Subsídio
bíblico para a Escola Dominical - classe dos Adultos. Subsídio para a Lição: 12 | Revista do 4° trimestre de 2019 | Fonte:
E-book Subsídios EBD Vol. 18
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INTRODUÇÃO
A
vida de Absalão serve para ilustrar que os resultados do pecado permanecem,
mesmo quando há sincero arrependimento. Apesar de Davi ter-se arrependido de
sua transgressão e ser perdoado por Deus, não escapou das turbulentas consequências
em sua própria família. [1]
QUEM ERA ABSALÃO?
No hebraico quer dizer
“o pai é da paz”; terceiro filho de Davi e seu único filho com Maaca, filha de
Talmai, rei de Gesur (2 Sm 3.3), nascido em 1000 a.C. Era admirado por sua
beleza sem defeito, distinguido por sua longa e vasta cabeleira. O peso
inconveniente da mesma, cerca de 2 kg., compelia-o a cortá-la anualmente.
Absalão teria sido um
excelente rei, e o povo o amava, mas ele não possuía o caráter interior e o
controle necessários em um bom líder. Sua aparência, habilidade e posição não
compensavam a falta de integridade pessoal.
FUGA, REGRESSO E FALSIDADE DE ABSALÃO
(2 Sm 13.37—15.6)
1. Tamar, a irmã de Absalão
foi violentada.
O amor anormal que Amnom
nutriu por sua meia-irmã era perverso e, no momento que esse desejo teve
início, Amnom deveria ter parado de alimentá-lo (Mt 5.27-30). Imperaram, porém,
a luxúria e a ilicitude, e Amnom violentou Tamar, irmã de Absalão (2 Sm 3.2; 13.1-22).
Não se tratava apenas de
um pecado contrário à natureza, mas também de uma violação dos padrões de pureza
sexual estabelecidos pela lei de Deus (Lv 18.9 -11; 20.17; Dt 27.22).
Tamar era sua irmã por
parte de pai e mãe. Tanto Tamar quanto Absalão eram conhecidos por sua beleza
física (2 Sm 13.1;14:25). Sua mãe era Maaca, princesa da casa real de Talmai em
Cesur, um pequeno reino arameu próximo ao mar da Galiléia. Por certo, Davi
havia tomado Maaca como esposa a fim de estabelecer um tratado de paz com o pai
dela.
2. Absalão mata Amnom
e foge.
Absalão não só vingou
o crime cometido contra sua irmã, mas sem dúvida sabia que, ao mesmo tempo,
estava eliminando o herdeiro direto ao trono (2 Sm 13 23-26). Absalão fugiu quase cento e trinta
quilômetros para o nordeste, para Gesur (1 Sm 27.8), onde seu avô Talmai era
rei (2 Sm 3.3;13.37; Cr 3.2).
3. A volta de Absalão
(2 Sm 14.1-33).
Davi ordenou que Joabe
fosse a Gesur e trouxesse o exilado para Jerusalém. As palavras de Joabe no
versículo 22 sugerem fortemente que havia discutido o assunto com Davi mais de
uma vez e que se regozijou grandemente ao ver a questão resolvida. No entanto,
algumas restrições foram impostas ao príncipe herdeiro. Deveria permanecer em
suas próprias terras - o que equivalia praticamente a uma prisão domiciliar e
não teria permissão de ir ao palácio ver o pai. Davi estava testando o filho para
determinar se poderia confiar nele, ou talvez tivesse pensado que essas
restrições assegurariam ao povo que o rei não estava mimando o filho
problemático. Porém, essas limitações não foram empecilho para a expansão da
popularidade de Absalão, pois era amado e louvado pelo povo.
SÍNTESE DA REBELDIA E MORTE DE ABSALÃO
1. A revolta de Absalão (Segundo Livro de
Samuel, capítulos: 15 e 16).
Absalão inicia uma
campanha de quatro anos para usurpar o trono. Sabendo que o Sul é leal, ele se
dedica a conquistar as tribos do Norte (15.1-6). Quando julga o momento certo,
reúne seus partidários e é aclamado rei em Hebrom, o local onde Davi foi coroado
rei de Judá (vv. 7-12; 5.3). Este, rapidamente, foge de Jerusalém com uns
poucos seguidores (2 Sm 15.1.3-23). Envia a arca de volta a Jerusalém e
consegue alguns homens leais para fingirem apoiar Absalão (w. 24-37). A
caminho, Ziba providencia alimento para Davi e é amaldiçoado por um dos
parentes de Saul, Simei (2 Sm 16.1-14). Ainda decidido, apesar de sacudido
pelos acontecimentos e a incerteza das intenções de Deus, Davi apressa-se em
direção a terras onde havia se escondido como fugitivo de Saul. Enquanto isso,
Absalão entra em Jerusalém. Abertamente dorme com as concubinas de seu pai.
