A Bíblia tem alguma coisa diferente de todos os outros
livros deste mundo.
A sua preservação por
tantos séculos e a sua divulgação, sendo aceita e apreciada por tantas pessoas
de classes, condições e profissões diferentes. Reis, filósofos, poetas,
estadistas, sacerdotes, médicos, publicanos, pescadores, etc. escreveram, um no
deserto de Sinai, outro no palácio de Jerusalém, outro junto ao rio da Babilônia,
outro na cadeia de Roma, outro na Ilha de Patmos. Há um período de quase 1.600
anos entre o primeiro e o último escritor.
👇 VEJA TAMBÉM
👇
👉 Novas lições da classe dos ADULTOS-
Aqui
👉 Novas lições da classe dos JOVENS
– Aqui
👉 Novas lições da classe dos ADOLESCENTES – Aqui
Os materiais apresentados
são: história, genealogia, lei, ética, profecia, ciência, higiene, economia,
política e regras para a conduta pessoal. Tudo isto forma uma unidade, expondo
o plano de Deus na salvação dos pecadores.
Gênesis é
o começo das coisas. Apocalipse, a consumação.
De Gênesis a Malaquias — A Salvação
necessária, prometida e tipificada.
Os quatro Evangelhos — A Salvação
realizada.
De Atos a Apocalipse — A Salvação
aplicada e consumada.
Na exposição da mensagem
de Deus, a Bíblia usa linguagem figurada ou simbólica, que pode ser entendida
pelo contexto ou pela comparação de outras passagens no mesmo assunto.
I. FIGURAS DE RETÓRICA ESTÃO NO TEXTO
BÍBLICO
Muitas figuras de
retórica estão no texto bíblico, tornando a ideia enfática, mantendo sempre a
clareza do pensamento. A Bíblia é assim um livro de metáforas, símiles,
alegorias, tipos, símbolos, etc.
Metáfora —
Um objeto tomado por outro — “O Cordeiro de Deus”. Símile — Comparação — “Sou
como o pelicano no deserto” (Sl 102.6a).
Metonímia — Uma
coisa tomada por outra, com relação de:
a) Causa pelo efeito
— “Têm Moisés e os profetas” (Lc 16.29b).
b) Efeito pela causa
— “Duas nações há no teu ventre” (Gn 25.23a).
Hipérbole — Aumento ou diminuição
exagerada da realidade das coisas. “...faço nadar o meu leito...com as minhas
lágrimas” (Sl 6.6). Ironia — Pensamento com sentido oposto ao significado literal.
“...o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal” (Gn 3.22b).
Antropomorfismo — Atribuição a Deus das faculdades humanas: “O Senhor cheirou o
suave cheiro” (Gn 8.21a).
Tipo — Alguma pessoa, coisa ou
cerimônia que se refere a eventos futuros.
Símbolo — Algum
objeto material representando verdades espirituais. Alegoria — Aplicação
alegórica de histórias verídicas ou exposição dum pensamento sob forma
figurada.
Exemplos de alegorias: No
primeiro caso, está a história dos dois filhos de Abraão, Ismael e Isaque, como
os dois concertos da lei e da graça (Gl 4.22,23). No segundo caso, vem a
história da vinha que foi trazida do Egito (Sl 80.8-10); e a das duas águias e
a videira (Ez 17.3-10). Há várias outras nos profetas. O livro de Cantares é
uma alegoria representando o amor de Cristo para a sua igreja.
Parábola — Uma
narrativa em que as pessoas e fatos correspondem às verdades morais e
espirituais.
II. PARÁBOLAS DO ANTIGO TESTAMENTO:
1. A Ovelha do Homem
Pobre (2 Sm 12)
Davi mandou colocar Urias
num lugar perigoso para os inimigos o matarem e quando ele foi morto, ficou com
a mulher.
A morte de Urias
aconteceu como se fosse coisa natural da guerra, mas foi planejada por Davi.
Natã, o profeta, foi mandado por Deus para repreendê-lo. Natã apresentou a
parábola de um homem rico que tomou a única ovelha que o pobre possuía, matou-a
e preparou uma refeição para o amigo que chegou. Davi disse: “...digno de morte
é o homem que fez isso” (2 Sm 12.5b). Natã respondeu: “Tu és este homem” (2 Sm
12.7b).
