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a lição deste subsídio
O ministério de profeta ainda é válido para os nossos dias?
Esta pergunta é polêmica em alguns lugares. Há pessoas que dão por encerrado esse ministério. Se fosse verdade, algumas perguntas seriam inevitáveis:
Quando
encerrou?
Quem o encerrou?
E
como ficam as experiências do exercício do ministério de profeta relatadas pelo
Novo Testamento e ao longo da História da Igreja?
Os
exemplos são diversos. No Novo Testamento, Ágabo e outros profetas exerciam o
ministério em Antioquia (At 11.27-30; 21.10-12).
As filhas de Filipe eram profetisas (At 21.8,9). Apesar de usar a
existência desse ministério para o mal, a mulher em Apocalipse, de codinome
Jezabel, dizia-se profetisa (Ap 2.20), por isso achava-se respeitada na
comunidade cristã de Tiatira, induzindo a muitos para a prostituição.
Outros
exemplos são profusos na história da Igreja. Podemos começar por um documento
cristão antigo datado do segundo século: o "Didaqué", "A
Instrução dos Doze Apóstolos". Apesar de se chamar "A instrução dos
Doze", o documento não foi escrito pelos doze apóstolos de Cristo, mas
formulado pelas lideranças da igreja do segundo século objetivando orientar os
fiéis sobre vários assuntos da vida cristã. No capítulo 11, sobre "A Vida
em Comunidade", os versículos 7-12 do documento falam do pleno exercício
do ministério de profeta conforme registrado em Efésios 4.11.
Empurrado
para o ralo da heresia pela igreja romana e pelos cessacionistas, e devido à
autonomia profética e carismática, Montano é um grande exemplo do exercício
profético entre os séculos II e III na Ásia Menor, tendo, inclusive, atraído um
dos mais importantes pais latinos da Igreja: Tertuliano.
O
que dizer sobre Catarina de Siena, Tereza D'Ávila - mulheres que denunciaram
profeticamente a corrupção de Roma -, John Huss, John Wycliffe e tanto outros
gigantes da história que aprouve ao Senhor nosso Deus levantá-los como
verdadeiros profetas e profetisas?
À
semelhança do Antigo Testamento, o ministério dos profetas neotestamentários, e
na história da Igreja, sempre foi exercido nas raias da marginalização. Indo no
caminho contrário ao que foi institucionalizado como certo, quando na verdade
era algo corrompido e longe dos desígnios de Deus. Foi assim no Antigo
Testamento e assim ocorreu no Novo Testamento, e vem acontecendo ao longo da
rica história eclesiástica. Por que teria de ser diferente na
contemporaneidade? ([1])