Lição 9 - O Reinado de Davi (Subsídio)


Subsídio bíblico para a Escola Dominical - classe dos Adultos. Subsídio para a Lição: 9 | Revista do 4° trimestre de 2019 | Fonte: E-book Subsídios EBD Vol. 18 | VEJA aqui OS SUBSÍDIOS.


INTRODUÇÃO
“Da idade de trinta anos era Davi quando começou a reinar; quarenta anos reinou. Em Hebrom reinou sobre Judá sete anos e seis meses; e em Jerusalém reinou trinta e três anos sobre todo o Israel e Judá” (2 Sm 5.4,5).

Finalmente, ele foi coroado rei de toda Israel. A vida de Davi, como um fora da lei, fora terrível, mas a promessa de Deus de fazer dele rei sobre toda Israel agora estava sendo cumprida.

VEJA TAMBÉM:

Davi teve que esperar, pacientemente, o cumprimento da promessa de Deus. Quando, finalmente, Davi foi ungido rei sobre toda Israel, já haviam se passado vinte anos[1] desde que Samuel o ungira (1 Sm 16.1-13). Da mesma maneira come seu período de espera o preparou para sua importante tarefa, um período de espera pode ajudar a preparar você, fortalecendo seu caráter. [2]
 
DAVI, O PASTOR ESCOLHIDO POR DEUS PARA SER REI

“[...] escolheu o seu servo Davi, e o tirou do aprisco das ovelhas, do cuidado das ovelhas e suas crias, para ser o pastor de Jacó, seu povo, e de Israel, sua herança” (Sl 78.70,71 – NAA).

No Antigo Testamento, os reis e seus oficiais eram considerados "pastores" do povo (Jr 23; Ez 34), e Davi era um homem com o coração de um pastor (2 Sm 7.8; 1 Cr 21.17). A Igreja de Cristo, nos dias de hoje, bem como cada líder espiritual, precisa ter o coração de um pastor e cuidar com carinho dos cordeiros e ovelhas do rebanho de Deus (Jo 10.1-18; 21.15-19; 1 Pe 5).

Apesar de Davi ser, literalmente, um pastor, via-se como uma das ovelhas do Senhor e escreveu sobre isso no Salmo 23.

1. Rei em Hebrom.
Com a morte de Saul, Israel ficou sem rei. Davi buscou o direcionamento do Senhor que o orientou a ir para Hebrom, uma das cidades de Judá. Vieram os homens de Judá e ungiram ali Davi para ser seu rei. Davi tornou-se rei da tribo de Judá (2 Sm 2-4) antes de se tornar rei de toda a nação de Israel. Por sete anos e seis meses, Davi reinou somente sobre a tribo de Judá. Sua capital era Hebrom, cerca de 50 quilômetros ao sul de Jerusalém.

2. Rei em Jerusalém (2 Sm 5.1-5).
Com uma declaração de lealdade e sujeição, as onze tribos de Israel se juntaram a Judá e reconheceram Davi como rei legítimo. Em 1 Crônicas 12.23-40, encontramos a lista daqueles que compareceram à assembleia. Assim começou o reinado sobre a nação unida que duraria trinta e três anos. No total, Davi reinou quarenta anos.

DAVI CONQUISTA JERUSALÉM E A TORNA SEDE DO SEU GOVERNO



1. Davi captura a Cidade de Jerusalém.
“E partiu o rei com os seus homens para Jerusalém, contra os jebuseus que habitavam naquela terra e que falaram a Davi, dizendo: Não entrarás aqui, a menos que lances fora os cegos e os coxos; querendo dizer: Não entrará Davi aqui Porém Davi tomou a fortaleza de Sião; esta é a Cidade de Davi (2 Sm 5.6,7)”.

Davi capturou Jerusalém e fez dela a capital de Israel. Espiritualmente, ela veio a tornar-se a cidade mais importante da terra, o centro da obra redentora efetuada por Deus em favor da raça humana. Foi em Jerusalém que Cristo foi crucificado e ressuscitou dentre os mortos, e que o Espírito Santo foi derramado sobre os discípulos de Jesus, ali reunidos. A Bíblia chama-a de "cidade de Deus" (Sl 46.4; 48.1; 87.3; Hb 12.22; Ap 3.12).

2. Síntese Histórico de Jerusalém.
A primeira referência à cidade de Jerusalém é sem dúvida Gn 14.18, onde Melquisedeque é citado como rei de Salém (ou seja, Jerusalém). Na época dos israelitas cruzarem o Jordão para entrarem na terra prometida, a cidade chamava-se “da banda dos jebuseus” (Js 15.8) ou “Jebus” (11.4).