2. O Moço que Matou o
Irmão (2 Sm 14.6)
Absalão matou o irmão e
estava desterrado. Joabe desejava que o rei desse ordem para sua volta.
Arranjou uma mulher para dizer ao rei que seu filho matou o irmão e estava
ameaçado de morte, assim ela ficaria sem filhos, pediu ao rei para livrá-lo. O
rei prometeu a ela e descobriu que era de Absalão que ela falava e que fora
instruída por Joabe.
3. As Duas Meretrizes (Ez
23)
Para condenar o pecado de
Israel e de Judá, o profeta falou das duas meretrizes, comparando o pecado de
idolatria ao da prostituição. Este sentido dado à idolatria é muito comum nos
profetas. No capítulo 16, Ezequiel apresenta uma ilustração igual, porém
falando de uma só, Jerusalém.
Os evangelhos estão
cheios de parábolas de Jesus Cristo. Continuamente Jesus falava por parábolas.
Quando os discípulos não entendiam o sentido espiritual, pediam explicação e
Ele atendia (Mc 4.10,11). Os que não se interessavam, ouviam só as parábolas e
iam embora sem nada aproveitarem.
Quem necessita de
sabedoria para ver pela fé Jesus ao lado, peça a Deus, que a todos dá
liberalmente (Tg 1.5). Então ouvirá do próprio Salvador a palavra que Ele
dirigiu aos discípulos: “...A vós vos é dado saber os mistérios do reino de
Deus...” (Mc 4.11b). Para os incrédulos, continuam encobertos e confusos os
pensamentos da revelação dos céus.
III. SÍMBOLOS E TIPOS
Como as duas figuras mais
desenvolvidas neste livro são símbolos e tipos, será bom observar alguns fatos
ligados ao seu uso.
O tipo é alguma pessoa ou
coisa que se refere a acontecimentos futuros. Sempre é empregado na esfera
religiosa.
O símbolo é algum objeto
material, representando verdades morais e espirituais. É usado em geral na
linguagem e nas atividades dos homens.
Para compreender bem as
Escrituras Sagradas, é preciso ter uma noção clara dos símbolos. Deste modo se
entende melhor os tipos. Um tipo pode encerrar vários símbolos. A interpretação
das profecias depende da significação dos símbolos. Por meio de símbolos, o Antigo
Testamento contém as doutrinas do Novo.
Primeiramente se entende
o vocabulário da Bíblia no sentido literal. Depois aparece o simbolismo,
lembrando algum aspecto da obra de Jesus Cristo, da vida da Igreja, ou das
obrigações do crente em seu testemunho e cultivo da comunhão com Deus.
Um modo de classificar os
tipos é assim:
Tipos históricos e tipos rituais.
Os tipos históricos podem
ser pessoais ou coletivos.
Pessoais, quando certos
personagens do Antigo Testamento têm alguma semelhança com a pessoa de Jesus ou
ilustram alguma revelação da doutrina do Evangelho. Este caso é o que vem no
capítulo intitulado Tipos Humanos de Jesus.
Coletivos, aplicação dos
acontecimentos da vida de um povo ou de uma coletividade à Igreja aqui no mundo
ou como aviso sobre o modo de proceder dos crentes.
Tipos rituais, quando os
detalhes da Lei Mosaica prefiguram o ensino do Novo Testamento. Isto aparece
nos capítulos sobre o Tabernáculo e sobre cerimônias de Levítico.
Símbolos Gerais I
“Começando por Moisés, e
por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as
Escrituras” (Lc 24.27).
Muitas palavras das
Santas Escrituras são empregadas com vários sentidos, apresentando alguma
relação com a nossa união a Deus, pela salvação alcançada pela morte de Jesus.
Num espaço pequeno, não é
possível estudar todas. Escolhendo algumas cujo simbolismo é mais claro,
poderemos apresentar neste livro um pouco das aplicações que são feitas para
nosso crescimento espiritual.
