Lições Bíblicas BETEL:
2° Trimestre de 2022 | Título: APOCALIPSE – Mensagem sobre o triunfo de
Cristo, exortações e promessas ao povo de Deus.
TEXTO ÁUREO
“E
eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra,
dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último.” Apocalipse 1.17
VERDADE APLICADA
Não podemos, como Igreja, ignorar ou desprezar a relevância da mensagem do Apocalipse, pois breve Jesus voltará.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1.
Despertar
para a brevidade do tempo.
2.
Mostrar
as características que identificam a Igreja.
3.
Destacar
a pessoa de Cristo e sua posição soberana.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
APOCALIPSE
1
3-
Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e
guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.
4- João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono;
5-
E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e
o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos
nossos pecados.
6-
E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai, a ele, glória e poder para
todo o sempre. Amém
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Mt 5.14 Os discípulos de Cristo são a luz do
mundo.
TERÇA / Jo 8.12 Jesus é a luz do mundo.
QUARTA / Jo 15.5 Sem Jesus não podemos fazer nada.
QUINTA / 1Tm 2.1-2 Devemos fazer orações por todos os
homens.
SEXTA / Hb 10.37 Falta pouco tempo para a volta de
Cristo.
SÁBADO / 1 Jo 2.18 Já é a última hora.
HINOS SUGERIDOS: : 48, 157, 197
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que a Igreja seja luz para o mundo, sem tirar os olhos de Jesus.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1-
A revelação do Apocalipse
2-
A visão da Igreja
3-
Visão de Deus
Conclusão
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos que a revelação do Apocalipse começa com uma visão de Cristo glorificado. Ao mesmo tempo que conforta João, mostra a importância do papel da Igreja neste mundo.
PONTO DE PARTIDA: Cristo muito breve voltará para buscar Sua Igreja.
1- A REVELAÇÃO DO APOCALIPSE
A
mensagem do Apocalipse foi um grande consolo para os cristãos daquele tempo, em
face das perseguições e sofrimentos vividos sob o império romano. Hoje, nós também
precisamos buscar em sua mensagem, edificação, força e esperança, lembrando que
nossa realização e esperança estão em Cristo, que muito breve voltará para
buscar a Sua Igreja.
1.1.
A autoria do livro.
O
primeiro verso responde detalhadamente sobre a autoria e destino do livro do
Apocalipse: Revelação de Jesus Cristo (Jesus Cristo é o centro do livro), a
qual Deus lhe deu (origem divina), para mostrar aos seus servos (destino do
livro) as coisas que brevemente devem acontecer (caráter profético do livro); e
pelo seu anjo as enviou (mensageiro divino), e as notificou a João seu servo
(escritor humano) [Ap 1.1]. Vejam que o apóstolo João está na ponta final da
revelação. Deste fato podemos tirar a lição de que não cabe orgulho e vaidade,
quando se entende que o verdadeiro autor é Jesus. Sem Jesus não podemos fazer
nada [Jo 15.5].
Subsídio
do Professor:
No próprio livro do Apocalipse o nome de João aparece 5 vezes relacionando de forma clara o apóstolo à autoria humana do livro [Ap 1.1, 4, 9; 21.2; 22.8]. Não bastasse isso, Irineu, discipulado por Policarpo (Policarpo foi discípulo do apóstolo João), atesta que o apóstolo do amor escreveu o livro do Apocalipse no fim do reinado do imperador Domiciano, que governou o império romano de 81-96 d.C.
1.2.
A tríplice bem-aventurança.
A
Bíblia não é um livro de teoria sobre felicidade e bem-estar. Não é um livro de
autoajuda, é o único livro no mundo cujo autor sempre está presente toda vez
que se lê. É o manual prático de bem-aventurança e vida plena. Encontramos logo
no início do Apocalipse três bem-aventuranças: “Bem-aventurado aquele que lê, e
os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão
escritas.” [Ap 1.3]. Esta passagem deixa claro que não basta memorizar textos e
ser um bom ouvinte. É preciso obedecer a Palavra de Deus, para desfrutarmos das
bênçãos do Senhor para o Seu povo.
Subsídio do Professor:
Russell Champlin falando sobre o termo “bem-aventurado” diz:
“Segundo o termo é utilizado no Novo Testamento, é elevado ao nível espiritual,
indicando a felicidade que se associa a uma relação correta com Deus. Pode-se
dizer, por conseguinte, que expressa o estado de bem-estar que é resultado da
retidão espiritual.”
