LIÇÕES BETEL - Lição 2 As Bençãos Advindas da Salvação - Subsídios Dominical

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A Carreira Que Nos Está Proposta [ Revista Digital Cristão Alerta - 2° Trimestre 2024

LIÇÕES BETEL - Lição 2 As Bençãos Advindas da Salvação

ASSUNTO DA REVISTA: EFÉSIOS – Uma Exposição sobre as Riquezas da Graça, Misericórdia e Gloria de Deus

Comentarista: Bispo Abner Ferreira

Fonte: Revista Lição Bíblica Dominical – 4° trimestre de 2021 – Revista de Professo

📚 TEXTO ÁUREO

"Eis que Deus é a minha salvação; eu confiarei e não temerei, porque o Senhor Jeová é a minha força, e o meu cântico, e se tornou a minha salvação." Isaías 12.2

💡 VERDADE PRÁTICA

Desde a eternidade, Deus elaborou um plano para salvação de todo aquele que crê em Jesus Cristo.

🎯 OBJETIVO da LIÇÃO

Ensinar acerca da eleição divina

Mostrar o significado da predestinação

Apresentar os propósitos da soberana eleição.

📖 TEXTO DE REFERÊNCIA

Efésios 1.4-8

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | Jo 3.16: Deus amou o mundo de tal maneira.

TERÇA | Jo 5.24: Jesus é o Filho de Deus.

QUARTA | Rm 8.32: Deus entregou Seu Filho por todos nós.

QUINTA | 1 Co 6.20: Fomos comprados por bom preço.

SEXTA | Ef 5.27: Para a apresentar a Si mesmo Igreja gloriosa.

SÁBADO | Cl 1.12-14: Jesus Cristo: autor da nossa redenção.

🔊 HINOS SUGERIDOS 🎵

15,351,430

🛐MOTIVOS DE ORAÇÃO

Ore em agradecimento por tão grande salvação.

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1. Eleitos antes da fundação dos tempos

2. Predestinados: uma vida de comunhão

3. Os propósitos da soberana eleição

Conclusão

PONTO DE PARTIDA

Todo aquele que crê em Jesus recebe a vida eterna.

INTRODUÇÃO

O maior presente concedido à humanidade é a redenção. Somente um Deus Onisciente, Onipotente e Onipresente poderia planejar e realizar a redenção dos seres humanos.


1. Eleitos antes da fundação dos tempos

A salvação em Cristo Jesus não trata somente do livramento da ira vindoura, ela porta consigo bênçãos preparadas por Deus para toda a humanidade, preparadas por Ele desde a eternidade [Ef 1.3-4].

 

1.1. Eleitos com todas as bênçãos espirituais.

O apóstolo afirma que fomos abençoados com todas as bênçãos espirituais e apresenta a dimensão em que essas bênçãos estão: “nos lugares celestiais”, e a fonte pela qual elas jorram sobre os eleitos: “em Cristo” [Ef 1.4]. Deus nos escolheu para nos abençoar com bênçãos que só se encontram nEle e somente quem O encontra poderá alcançá-las. Éfeso era riquíssima e abrigava no templo da deusa Diana alguns dos maiores tesouros de arte do mundo antigo. Paulo compara a Igreja de Cristo com um templo e explica a grande riqueza que Cristo tem em Sua Igreja. Em Cristo somos transportados de um mundo de trevas e colocados numa elevada posição [Ef 2.6; Cl 1.13].

 

A expressão “nos lugares celestiais” esclarece não somente o lugar de onde essas bênçãos recaem sobre os eleitos, mas também fala acerca da posição onde Cristo está assentado juntamente com aqueles que foram alcançados pela graça [Ef 2.6], “Nos lugares celestiais” aponta para a excelência de uma vida em Cristo, do alto nível que a salvação nos colocou. Éramos inimigos de Deus, cidadãos de um mundo de trevas, mas o favor de Deus nos tornou filhos e fomos transportados para o reino de Sua maravilhosa luz [Ef 5.8; Cl 1.12-13].


