Classe: Jovens | Trimestre: 2° de 2019 |
Revista: Professor | Fonte: Lições Bíblicas de Jovens, CPAD
TEXTO DO DIA
“Porque
esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição.”
(1 Ts 4.3)
SÍNTESE
Deus
deseja que o seu povo se abstenha de toda e qualquer forma de impureza.
AGENDA
DE LEITURA
SEGUNDA – Lv 18.6: O Senhor
proíbe o relacionamento sexual entre parentes
TERÇA – Lv 18.22: A
homossexualidade é condenada
QUARTA – Rm 1.27: Paulo
censura a homossexualidade
QUINTA – 1 Co 9.27: Subjugando
os desejos do corpo, da carne
SEXTA – 1 Ts 4.3: A vontade
de Deus é a nossa santificação
SÁBADO – 1 Ts 4.4,5: O cristão
não deve ter o mesmo estilo de vida da sociedade secular
OBJETIVOS
• CONSCIENTIZAR da necessidade de um
modo de vida santificado;
• MOSTRAR que fomos chamados
para sermos santos.
INTERAÇÃO
Professor (a), na lição deste domingo vamos estudar um texto do
Pentateuco, Levítico. O texto faz parte de uma unidade conhecida como o Código
da Santidade. Veremos que o povo hebreu foi escolhido para fazer uma aliança
com Deus, tornando-se um padrão de santidade para todas as nações. Como povo
escolhido do Senhor eles não poderiam concordar e nem praticar as mesmas
imoralidades dos povos vizinhos. Na atualidade, como povo de Deus, também não
podemos ter o mesmo estilo de vida da sociedade secular.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
A homossexualidade é um tema pouco abordado na igreja, mas está
presente em nossa sociedade. O relacionamento sexual entre pessoas do mesmo
sexo é conhecido como “homossexualismo”. Freud no século XX tratou como um
desvio no desenvolvimento sexual, uma anormalidade funcional do ser humano. Até
1973, o conceito de doença física ou de ordem mental foi mantido. Todavia,
neste ano, a Associação Psiquiátrica Americana (APA) desconsiderou a
homossexualidade como uma patologia e passou a considerá-la como uma orientação
sexual. Assim, para a sociedade o conceito depende de uma construção
sociocultural. No entanto, na Bíblia essa prática sempre foi condenada. Essa
abordagem é importante para a lição.
TEXTO
BÍBLICO
Levítico
18.6-18
6
Nenhum homem se chegará a qualquer parenta da sua carne para descobrir a sua
nudez. Eu sou o SENHOR.
7
Não descobrirás a nudez de teu pai e de tua mãe; ela é tua mãe; não descobrirás
a sua nudez.
8
Não descobrirás a nudez da mulher de teu pai.
9
A nudez de tua irmã, filha de teu pai ou filha de tua mãe, nascida em casa ou
fora da casa, a sua nudez não descobrirás.
10
A nudez da filha do teu filho ou da filha da tua filha, a sua nudez não
descobrirás, porque é tua nudez.
11
A nudez da filha da mulher de teu pai, gerada de teu pai (ela é tua irmã), a
sua nudez não descobrirás.
12
A nudez da irmã de teu pai não descobrirás; ela é parenta de teu pai.
13
A nudez da irmã de tua mãe não descobrirás, pois ela é parenta de tua mãe.
14
A nudez do irmão de teu pai não descobrirás; não te chegarás à sua mulher; ela
é tua tia.
15
A nudez de tua nora não descobrirás; ela é mulher de teu filho; não descobrirás
a sua nudez.
16
A nudez da mulher de teu irmão não descobrirás; é a nudez de teu irmão.
17
A nudez de uma mulher e de sua filha não descobrirás; não tomarás a filha de
seu filho, nem a filha de sua filha, para descobrir a sua nudez; parentas são:
maldade é.
18
E não tomarás uma mulher com sua irmã, para afligi-la, descobrindo a sua nudez
com ela na sua vida.
1
Tessalonicenses 4.3-5:
3
Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da
prostituição,
4
que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra,
5
não na paixão de concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus.
