Há Contradição no Relato da Morte dos Animais do Egito? - Subsídios Dominical

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Há Contradição no Relato da Morte dos Animais do Egito?

Como pode Deus ter matado todos os animais dos egípcios com uma chuva de granizo (Êxodo 9.19-21,25), se eles já tinham morrido de uma forte pestilência (Êxodo 9.3-6)?
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No relato sobre as pragas no Egito em Êxodo 9.3-6 está escrito que uma terrível peste enviada por Deus matou “todo o rebanho dos egípcios”, mas nenhum animal do rebanho dos hebreus morreu. Alguns versículos adiante, em Êxodo 9.19-25, contam que a chuva de granizo dizimou todas as criaturas, o rebanho e as pessoas, que estavam no campo.
A dúvida surge, os animais já não estavam todos mortos por conta da peste?
Como então morreram com a chuva?
Há duas maneiras de lidar com essa aparente contradição.

A primeira é entendendo a expressão no hebraico; a segunda é pelo conteúdo da narrativa.

A expressão “todo o rebanho dos egípcios” no versículo 6 não deve ser entendida como cada animal foi dizimado, do contrário a instrução do versículo 19 de abrigar os animais do campo não faria sentido.

A palavra traduzida como “todo” é kol no hebraico. Embora seu significado seja "todo”, pode ser também “todo tipo de”, “parte de”. Com esse segundo sentido, ficaria “da parte do rebanho dos egípcios”. O mesmo uso partitivo da palavra hebraica, kol, aparece em Gênesis 24.10, quando o servo levou “consigo uma parte dos bens” do seu senhor. A Septuaginta traduziu com panta takténe, ou seja, “parte dos animais domesticados”, mostrando que se trata de uma porção do conjunto.

A mesma palavra grega aparece em 1 Timóteo 6.10, “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”. O amor ao dinheiro não é o único causador de prejuízos ao ser humano, mas sim de todo tipo de mal. Assim, a expressão “todo o rebanho dos egípcios” refere-se à descrição dada de que a peste caiu sobre todo tipo de rebanho, “sobre os cavalos, sobre os jumentos, sobre os camelos, sobre o gado e sobre as ovelhas” (vv. 3,6).

Quanto ao conteúdo da narrativa, a Bíblia não relata quando os eventos ocorreram ou o período de tempo entre uma praga e outra. Com isso, é possível pensar que os egípcios conseguiram adquirir novos animais depois da peste, possivelmente dos hebreus. É interessante se atentar ao fato de que os egípcios tinham esses animais como suas divindades. O texto ressalta que “a mão do SENHOR” (v. 3) estava sobre o rebanho, a destruição deles, portanto, indicava a superioridade do Deus do povo de Israel em relação aos deuses do Egito. Tanto que o versículo 6 enfatiza esse grande poder com a comparação: “todo o rebanho dos egípcios morreu; porém, do rebanho dos israelitas, não morreu um único animal”.

Os versículos 19 a 25 contam que, diante da chuva de granizo que Deus enviaria, a instrução do

SENHOR era para que os egípcios se recolhessem em suas casas e com eles guardassem os animais dos campos, isto é, que não os deixasse ao ar livre. Dessa forma, poderiam sobreviver à tempestade, e assim aconteceu com os que seguiram a instrução divina. Os que rejeitaram a palavra do SENHOR sofreram as consequências da praga, tanto pessoas como animais. Isso mostra que o SENHOR ofereceu uma possibilidade de salvação aos que se atentassem a sua instrução; o SENHOR é o Deus que oferece abrigo aos que ouvem Sua Palavra.

Enfim, a aparente contradição deixa de existir. A expressão “todo o rebanho” no versículo 3 não deve ser entendida literalmente, mas como uma hipérbole para enfatizar a grandeza do SENHOR diante das divindades egípcias. A passagem das pragas no Egito mostra o poder do SENHOR, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, diante das divindades egípcias.

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Reverberação: Subsídios EBD
Artigo: Daniele Soares


Estudo Publicado em Subsídios EBD – Site de Auxílios Bíblicos e Teológicos para Professores e Alunos da Escola Dominical.

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