Lição 6 – Estêvão, o primeiro Mártir (Subsídio) - Subsídios Dominical

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Lição 6 – Estêvão, o primeiro Mártir (Subsídio)


1. Estêvão, um dos Sete.
Com o crescimento dos crentes, houve a necessidade de organizar a ajuda social que estavam realizando. Havia a distribuição diária, principalmente das viúvas, pois as Escrituras ordenavam o cuidado dessas pessoas que não tivessem outro meio de sustento e/ou ajuda de familiares.

Com essa alta demanda, surgiu um problema: os helenistas alegavam que suas viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição diária. Esses helenistas eram os judeus de fala grega da Diáspora58 que se haviam estabelecido em Jerusalém. Os 12 apóstolos decidiram, então, que precisavam de homens específicos para cuidar dessa atribuição, pois eles precisavam concentrar-se mais “na oração e no ministério da palavra” (At 6.4). Acredita-se que o diaconato, que vem do termo diakonein (servir), surgiu desse momento em diante.
Veja também:
a) Quem Eram os Sete?
Pelos nomes, em grego, acredita-se que todos eram helenistas. Havia, ainda, um prosélito cristão. Mas quem eram esses homens? Beers comenta:
O Novo Testamento nos informa que Estêvão foi martirizado. Eusébio, o historiador, nos diz que Filipe e as suas filhas profetisas se estabeleceram, mais tarde, em Hierápolis, na Ásia Menor. Segundo a tradição, Prócoro foi secretário de João, quando ele escreveu o quarto Evangelho. Clemente de Alexandria, um pai da Igreja Primitiva, nos informa que Nicolau, de Antioquia, que se havia convertido ao judaísmo antes de se tornar cristão, tinha muito ciúme de sua bela esposa. Outros Pais da Igreja o identificam como o fundador de uma seita cristã não ortodoxa, chamada nicolaítas. Essa seita é mencionada por João (Ap 2.6,15). A tradição nos diz que Pármenas foi, em certa ocasião, bispo de Soli, uma cidade a oeste de Tarso, na Cilícia, e que ele foi martirizado em Filipos durante o governo do imperador Trajano. Diz-se que Pedro consagrou Prócoro como bispo da Nicomédia, uma cidade a leste da atual Istambul, na Turquia, agora chamada Izmir. Doroteu, de Tiro, nos diz que Timão era um dos 70 discípulos, e que posteriormente veio a ser bispo de Bostia, uma cidade a leste de Samaria, onde acabou queimado como mártir. Houve sugestões de que, da mesma maneira como o número 12 representa as 12 tribos de Israel para Lucas, também os números 7 e 70 representam o mundo. A tradição hebraica diz que havia 70 nações no mundo. Lucas está dizendo que, da mesma maneira como os doze apóstolos representam as 12 tribos de Israel, também os sete, de certa maneira, representam o resto do mundo.

b) O Número Sete
Muitos não mediram esforços para tentar encontrar um significado místico ou simbólico por trás desse número sete. Essa busca exagerada por significados pode levar a conclusões sem sentido. No entanto, podemos perceber que alguns números como 3, 7, 12 e 40 são usados em várias circunstâncias na Bíblia. O número 7, por exemplo, foi usado nos números de dias da criação (Gn 2.2); no número de pares de animais e aves no Dilúvio (Gn 7.1,2); no número de anos que Jacó levou para casar com Raquel (Gn 29.16-30); no número de tranças do cabelo de Sansão (Jz 16.19); no número de vezes que mergulhou Naamã no rio Jordão (2 Rs 5.10-14); no número de pães que Jesus tinha para multiplicar e alimentar uma multidão, bem como no número de cestos que sobraram (Mc 8.6-9) e no número de igrejas que João escreveu as cartas na Ásia (Ap 1.4).

3. Estêvão, um Homem Usado por Deus

Deus fez grandes maravilhas e sinais por meio dos apóstolos, mas também através de outros como, por exemplo, Estêvão, um dos servos escolhidos para ajudar as viúvas. Estêvão foi usado por Deus porque estava cheio de fé e poder. Diz-se que, certa vez, D. L. Moody (1837–1899) ouviu um pregador dizer que o mundo ainda estava por ver o que Deus poderia fazer com e através de um homem que lhe fosse total e completamente consagrado. Então, Moody disse para si mesmo: “Tentarei ao máximo ser esse homem”. E Deus usou Moody, tornando-o um grande pregador que levou milhares de pessoas a Cristo. Isso foi uma realidade na vida desse diácono Estêvão. Estêvão debateu com os judeus da Sinagoga dos Libertos ou dos Libertinos, provavelmente judeus levados cativos a Roma por Pompeu em 63 a.C. cujos filhos, quando libertos, voltaram a Jerusalém e ali fundaram uma sinagoga. Capacitado pelo Espírito Santo, Estêvão mostra uma sabedoria tal que aqueles homens não podiam resistir (At 6.10).

3. Cheio do Espírito Santo

Muitas vezes, fazemos distinção de importância entre funções na igreja, mas a verdade é que todos que prestam algum serviço na igreja precisam ser cheios do Espírito Santo. Quando vemos a vida de Estêvão, o diácono, percebemos como essa qualidade, que é exigida a todos nós, fez a diferença em seu ministério. Como analisa Richards:

Você precisa do Espírito Santo para ser motorista a serviço da igreja? Claro que sim. Qualquer atividade, por mais simples que seja, deve ser desempenhado no poder do Espírito caso se proponha a ser um meio pelo qual Deus vai abençoar sua igreja. Um dos ministérios mais significativos que já tive foi quando eu era um jovem cristão, na Marinha, servindo como zelador voluntário em nossa pequena igreja Batista. Que momentos alegres eram aquelas manhãs de sábado, cantando enquanto eu empurrava minha vassoura e arrumava as cadeiras no porão da igreja. [...] O motorista da igreja fazendo grandes sinais e pregando com poder? Pode acreditar. Mais uma vez, que falsa distinção fazemos ao classificar alguns ministérios como “mais importantes” do que outros. Tanto o zelador que limpa a igreja quanto o pregador que fala à congregação são servos de Deus. Ambos precisam ser homens bons, cheios do Espírito de Deus. Não fique surpreso se um dia o zelador se tornar o pregador. Sirva a Deus bem nas coisas pequenas. Lembre-se, Ele promove aqueles que já fazem parte do grupo.
Enfim, todos somos chamados a ser cheios do Espírito Santo de Deus (Ef 5.18). As exigências para trabalhar na casa de Deus hoje estão nesse relato de Atos, assim como as do obreiro estão em outras passagens (1 Tm 3.1-13; Tt 1.5-9); e elas não mudam com o tempo, nem com a cultura ou com a igreja.

Veja também:

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Adaptação de: Poder, Cura e Salvação – O Espírito Santo Agindo na Igreja em Atos. Autor: Henrique Pesch | Editora: CPAD

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