A Bíblia é o livro do mundo antigo que é
transmitido com a maior exatidão. Nenhum outro livro antigo tem tantos
manuscritos, ou tão antigos, ou copiados com tanta precisão.
1. O ANTIGO TESTAMENTO
A confiabilidade do Antigo Testamento está
baseada em três fatores: a sua abundância, datação, e exatidão.
Obras da antiguidade sobrevivem
Muitas obras da antiguidade sobrevivem apenas em um punhado de manuscritos: somente 7 para Platão, 8 para Tucídides, 8 para Heródoto, 10 para Gallic Wars, de César, e 20 para Tácito. Somente as obras de Demóstenes e Homero chegam a ter centenas de manuscritos.
Dez mil manuscritos do Antigo
Testamento
Mas mesmo antes de 1890, um estudioso
chamado Giovanni de Rossi publicou 731 manuscritos do Antigo Testamento. Desde
então, foram descobertos aproximadamente dez mil manuscritos do Antigo
Testamento, em Geniza, no Cairo, e, em 1947, as cavernas do mar Morto, em
Qumran produziram mais de 600 manuscritos do Antigo Testamento.
Além disto, os Pergaminhos do mar Morto,
que contêm pelo menos fragmentos de todos os livros do Antigo Testamento, com
exceção do livro de Ester, todos datam de antes do fim do século I d.C., e
alguns do século III a.C. O Papiro Nash está datado entre o século II a.C. e o
século I d.C.
*A
importância da Leitura do Antigo Testamento
*Aprendendo
Sobre os dois Testamentos
*Antigo
Testamento, sem o ele sempre teremos uma visão empobrecida de Deus
*O
hebraico é o alfabeto mais antigo do mundo
A exatidão dos manuscritos é conhecida, com base em evidências internas e externas:
(1) Sabe-se que a reverência dos escribas
judeus pelas Escrituras levou à sua transmissão cuidadosa;
(2) O exame de passagens duplicadas (por
exemplo, Sl 14 e Sl 53) mostra transmissão paralela;
(3) A Septuaginta, que é a antiga tradução
do Antigo Testamento ao idioma grego, está substancialmente de acordo com os
manuscritos hebreus;
(4) A comparação do Pentateuco Samaritano
com os mesmos livros bíblicos preservados na tradição judaica mostra íntima
similaridade;
(5) Os Manuscritos do Mar Morto fornecem
manuscritos que datam de mil anos antes do que muitos usados para estabelecer o
texto hebraico.
Estudos comparativos revelam uma
identidade palavra por palavra, em 95 por cento do texto. Variantes de menor
importância consistem, principalmente, de erros de escrita ou de grafia.
Somente 13 pequenas variações foram descobertas em toda a cópia de Isaías dos
Manuscritos do Mar Morto, das quais oito eram conhecidas de outras fontes
antigas. Depois de mil anos de cópias, não houve mudanças de significado, e
praticamente não houve nenhuma mudança no uso de palavras!
2. NOVO TESTAMENTO
* A
Teologia do Novo Testamento
* Sola
Scriptura: Somente as Escrituras
* A
Bíblia é a Inspirada Palavra de Deus
* Conhecimentos
Bíblicos Essenciais ao Professores EBD
* A
Imprensa de Johann Gutenberg
* EXEGESE BÍBLICA - Pr. Antonio Gilberto
A confiabilidade do Novo Testamento é
estabelecida porque o número, a data e a exatidão de seus manuscritos permitem
a reconstrução do texto original, com mais precisão do que qualquer outro texto
antigo. O número de manuscritos do Novo Testamento é impressionante (quase
5.700 manuscritos grego) em comparação com os livros típicos da antiguidade
(cerca de 7 a 10 manuscritos; a Ilíada, de Homero, é a obra que tem a maior
quantidade de manuscritos, 643).
O Novo Testamento é simplesmente o livro mais respaldado
textualmente do mundo antigo.
O mais antigo manuscrito do Novo
Testamento, sobre o qual não paira nenhuma disputa, é o papiro de John Rylands,
com data entre 117 e 138 d.C. Livros inteiros (por exemplo, os contidos nos
papiros Bodmer) estão disponíveis a partir do ano 200. A grande parte do Novo
Testamento, incluindo todos os Evangelhos, está disponível nos manuscritos de
Chester Beatty Papyri, que datam aproximadamente de 250 d.C.
O famoso estudioso britânico de
manuscritos, Sir Frederick Kenýon, escreveu: “O intervalo,
então, entre as datas da composição original e a mais antiga evidência
existente se toma tão pequeno, a ponto de ser, na verdade, insignificante, e a
última fundação para qualquer dúvida de que as Escrituras nos tenham vindo
substancialmente, da maneira como foram escritas, agora foi removida”. Assim,
tanto “a autenticidade como a integridade geral dos livros do Novo Testamento
podem ser consideradas firmemente estabelecidas”.
Nenhum outro livro antigo tem um intervalo
tão pequeno de tempo, entre a sua composição e as suas primeiras cópias
manuscritas, como o Novo Testamento.
Não apenas há mais manuscritos do Novo Testamento, e mais antigos, como também foram copiados com mais exatidão do que outros textos antigos.
O estudioso do Novo Testamento e professor
em Princeton, Bruce Metzger, fez uma comparação do Novo Testamento com a Ilíada
de Homero e o Mahabharata, do hinduísmo. Ele descobriu que o texto desta última
obra representa apenas 90 por cento do original (com 10 por cento de corrupção
textual); a Ilíada era 95 por cento pura, e somente meio por cento do texto do
Novo Testamento permanecia em dúvida.
O estudioso grego A. T.
Robertson avaliou que as dúvidas
textuais do Novo Testamento têm a ver apenas com “uma milésima parte de todo o
texto”, avaliando a exatidão do texto do Novo Testamento em 99,9 por cento - a
maior exatidão conhecida para qualquer livro do mundo antigo.
Sir Frederick Kenyon
observou que o “número de [manuscritos] do Novo Testamento, de traduções
antigas dele, e de citações feitas dele nos autores mais antigos da igreja, é
tão grande que é praticamente certo que o texto original de cada passagem
duvidosa esteja preservado, em uma ou outra destas autoridades antigas. Não é
possível dizer isto sobre nenhum outro livro antigo do mundo”.
Em resumo, o grande número, as datas
antigas e a exatidão incomparável das cópias manuscritas do Antigo e do Novo
Testamento, estabelecem a confiabilidade da Bíblia, muito além da de qualquer
outro livro antigo. A sua mensagem substancial não foi reduzida com o passar
dos séculos, e a sua exatidão, até mesmo em detalhes menos importantes, foi
confirmada.
Assim, a Bíblia que temos hoje em nossas mãos
é uma cópia altamente confiável do original, que nos veio das penas dos
profetas e dos apóstolos.
Artigo: Norman L. Geisler
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