Deixou de ser capturada durante a conquista de Canaã por Josué e permaneceu em mãos dos cananeus até o tempo em que Davi chegou ao reino. O exército de Davi tomou Jebus de assalto, e Davi fez dela a sua capital (2Sm 5.5-7; 1Cr 11.4-7). Jerusalém serviu de capital política de Israel durante o reino unido e, posteriormente, do reino do Sul, Judá. Salomão, sucessor de Davi, edificou o templo do Senhor em Jerusalém (1Rs 5—8; 2Cr 2—5), de modo que a cidade também tornou-se o centro religioso de adoração ao Deus do concerto.

Por causa dos pecados de Israel, Nabucodonosor de Babilônia sitiou a cidade em 586 a.C., e finalmente a destruiu juntamente com o templo (2Rs
25.1-11; 2Cr 36.17-19). Jerusalém permaneceu um montão de ruínas até o retorno dos judeus da Pérsia em 536 a.C. para reedificar tanto o templo quanto a cidade (Ed 3.8-13; 5.1—6.15; Ne 3.4). Já nos tempos do Novo Testamento, Jerusalém voltara a ser o centro da vida política e religiosa dos judeus. Em 70 d.C., porém, depois de frequentes rebeliões dos judeus contra o poder romano, a cidade e o templo voltaram a ser destruídos.

a) Outros nomes da Cidade de Jerusalém.

Quando Davi fez de Jerusalém a sua capital, esta começou a receber vários outros nomes em consonância com a sua índole; nomes como: “Sião” (2Sm 5.7); “a Cidade de Davi” (1Rs 2.10); “santa Cidade” (Ne 11.1); “a cidade de Deus” (Sl 46.4); “a cidade do grande Rei” (Sl 48.2); “cidade de justiça, cidade fiel” (Is 1.26); “a Cidade do SENHOR” (Is 60.14); “O SENHOR Está Ali” (Ez 48.35) e “a cidade de verdade” (Zc 8.3). Alguns desses nomes são proféticos para a futura cidade de Jerusalém.

b) O significado de Jerusalém para os israelitas.

A cidade de Jerusalém tinha um significado especial para o povo de Deus do Antigo Testamento.

  Ø  Quando Deus relembrou sua lei diante dos israelitas na fronteira de Canaã, profetizou através de Moisés que, a determinada altura no futuro, Ele escolheria um lugar “para ali pôr o seu nome” (Dt 12.5, 11, 21; 14.23, 24). Esse lugar seria a cidade de Jerusalém (1Rs 11.13; 14.21) onde o templo do Deus vivo foi erigido; por isso, recebeu o nome de: “santa Cidade”, “a Cidade de Deus”, e “a Cidade do SENHOR”.

Três vezes por ano, todo homem em Israel devia ir a Jerusalém, para aparecer “perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher, na Festa dos Pães Asmos, e na Festa das Semanas, e na Festa dos Tabernáculos” (Dt 16.16; cf. 16.2, 6, 11, 15).
  Ø  Jerusalém era a cidade onde Deus revelava sua Palavra ao seu povo (Is 2.3); era, portanto, “do vale da Visão” (Is 22.1). Era, também, o lugar onde Deus reinava sobre seu povo Israel (Sl 99.1,2; cf. 48.1-3, 12-14). Logo, quando os israelitas oravam, eram ordenados a orar “para a banda desta cidade” (1Rs 8.44; Dn 6.10). As montanhas que cercavam Jerusalém simbolizavam o Senhor rodeando o seu povo com eterna proteção (Sl 125.1,2). Em essência, portanto, Jerusalém era um símbolo de tudo quanto Deus queria para o seu povo. Sempre que o povo de Deus se congregava em Jerusalém, todos deviam lembrar-se do poder soberano de Deus, da sua santidade, da sua fidelidade ao seu povo e do seu compromisso eterno de ser o seu Deus.

  Ø  Quando o povo de Deus destruiu seu relacionamento com Ele por causa da sua idolatria e de não querer obedecer aos seus mandamentos, o Senhor permitiu que os babilônicos destruíssem Jerusalém, juntamente com o templo. Quando Deus permitiu a destruição desse antigo símbolo da sua presença constante entre os seus, estava dando a entender que Ele pessoalmente estava se retirando do seu povo. Note que a promessa de Deus, de um “concerto eterno” com seu povo, sempre dependia da condição prévia da obediência deles à sua vontade. Dessa maneira, Deus estava advertindo o seu povo, daqueles tempos e de agora, que todos devem permanecer fiéis a Ele e obedientes à sua lei, se quiserem continuar a desfrutar de suas bênçãos e promessas.




[1] Davi tinha cerca de 17 anos quando foi ungido rei pelo profeta Samuel. Davi começou a reinar em Judá quando tinha 30 anos e, sobre todo Israel (incluindo Judá) quando tinha 37 anos. O total arredondado do reinado de Davi, 40 anos.
[2] Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD

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