Lição 12 – A Mordomia do Cuidado com a Terra (Subsídio)


Subsídio bíblico para a Escola Dominical - classe dos Adultos. Subsídio para a Lição: 12 | Revista do 3° trimestre de 2019 | Fonte: E-book Subsídios EBD Vol. 17 | Acesse aqui a continuação.

Introdução
“Deus criou todas as coisas para sua glória e seu prazer (Ap 4.11), bem como para serem desfrutadas e usadas por nós (1 Tm 6.17; At 17.24-28), e devemos sempre nos considerar mordomos do mundo de Deus. Se você crê que Deus é seu Criador e que você está vivendo no Universo dele, então ouça o que ele tem a dizer e obedeça, pois esse é o segredo da verdadeira realização e sucesso (Js 1. 7-9)”. [1]


1. Mordomos da Terra.

Fomos criados para ter domínio sobre a Terra (Gn 2.26, 28). Adão e Eva foram os primeiros regentes da criação de Deus (Sl 8.6-8). "Os céus são os céus do Senhor, mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens" (Sl 115.16).
A narrativa da criação, registrada no primeiro livro da Bíblia, nos lembra de que:
ü Deus fez tudo que existe. Ele é o Senhor e o Criador (Gn 1.31; Cl 1.16,17).
ü Deus criou os seres humanos e colocou-os na terra para conservá-la como verdadeiros administradores nomeados por Ele (Gn 1.27,30; Sl 8.6). Foi-lhes dada a tarefa de zelar pela terra onde vivem: preservá-la, protegê-la e usá-la com sabedoria.
ü A obra que realizamos todo dia é muito importante para Deus. Somos Seus parceiros, chamados para desempenhar tarefas valiosas (Gn 2.8,15; Ec 9.10; 12.13,14).
ü O que acontece aqui e agora, no mundo físico, é considerado por Deus (Jo 5.17; Ef 2.10).

2. Deveres do homem como mordomo da terra.

O homem é aquele que administra os bens de Deus aqui, o que implica responsabilidade, fidelidade (1 Co 4.2) e zelo pela criação, pois o administrador deve prestar contas daquilo que não lhe pertence (Mt 25.14-22). A responsabilidade humana pelo cuidado com a natureza fica mais evidente quando Deus põe Adão no jardim do Éden para o lavrar (servir) e o guardar (cuidar) (Gn 2.15). O Jardim foi plantado (heb. nãta) por Deus (Gn 2.8), para que o homem pudesse cuidar e cultivá-lo.

O MORDOMO EM RELAÇÃO A TERRA
Ø Não podemos contribuir para poluí-la
Ø Não podemos contribuir para degradá-la
Ø Não podemos contribuir para arruiná-la.

3. O mordomo e o meio ambiente. ([2])

a) O que é meio ambiente.
O meio ambiente, habitualmente chamado apenas de ambiente, “é o conjunto de condições, leis, influências e infraestrutura de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”. Com efeito, a proteção do ambiente é, também, uma forma de proteção da própria vida humana, pois envolve todos os recursos naturais do globo, inclusive o ar, a água, a terra, a flora e a fauna.

b) Direito de todos.
No Brasil, o meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito previsto na Constituição Federal, que assim estabelece em seu art. 225: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

Como cidadão responsável e consciente, o cristão também possui o dever legal de defender e preservar os recursos naturais, tanto para a presente quanto para as futuras gerações. Que tipo de terra deixaremos para os nossos filhos?

c) Sustentabilidade e ética ambiental.
A proteção ecológica envolve um conjunto de medidas que podem ser adotadas pelos servos de Jesus. É preciso encontrar o ponto de equilíbrio entre o desenvolvimento e a preservação dos recursos naturais, o chamado desenvolvimento sustentável.

4. Caos no meio ambiente.

“Hoje vivemos um caos no meio ambiente. Um caos que o apóstolo Paulo já havia exposto nestas linhas: “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, [...] Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora” (Rm 8.20,22). Este caos da criação se deve ao pecado, e não só no sentido dos efeitos diretos da Queda na criação, mas também da falta de cuidado que a humanidade caída tem com a criação de Deus.

Deus é o Criador do mundo e nós, os seres humanos, somos os responsáveis pela destruição do planeta, seja não honrando a Deus como o Supremo Criador do mundo, seja, em outros casos, usando a fé para legitimar uma prática predatória do meio ambiente. Quando estudamos o livro do Gênesis para reconhecer nEle, Deus, o Criador do mundo e do ser humano, isso deve trazer um sentimento de humildade e temor, pois habitamos um mundo criado por Deus pelo qual fomos nomeados seus mordomos e guardadores. De modo que quando não honramos tal condição, pecamos contra Ele e o próximo.

Crer que Deus é o Criador do mundo é aceitar resignadamente a Sua vontade e, invariavelmente, assumir que é da Sua vontade que cuidemos da criação, pois é a partir desta que nos alimentamos, vestimos e vivemos: tudo como bênção de Deus para nós. [3]

Maneiras que os seres humanos usam para impactar negativamente a terra
ü Desmatamento irracional e perverso das florestas
ü Poluição dos rios e mares
ü Fumaça industrial na atmosfera
“No plano de Deus para a Terra, Ele resolveu criar os seres humanos (Gn 1.27; 5.2). Em meio à imensidão do universo, o pequenino planeta, criado por Deus, foi o habitat escolhido pelo Criador para a existência do homem com propósitos maravilhosos. Mas, por causa da desobediência, não só o ser humano foi transtornado e prejudicado pelo pecado; os céus e o planeta também sofreram as consequências. A Terra foi a mais prejudicada, a ponto de tornar-se “maldita” (Gn 3.17).
O homem, que deveria ser dominador, passou a ser dominado. Mas no plano glorioso para o planeta, Deus previu que essa maldição seria eliminada, quando da instauração dos “novos céus e nova terra” (2 Pe 3.13). “Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão” (Is 65.17)”. [4]



[1] Warren W. Wiersbe
[2] Lições Bíblicas Jovens – 2° trimestre de 2015 - CPAD
[3] Lições Bíblica Adultos - 4º Trimestre de 2015 - CPAD
[4] RENOVATO, Elinaldo. O final de todas as coisas – Esperança e glória para os salvos. 1ª edição de 2015 - CPAD

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