Linguagem Figurada e a Bíblia - Subsídios Dominical

DICAS:

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Linguagem Figurada e a Bíblia

A Bíblia tem alguma coisa diferente de todos os outros livros deste mundo.

A sua preservação por tantos séculos e a sua divulgação, sendo aceita e apreciada por tantas pessoas de classes, condições e profissões diferentes. Reis, filósofos, poetas, estadistas, sacerdotes, médicos, publicanos, pescadores, etc. escreveram, um no deserto de Sinai, outro no palácio de Jerusalém, outro junto ao rio da Babilônia, outro na cadeia de Roma, outro na Ilha de Patmos. Há um período de quase 1.600 anos entre o primeiro e o último escritor.

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Os materiais apresentados são: história, genealogia, lei, ética, profecia, ciência, higiene, economia, política e regras para a conduta pessoal. Tudo isto forma uma unidade, expondo o plano de Deus na salvação dos pecadores.


Gênesis é o começo das coisas. Apocalipse, a consumação.

De Gênesis a Malaquias — A Salvação necessária, prometida e tipificada.

Os quatro Evangelhos — A Salvação realizada.

De Atos a Apocalipse — A Salvação aplicada e consumada.

 

Na exposição da mensagem de Deus, a Bíblia usa linguagem figurada ou simbólica, que pode ser entendida pelo contexto ou pela comparação de outras passagens no mesmo assunto.

I. FIGURAS DE RETÓRICA ESTÃO NO TEXTO BÍBLICO

Muitas figuras de retórica estão no texto bíblico, tornando a ideia enfática, mantendo sempre a clareza do pensamento. A Bíblia é assim um livro de metáforas, símiles, alegorias, tipos, símbolos, etc.

 

Metáfora — Um objeto tomado por outro — “O Cordeiro de Deus”. Símile — Comparação — “Sou como o pelicano no deserto” (Sl 102.6a).

Metonímia — Uma coisa tomada por outra, com relação de:

a) Causa pelo efeito — “Têm Moisés e os profetas” (Lc 16.29b).

b) Efeito pela causa — “Duas nações há no teu ventre” (Gn 25.23a).

Hipérbole — Aumento ou diminuição exagerada da realidade das coisas. “...faço nadar o meu leito...com as minhas lágrimas” (Sl 6.6). Ironia — Pensamento com sentido oposto ao significado literal. “...o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal” (Gn 3.22b). Antropomorfismo — Atribuição a Deus das faculdades humanas: “O Senhor cheirou o suave cheiro” (Gn 8.21a).

Tipo — Alguma pessoa, coisa ou cerimônia que se refere a eventos futuros.

Símbolo — Algum objeto material representando verdades espirituais. Alegoria — Aplicação alegórica de histórias verídicas ou exposição dum pensamento sob forma figurada.


Exemplos de alegorias: No primeiro caso, está a história dos dois filhos de Abraão, Ismael e Isaque, como os dois concertos da lei e da graça (Gl 4.22,23). No segundo caso, vem a história da vinha que foi trazida do Egito (Sl 80.8-10); e a das duas águias e a videira (Ez 17.3-10). Há várias outras nos profetas. O livro de Cantares é uma alegoria representando o amor de Cristo para a sua igreja.


Parábola — Uma narrativa em que as pessoas e fatos correspondem às verdades morais e espirituais.

 

II. PARÁBOLAS DO ANTIGO TESTAMENTO:

1. A Ovelha do Homem Pobre (2 Sm 12)

Davi mandou colocar Urias num lugar perigoso para os inimigos o matarem e quando ele foi morto, ficou com a mulher.

A morte de Urias aconteceu como se fosse coisa natural da guerra, mas foi planejada por Davi. Natã, o profeta, foi mandado por Deus para repreendê-lo. Natã apresentou a parábola de um homem rico que tomou a única ovelha que o pobre possuía, matou-a e preparou uma refeição para o amigo que chegou. Davi disse: “...digno de morte é o homem que fez isso” (2 Sm 12.5b). Natã respondeu: “Tu és este homem” (2 Sm 12.7b).

