Classe: Jovens | Trimestre: 1° de 2019 |
Revista: Professor | Data da Aula: 10/02/2019 - Fonte: Lições Bíblicas de
Jovens, CPAD | Divulgação: Subsídios EBD
TEXTO DO DIA
“Porque a rebelião é como o
pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu
rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas
rei.” (1 Sm 15.23)
SÍNTESE
A rebelião à hierarquia (notadamente
àquela firmada por Deus), instala o caos e faz os melhores projetos sucumbirem.
AGENDA
DE LEITURA
SEGUNDA - Êx 23.21
Advertência contra a rebelião
TERÇA - Dt 31.27 A
rebelião de Israel era conhecida
QUARTA - Sl 78.8 A geração
contumaz e rebelde
QUINTA - Js 1.18 O terrível
castigo aos rebeldes
SEXTA - Jr 29.32 O rebelde
não tem um bom futuro
SÁBADO - Mq 7.18 O Senhor
perdoa a rebelião
OBJETIVOS
• MOSTRAR que
a caminhada pelo deserto evidenciou o fato de que os hebreus que saíram do
Egito eram de dura cerviz;
• SABER que as rebeliões que
surgiram no meio da liderança eram contagiantes, alcançando muitos do povo;
• REFLETIR a
respeito da vontade de Deus.
INTERAÇÃO
Estimado
(a) professor(a), todo intento para que venha lograr êxito, em regra, passou
por um eficaz planejamento. Na educação cristã não é diferente. Não é
necessário ser um pedagogo para fazer um planejamento, pois planejar nada mais
é do que organizar a aula antes de ministrá-la.
As
lições de professor oferecem excelentes subsídios pedagógicos e didáticos, tudo
que você precisa fazer é estudar com afinco, ler o livro de apoio à lição, e
organizar o roteiro de sua aula com antecedência, definindo um tempo para cada
tópico da lição e atividades a serem desenvolvidas. Não é demais lembrar a
recomendação bíblica: “Se é ensinar, haja dedicação ao ensino” (Rm 12.7).
VEJA
TAMBÉM
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ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
O tema
da aula de hoje é de extrema relevância para a igreja da atualidade: rebelião.
Muitos têm enveredado por esse caminho, com consequências trágicas na vida.
Para iniciar a aula, faça a seguinte pergunta: “O cristão deve obedecer seu
líder mesmo que não concorde com ele?”
“Nesse
caso, é correto levantar oposição?” Espere que os alunos respondam e registre
todas as colocações. Após, comece a analisar as respostas, junto com eles, com
o cuidado de não causar constrangimento. Essa atividade vai diagnosticar se os
alunos entendem o que significa o princípio da autoridade e submissão.
TEXTO
BÍBLICO
Números 12.1-14
2 E disseram:
Porventura, falou o SENHOR somente por Moisés? Não falou também por nós? E o
SENHOR o ouviu.
3 E era o varão
Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.
4 E logo o SENHOR
disse a Moisés, e a Arão, e a Miriã: Vós três saí à tenda da congregação. E
saíram eles três.
5 Então, o SENHOR
desceu na coluna de nuvem e se pôs à porta da tenda; depois, chamou a Arão e a
Miriã, e eles saíram ambos.
6 E disse: Ouvi agora
as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o SENHOR, em visão a ele
me farei conhecer ou em sonhos falarei com ele.
7 Não é assim com o
meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa.
8 Boca a boca falo
com ele, e de vista, e não por figuras; pois, ele vê a semelhança do SENHOR;
por que, pois, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés?
9 Assim, a ira do
SENHOR contra eles se acendeu; e foi-se.
10 E a nuvem se
desviou de sobre a tenda; e eis que Miriã era leprosa como a neve; e olhou Arão
para Miriã, e eis que era leprosa.
11 Pelo que Arão
disse a Moisés: Ah! Senhor meu! Ora, não ponhas sobre nós este pecado, que
fizemos loucamente e com que havemos pecado!
12 Ora, não seja ela
como um morto, que, saindo do ventre de sua mãe, tenha metade da sua carne já
consumida.
13 Clamou, pois,
Moisés ao SENHOR, dizendo: Ó Deus, rogo-te que a cures.
14 E disse o SENHOR a
Moisés: Se seu pai cuspira em seu rosto, não seria envergonhada sete dias?
Esteja fechada sete dias fora do arraial; e, depois, a recolham.