1.3.
A brevidade do tempo.
Quando
Daniel recebe de Deus as revelações concernentes ao futuro de Israel e do
mundo, Deus disse a ele: “E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro,
até o fim do tempo” [Dn 12.4]. Porém, cerca de 600 anos depois, no tempo do
Novo Testamento, Deus diz para nós que “é já a última hora” [1Jo 2.18]; o
escritor aos Hebreus afirma que falta apenas “um poucochinho de tempo” para a
volta de Cristo [Hb 10.37] e no Apocalipse somos avisados por Cristo, que o
tempo está próximo [Ap 1.3b]. A pergunta que nos vem à mente é: Se no tempo do
Novo Testamento era a última hora, o que diremos agora, há mais de dois mil
anos? Enquanto Daniel fecha o livro, João vê Jesus abrir o livro. O aviso é
claro: “É tempo de arrependimento e consagração a Deus”.
Subsídio do Professor:
Segundo o Pastor Antônio Gilberto: “Daniel seguiu para a Babilônia
como cativo na primeira leva de exilados de Judá, em 606 a.C., quando tinha
entre 14 e 16 anos de idade. Ali viveu no palácio de Nabucodonosor, como
estudante, estadista e profeta de Deus. Chegou ao império persa, sobre Ciro [Dn
6.28; 10.1]. O livro de Daniel foi escrito em 606-534 a.C., durante o exílio do
povo de Deus em Babilônia.”
EU ENSINEI QUE:
A mensagem do Apocalipse foi um grande consolo para os cristãos daquele tempo, em face das perseguições e sofrimentos vividos sob o império romano.
2- A VISÃO DA IGREJA
Em
sua mensagem final e profética, Jesus demonstra Seu cuidado e zelo com a Sua
Igreja, trazendo admoestações e mostrando qual é a verdadeira identidade e
posição do Seu Corpo, enquanto não chega a hora do arrebatamento. Veja que o
amor de Cristo por Sua Igreja é tão grande que o apóstolo Paulo, ao admoestar a
Igreja de Éfeso, exorta que o marido ame a esposa, tendo como padrão: “como
Cristo amou a Igreja” [Ef 5.25].
2.1.
As sete igrejas da Ásia.
Temos
aqui nosso primeiro contato com as sete igrejas da Ásia, cuja localização é a
atual Turquia. Na próxima lição nos deteremos e falaremos sobre elas. Mas aqui
vemos dois pontos importantes: logo no início do livro João traz uma saudação
do Deus Triuno às sete Igrejas [Ap 1.4]; Pai, Filho e Espírito Santo dão à
Igreja graça e paz, dois elementos fundamentais e insubstituíveis para a vida
da Igreja. A menção à Trindade falando com as sete igrejas demonstra a total
atenção e apoio de Deus à Igreja. Elas são, também, as primeiras a receber a
revelação do Apocalipse. Jesus manda que João escreva num livro a mensagem
apocalíptica e envie às sete igrejas [Ap 1.11]. Isto denota a importância que
tem a Igreja, na presente dispensação, o dever do cristão em conhecer o livro
do Apocalipse e aumenta nossa responsabilidade, para com o mundo perdido.
Subsídio do Professor:
Segundo o Dicionário Wycliffe: “No Novo Testamento, Ásia geralmente
se refere à província romana criada em 129 a.C. A Ásia incluía os países da
Mísia, Lídia, Caria e a maior parte da Frígia, além de várias ilhas e cidades
costeiras. Inicialmente, Pérgamo era a capital, porém mais tarde a sede do
governo foi transferida para Éfeso. Os judeus da Ásia estavam presentes em
Jerusalém no dia de Pentecostes [At 2.9]. Em sua segunda viagem, Paulo foi
impedido de pregar na Ásia [At 16.6]; mas na terceira viagem o seu ministério
havia se estendido “de tal maneira que todos os que habitavam na Ásia ouviram a
Palavra” [At 19.10].”