Agora não pode haver volta. O ato declara a firme intenção de Absalão em
arrebatar o trono e compromete totalmente os seus seguidores (vv. 15-23).
2. Absalão agora ocupa
Jerusalém e deve determinar o próximo passo (Segundo
Livro de Samuel, capítulos: 17 e 18).
Aitofel instiga-o a
perseguir Davi imediatamente com uma pequena e ágil tropa, antes que este
consiga refugiar-se e organizar um exército (17.1-4). Husai manipula os temores
de Absalão, lembrando-lhe das façanhas de Davi como guerreiro. Absalão desejará
um exército atrás de si para enfrentar Davi (w. 5-14). As táticas de Husai para
atrasar a tarefa funcionam. Davi é informado e escapa (vv. 15-29).
3. Morte de Absalão.
Absalão montou em uma
mula ligeira, mas enquanto fugia, os galhos de uma árvore enroscaram-se em seus
longos cabelos e ele ficou suspenso no ar. Davi havia ordenado que não o
matassem, mas Joabe apressou-se até o lugar e o transpassou com três dardos.
Seu corpo foi arriado e lançado em uma cova, com um montão de pedras por cima (2
Sm 18.7-17) em cerca de 967 a.C.
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4. A tristeza de Davi.
O amor do rei por seu
filho Absalão não se abatera, e a notícia da morte de Absalão causou amarga
tristeza a Davi (2 Sm 18.24-33). Seu lamento era: “Meu filho Absalão, meu
filho, meu filho Absalão. Quem me dera que eu morrera por ti. Absalão, meu
filho, meu filho” Essas palavras têm sido aproveitadas na composição de um
breve, mas lindo hino. Davi parece ter sido um pai amoroso, mas fraco, com seus
favoritos, o que talvez tivesse sido um fator no desvio de Absalão.
4. O trono de Davi foi
salvo (Segundo Livro de Samuel, capítulos: 19 e 20).
Davi continua
mergulhado em profundo desgosto por seu filho morto, Absalão, até Joabe
recriminá-lo. Ele deve lembrar-se dos riscos a que ficaram expostos aqueles que
o apoiam, e demonstrar sua apreciação (19.1-8). Enquanto isso, os rebeldes
mudam seus sentimentos. Eles tardiamente lembram como Davi protegeu seu povo
dos seus inimigos e falam em convidá-lo de volta. Davi providencia para que os
anciãos de Judá o acompanhem e ruma para Jerusalém (vv. 9-18). Ele é encontrado
por Simei, que pede por misericórdia (vv. 18-23). e por Mefibosete, que explica
porque não foi ao encontro de Davi mais cedo (vv. 24-30). Davi também
recompensa um antigo defensor, Barzilai (vv. 31-40). Mas agora as tribos do
norte ficam contrariadas porque uma guarda de honra de Judá reconduziu Davi a
Jerusalém (vv. 41-43). O ciúme leva a um conflito aberto, e os homens das
tribos do norte rebelam-se novamente (20.1-2). Joabe mata Amasa, a quem Davi
havia designado o novo comandante das suas forças e, tomando o comando
pessoalmente outra vez, persegue os líderes da nova revolta. Ele acaba com a
rebelião (vv. 3-22) e é reconduzido ao comando de todas as forças de Davi. Davi
reorganiza seu governo (vv. 23-26). Seu trono foi salvo.
Subsídio
Bibliológico
Os três herdeiros do trono de Davi eram Amnom, o primogênito de
Davi, Absalão, seu terceiro filho, e o quarto filho, Adonias (1 Cr 3.1, 2).
Deus havia advertido Davi de que a espada não se apartaria de sua casa (2 Sm
12.10), e Absalão (que significa "pacífico") foi o primeiro a
empunhá-la. O julgamento de Davi contra o homem rico da história de Natã foi:
"pela cordeirinha restituirá quatro vezes" (2 Sm 12.6), e esse
julgamento foi executado contra o próprio Davi. O bebê de Bate-Seba morreu;
Absalão matou Amnom por haver estuprado Tamar; Joabe matou Absalão durante a
batalha no monte Efraim; e Adonias foi morto ao tentar usurpar o trono de
Salomão (1 Rs 2.12-25).
Deus havia perdoado os pecados de Davi (2 Sm 12.13), mas o rei
descobriu que as consequências de pecados perdoados são dolorosas. Deus havia
abençoado Davi com muitos filhos (1 Cr 28.5), mas o Senhor transformaria
algumas dessas bênçãos em maldições (Ml 2.1, 2). "A tua malícia te
castigará, e as tuas infidelidades te repreenderão" (Jr 2.19).
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