COMENTÁRIO
Na
lição desse domingo, estudaremos o texto bíblico do livro de Levítico,
conhecido como Código da Santidade. Ele foi entregue por Moisés e prescrito
pelo Senhor a fim de orientar o relacionamento sexual e o comportamento moral
das famílias hebreias. Neste texto, são abordadas algumas práticas errôneas e
condenadas pelo Senhor. Contudo, algumas delas se repetem nas famílias da
sociedade atual. Também veremos a orientação do apóstolo Paulo a respeito da
santidade no casamento, na vida familiar. Veremos que Deus é santo e continua a
exigir santidade dos seus filhos.
I - UM MODO DE
VIDA SANTIFICADO
1. Uma visão panorâmica
de Levítico.
O
livro de Levítico foi escrito por Moisés e apresenta dois temas importantes e
que se sobressaem: A expiação, procedimentos sacrificiais que dizem respeito à
remoção do pecado e restauração da comunhão com Deus e a santidade. De acordo com
a Bíblia de Estudo Pentecostal, esse livro foi escrito para “instruir os
israelitas acerca do acesso a Deus por meio do sangue expiador e para mostrar o
padrão divino, da vida santa, que deve ter o povo escolhido de Deus”. Para o
nosso estudo, vamos focar na santidade.
O
texto bíblico da lição demonstra o cuidado de Deus para com a vida moral e
familiar do seu povo. O Senhor estabeleceu uma aliança com os hebreus e essa
aliança exigia santidade e compromisso a fim de que os outros povos pudessem
ter o conhecimento do Senhor. Por isso, encontramos no Pentateuco várias
exortações para que os israelitas não se misturassem com os demais povos, em especial,
com suas práticas. Deus não mudou e Ele continua a exigir do seu povo uma vida
de santidade, separação do mundo e das suas práticas.
2. É proibido o
relacionamento sexual entre familiares (vv. 6-18).
Os
israelitas tinham um estilo de vida nômade, cada tribo formava um clã, unidades
sociais conhecidas como a “casa paterna”, que incluía entre três a cinco
gerações e dezenas de pessoas com laços consanguíneos convivendo juntas. Muitos
parentes moravam juntos em um mesmo espaço. Por isso, esse estilo de vida
precisava de regras, limites para se evitar comportamentos maléficos,
pecaminosos, inclusive na área sexual.
O
texto de Levítico 18.6-18 lista uma série de proibições dadas ao chefe, cabeça
do grupo familiar. O líder do clã tinha a responsabilidade de fazer cumprir as
advertências divinas e quando não, tomar as devidas providências. Levítico
18.6-18, aliado a outros textos, como por exemplo, Levítico 20.10-21 e
Deuteronômio 23.1-25, fornecem uma lista de proibições em relação às práticas
sexuais ilícitas, como por exemplo, o ato sexual com alguém do mesmo sexo. Tais
práticas eram abominação ao Senhor, e o povo de Deus não poderia jamais aceitar
os padrões e as práticas dos povos vizinhos.
3. A proibição de
relações sexuais de origem ritual (vv. 19-24).
Na
antiguidade existia uma relação muito forte entre a prática sexual e os rituais
religiosos, em especial nos ritos de fertilidade, visando a bênção sobre as
estações, as colheitas e os rebanhos. Nos rituais de fertilidade, os cananeus
sacrificavam criancinhas ao deus chamado Moloque (Lv 20.2-5). Tais práticas
eram abomináveis ao Senhor. Outra prática religiosa detestável para Deus era a
homossexualidade, e quem praticasse qualquer tipo de união abominável seria
extirpado do povo (Lv 18.29). Em o Novo Testamento a homossexualidade também é
condenada (Rm 1.27-32). É importante ressaltar que a reprovação bíblica é para
a prática, o que não significa a rejeição das pessoas que as praticam. Deus
sempre deixa o caminho aberto para todos que se arrependem dos seus pecados e
desejam se aproximar dEle para santificar sua vida.
Pense!
Jovem,
você tem buscado as prescrições bíblicas para a santificação?
Ponto
Importante:
Deus abomina toda forma de sexualidade que foge ao padrão
determinado em sua Palavra.
II - FOMOS CHAMADOS
PARA SERMOS SANTOS
1. Diga não ao
adultério (Lv 18.20).