O sentido em que é
empregada uma palavra pode ser descoberto pelo contexto ou por outras passagens
no mesmo assunto. Seguem as palavras que encerram vários símbolos:
Árvore
1. Símbolo da Graça de
Deus e da Vida Eterna
Quando Deus preparou um
lugar para habitação de sua criatura, o Jardim do Éden, pôs ali “a árvore da
vida” e “a árvore da ciência do bem e do mal” (Gn 2.9b). Eram literalmente
árvores, mas representavam necessidades espirituais. A árvore da vida estava no
meio do jardim, guardada pela mente do Criador, merecendo uma atenção especial.
“Adão, tendo pecado,
ficou privado de comer da árvore da vida”, por isso foi expulso do Éden.
A figura da árvore da
vida atravessa toda a revelação bíblica. Na restauração do pecador, terá ele
direito a comer do seu fruto. Numa das promessas ao vencedor, o Espírito diz
expressamente às igrejas: “ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida,
que está no meio do paraíso de Deus” (Ap 2.7).
O que o homem perdeu pelo
pecado, alcança pela misericórdia de Deus, que providenciou a sua salvação e o
recebe como Justo.
Na visão de Ezequiel 47,
há um rio que sai do santuário (vv. 2 e 12) ladeado por toda a sorte de árvore
que dá fruto para alimento e folhas para remédio. Refere-se ao reino glorioso
de Jesus Cristo, quando Satanás estiver preso e os incrédulos no seu lugar.
Então haverá paz e abundância.
Finalmente aparece a
árvore da vida na última visão das coisas novas, depois de todas as etapas do
juízo de Deus. Em Apocalipse 22.2a diz: “No meio da sua praça, de uma e da
outra banda do rio, estava a árvore da vida”. É no ambiente dos salvos, na
presença de Deus, quando diz a Escritura: “E ali nunca mais haverá
maldição...”(v. 3a), “E ali não haverá mais noite...”(v. 5a), e os salvos
reinarão para todo o sempre.
A árvore da ciência do
bem e do mal foi uma, escolhida por Deus, como prova da obediência de Adão. Os
inimigos da Bíblia, e zombadores dizem que foi a macieira e a fruta comida por
Eva e Adão foi a maçã. Naquela passagem não se fala em maçã. Ninguém sabe que
espécie de árvore era. A serpente disse a Eva que eles ficariam como Deus,
sabendo o bem e o mal. Quando comeram, viram que estavam nus, viram que eram
culpados e procuraram se esconder. Havia diferença entre o conhecimento deles
acerca do bem e do mal e o de Deus. Deus conhecia o bem e o mal, sem ser
atingido pelo mal, Adão e Eva conheciam o bem e o mal, sem poderem evitar o mal
e sem paz na vida.
2. As Árvores também
Simbolizam os Homens
Jesus Cristo, falando de
falsos profetas, diz: “Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a
árvore má produz frutos maus. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e
lança-se no fogo” (Mt 7.15,19).
João Batista pregou
assim: “E também agora está posto o machado à raiz das árvores...” (Mt 3.10a).
Convidava o povo para arrepender-se de seus pecados, ilustrando o juízo de Deus
com o machado à árvore.
No sonho de Nabucodonozor
apareceu uma árvore grande, representando o reino do próprio Nabucodonozor.
Pela interpretação de Daniel, Deus avisou o rei sobre o castigo que viria em
sua vida por causa do orgulho (Dn 4.10-14, 20-23).
3. As Árvores São
Símbolos dos que Obedecem
Os justos são comparados
às árvores “...a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor”
(Is 61.3b).
Quem anda fazendo a
vontade de Deus é “...como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual
dá o seu fruto na estação própria... e tudo quanto fizer prosperará” (Sl 1.3).
A missão do crente neste
mundo é como a da árvore, sua finalidade é beneficiar os outros. Suas obras
devem ser como frutos para alimentar os necessitados espirituais. A árvore dá
sombra para abrigar os que precisam, sua madeira se transforma em móveis para o
conforto, e serve de lenha para aquentar e preparar a comida. Ainda as folhas
são usadas como remédios. O crente deve ser assim: tudo para os outros. Judas
fala de uns falsos irmãos que perturbavam o ambiente e diz que eles são
“...árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas” (Jd 12c).
Carne
A carne é o tecido
muscular dos animais. Vem nas páginas bíblicas com diversos significados.
