O Batismo nas Águas é para Salvação?

Essa pergunta é feita em muitos lugares, em muitas igrejas. De modo geral, a dúvida decorre do fato de estar escrito em Marcos 16.16 que Jesus disse: “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”. Uma leitura rápida, sem maiores reflexões, pode dar a entender que o batismo em águas tem função salvífica, sendo, portanto, indispensável para que alguém seja salvo em Jesus Cristo.

No século terceiro d.C., havia ensinamentos procurando provar que o batismo, como sacramento, era “o único meio de obter a remissão de pecados”. Tertuliano dizia que “o batismo liberta-nos do poder do Diabo e nos torna membros da Igreja como Corpo de Cristo”. Até crianças pequenas estariam contaminadas com o pecado, devendo ser batizadas. Seu ensino usual é que o Espírito é recebido no batismo, quando o convertido é “batizado em Cristo, na água e no Espírito Santo”.

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Como o batismo em águas foi determinado por Jesus (Mc 16.16), os evangélicos em geral assumem que esse rito sagrado é uma ordenança especial, deixada por Cristo à sua Igreja. A ideia do batismo como sacramento, no sentido exagerado que lhe é dado, levou certos crentes do quarto e do quinto séculos a entenderem o rito batismal como transmissor da graça salvífica.

 

Os católicos romanos, e algumas igrejas evangélicas, ensinam que o batismo (geralmente por aspersão) não é só um mandamento, mas uma ordenança e um sacramento, no sentido de transmitir a graça salvadora a quem é batizado. Com isso, querem dizer que uma pessoa não pode ser salva se não for batizada, nem mesmo uma criança inocente. Daí porque batizam criancinhas.

 

Mas, à luz da boa exegese e hermenêutica, o batismo era águas é apenas uma ordenança que simboliza muito fortemente a morte do crente para o mundo e a vida para Deus. Sua realização não significa salvação. Porém, sua omissão pode significar um estado de desobediência, velada ou não, em relação à ordenança do Senhor.

 

O batismo em si, como ato simbólico, não tem a virtude de transmitir salvação, pelos seguintes motivos:

 

1) Somos salvos pela graça de Deus e não por obras ou ritos externos (Ef 2.8,9). Jesus disse à mulher samaritana que os verdadeiros adoradores haveriam de adorar ao Pai “em espírito e em verdade” (Jo 4.23-24).

  

2) A salvação resulta da fé individual em Cristo, sendo esta instrumento suficiente para a regeneração (Jo 5.24; 3.36; At 16.31).

 

3) O batismo não dá origem à fé e só deve ser ministrado a quem já demonstra tê-la (At 2.41; 9.37; 16.14-15,30-33).

 

4) A Bíblia revela o caso de pessoas que não tiveram oportunidade de batizar-se e foram salvas, a exemplo do ladrão que aceitou a Cristo no Gólgota.

 

Como ritual simbólico, o batismo tem as seguintes finalidades:

 

I      - Identificação com Cristo - “Para os crentes (...) simboliza a identificação com Cristo. No batismo, o recém-convertido testifica que estava em Cristo, quando Cristo foi condenado pelo pecado, que foi sepultado com Ele e que ressuscitou para a nova vida nEle”.

 

II     - Morte para a velha vida - “O batismo indica que o crente morreu para o velho modo de viver e entrou na ‘novidade da vida’, mediante a redenção em Cristo. O ato do batismo nas águas não leva a efeito essa identificação com Cristo, mas a pressupõe e a simboliza”.

 

III   - Identificação com a Igreja - “O batismo nas águas também significa que os crentes se identificaram com o Corpo de Cristo, a Igreja. Os crentes batizados são admitidos na comunidade da fé e, com sua atitude, testificam publicamente diante do mundo sua lealdade a Cristo, juntamente com o povo de Deus”.

  

Desse modo, o batismo não salvo, mas confirma a fé de quem é salvo. É sinal legítimo, exterior, da obediência, da vida de quem já é salvo (Gl 3.27; 1Co 12.13). É um ato de fé genuína que precisa ser acompanhada por boas, indispensáveis ao bom testemunho cristão (Rm 2.6; Tg 2.14; Mt 5.16; Ef 2.10).

 

Deve ser um ato natural, em sequência à conversão. Entre os crentes, nos primórdios da Igreja, dificilmente se encontrava alguém que não houvesse sido batizado em águas, algumas vezes logo após a aceitação a Cristo (At 8.37,38; 16.33; 18.8).


Artigo: Pr. Elinaldo Renovato

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