O
adultério é condenado tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. A palavra
“adultério” vem do latim adulterium e
significa literalmente “dormir em cama alheia”. Pode ser definido como o
relacionamento sexual entre uma pessoa casada com outra que não seja seu
cônjuge. Na atualidade, alguns podem até achar tal prática “normal”, mas a
Palavra de Deus nos diz: “Não adulterarás (Êx 20.14; Dt 5.18). A advertência
bíblica contra o adultério vai além do relacionamento extraconjugal, pois trata
de uma proibição de toda a forma de prostituição, toda concupiscência,
pensamentos impuros e lascivos (Mt 5.27,28). Tal ato, além de ofender a Deus e
transgredir seus Mandamentos, é uma ofensa para toda a família e traz
prejuízos, danos morais e espirituais para todos. A pena para esse delito era
bem severa: a morte (Lv 20.10; Dt 22.22), pois, o objetivo de tal advertência e
punição era resguardar a vida familiar.
Antes
de decidir se casar com alguém, ore, jejue, busque a direção do Senhor, pois
Ele espera de todos os seus filhos, que desejam se unir em casamento, uma vida
de fidelidade e santidade.
2. Diga não à
prostituição.
Dois
termos são utilizados para definir as relações sexuais ilícitas, o substantivo porneia e o verbo moicheia. Esses termos aparecem nas Escrituras Sagradas para
designar toda a sorte de impureza sexual, como por exemplo, orgia (Nm 25.1; 1
Co 10.8), incesto (1 Co 5.1) e práticas homossexuais (Jd 7). O termo porneia às
vezes também é traduzido por adultério. Já o verbo moicheia é usado
especificamente para indicar adultério. Ele nunca é aplicado à prostituição.
Logo o substantivo porneia não tem um significado muito específico, portanto é
utilizado de forma genérica para identificar várias práticas de promiscuidade
sexual, enquanto o substantivo moicheia é utilizado de forma mais específica
para identificar o adultério.
As
Escrituras Sagradas empregam os termos, porneia e moicheia, de forma metafórica
com o objetivo de descrever a infidelidade dos israelitas para com o Senhor (Ez
16.31b; Os 3.1).
3. Diga não ao
homossexualismo.
Deus
abomina a prática homossexual e tal prática no Antigo Testamento era punida com
a morte (Lv 18.22; 20.13) e é proibida em toda a Escritura Sagrada (Rm 1.24-28;
1 Tm 1.10). Na Nova Aliança, o assunto é tratado na esfera espiritual, por isso
quem comete tal prática não sofre a pena capital, mas caso não se arrependa e
deixe tal prática não poderá herdar a salvação (1 Co 6.10). Todos são alvos do
amor de Deus (Jo 3.16) e do nosso respeito e consideração, mas nós não
concordamos e não aceitamos a prática homossexual, pois fere os princípios da
Palavra de Deus. Também não podemos nos esquecer de que a recomendação de Jesus
era e é: “Vai-te e não peques mais” (Jo 8.11).
4. Diga não ao pecado.
Na
Primeira Epístola aos Tessalonicenses, no capítulo quatro, versículo três,
Paulo afirma que a vontade de Deus para o seu povo é a santificação. Quando
aceitamos Jesus como nosso único e suficiente Salvador, somos imediatamente
justificados diante de Deus. Porém, a santificação, que vem em seguida à
conversão, não é instantânea, mas um processo contínuo. Caso contrário, não
haveria motivo para Paulo exortar os tessalonicenses quanto à vontade de Deus,
que é a nossa santificação.
O
apóstolo identifica e mostra em quais áreas os crentes tessalonicenses haviam
falhado no processo de santificação. Ele faz uma advertência em relação à vida
familiar ao afirmar que é preciso “possuir o seu vaso em santificação” (1 Ts
4.4,5). Existem duas interpretações possíveis nesta afirmação paulina: a primeira
diz que “vaso” é o corpo do cônjuge (1 Pe 3.7) e a segunda, que é o seu próprio
corpo (Rm 6.13; 1 Co 9.27). No primeiro caso, fica evidente que o fato de estar
casado não dá plena liberdade para se ter um relacionamento sexual com o
cônjuge sem observar os preceitos e os padrões divinos de santidade. O
relacionamento conjugal deve ser com entendimento, respeito e devida honra.
Muitos, infelizmente, depois de casados, tratam o seu marido ou esposa, como se
fosse um mero objeto de prazer pessoal. A segunda interpretação afirma ser a
entrega do corpo, que foi separado para Deus, para cometer imoralidade fora do
casamento.
Jovem,
você que deseja se casar precisa estar consciente de que no casamento deve
haver respeito, dignidade e amor, a fim de que sejamos santos e irrepreensíveis
em toda a nossa maneira de viver, aguardando a volta do Senhor Jesus Cristo.
