Lição 13 - A Velhice de Davi (Subsídio)


INTRODUÇÃO  A Velhice é fase de maturidade e transformações psicológicas e físicas que acompanham o processo da vida humana.

INTRODUÇÃO
A Velhice[1] é fase de maturidade e transformações psicológicas e físicas que acompanham o processo da vida humana. A velhice, também chamada terceira idade. A Bíblia, ao contrário do mundo, ensina que os justos na “velhice ainda darão frutos; serão viçosos e florescentes” (Sl 92. 12-15).

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MEIA-IDADE E VELHICE
No curso de psicologia pastoral, promovido pela Convenção Geral das Assembleias de Deus (CGADB) em parceria com a FAECAD - Faculdade de Tecnologia, Ciências e Biotecnologia da CGADB, o pastor e psicólogo Jamiel de Oliveira Lopes, nos ministrou na aula 2, a psicologia no desenvolvimento humano, onde abordou também acerca da velhice e a meia-idade. Esse assunto é de grande relevância para nós todos, pois quem ainda não é velho, se não morrer, um dia ainda vai envelhecer!

1. A meia-idade.
A meia-idade é um período da vida que vai dos 40 aos 60 anos. Alguns teóricos consideram essa época da vida como a idade da maturidade. Durante essa fase, especialmente se atentarmos para o sentido psicológico do termo “maturidade”, observamos que o indivíduo geralmente desenvolve uma visão realista de si mesmo, uma imagem ideal e de como os outros o percebem.

A maturidade do indivíduo vai além do aspecto físico. Significa assumir uma atitude realista diante das mudanças que ocorrem interiormente, bem como a respeito dos ideais e objetivos da vida.

1.1. Características da meia-idade.

Muitos fatores caracterizam a meia-idade. Comumente, após os 40 anos, a pessoa deixa de encarar a vida em termos da data em que nasceu, passando a preocupar-se com o tempo que lhe resta para viver. Para alguns, essa fase é bastante apavorante, principalmente por causa dos estereótipos criados em torno dela. Existe, por exemplo, a crença tradicional a respeito da deterioração física e mental que acompanha a cessação da capacidade reprodutiva.


A meia-idade é vista como uma fase de transição entre a juventude e a velhice. É considerada por Hurlock “uma idade perigosa”, pois, em virtude de a vida estar passando rapidamente, o homem pode querer aproveitá-la o máximo que puder. Nessa fase, há também maior incidência de infidelidade conjugal e o abuso do álcool. Outra situação que justifica o pensamento de Hurlock é o esgotamento físico resultante do excesso de trabalho, comida, bebida ou atividade sexual.

Essa fase também se caracteriza pela época das realizações. A sociedade moderna pode ser orientada pelos valores dos jovens, mas é, na verdade, controlada pelo adulto da meia-idade; é ele quem, de fato, manda na situação.

Esse também é o período em que a liderança da indústria no comércio e na comunidade representa a recompensa pelas realizações individuais.

2.2. A crise da meia idade.

Durante essa fase da vida, modificações internas e ambientais combinam-se e deságuam num período de crise. Collins (1984) apresenta algumas dessas crises em sua obra “Aconselhamento Cristão”.

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a) Tédio:
A rotina diária do trabalho, do lar ou igreja, as visitas obrigatórias a parentes maçantes, as constantes frustrações diárias (ou seja, uma casa que sempre precisa de conserto, contas mensais a serem pagas, chefes que devem ser agradados); tudo isso contribui para estabelecer uma rotina tediosa.

b) Fadiga:
Depois de duas décadas de trabalho, é fácil ficar cansado, especialmente quando se reflete sobre o quanto falta para chegar à aposentadoria. Alguns homens e mulheres não realizaram muito até então e, por isso, tentam esforçar-se a fim de provar seu valor. Tal esforço extra é exigido numa situação em que a vitalidade física começa a dar sinais de falha. Não é de se surpreender que alguns entram em colapso físico ou emocional, enquanto outros começam a pensar em maneiras de escapar para conseguir algum descanso.