Introdução
Números capítulo 13
narra a respeito da derrocada espiritual e social da geração de ex-escravos
hebreus que saiu do Egito, a qual preferiu, em seus corações, retornar à vida
de escravidão debaixo do jugo de Faraó. Os israelitas demonstraram o seu grave
sentimento de insubmissão — fator decisivo para que não entrassem em Canaã.
Todas as vezes que o
povo de Deus se insurgiu contra a sua liderança espiritual, a qual era fiel ao
Senhor, as consequências foram trágicas. O pecado da rebelião, disse Deus, é
como o pecado da feitiçaria (1 Sm 15.23), porque o rebelde (assim como o
feiticeiro) busca alcançar o fim pretendido independentemente da vontade do
Senhor; acha que os fins justificam os meios e, por isso, realiza qualquer
conduta para ter o que deseja. Após o pecado em Cades, os hebreus desencadearam
outras revoltas e o resultado, em todas elas, foi tristeza, morte e luto.
Poderia ter sido diferente, pois bastava somente obedecer!
VEJA TAMBÉM:
I
- UM POVO DE DURA CERVIZ
1. Inveja na família do líder.
Um caso emblemático,
que retrata o espírito de oposição dos israelitas, aconteceu precisamente na
família de Moisés (Nm 12.1-15). Arão e Miriã falaram contra Moisés, mas o
Senhor o ouviu (Nm 12.1,2). A consequência é que Miriã ficou leprosa, como
castigo de Deus. Logo após, “Arão disse a Moisés: Ah! Senhor meu! Ora, não
ponhas sobre nós este pecado, que fizemos loucamente e com que havemos pecado!”
(Nm 12.11).
Muitas pessoas têm
ficado “leprosas” por que levantam oposições injustas contra seus líderes,
enquanto eles estão agindo no centro da vontade de Deus. Há uma verdade
inexorável: quem desatende ao princípio da autoridade e submissão será quebrado
por Deus.
2.Teimosia.
Após receberem uma
sentença forte de Deus, de que eles não entrariam na Terra Prometida por causa
da desobediência, o Senhor determinou que voltassem ao deserto, pelo caminho do
mar Vermelho (Dt 1.40). Os hebreus, porém, com soberba, resolveram desafiar
Moisés e o próprio Deus e partiram para a guerra. Foram fragorosamente
derrotados (Nm 14.40-45).
A motivação de toda a
rebelião fica bastante patente aqui: Para os hebreus, independente dos
conselhos ou da vontade de Deus, o que importava era a opinião própria deles, o
desejo vaidoso. E, como sempre acontece com os rebeldes, o fim não foi bom.
Acerca disso Moisés escreveu, relembrando o momento em que os sobreviventes
israelitas voltaram chorando após o massacre dos amorreus: “Tornando, pois, vós
e chorando perante o SENHOR, o SENHOR não ouviu a vossa voz, nem vos escutou”
(Dt 1.45). Triste desfecho para quem poderia ter sido vitorioso.
3. Murmuração.
Os atos de rebeldia
do povo continuaram acontecendo e, cada vez mais, morriam no deserto os
desobedientes. Em Números 20.2-5 e 21.4,5 há o registro de duas outras
histórias de insubmissão, as quais redundaram em danos e mortes. No primeiro
episódio o povo murmurou tanto que o próprio Moisés perdeu o bom senso e feriu
a rocha, quando a ordem divina era para falar à rocha; no segundo caso,
reclamaram do cuidado divino e desprezaram o maná que caía do céu, oportunidade
em que o Altíssimo fez com que fossem atacados por víboras ardentes, as quais
picaram o povo, sendo grande a mortandade.
A desonra com que
alguns tratam seus líderes destoa daquilo que a Igreja aprendeu ao longo dos
séculos. Eusébio de Cesareia, por exemplo, diz que o mártir Policarpo, bispo de
Esmirna, “sempre fora tratado com grande respeito”, a tal ponto que não tinha o
costume de tirar os sapatos, “pois sempre tivera irmãos que, logo ao seu lado,
disputavam entre si para servi-lo”.
Pense!
A forma como os
crentes de Esmirna tratavam Policarpo não era exagerada, quase uma idolatria?
Ponto
Importante
A igreja em Esmirna
tinha muito respeito por Policarpo, não bajulação ou idolatria. A conduta fiel
daquela igreja fê-la não ser repreendida pelo Senhor (Ap 2.8-11).