1. A Palavra Aparece no
Sentido Literal
Numa das murmurações, os
israelitas disseram: “...Quem nos dará carne a comer?” (Nm 11.4c) Surgem ideias
e opiniões contrárias ao uso da carne como alimento, dizendo que Deus ordenou a
Adão para comer só vegetais: “...toda a erva... e toda a árvore...” (Gn 1.29).
Isto é verdade, porém, logo após o dilúvio, Deus deu ordem a Noé para comer
carne (Gn 9.3,4).
Em Levítico 11 deu uma
lista de animais, chamados limpos, cuja carne podiam comer. Na Páscoa comiam um
cordeiro assado. Jesus comeu o cordeiro pascoal, quando estava aqui no mundo
(Mc 14.12-20).
E na história de Elias,
certa vez, Deus providenciou o sustento dele, mandando-lhe pão e carne (1 Rs
17.6).
2. A Carne É a Humanidade
de Jesus
“E o Verbo se fez carne e
habitou entre nós...” (Jo l.14a). “...agora nos reconciliou. No corpo da sua
carne, pela morte...” (Cl 1.21c,22a). “... Cristo padeceu por nós na carne...”
(1 Pe 4.1a). “Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é,
pela sua carne” (Hb 10.20).
Para resolver nosso
problema de salvação, Ele precisou ser um homem como os outros, exceto no
pecado. Assim tomou a nossa natureza, para sofrer pelos nossos pecados e
cumprir a exigência da Justiça. Com o que Ele sofreu na carne, abriu caminho
para Deus, sua obra foi classificada como reconciliação entre o pecador e Deus.
No Tabernáculo e no Templo
havia um véu, uma cortina bem volumosa, impedindo a entrada do povo no Santo
dos Santos. Quando Jesus morreu, o véu se rasgou de alto a baixo (Mt 27.51),
significando que desaparecia a separação, o impedimento no acesso a Deus. O véu
era tipo da carne ou da humanidade de Jesus (Hb 10.20). Agora por Ele nós
chegamos a Deus. Por isso Jesus é o único meio de salvação. “E em nenhum outro
há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os
homens pelo qual devamos ser salvos” (At 4.12). E “...só há um Mediador entre
Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (1 Tm 2.5). Sempre a sua humanidade. Se
Ele não fosse Deus e homem, não poderia salvar os outros.
3. A Carne É o Poder do
Homem, o Valor da Humanidade
Quando Senaqueribe, rei
da Assíria, preparou uma guerra contra Ezequias, rei de Judá, este, sendo
crente fiel, confiou na proteção de Deus e animou o seu povo com estas
palavras: “Com ele [Senaqueribe] está o braço de carne, mas conosco o Senhor
nosso Deus” (2 Cr 32.8a). O resultado foi que Deus mesmo destruiu o poder do
rei da Assíria. Ezequias não matou ninguém. O Anjo do Senhor destruiu os
soldados de Senaqueribe, que voltou envergonhado para sua terra, e lá seus
próprios filhos o mataram.
O profeta Jeremias diz:
“...Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o
seu coração do Senhor” (Jr 17.5b). Outra vez é um contraste entre o poder do
homem e o poder de Deus.
Geralmente os homens
aplicam esta frase aos outros, como se dissessem: “Eu não devo confiar nos
outros”.
O sentido da palavra de
Jeremias é: maldito quem confia no poder do braço humano, quem confia em si
mesmo. E a pessoa confia em si mesma. A pessoa confia muito mais em seu próprio
poder do que em Deus, por isso é maldita.
Na primeira epístola de
Pedro, lemos: “...toda a carne é como erva, e toda a glória do homem como a
flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor” (1 Pe 1.24). Este pensamento
foi transcrito do profeta Isaías, significando a brevidade da vida neste mundo.
O homem parece ter tanto poder na terra, de repente fica velho ou morre, e
passa tudo.
A carne, o valor humano, é tão fraca como a flor do campo.
4. A Carne É uma Natureza Branda, Obediente a Deus
O salmista expressando o
desejo de se aproximar de Deus, o anelo de sua alma pela presença do Senhor,
fala deste modo: “...o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo” (Sl
84.2b).