1.2. Ele nos elegeu.

Como o homem estava espiritualmente morto em delitos e pecados, ele jamais poderia ter mérito ou algum recurso próprio suficiente para operar a salvação [Ef 2.1 ]. Isso é o que Paulo deixa bem claro ao afirmar que fomos eleitos por Deus, sendo Cristo o fundamento de nossa eleição. Deus nos escolheu antes que tudo ou até nós mesmos sequer existíssemos [SI 139.14-16]. Essa afirmação feita por Paulo é tão poderosa que, além de descartar toda e qualquer participação humana na salvação, ainda indica que até mesmo a fé que possuímos para chegar a salvação não vem de nós, é um dom de Deus que Ele por intermédio de Sua graça nos outorga [Jo 15.16; Ef 2.8-9].

 

A escolha divina nada tem a ver com discriminação. Deus quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade, pois morreu por todos, e não apenas por um determinado grupo de pessoas [lTm 2.4,6]. O propósito da salvação é universal, contudo, não há como negar que, em Sua presciência, Deus sabe muito bem quem irá ou não se salvar. Porém, não pode negar a Si mesmo e Sua vontade soberana tem princípio na justiça [SI 119.137]. Não faz parte do caráter divino rejeitar um pecador que se arrepende [2Cr 7.14; l Jo 1.9; 2Pe 3.9].

 

1.3. O tempo da validade dessa eleição.

Toda doutrina revelada na Escritura só pode ser concebida pela fé. Isso acontece com a doutrina da trindade; a doutrina da salvação; e a doutrina da eleição ou predestinação. Mesmo assim, todos nós concordamos que a eleição começa em Deus, e não no ser humano [Jo 15.16]. A eleição é um ato poderoso de Deus, ela é incondicional, não depende de esforço humano. Movido inteiramente por Seu amor e misericórdia, Deus através de Seu Filho Jesus Cristo concedeu, aos que estavam mortos em seus pecados, a graça da justificação. Nossa eleição é tão poderosa que tem validade eterna. Começou na eternidade e se estenderá através dela [Jo 6.39; Ef 1.4; Fp 1.6; 2Tm 1.12].

 

Com base na revelação bíblica, o pecador arrependido pode concluir que o plano de Deus é santo, sábio e bom. Que Deus é paciente e não está indiferente quanto ao estado perdido daqueles que rejeitam a salvação oferecida em Cristo. Deus oferece a salvação a todos, mas infelizmente muitos a rejeitam. A misericórdia de Deus é demonstrada em sua paciência [Rm 9.21-22; 2Pe3.9].


EU ENSINEI QUE:

A salvação em Cristo Jesus porta consigo bênçãos para toda a humanidade, preparadas por Deus desde a eternidade.

 

2. Predestinados: uma vida de comunhão

Precisamos compreender a predestinação não como algo fatalista, mas graciosa. Paulo ensina que Deus nos predestinou para si mesmo, ou seja, para vivermos diante dEle, sermos Seu tesouro particular. Não nos escolheu para estarmos alienados de Sua presença e sem intimidade [Ef 1.5].

 

2.1. Predestinados segundo Sua vontade e propósito.

Com muita frequência, o verbo predestinar é interpretado de maneira equivocada. De acordo com seu uso na Bíblia, refere-se, essencialmente, ao que Deus faz pelos salvos. Em lugar algum da Escritura é ensinado que certas pessoas são predestinadas ao inferno. Predestinar significa simplesmente ordenar de antemão, predeterminar.

 

A eleição se refere sempre a pessoas, a predestinação a propósitos. Sabemos que tudo o que Deus faz obedece a um propósito e nada existe sem uma razão de ser. Ele nos escolheu em Cristo com o propósito de que fôssemos santos e irrepreensíveis [Ef 1.4]; filhos de adoção; filhos agradáveis a Ele [Ef 1.5-6]; filhos participantes de Sua herança [Ef 1.14].

                                                                          

Antônio Gilberto (Teologia Sistemática Pentecostal - CPAD, p. 372-373): “A predestinação que a Bíblia ensina não é a de uns para a vida eterna e a de outros para a perdição eterna. A predestinação é para os que quiserem ser salvos, conforme lemos em 2Tessalonicenses 2.13 e 2Timóteo 2.10: “Deus nos escolheu desde o princípio para a salvação”; “Escolhidos para que também alcancem a salvação”. Eleição é o ato divino pelo qual Deus escolhe ou elege um povo para si, para salvá-lo [2Ts 2.13]. Predestinação é o ato de Deus determinar o futuro desse povo. No Novo Testamento, esse povo é a Igreja, o Corpo de Cristo, o povo salvo [Ef 1.22-23].”