II
- LÍDERES EM CONFLITO
1. Insubmissão e desrespeito.
Havia em Israel, no
deserto, três homens muito influentes: Corá, Datã e Abirão. Eles tinham uma
grande liderança (Nm 16.2-4), mas desprezavam a Palavra do Senhor que dizia:
“Os juízes não
amaldiçoarás e o príncipe dentre o teu povo não maldirás” (Êx 22.28). É fato
que todo rebelde, com frequência, critica a liderança, não só nas coisas
importantes, mas inclusive nos pequenos acontecimentos, e isso deve ter
acontecido com esse trio. Um dia, porém, resolveram dar vazão a toda a
indignação acumulada contra o líder Moisés. Eles queriam fazer uma divisão no
meio do povo e o resultado da rebelião foi: Eles foram exterminados pelo Senhor
(Nm 16.32-35).
2. O memorial dos rebeldes.
Números 16. 40 relata
uma determinação divina interessante: a construção de um memorial, no altar do
Senhor, para que os filhos de Israel se lembrem da conduta de Corá e seus
seguidores. Deus, além do justo juízo inflingido aos rebeldes, deixou a
advertência “para que nenhum estranho, que não for da semente de Arão, se
chegue para acender incenso perante o SENHOR [...]” (Nm 16.40).
Na verdade, ser da
tribo de Levi era um privilégio concedido pelo Senhor, pois os levitas deveriam
ser cuidados, por toda a vida, pelos demais israelitas (Dt 12.19). Entretanto o
ministério sacerdotal somente seria exercido pelos descendentes de Arão. Corá,
como levita, achava que a medida era um equívoco de Moisés e, ainda com as
muitas demonstrações do Senhor quanto a isso, não retroagiu em seu intento, e o
fim foi trágico. O memorial serviria para que os filhos de Israel (e não apenas
os levitas) não se esquecessem disso.
3. O castigo dos inconformados.
É impressionante como
a rebelião, em regra, é extremamente contagiosa. Não obstante o castigo que
aconteceu, no dia seguinte o povo quis destruir a liderança pelos danos que o
Senhor causara. Diante disso, mais uma vez, Moisés e Arão foram buscar a Deus,
intercedendo pelos que estavam solidários aos que morreram. O Senhor matou outras
14.700 pessoas e só não foram mais porque Moisés e Arão apaziguaram a Justiça
de Deus rapidamente.
É inacreditável como
há pessoas que, sem temor, quebram o princípio da autoridade e submissão contra
um homem de Deus, e ainda justificam que realizaram algo “politicamente
correto”. Erram por não conhecerem as Escrituras. As regras que regem a
liderança espiritual estabelecidas
por Deus são
exclusivas dEle e estão relacionadas com sua escolha soberana. Ana, por
exemplo, poderia ter murmurado contra o sacerdote Eli, tanto pela crítica infundada,
como pela desordem sacerdotal da época, mas tratou-o respeitosamente e foi
abençoada (1 Sm 1.13-20).
Pense!
É correto suscitar
rebelião contra um homem de Deus, ainda que ele tenha realizado conduta
“politicamente incorreta”?
Ponto
Importante
Não havendo
desobediência à Palavra de Deus na conduta da autoridade, a submissão deve ser
a mais ampla possível, sob pena de se cometer um pecado semelhante à feitiçaria
(1Sm 15.23).
III
- DEUS MOSTRA A SUA VONTADE
1. Deus firma a liderança.
O Senhor, como forma
de firmar a liderança sacerdotal de Arão, e de fazer cessar as contendas,
determinou que “cada cabeça da casa de seus pais” deveria trazer uma vara até a
tenda da congregação. A vara do homem a quem o Senhor havia escolhido floresceria”
(Nm 17.5). É interessante como Deus disse que murmuravam contra Moisés e Arão,
porém, na verdade, as palavras eram lançadas contra Ele próprio. O fato mais
relevante é que Deus não suporta os que se dão à murmuração e, por isso, eles
sofrerão danos; ademais, o Senhor recomenda que não haja murmuradores no meio do
povo (Fp 2.14; 1 Pe 2.1), mas adoradores com o coração transbordante de ações
de graças (1 Cr 29.13).
2. Deus honra o líder.
Números 17.8 relata que
a vara de Arão floresceu e a dos outros permanceram mortas. O Senhor estava
prestigiando aquele que o servia fielmente. Afinal, quem se entrega
inteiramente nas mãos do Deus, o Senhor o colocará em lugares estratégicos, de
honra. O grande problema é que, em inúmeras ocasiões, a pessoa, na verdade,
está sendo preparada, moldada, para assumir responsabilidades maiores, porém
não discerne o que está se passando e reage de maneira egoísta e imprudente,
criando rebelião. Quem o Senhor escolhe, cedo ou tarde, será sumamente honrado,
como aconteceu com Arão.