 

2. O Moço que Matou o Irmão (2 Sm 14.6)

Absalão matou o irmão e estava desterrado. Joabe desejava que o rei desse ordem para sua volta. Arranjou uma mulher para dizer ao rei que seu filho matou o irmão e estava ameaçado de morte, assim ela ficaria sem filhos, pediu ao rei para livrá-lo. O rei prometeu a ela e descobriu que era de Absalão que ela falava e que fora instruída por Joabe.

 

3. As Duas Meretrizes (Ez 23)

Para condenar o pecado de Israel e de Judá, o profeta falou das duas meretrizes, comparando o pecado de idolatria ao da prostituição. Este sentido dado à idolatria é muito comum nos profetas. No capítulo 16, Ezequiel apresenta uma ilustração igual, porém falando de uma só, Jerusalém.

 

Os evangelhos estão cheios de parábolas de Jesus Cristo. Continuamente Jesus falava por parábolas. Quando os discípulos não entendiam o sentido espiritual, pediam explicação e Ele atendia (Mc 4.10,11). Os que não se interessavam, ouviam só as parábolas e iam embora sem nada aproveitarem.

 

Quem necessita de sabedoria para ver pela fé Jesus ao lado, peça a Deus, que a todos dá liberalmente (Tg 1.5). Então ouvirá do próprio Salvador a palavra que Ele dirigiu aos discípulos: “...A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus...” (Mc 4.11b). Para os incrédulos, continuam encobertos e confusos os pensamentos da revelação dos céus.


III. SÍMBOLOS E TIPOS

Como as duas figuras mais desenvolvidas neste livro são símbolos e tipos, será bom observar alguns fatos ligados ao seu uso.

O tipo é alguma pessoa ou coisa que se refere a acontecimentos futuros. Sempre é empregado na esfera religiosa.


O símbolo é algum objeto material, representando verdades morais e espirituais. É usado em geral na linguagem e nas atividades dos homens.


Para compreender bem as Escrituras Sagradas, é preciso ter uma noção clara dos símbolos. Deste modo se entende melhor os tipos. Um tipo pode encerrar vários símbolos. A interpretação das profecias depende da significação dos símbolos. Por meio de símbolos, o Antigo Testamento contém as doutrinas do Novo.

 

Primeiramente se entende o vocabulário da Bíblia no sentido literal. Depois aparece o simbolismo, lembrando algum aspecto da obra de Jesus Cristo, da vida da Igreja, ou das obrigações do crente em seu testemunho e cultivo da comunhão com Deus.


Um modo de classificar os tipos é assim:

Tipos históricos e tipos rituais.

Os tipos históricos podem ser pessoais ou coletivos.

Pessoais, quando certos personagens do Antigo Testamento têm alguma semelhança com a pessoa de Jesus ou ilustram alguma revelação da doutrina do Evangelho. Este caso é o que vem no capítulo intitulado Tipos Humanos de Jesus.

 

Coletivos, aplicação dos acontecimentos da vida de um povo ou de uma coletividade à Igreja aqui no mundo ou como aviso sobre o modo de proceder dos crentes.

 

Tipos rituais, quando os detalhes da Lei Mosaica prefiguram o ensino do Novo Testamento. Isto aparece nos capítulos sobre o Tabernáculo e sobre cerimônias de Levítico.


Símbolos Gerais I

“Começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras” (Lc 24.27).

 

Muitas palavras das Santas Escrituras são empregadas com vários sentidos, apresentando alguma relação com a nossa união a Deus, pela salvação alcançada pela morte de Jesus.

 

Num espaço pequeno, não é possível estudar todas. Escolhendo algumas cujo simbolismo é mais claro, poderemos apresentar neste livro um pouco das aplicações que são feitas para nosso crescimento espiritual.