Referindo-se ao futuro
glorioso dos filhos de Israel, Deus promete fazer com que eles se convertam e
voltem ao seu Deus e Senhor. A predição é: “...Tirarei da sua carne o coração
de pedra, e lhes darei um coração de carne” (Ez 11.19b).
O coração de pedra é a
incredulidade, a rebeldia contra Deus, o coração de carne é a submissão, a
conversão.
5. Carne É a Inclinação
Má, a Tendência para o Pecado
Neste sentido, ela
aparece mais de setenta vezes no Novo Testamento. Jesus, no Getsêmane,
recomendou aos discípulos que vigiassem enquanto Ele orava, e eles dormiram. A
razão foi explicada pelo próprio Jesus: “...O espírito, na verdade, está
pronto, mas a carne é fraca” (Mc 14.38b).
Paulo, tratando da
condição dos salvos, no capítulo oito da epístola aos Romanos, explica com
clareza a luta que há em nosso íntimo: “...a inclinação da carne é morte; mas a
inclinação do espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é
inimizade contra Deus” (Rm 8.6,7b). Ainda “...na minha carne, não habita bem
algum: e com efeito o querer está em mim,mas não consigo realizar o bem” (Rm
7.l8b). “...a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e
estes opõem-se um ao outro: para que não façais o que quereis” (Gl 5.17). A
luta que existe dentro de nós é produzida por um impulso do desejo de obedecer
a Deus e outro da natureza má que a Bíblia chama de carne.
Um crente certa vez ilustrou
este caso, dizendo: “Eu tenho no íntimo dois cachorros lutando sempre”. Outro
perguntou: “Qual é o que vence?” Ele respondeu: “O que eu alimentar melhor”.
A vitória não é de nós.
Jesus disse: “...porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5c). Paulo mesmo
expõe o assunto, ensina donde vem a vitória: “...somos mais do que vencedores,
por aquele que nos amou” (Rm 8.37). Há outras passagens que falam também de
nossa vitória.
João diz: “Esta é a
vitória que vence o mundo, a nossa fé” (1 Jo 5.4b). E em Apocalipse 12.10 e
11a: “...porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do
nosso Deus os acusava de dia e de noite. E eles o venceram pelo sangue do
Cordeiro e pela palavra de seu testemunho”.
Pela fé no poder de Deus,
estando unido a Jesus Cristo, cultivando a Palavra de Deus e vivendo a vida de
testemunho, o crente será vitorioso sobre Satanás, o mundo e a carne.
Pedra
1. Pedra Quer Dizer
Monumento
Sua principal utilidade
sempre foi nas construções, porém nos tempos antigos servia de monumento. Jacó
usou a pedra que lhe serviu de travesseiro e a pôs como coluna, fazendo voto a
Deus (Gn 28.18-20). Outra vez Jacó fez um montão de pedras como testemunha,
quando se separou de Labão (Gn 31.45-49).
Josué mandou tirar doze
pedras do fundo do rio Jordão para memorial, para relembrar a passagem no
Jordão ( Js 4.4-8).
Samuel, depois da vitória
sobre os filisteus, tomou uma pedra e a pôs entre Mispá e Sem, e chamou o seu
nome Ebenézer, pedra de ajuda, querendo dizer: “...Até aqui nos ajudou o
Senhor” (1 Sm 7.12b).
2. Pedra Pode Ser a
Incredulidade, a Insensibilidade do Homem para com Deus
Quem não obedece a voz de
Deus tem o coração de pedra. Nabal, dominado pelo egoísmo, não reconheceu que
Davi era o rei escolhido por Deus. Embora tivesse recebido auxílio dos servos
de Davi na proteção de seus rebanhos, recusou dar o auxílio que Davi pediu.
“...e se amorteceu nele, o seu coração, e ficou ele como pedra” (1 Sm 25.37b) e
o Senhor o feriu e ele morreu. Deus, em sua misericórdia, está pronto a
transformar os corações de pedra. “...e tirarei da sua carne o coração de
pedra, e lhes darei um coração de carne” (Ez 11.19b e 36.26b). As pedras eram
os filhos de Israel em sua incredulidade. João Batista, em sua pregação,
afirmou que daquelas pedras (os judeus, que o ouviam) Deus poderia suscitar
filhos a Abraão (Mt 3.9).