 

2.2. Predestinados para a adoção de filhos.

O pastor e teólogo John Stott diz que a expressão-chave para se compreender as consequências presentes de nossa eleição é a “adoção”.

 

FOCO NA LIÇÃO

 A salvação em Cristo Jesus não trata somente do livramento da ira vindoura, ela porta consigo bênçãos preparadas por Deus para toda a humanidade.

 

Ele afirma que o Senhor nos destinou para uma dignidade mais alta do que a própria criação poderia nos outorgar. Pretendia “adotar-nos”, fazer--nos filhos e filhas da sua família [Jo 1.12-13; Ef 2.19]. William Barclay diz que de acordo com a lei romana uma pessoa adotada desfrutava na nova família de todos os direitos de um filho legítimo e perdia todo direito em sua família anterior. Perante a lei era uma nova pessoa. Tão nova era, que até as dívidas e obrigações relacionadas com sua família anterior ficavam canceladas ou abolidas como se jamais tivessem existido.

 

Estávamos longe de Deus, aquém a qualquer promessa, inteiramente sob o poder do pecado e do mundo [Ef 2.11-12]. Mas, segundo o beneplácito de sua vontade, Deus, por meio de Jesus Cristo, nos tirou deste poder para nos transladar ao dEle. Esta adoção apaga e elimina o passado em tal medida que somos feitos novos. Passamos da família do mundo e do mal à família de Deus. Que grandioso privilégio.

 

Tornar-se um filho de Deus nos garantiu desfrutar do livre acesso ao Pai e de todas as bênçãos da salvação nos lugares celestiais.

 

Predestinados para sermos semelhantes a Cristo. Muito importante efetuarmos uma reflexão sobre este assunto considerando os seguintes textos onde encontramos a expressão “predestinados” - Efésios 1.5, 11 e Romanos 8.28-29. Assim, os textos expressam verdades preciosas: os eleitos em Cristo foram predestinados para serem filhos de adoção, conforme Seu propósito de sermos semelhantes a Cristo. Notemos que em Romanos, e em Efésios, o apóstolo primeiro destaca a eleição do povo de Deus e a seguir o propósito, associado com a predestinação - o propósito é sermos filhos semelhantes a Cristo. Para tanto, vemos que Deus não apenas escolheu e predestinou, mas opera no Seu povo visando alcançar Seu propósito - Romanos 8.28 (NAA - “Deus coordena todas as coisas de modo que cooperem para o bem dos seus filhos”); Efésios 1.11 (“faz todas as coisas”).

 

Comentário de Romanos - Craig S. Keener - Reflexão Editora - p. 193-194) discorre sobre o cuidado que devemos ter para não restringirmos o entendimento quanto a termos como “escolher” e “predestinar” [Rm 8.29-30], à luz da polarização dos debates teológicos posteriores, tais como a defesa do livre-arbítrio por um lado e a graça soberana de Deus por outro: “O próprio público de Paulo pensaria em Israel como o povo que Deus havia escolhido e reconheceria que o argumento de Paulo foi projetado para mostrar que Deus era tão soberano que não era obrigado a escolher (com respeito à salvação) baseado na etnia judaica. (...) aparentemente ele se refere à escolha de Deus principalmente para enfatizar a iniciativa da graça de Deus ao invés das obras humanas [Rm 9.11].”

 

FOCO NA LIÇÃO

Paulo ensina que Deus nos predestinou para si mesmo, ou seja, para vivermos diante dEle, sermos Seu tesouro particular.

 

EU ENSINEI QUE:

Deus nos predestinou para si mesmo, ou seja, para vivermos diante dEle, sermos Seu tesouro particular.

 

3. Os propósitos da soberana eleição

Nesta seção, Paulo faz um relato das bênçãos recebidas em Cristo Jesus. Ele apresenta os propósitos de nossa eleição em Deus, os efeitos da redenção, e como nos tornamos filhos para que pudéssemos desfrutar das riquezas dessa tão grande salvação.

 

3.1. Eleitos para ser santos.

Sabemos que tudo o que de Deus procede obedece a um propósito e tem uma razão de ser. Deus nos escolheu, a fim de que possamos ser santos e irrepreensíveis [Ef 1.4]. O termo grego usado é Amõmos (sem culpa) significa, literalmente, sem defeito, ou impecável. Quando nada ainda existia, Deus planejou formar um povo, uma família de homens e mulheres santos e imaculados para si, o que significa levar uma vida à parte dos pecadores, do mundano e de tudo que não lhe agrada. Ele deseja que vivamos de acordo com o modelo de santidade e justiça que Seu Filho nos ensinou; e Ele é tão rico em misericórdia e nos ama tanto que enviou Seu Santo Espírito para nos ajudar a alcançar esse objetivo importante.