c) Mudanças físicas:
Numa sociedade em que a juventude é supervalorizada, há certa resistência às modificações físicas da meia-idade, porque estas revelam que estamos envelhecendo, e isso de maneira bem visível a todos. Cabelos grisalhos, calvície, pele mais grossa, rugas em torno dos olhos, juntas endurecidas, menor flexibilidade nos movimentos e mudanças na estrutura corporal. A mulher, além de tudo isso, ainda enfrenta o problema da menopausa, assinalando a cessação das funções biológicas. Todas essas mudanças que ocorrem na meia-idade tornam-se fontes de conflito tanto para o homem como para a mulher.

d) Medo:
À medida que a pessoa de meia-idade enfrenta transformações físicas, ela observa o envelhecimento dos pais e os esforços dos amigos da mesma idade, e vários temores começam a aparecer. Para alguns, trata-se do primeiro encontro com medo da morte. Muitos temem perder seu poder de atração, manter a autoridade sobre os filhos ou continuar desejável aos olhos do cônjuge. Outros receiam que pessoas mais jovens venham a substituí-los no trabalho ou que a vida perca o significado. Outros ainda imaginam se irão tornar-se rígidos, incapazes ou desmotivados. Existe também o medo de perder a atividade e a atração sexual. Isso cria, às vezes, tensão nos momentos mais íntimos, e a temida incapacidade de consumar o ato sexual transforma-se em dura realidade.

Diante das crises enfrentadas na meia-idade, há uma tendência à manifestação de conflitos emocionais internos, revelados, muitas vezes, num comportamento explosivo, irritadiço, impaciente, em que a pessoa vive a queixar-se e preocupar-se com inúmeras pequenas coisas, além do trabalho ou família, inclinando-se a culpar os outros por seus próprios problemas, etc.

2. A velhice.
A terceira idade inicia-se aos 60 anos. É, provavelmente, o estágio mais doloroso da vida humana. Muitos acreditam que a velhice é sinônimo de doença e fraqueza.

Naturalmente, com o avanço da idade, a memória começa a falhar e, em face disso, muitos passam a admitir que não conseguem aprender mais nada e que suas habilidades intelectuais entraram em declínio inevitável. Por conta dessa imagem, o idoso acredita não mais ser criativo e priva-se de muitas atividades, temendo o fracasso e a censura. Essa atitude, quase sempre, leva o idoso ao isolamento e à sensação de ser rejeitado pelas gerações mais jovens.

Estar preparado física e espiritualmente para a velhice, removendo os obstáculos da vida, mantendo-se ativo e com a mente ocupada, permite um envelhecer sem sofrimento. Ser velho não deve significar ser inútil; pelo contrário, significa experiências acumuladas.

As pessoas que conseguem superar o medo de envelhecer encaram a terceira idade como qualquer outra fase da vida, cheia de desafios a enfrentar.

Para que ocorra um envelhecimento sem frustrações, faz-se necessário que o idoso continue desempenhando tarefas relativamente bem distribuídas, de forma a manter ocupada a mente e o físico, desfrutando das potencialidades que ainda lhe restam. [2]

A VELHICE DE DAVI
“E foram os dias que reinou sobre Israel quarenta anos: em Hebrom reinou sete anos e em Jerusalém reinou trinta e três. E morreu numa boa velhice, cheio de dias, riquezas e glória; e Salomão, seu filho, reinou em seu lugar (1Cr 29.27,28).