3. Pedra Representa o
Crente na Obra da Igreja de Jesus Cristo
Sob a direção do Espírito
Santo, os crentes, como pedras vivas, formam o edifício espiritual para
testemunho do Evangelho. “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa
espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis
a Deus por Jesus Cristo” (1 Pe 2.5). “No qual [ Jesus Cristo] também vós
juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito” (Ef 2.22).
4. Pedra É a Recompensa do Crente Fiel, no Julgamento de suas Obras; É Chamada Pedra numa das Ilustrações
Os incrédulos serão
julgados no trono branco de Apocalipse 20. Todos irão para o lago de fogo.
No encontro com o Senhor
(1 Ts 4.17), as obras do crente serão julgadas no Tribunal de Cristo (2 Co
5.10), que no grego é chamado “Bema” — entrega da recompensa. (O tribunal que
julga os incrédulos é “thronos”). Naquela ocasião o resultado será: “Se a obra
que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra
de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como
pelo fogo” (1 Co 3.14,15).
Esta recompensa ou
galardão do crente fiel é representada por uma pedra branca com um novo nome
escrito. “Ao que vencer... dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome
escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe” (Ap 2.17).
5. Pedra É um Título de
Jesus Cristo
“E chegando-vos para ele
— pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e
preciosa... Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e
preciosa; e quem nela crer não será confundido... E uma pedra de tropeço e
rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na Palavra, sendo desobedientes”
(1 Pe 2.4,6b,8b).
Pedro afirma nesta
passagem que Jesus Cristo é pedra viva, eleita por Deus. Quem nela crer não
será confundido.
É muito comum ouvirmos
dizer que sobre religião há uma confusão muito grande. Cada um adota uma ideia
diferente. “São tantos credos, tantas seitas, tantos grupos divergindo e
divisões em cada religião, que ninguém pode entender nada”.
Quem diz isto não encontrou
ainda Jesus Cristo. Quem creu nele como seu salvador pessoal, não tem qualquer
dúvida, não será confundido. A confusão do mundo é uma prova da inspiração da
Bíblia que ensina que “o mundo está posto no maligno” (1 Jo 5.19), e que vai de
mal para pior.
Ele também é “...pedra de
tropeço ou rocha de escândalo” para os desobedientes. Pode ser comparada neste
caso ao degrau de uma escada, um degrau é feito para elevar as pessoas,
transportar alguém para um plano mais elevado. Se a pessoa, por distração ou
por estupidez, não usar direito o degrau, bater o pé contra ele, poderá cair,
sujar-se, quebrar uma perna e sofrer outros prejuízos.
Jesus veio a este mundo
para salvar o pecador, elevá-lo ao plano celestial da presença de Deus.
Se o pecador despreza a
palavra de Jesus Cristo e não atende ao seu convite, é castigado por Deus: “E,
como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou
a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm” (Rm 1.28). Nesta
condição, o pecador não entende mais nada e, em seu modo de raciocinar, acha
erros na obra de Jesus. Bate contra o degrau, cai, perde sua alma. Para ele o
filho de Deus se tornou pedra de tropeço e escândalo.
Jesus disse:
“Bem-aventurado é aquele que se não escandalizar em mim” (Mt 11.6).
A Igreja de Cristo é
edificada sobre o “...fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus
Cristo é a principal pedra de esquina” (Ef 2.20). Esta passagem se refere à
ilustração que Jesus fez em Mateus 7.24-27, do homem prudente que edificou a
casa sobre a rocha.
Quem escuta e pratica a
Palavra de Deus, edificou sua casa espiritual sobre a rocha ( Jesus Cristo). As
forças do mal não a derrubam.
Também Jesus é: “...A
pedra, que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça do ângulo...”
(Mt 21-42b). Os homens rejeitaram o Filho de Deus e Ele permanece tão honrado à
destra do Pai.
Nossa grande bênção agora
é que Ele é a rocha, sobre que está edificada nossa fé e quem nele crê está
livre da confusão que abrange todo o mundo dominado pelas trevas.
Artigo: JOEL LEITÃO DE
MELO | Divulgação: Subsídios Dominical
Informações Aqui