3. Deus protege o líder.
Números 17.10 fala a
respeito da ordem para se guardar a vara de Arão, que floresceu, dentro da Arca
da Aliança (Hb 9.4), para servir como sinal aos filhos rebeldes, para que não morressem.
O Senhor, com isso, estava protegendo o sacerdote Arão, de maneira que pudesse
exercer seu ministério com toda a desenvoltura diante dos filhos de Israel, sem
oposição. Os homens que confiaram inteiramente em Deus tinham uma
característica interessante: “da fraqueza, tiraram forças” (Hb 11.34). Como
Jesus, eles venceram. Arão deveria saber que a vida não seria fácil, mas Deus
estava com ele, protegendo-o e projetando-lhe um futuro brilhante. Esse é o
destino de quem serve a Deus fielmente: ser mais que vencedor (Rm 8.37), porque
Ele já venceu o mundo (Jo 16.33).
Pense!
Se Deus firma, honra
e protege os líderes que Ele nomeia, por que eles sofrem tanto?
Ponto
Importante
O sofrimento faz
parte da vida ministerial, pois para levar a preciosa semente, ao que parece,
deve ser “andando e chorando”. Mas o bom é que, no fim, haverá muita alegria
(Sl 126.5,6).
SUBSÍDIO
“O
Pecado de Miriã e Arão (Nm 12.115). Pelo que deduzimos, a murmuração e a
reclamação eram incontroláveis, pouco importando a severidade com que Deus as
tratasse. Neste ponto, surgem nos escalões mais altos do acampamento, em Miriã,
a profetisa (Êx 15.20), e Arão, o sacerdote. A passagem é bastante clara em
mostrar que foi Miriã quem iniciou a crítica e que Arão, como sempre, foi mero
porta-voz. A crítica que fizeram de Moisés era dupla: o desgosto por ele
escolher uma esposa e a questão sobre por que Miriã e Arão não deveriam ser
reconhecidos, ao lado de Moisés, como competentes para receber as mensagens de
Deus.
A
primeira destas reclamações não tinham fundamento na transgressão moral ou
legal, como seria caso tivesse Moisés se casado com uma cananeia (Dt 7.1-6).
Pelo visto, brotou do coração de uma irmã ciumenta quanto ao que era o segundo
casamento de Moisés.
A
segunda reclamação tinha menos fundamento, existente somente na mente de Miriã
e Arão. Miriã recebera certa posição de honra e respeito, destacando-se
particularmente por sua liderança na canção da vitória logo após a travessia do
Mar Vermelho. Arão fora designado como porta-voz de Moisés e, mais
recentemente, se tornara o principal sacerdote dos israelitas. Não há que
duvidar que Miriã e Arão ainda viam Moisés como o caçulinha e se ressentiam de
sua posição de liderança com o povo e de seu favor com Deus” (Comentário
Bíblico Beacon. 1.ed. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 347).
CONCLUSÃO
Os
ministérios de Moisés e de Arão foram marcados por muitas rebeliões, mas o
Senhor sempre os honrou e protegeu.
Talvez
em algum momento, tenha surgido no seu coração algum sentimento de rebelião
contra alguma autoridade espiritual constituída por Deus, como ocorreu com
Corá, Datã e Abirão. Se isso aconteceu, arrependa-se, peça perdão a Deus e retorne
à plena submissão a Cristo.
HORA DA REVISÃO
1. Conforme a lição,
quais os benefícios do princípio da autoridade e submissão?
O
princípio da autoridade e submissão estabelece a ordem e cria condições para o
crescimento, em todo e qualquer agrupamento humano.
2. Conforme a lição,
quais os malefícios de agir em rebelião à autoridade constituída pelo Senhor?
A
rebelião à hierarquia (notadamente àquela firmada por Deus), instala o caos e
faz os melhores projetos sucumbirem.
3. Qual conduta
Moisés teve que o impediu de entrar na Terra Prometida?
Feriu
a rocha, quando deveria apenas ter falado a ela.
4. Cite os nomes dos
três líderes que se levantaram contra Moisés e Arão.
Corá,
Datã e Abirão.
5. Qual sinal físico
chancelou a autoridade sacerdotal de Arão?
Sua
vara floresceu.