 

O sentido em que é empregada uma palavra pode ser descoberto pelo contexto ou por outras passagens no mesmo assunto. Seguem as palavras que encerram vários símbolos:

 

Árvore

1. Símbolo da Graça de Deus e da Vida Eterna

Quando Deus preparou um lugar para habitação de sua criatura, o Jardim do Éden, pôs ali “a árvore da vida” e “a árvore da ciência do bem e do mal” (Gn 2.9b). Eram literalmente árvores, mas representavam necessidades espirituais. A árvore da vida estava no meio do jardim, guardada pela mente do Criador, merecendo uma atenção especial.


“Adão, tendo pecado, ficou privado de comer da árvore da vida”, por isso foi expulso do Éden.


A figura da árvore da vida atravessa toda a revelação bíblica. Na restauração do pecador, terá ele direito a comer do seu fruto. Numa das promessas ao vencedor, o Espírito diz expressamente às igrejas: “ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus” (Ap 2.7).

 

O que o homem perdeu pelo pecado, alcança pela misericórdia de Deus, que providenciou a sua salvação e o recebe como Justo.


Na visão de Ezequiel 47, há um rio que sai do santuário (vv. 2 e 12) ladeado por toda a sorte de árvore que dá fruto para alimento e folhas para remédio. Refere-se ao reino glorioso de Jesus Cristo, quando Satanás estiver preso e os incrédulos no seu lugar. Então haverá paz e abundância.


Finalmente aparece a árvore da vida na última visão das coisas novas, depois de todas as etapas do juízo de Deus. Em Apocalipse 22.2a diz: “No meio da sua praça, de uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida”. É no ambiente dos salvos, na presença de Deus, quando diz a Escritura: “E ali nunca mais haverá maldição...”(v. 3a), “E ali não haverá mais noite...”(v. 5a), e os salvos reinarão para todo o sempre.

 

A árvore da ciência do bem e do mal foi uma, escolhida por Deus, como prova da obediência de Adão. Os inimigos da Bíblia, e zombadores dizem que foi a macieira e a fruta comida por Eva e Adão foi a maçã. Naquela passagem não se fala em maçã. Ninguém sabe que espécie de árvore era. A serpente disse a Eva que eles ficariam como Deus, sabendo o bem e o mal. Quando comeram, viram que estavam nus, viram que eram culpados e procuraram se esconder. Havia diferença entre o conhecimento deles acerca do bem e do mal e o de Deus. Deus conhecia o bem e o mal, sem ser atingido pelo mal, Adão e Eva conheciam o bem e o mal, sem poderem evitar o mal e sem paz na vida.

 

2. As Árvores também Simbolizam os Homens

Jesus Cristo, falando de falsos profetas, diz: “Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo” (Mt 7.15,19).

 

João Batista pregou assim: “E também agora está posto o machado à raiz das árvores...” (Mt 3.10a). Convidava o povo para arrepender-se de seus pecados, ilustrando o juízo de Deus com o machado à árvore.


No sonho de Nabucodonozor apareceu uma árvore grande, representando o reino do próprio Nabucodonozor. Pela interpretação de Daniel, Deus avisou o rei sobre o castigo que viria em sua vida por causa do orgulho (Dn 4.10-14, 20-23).


3. As Árvores São Símbolos dos que Obedecem

Os justos são comparados às árvores “...a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor” (Is 61.3b).


Quem anda fazendo a vontade de Deus é “...como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria... e tudo quanto fizer prosperará” (Sl 1.3).


A missão do crente neste mundo é como a da árvore, sua finalidade é beneficiar os outros. Suas obras devem ser como frutos para alimentar os necessitados espirituais. A árvore dá sombra para abrigar os que precisam, sua madeira se transforma em móveis para o conforto, e serve de lenha para aquentar e preparar a comida. Ainda as folhas são usadas como remédios. O crente deve ser assim: tudo para os outros. Judas fala de uns falsos irmãos que perturbavam o ambiente e diz que eles são “...árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas” (Jd 12c).