2.2. Reino e sacerdócio.
O
propósito divino com Israel era que, após sua libertação do Egito, Seu povo se
tornasse um reino sacerdotal, uma nação santa, separada de toda a idolatria e
pecado e que fosse luz para as nações [Êx 19.4-6]. Mas, após a consumação da
obra redentora de Cristo na cruz, Sua ascensão e a descida do Espírito Santo, a
Igreja é identificada com os termos: “sacerdócio real, a nação santa, o povo
adquirido [1Pe 2.9], constituída de judeus e gentios salvos [Ef 2.12-20].
Quando somos chamados de “reis e sacerdotes” [Ap 1.6], aponta ainda para o
poder e a responsabilidade de interceder pelo mundo [1Tm 2.1-3; Jo 20.22-23] e
desfazer as obras do diabo [Lc 10.19; Mc 16.17].
Subsídio do Professor:
Stanley M. Horton: “Por sua graça, através da fé, entramos neste
sacerdócio real, e temos acesso ao Santo dos Santos na presença de Deus [Hb
10.19-20]. Esta é a nossa posição agora. E, quando Ele vier, temos a promessa
de que reinaremos com Ele [2Tm 2.12]. Não é, portanto, de se admirar quando
ouvimos João exclamar que o nosso Senhor merece a glória, a honra e o domínio
para todo o sempre.”
2.3.
Sete castiçais de ouro.
Encontramos
a Igreja de Cristo como sete castiçais de ouro [Ap 1.12]. O ouro é metal por
excelência e aponta para a glória e majestade de Cristo, que dá à Igreja
capacitação para manifestar o poder de Deus e ganhar vidas com a pregação do
Evangelho. Em seu ministério terreno, Jesus afirmou ser a luz do mundo [Jo
8.12] e deu esta mesma missão à Sua Igreja. Para um mundo que jaz no maligno
[1Jo 5.19] e que vive um verdadeiro apagão moral e espiritual, “em trevas” [Jo
1.5]. Devemos cumprir nossa tarefa de ser luz [Mt 5.14]. Que responsabilidade!
Portanto, a Igreja não pode se esconder ou omitir no cumprimento da
insubstituível missão de, como luz, guiar a humanidade a Cristo.
Subsídio do Professor:
Há mistérios no livro do Apocalipse que o próprio livro nos dá seu
significado: o ancião explica a João sobre a multidão de vestes brancas [Ap
7.13-15]; sete lâmpadas e sete olhos são os sete espíritos de Deus [Ap 4.5;
5.6]; o incenso que enche as salvas de ouro são as orações dos santos [Ap 5.8].
Vemos no final do primeiro capítulo do Apocalipse a real interpretação das sete
estrelas e dos sete castiçais de ouro: são respectivamente os sete anjos ou
pastores das igrejas e as sete igrejas [Ap 1.20].
EU ENSINEI QUE:
Em
sua mensagem final e profética, Jesus demonstra seu cuidado e zelo com a Sua
Igreja.
3- A VISÃO DE DEUS
João,
na ilha de Patmos, tem uma visão do Deus Triuno e em destaque vê o Cristo
glorificado. Esta visão deve ter sido um grande consolo para o apóstolo neste
tempo de exílio. Devemos também, manter nossos olhos em Cristo, autor e
consumador de nossa fé [Hb 12.2], e perseverar independente das adversidades ou
problemas da vida.
3.1.
A Trindade santa.
No
livro do Gênesis, que mostra o início de todas as coisas, encontramos
vislumbres da Trindade, em expressões como: “Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança” [Gn 1.26]; “Eis que o homem é como um de nós” [Gn
3.22]; e “desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a
língua do outro” [Gn 11.7]. No livro da consumação de todas as coisas, o
Apocalipse, vemos a Trindade envolvida na revelação à Igreja: O Pai: “Graça e
paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir” [Ap 1.4]
Apontando assim para a sua eternidade. O Espírito Santo: “e dos sete espíritos
que estão diante do seu trono” [Ap 1.4] fala da perfeita e plena manifestação e
operação do Espírito [Is 11.2]. Jesus Cristo: “fiel testemunha”, fala de Cristo
como profeta; “o primogênito dos mortos”, que aponta para a morte e
ressurreição de Cristo, tornando-o sacerdote de nossa salvação [Hb 7.24-25]; “o
príncipe dos reis da terra”, fala de Cristo como o rei proeminente, rei dos
reis que governa o destino dos homens [Ap 1.5], “num alto e sublime trono” [Is
6.1].