1. As últimas palavras do Velho Davi (2 Sm 23.1-7).
Os sete primeiros versículos de 2 Samuel 23, registram, em toda a sua beleza, as últimas palavras de Davi, isto é, seu último proferimento inspirado na forma de cântico. Ele descreve o rei ideal, o Messias, cujo reino será uma aurora gloriosa, como manhã sem nuvens depois de uma longa noite de tempestade. Davi sabia que não se encaixava na descrição, mas encontrou alento na garantia da aliança de Deus de que o Messias seria seu descendente. Os versículos 6-7 descrevem o juízo de Cristo sobre os filhos de Belial (ou “os perversos”; NVI) quando voltar para estabelecer seu reino.

2. Problemas na velhice de Davi (1Rs 1.1—2.11).

a) Saúde debilitada.

Quando o rei Davi já estava bem velho, envolviam-no com roupas, mas ele não se aquecia. Então os seus servos lhe disseram: Que se procure para o rei, nosso senhor, uma jovem donzela, que esteja diante do rei e tenha cuidado dele, e durma nos seus braços, para que o rei, nosso senhor, se aqueça. Então procuraram em todo o território de Israel uma jovem formosa. Acharam Abisague, sunamita, e a levaram ao rei. A jovem era muito bonita. Cuidava do rei e o servia, mas o rei não teve relações com ela (1 Rs 1.1-4 – NAA).

A proposta de seus servos no versículo 2 pode causar perplexidade e espanto. Tratava-se, contudo, de uma prática aceita na época no caso de enfermidades como a de Davi. Não constituía um ato moralmente questionável, nem causa de escândalo público. O texto deixa claro que Davi não teve relações sexuais com a jovem Abisague (v. 4b).

A julgar pelo capítulo 2, é possível que tenha sido considerada esposa legal
de Davi, pois, quando Adonias a solicitou para si, Salomão interpretou o pedido como uma reivindicação ao trono (1 Rs 2.21-22).

b)  Adonias, mais um filho que quer reinar sem a aprovação de Davi (1 Rs 1.5-10).

Ao que parece, Adonias era o filho mais velho com vida (1 Rs 2.22), daí considerar-se o próximo na linha de sucessão ao trono. Amnom, Absalão e, provavelmente, Quiliabe, haviam falecido (2 Sm 3.2-4). Adonias se proclamou rei, preparou uma comitiva majestosa e obteve o apoio de Joabe e Abiatar. O príncipe de aparência mui formosa conseguiu reunir grande número de seguidores.

Antes de Salomão nascer, Deus havia dito a Davi que Salomão seria o próximo rei de Israel (1 Cr 22.9-10). Natã desejava ver a palavra do Senhor se cumprir. Preocupado com a ameaça de Adonias, expôs a questão a Davi com todo tato. Davi garantiu a Bate-Seba que Salomão seria, de fato, seu sucessor. Em seguida, instruiu Zadoque, o sacerdote, e Natã, o profeta, e Benaia, a levarem Salomão [...] a Giom, uma fonte do lado de fora da cidade, montado na mula do rei, e ungi-lo rei sobre Israel (1 Rs 1.11-38).

2. A morte de Davi.

Após reinar quarenta anos, Davi faleceu e foi sepultado em Jerusalém (1 Rs 2.1-11). Levando em consideração que Davi começou a reinar com 30 anos de idade (2 Sm 5.4) e reinou por 40 anos (1 Rs 2.11), logo fica claro que Davi morreu com cerca de 70 anos de idade.

Acerca da morte de Davi, assim registra o Novo Testamento: “Porque, na verdade, tendo Davi, no seu tempo, servido conforme a vontade de Deus, dormiu [...]” (At 13.36).
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[1] Na cultura hebraica, o termo “velhice” é “zāqān”, cujo sentido literal é “barba”. O texto grego do Antigo Testamento traduziu “zāqān” por “presbyteros”, como aparece no Novo Testamento. Em função de os idosos usarem suas barbas crescidas é que a palavra passou a designar “velhice” ou “ancião”.
[2] LOPES, J. O. Psicologia Pastoral. A Ciência do Comportamento Humano como Aliada Ministerial. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

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