Carne

A carne é o tecido muscular dos animais. Vem nas páginas bíblicas com diversos significados.

1. A Palavra Aparece no Sentido Literal

Numa das murmurações, os israelitas disseram: “...Quem nos dará carne a comer?” (Nm 11.4c) Surgem ideias e opiniões contrárias ao uso da carne como alimento, dizendo que Deus ordenou a Adão para comer só vegetais: “...toda a erva... e toda a árvore...” (Gn 1.29). Isto é verdade, porém, logo após o dilúvio, Deus deu ordem a Noé para comer carne (Gn 9.3,4).

 

Em Levítico 11 deu uma lista de animais, chamados limpos, cuja carne podiam comer. Na Páscoa comiam um cordeiro assado. Jesus comeu o cordeiro pascoal, quando estava aqui no mundo (Mc 14.12-20).

 

E na história de Elias, certa vez, Deus providenciou o sustento dele, mandando-lhe pão e carne (1 Rs 17.6).

 

2. A Carne É a Humanidade de Jesus

“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós...” (Jo l.14a). “...agora nos reconciliou. No corpo da sua carne, pela morte...” (Cl 1.21c,22a). “... Cristo padeceu por nós na carne...” (1 Pe 4.1a). “Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne” (Hb 10.20).

 

Para resolver nosso problema de salvação, Ele precisou ser um homem como os outros, exceto no pecado. Assim tomou a nossa natureza, para sofrer pelos nossos pecados e cumprir a exigência da Justiça. Com o que Ele sofreu na carne, abriu caminho para Deus, sua obra foi classificada como reconciliação entre o pecador e Deus.

 

No Tabernáculo e no Templo havia um véu, uma cortina bem volumosa, impedindo a entrada do povo no Santo dos Santos. Quando Jesus morreu, o véu se rasgou de alto a baixo (Mt 27.51), significando que desaparecia a separação, o impedimento no acesso a Deus. O véu era tipo da carne ou da humanidade de Jesus (Hb 10.20). Agora por Ele nós chegamos a Deus. Por isso Jesus é o único meio de salvação. “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos” (At 4.12). E “...só há um Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (1 Tm 2.5). Sempre a sua humanidade. Se Ele não fosse Deus e homem, não poderia salvar os outros.

 

3. A Carne É o Poder do Homem, o Valor da Humanidade

Quando Senaqueribe, rei da Assíria, preparou uma guerra contra Ezequias, rei de Judá, este, sendo crente fiel, confiou na proteção de Deus e animou o seu povo com estas palavras: “Com ele [Senaqueribe] está o braço de carne, mas conosco o Senhor nosso Deus” (2 Cr 32.8a). O resultado foi que Deus mesmo destruiu o poder do rei da Assíria. Ezequias não matou ninguém. O Anjo do Senhor destruiu os soldados de Senaqueribe, que voltou envergonhado para sua terra, e lá seus próprios filhos o mataram.

 

O profeta Jeremias diz: “...Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor” (Jr 17.5b). Outra vez é um contraste entre o poder do homem e o poder de Deus.


Geralmente os homens aplicam esta frase aos outros, como se dissessem: “Eu não devo confiar nos outros”.


O sentido da palavra de Jeremias é: maldito quem confia no poder do braço humano, quem confia em si mesmo. E a pessoa confia em si mesma. A pessoa confia muito mais em seu próprio poder do que em Deus, por isso é maldita.


Na primeira epístola de Pedro, lemos: “...toda a carne é como erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor” (1 Pe 1.24). Este pensamento foi transcrito do profeta Isaías, significando a brevidade da vida neste mundo. O homem parece ter tanto poder na terra, de repente fica velho ou morre, e passa tudo.