Subsídio do Professor:
Myer Pearlman: “É verdade que a palavra “Trindade” não aparece no
Novo Testamento; é uma expressão teológica, que surgiu no segundo século para
descrever a divindade. Mas o planeta Júpiter existiu antes de receber ele este
nome; e a doutrina da Trindade encontrava-se na Bíblia antes que fosse
tecnicamente chamada de Trindade”. Ou seja, assim como o Planeta Júpiter
recebeu este nome depois que já existia, a Trindade (Pai – Filho – Espírito
Santo) já estava presente em toda Bíblia, antes de ser denominada “Trindade”.
3.2.
Jesus, o Filho do Homem.
João
vê “um semelhante ao Filho do homem” [Ap 1.13]. Esta expressão tem vários
significados ao longo da Bíblia: No Antigo Testamento: Fala do homem de forma
geral [Sl 8.4]; mostra o profeta humano recebendo do Deus Todo-Poderoso Sua
mensagem para Seu povo e várias nações [Ez 2.1; 16.2; 25.2; 27.2; 28.21]; fala
do Messias prometido [Dn 7.13-14]. No Novo Testamento esta expressão ocorre
oitenta e quatro vezes, todas relacionadas à pessoa de Cristo. Fala da perfeita
humanidade de Cristo e se tornou um título messiânico. Neste tempo presente só
Jesus é o “Filho do Homem”. Ele é aquele que, sendo Deus, se identificou com a
humanidade como seu Salvador. O título aponta para Seu sofrimento e morte [Mc
8.31; Lc 9.58], Seu ministério terreno [Mc 2.10,28] e Sua volta gloriosa [Mt
24.27, 37, 39].
Subsídio do Professor:
Stanley M. Horton: “Precisamos saber, principalmente, que ele já
havia cumprido as profecias de Daniel, onde “um semelhante ao Filho do Homem”
receberia o reino [Dn 7.13]. Jesus já havia também se identificado a si mesmo
quando estivera diante do Sinédrio; e, por causa disso, procuravam matá-lo [Mt
26.64]. Mas, agora, João via um Jesus triunfante que haveria de descer das
nuvens para receber “o domínio, a honra, e o reino, para que todos os povos,
nações e línguas o servissem” [Dn 7.14].”
3.3.
A visão de Cristo glorificado.
Na
visão de João, vemos as características de Cristo: “vestido até os pés de um
vestido comprido” [Ap 1.13] – fala do sacerdócio de Cristo [Hb 4.14; 9.11;
10.21; 8.1-2; 7.21-28]; “cingido pelo peito com um cinto de ouro” [Ap 1.13] –
aponta para a justiça de Cristo [Sl 132.9]; “sua cabeça e cabelos eram brancos
como lã branca, como a neve” [Ap 1.14] – mostra a sua honra e eternidade [Dn
7.9; Pv 16.31]; “seus olhos, como chama de fogo” [Ap 1.14] – fala de Sua
onisciência, Ele é aquele que conhece e esquadrinha o coração do homem; “seus
pés semelhantes ao latão reluzente [Ap 1.15] – aponta para a Sua onipotência, Seu
poder de subjugar os seus inimigos [1Co 15.25]; “sua voz, como a voz de muitas
águas [Ap 1.15] – fala da autoridade e poder de Sua palavra [Ez 43.2; Ap 14.2].
Subsídio do Professor:
De acordo com Stanley M. Horton: “A descrição dada nos versículos
13 a 15 aplica-se ao próprio Deus, especialmente ao poderoso Juiz e Governante
do universo. João procura deixar bem claro que todos os atributos do Pai, no
Antigo Testamento, são também atributos do Filho. Ao Filho são dados todo o
poder e autoridade tanto para reinar como para julgar [Mt 28.18; Jo 5.22, 27].”
EU ENSINEI QUE:
Devemos manter nossos olhos em Cristo, autor e consumador de nossa fé, e perseverar independente das adversidades ou problemas da vida.
CONCLUSÃO
Aprendemos nesta lição sobre a relevância de estarmos atentos à mensagem de Cristo à Sua Igreja, à revelação sobre o Deus Uno e Trino e o que fez por nós e quem somos para Deus.
Revista
BETEL | 2° Trimestre De 2022 | Reverberação: Subsídios Dominical
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