Pense!
Deus
deseja que você seja santo em todas as áreas da sua vida.
O Ponto
Importante
A
Palavra de Deus prescreve orientações quanto ao relacionamento conjugal, pois o
cônjuge deve respeitar a dignidade do outro para uma vida saudável, santa e
feliz.
SUBSÍDIO 1
“A santificação é a vontade de Deus (v. 3) O termo grego
empregado para santificação é agiasmos,
que significa tanto ‘consagração', ‘separação', ou ‘santificação' propriamente
dita. Santificação é um processo pelo qual o crente em Jesus se torna santo,
dedicado, separado para Deus. Ao aceitar a Cristo num ato, o convertido é
tornado santo, pela lavagem da regenaração do Espírito Santo (Tt 3.5), por meio
da Palavra de Deus (Ef 5.26). A santificação é, ao mesmo tempo, um ato (na
conversão), e um processo gradual, contínuo, na vida cristã, que leva o crente
a aperfeiçoar o seu caráter espiritual, fazendo-o participante da natureza
divina (cf. 2 Pe 1.4; ver 2 Ts 2.13; Rm 6.19,22; 14 Co 1.30; 1 Tm 2.15; 1 Pe
1.2). Sem a santificação jamais alguém verá a Deus (Hb 12.14). Como santo, ele
tem de viver no mundo, mas não pode ter comunhão com o mundo. Jesus disse: ‘Se
vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do
mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece'
(Jo15.19). O verdadeiro santo é aborrecido do mundo. Assim, a santificação é a
vontade de Deus, ou o escopo de Deus, na salvação do pecador. Paulo desejava
que isso ficasse bem claro na mente dos irmãos tessalonicenses: ‘Porque esta é
a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição'”
(RENOVATO, Elinaldo. 1 e 2 Tessalonicenses: Vida Santa até a Volta de Cristo.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 75).
SUBSÍDIO 2
“Libertando
os membros do corpo do domínio do pecado
A intimidade com Cristo leva a uma mudança de mentalidade, em
que as coisas que agradam a Deus é que passam a orientar a vontade e as
atitudes do crente. No nosso corpo físico, os membros atendem aos comandos do
cérebro (mente). No sentido espiritual acontece o mesmo, pois, uma vez tendo a
mente de Cristo por meio da renovação do nosso entendimento, esta mente conduz
a emoção, à vontade e os membros do corpo físico. A pessoa que tem a mente de
Cristo discerne as coisas espirituais, mesmo no mundo material, e usa os
membros do corpo a serviço da justiça (2 Co 2.14-15). O ‘velho homem' tinha uma
mente insubmissa ao Espírito Santo, além de estar entregue ao domínio do
pecado. O salvo, porém, submete sua mente ao controle do Espírito Santo. Assim,
a paz de Deus, que excede todo entendimento guarda seu coração e seus
sentimentos (Fp 4.6-7) e, consequentemente, conduz seus membros para a prática
da justiça” (NEVES, Natalino das. Justiça e Graça: Um Estudo da Doutrina da
Salvação na Carta aos Romanos. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 92).
CONCLUSÃO
Deus
é santo e exige santidade do seu povo. Por isso, devemos fugir de toda e
qualquer forma de prostituição, impureza, vivendo de forma irrepreensível até a
vinda de Jesus Cristo.
HORA DA REVISÃO
1. Quais os dois temas mais importantes do livro de Levítico?
A expiação, procedimentos sacrificiais que dizem respeito à remoção do
pecado e restauração da comunhão com Deus e a santidade.
2. Qual o objetivo do livro de Levítico?
Esse livro foi escrito para “instruir os israelitas acerca do acesso a
Deus por meio do sangue expiador e para mostrar o padrão divino da vida santa
que deve ter o povo escolhido de Deus”.
3. Qual é o foco de Levítico 18.6-18?
Levítico 18.6-18 lista uma série de proibições dadas ao chefe, cabeça do
grupo familiar.
4. Segundo a lição, qual a definição de adultério?
A palavra adultério vem do latim adulterium e significa
literalmente “dormir em cama alheia”. Pode ser definido como o relacionamento
sexual entre uma pessoa casada com outra que não seja seu cônjuge.
5. Quais os dois termos utilizados na Bíblia para definir relações
sexuais ilícitas?
Dois termos são utilizados para definir as relações sexuais ilícitas são
porneia e moicheia.