 

A carne, o valor humano, é tão fraca como a flor do campo.

4. A Carne É uma Natureza Branda, Obediente a Deus

O salmista expressando o desejo de se aproximar de Deus, o anelo de sua alma pela presença do Senhor, fala deste modo: “...o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo” (Sl 84.2b).


Referindo-se ao futuro glorioso dos filhos de Israel, Deus promete fazer com que eles se convertam e voltem ao seu Deus e Senhor. A predição é: “...Tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne” (Ez 11.19b).

 

O coração de pedra é a incredulidade, a rebeldia contra Deus, o coração de carne é a submissão, a conversão.


5. Carne É a Inclinação Má, a Tendência para o Pecado

Neste sentido, ela aparece mais de setenta vezes no Novo Testamento. Jesus, no Getsêmane, recomendou aos discípulos que vigiassem enquanto Ele orava, e eles dormiram. A razão foi explicada pelo próprio Jesus: “...O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mc 14.38b).

 

Paulo, tratando da condição dos salvos, no capítulo oito da epístola aos Romanos, explica com clareza a luta que há em nosso íntimo: “...a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus” (Rm 8.6,7b). Ainda “...na minha carne, não habita bem algum: e com efeito o querer está em mim,mas não consigo realizar o bem” (Rm 7.l8b). “...a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro: para que não façais o que quereis” (Gl 5.17). A luta que existe dentro de nós é produzida por um impulso do desejo de obedecer a Deus e outro da natureza má que a Bíblia chama de carne.

 

Um crente certa vez ilustrou este caso, dizendo: “Eu tenho no íntimo dois cachorros lutando sempre”. Outro perguntou: “Qual é o que vence?” Ele respondeu: “O que eu alimentar melhor”.

 

A vitória não é de nós. Jesus disse: “...porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5c). Paulo mesmo expõe o assunto, ensina donde vem a vitória: “...somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.37). Há outras passagens que falam também de nossa vitória.

 

João diz: “Esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” (1 Jo 5.4b). E em Apocalipse 12.10 e 11a: “...porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra de seu testemunho”.

 

Pela fé no poder de Deus, estando unido a Jesus Cristo, cultivando a Palavra de Deus e vivendo a vida de testemunho, o crente será vitorioso sobre Satanás, o mundo e a carne.


Pedra

1. Pedra Quer Dizer Monumento

Sua principal utilidade sempre foi nas construções, porém nos tempos antigos servia de monumento. Jacó usou a pedra que lhe serviu de travesseiro e a pôs como coluna, fazendo voto a Deus (Gn 28.18-20). Outra vez Jacó fez um montão de pedras como testemunha, quando se separou de Labão (Gn 31.45-49).


Josué mandou tirar doze pedras do fundo do rio Jordão para memorial, para relembrar a passagem no Jordão ( Js 4.4-8).


Samuel, depois da vitória sobre os filisteus, tomou uma pedra e a pôs entre Mispá e Sem, e chamou o seu nome Ebenézer, pedra de ajuda, querendo dizer: “...Até aqui nos ajudou o Senhor” (1 Sm 7.12b).

 

2. Pedra Pode Ser a Incredulidade, a Insensibilidade do Homem para com Deus

Quem não obedece a voz de Deus tem o coração de pedra. Nabal, dominado pelo egoísmo, não reconheceu que Davi era o rei escolhido por Deus. Embora tivesse recebido auxílio dos servos de Davi na proteção de seus rebanhos, recusou dar o auxílio que Davi pediu. “...e se amorteceu nele, o seu coração, e ficou ele como pedra” (1 Sm 25.37b) e o Senhor o feriu e ele morreu. Deus, em sua misericórdia, está pronto a transformar os corações de pedra. “...e tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne” (Ez 11.19b e 36.26b). As pedras eram os filhos de Israel em sua incredulidade. João Batista, em sua pregação, afirmou que daquelas pedras (os judeus, que o ouviam) Deus poderia suscitar filhos a Abraão (Mt 3.9).

