
está limitado a uma rígida lista. Suas operações, manifestações e ministérios
são diversos e surpreendentes, sempre em consonância com a Palavra de Deus e
para a glória de Deus.
Bispo Abner Ferreira:
“O
que o apóstolo realmente quer dizer com isso é que os santos sejam colocados em
condições adequadas para liderar, conduzir, cuidar e instruir o Corpo de
Cristo. Ele concedeu alguns em particular, para que treinem os outros membros,
para que todos os santos sejam treinados para algum aspecto do trabalho, dentro
do ministério, o que resultará no crescimento do Corpo.”
EU ENSINEI QUE:
Os dons ministeriais capacitam o cristão
para servir ao Senhor e à Igreja.
CONCLUSÃO
Conforme
foi possível apurar, os dons ministeriais são amplos e capacita o crente,
dando-lhe recursos para poder servir ao Senhor e à Sua Igreja, para que esta
cresça gradativamente.
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