 

Nosso compromisso diante de Deus, depois de nos escolher e nos abençoar em Cristo, de uma maneira tão especial, nada mais é do que viver para Ele, de acordo com Seu modelo de santidade e justiça que é Cristo. Após o novo nascimento, o Espírito Santo trabalha de forma contínua, regenerando e santificando o povo escolhido de Deus, para apresentar a si mesmo uma igreja sem ruga, sem mácula, santa e gloriosa em Cristo [Ef 5.27]. A santificação nos eleitos é um processo contínuo e ascendente, que busca a maturidade e a perfeição dos tais. Sem ela ninguém verá o Senhor [Hb 12.14b].

 

3.2. Eleitos para sermos filhos responsáveis.

A eleição é um privilégio que traz consigo uma grande responsabilidade. Sermos adotados como filhos na família de Deus nos remete um “mais” de ganho, e um “menos” de perdas necessárias, pois é inaceitável que, nos tornando filhos e desfrutando de um relacionamento com o Pai, não tenhamos as características da sua família [Rm 8.29]. Em nosso “mais” ganhamos o acesso a Ele mediante a redenção. Todavia, mediante a obra santificadora do Espirito Santo perderemos nossas máculas até que finalmente sejamos perfeitos na eternidade. Nossa responsabilidade é transmitir a imagem de Cristo em nossa forma de conduta nesse mundo. Ou seja, vivermos, como “filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa” [Fp 2.15]. Estamos no mundo, mas não somos do mundo (Jo 17.14-16).

 

Paulo diz que Deus nos escolheu para sermos santos, esse é o propósi­to da nossa eleição em Cristo [Ef 1.4]. Por esse motivo o Senhor nos deu o Espírito Santo. Para promover a nos­sa fé em Cristo como nosso Salvador e Sua presença viva e dinâmica em cada eleito. Seu nome já deixa claro a sua missão: nos santificar para Deus [Rm 1.4; IPe 1.2]. Todos nós fomos acei­tos como éramos, mas não podemos permanecer da mesma forma em Sua presença, porque nos tornamos nova criatura [2Co 5.17].

3.3. Eleitos para agradá-lo.

Devemos ser gratos a Deus por nos iluminar com a compreensão daquilo que éramos e aquilo que agora nos tornamos através de Seu eterno propósito em Cristo. Ele não somente nos recebeu e nos reconciliou consigo na condição de filhos, Ele também nos selou com o Espírito

 

Santo, nos tornando sua propriedade [Ef 1.13]. O teólogo e pastor John Stott diz que o selo era uma marca de possessão e de autenticidade. O gado e até mesmo os escravos eram marcados com um selo externo por seus donos a fim de indicar a quem pertenciam. Conosco Deus fez diferente, nos deu o seu Espírito Santo selando-nos pelo lado de dentro [1 Co 6.19-20; lPe2.9].

 

Deus odeia o pecado, mas ama o pecador. Não havia meios humanos para nos tornarmos agradáveis a Deus, mas em Cristo Ele nos proporcionou através de Sua graça [Ef 1.6]. Agora, passadas essas coisas, sabemos que fomos predestinados para sermos conformes à imagem de Seu Filho [Rm 8.29]. Seu interesse é que, através da obra do Espírito Santo em nós, sejamos transformados para refletirmos em nosso viver o caráter de Cristo. Deus nos escolheu para vivermos como filhos amados e o Espírito Santo testemunha essa grande obra da graça em nosso espírito [Rm 8.16].

 

EU ENSINEI QUE:

Paulo faz um relato das bênçãos recebidas em Cristo Jesus. Ele apresenta os propósitos de nossa eleição em Deus, os efeitos da redenção e como nos tornamos filhos de Deus.

CONCLUSÃO

Antes de tudo existir, inclusive nós mesmos, Deus elaborou um poderoso plano de salvação capaz de mudar a vida de todos os seres humanos e, por Sua infinita vontade, graça e bondade, hoje temos o privilégio de fazer parte de Sua grande família [Ef 2.19].


Revista BETEL | 4° Trimestre De 2021 | Reverberação: Subsídios Dominical

 

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