 

3. Pedra Representa o Crente na Obra da Igreja de Jesus Cristo

Sob a direção do Espírito Santo, os crentes, como pedras vivas, formam o edifício espiritual para testemunho do Evangelho. “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo” (1 Pe 2.5). “No qual [ Jesus Cristo] também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito” (Ef 2.22).

 

4. Pedra É a Recompensa do Crente Fiel, no Julgamento de suas Obras; É Chamada Pedra numa das Ilustrações

Os incrédulos serão julgados no trono branco de Apocalipse 20. Todos irão para o lago de fogo.


No encontro com o Senhor (1 Ts 4.17), as obras do crente serão julgadas no Tribunal de Cristo (2 Co 5.10), que no grego é chamado “Bema” — entrega da recompensa. (O tribunal que julga os incrédulos é “thronos”). Naquela ocasião o resultado será: “Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo” (1 Co 3.14,15).

 

Esta recompensa ou galardão do crente fiel é representada por uma pedra branca com um novo nome escrito. “Ao que vencer... dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe” (Ap 2.17).

 

5. Pedra É um Título de Jesus Cristo

“E chegando-vos para ele — pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa... Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido... E uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na Palavra, sendo desobedientes” (1 Pe 2.4,6b,8b).


Pedro afirma nesta passagem que Jesus Cristo é pedra viva, eleita por Deus. Quem nela crer não será confundido.


É muito comum ouvirmos dizer que sobre religião há uma confusão muito grande. Cada um adota uma ideia diferente. “São tantos credos, tantas seitas, tantos grupos divergindo e divisões em cada religião, que ninguém pode entender nada”.


Quem diz isto não encontrou ainda Jesus Cristo. Quem creu nele como seu salvador pessoal, não tem qualquer dúvida, não será confundido. A confusão do mundo é uma prova da inspiração da Bíblia que ensina que “o mundo está posto no maligno” (1 Jo 5.19), e que vai de mal para pior.


Ele também é “...pedra de tropeço ou rocha de escândalo” para os desobedientes. Pode ser comparada neste caso ao degrau de uma escada, um degrau é feito para elevar as pessoas, transportar alguém para um plano mais elevado. Se a pessoa, por distração ou por estupidez, não usar direito o degrau, bater o pé contra ele, poderá cair, sujar-se, quebrar uma perna e sofrer outros prejuízos.


Jesus veio a este mundo para salvar o pecador, elevá-lo ao plano celestial da presença de Deus.


Se o pecador despreza a palavra de Jesus Cristo e não atende ao seu convite, é castigado por Deus: “E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm” (Rm 1.28). Nesta condição, o pecador não entende mais nada e, em seu modo de raciocinar, acha erros na obra de Jesus. Bate contra o degrau, cai, perde sua alma. Para ele o filho de Deus se tornou pedra de tropeço e escândalo.


Jesus disse: “Bem-aventurado é aquele que se não escandalizar em mim” (Mt 11.6).


A Igreja de Cristo é edificada sobre o “...fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra de esquina” (Ef 2.20). Esta passagem se refere à ilustração que Jesus fez em Mateus 7.24-27, do homem prudente que edificou a casa sobre a rocha.


Quem escuta e pratica a Palavra de Deus, edificou sua casa espiritual sobre a rocha ( Jesus Cristo). As forças do mal não a derrubam.


Também Jesus é: “...A pedra, que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça do ângulo...” (Mt 21-42b). Os homens rejeitaram o Filho de Deus e Ele permanece tão honrado à destra do Pai.


Nossa grande bênção agora é que Ele é a rocha, sobre que está edificada nossa fé e quem nele crê está livre da confusão que abrange todo o mundo dominado pelas trevas.


Artigo: JOEL LEITÃO DE MELO | Divulgação: Subsídios Dominical

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