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Lição: 4
Revista do 1° trimestre de
2019 – CPAD
INTRODUÇÃO
Os
demônios, por serem espíritos sem corpos, buscam corpos para desfrutar de
sensações através deles, bem como destruí-los. Os demônios estão presentes em
todos os setores da atividade humana e agem também na natureza, contrariando
leis, provocando acidentes e conturbando a ordem natural das coisas.
I
– TIPOS DE INFLUÊNCIAS DEMONÍACAS
1.
Opressão demoníaca
Todos
os cristãos, estão sob o ataque das forças satânicas. Constituímos um alvo ao
qual ele tem de se opor, impedir, ferir e destruir se possível.
Do
lado de fora de nossa personalidade, esses poderes podem se aproximar o
bastante para injetarem suas tentações em nossas mentes, para intrometer-se em
nossas emoções, amolecer e condicionar nossa vontade e assaltar nossos corpos.
Jó foi quase literalmente espancado pelas forças satânicas e tudo foi do lado
de fora.
Todos
os cristãos têm de enfrentar esta opressão satânica e demoníaca em variados
graus. A opressão pode ser tão intensa e tão grande, que as pessoas podem
chegar ao desespero durante o processo. E necessário empregar de modo total
nossos recursos espirituais para resistirmos a esse assalto opressor (Ef 6.13).
A vitória espiritual sobre Satanás requer emprego total de nossa vitória em
Cristo, apesar do nível ou da intensidade de conflito que enfrentamos.
Devemos
perceber que Deus tem um propósito soberano na vida do crente, mesmo durante as
intensas batalhas com Satanás. Ele está realizando a Sua vontade em nossas
vidas, mesmo quando na superfície parece que Satanás está vencendo.
2.
Possessão de demônios
A
possessão de demônios significa a introdução de uma nova personalidade no ser
da vitima. A nova personalidade apresenta feições de caráter diferentes por
inteiro, daquelas que realmente pertencem à vitima em seu estado normal, e esta
troca de caráter tende, com raras exceções, para a perversidade moral e
impureza. Muitas pessoas, quando possuídas de demônios, dão evidências de um
conhecimento do qual não podem dar conta em seu estado normal.
Já
se observaram casos em que a pessoa que se rende conscientemente ao poder do
demônio, muitas vezes recebe um dom estranho, de forma que pode ler a sorte,
ser médium, etc. O Dr. Nevius escreve: "Nesse estado, o endemoninhado
desenvolve certas habilidades psíquicas e se dispõe a ser usado. Ele é o
escravo voluntário, treinado e acostumado com o demônio." é uma imitação
satânica dos dons do Espírito Santo!
O
indivíduo sob a influência de um demônio não é senhor de si mesmo; o espírito
mau fala por seus lábios ou o emudece à sua vontade; leva-o aonde quer e
geralmente o usa como instrumento, revestindo-o às vezes de uma força
sobrenatural.
3.
O verdadeiro servo de Jesus não fica possesso
O
Senhor Jesus afirmou que todos os espíritos demoníacos deixam o corpo da pessoa
que se converte ao seu evangelho (Lc 11.24). Tal corpo fica varrido e adornado,
como obra do Espírito Santo (v. 25). A Bíblia, ensina ainda, que o corpo do
cristão é templo do Espírito Santo (1 Co 6.19) e que o corpo, a alma e o
espírito do cristão “pertencem a Deus” (v. 20). Temos promessas de Deus de que
o maligno não nos toca: “o que de Deus é gerado conserva-se a sim mesmo, e o
maligno não lhe toca” (1 Jo 5.18).
4.
Daimonizomai —
a Terminologia Bíblica Correta
A
palavra grega "Daimonizomai", segundo a Concordância Greco — Española
del NUEVO Testamento, ocorre 13 vezes no texto grego nas seguintes passagens:
Mateus 4.24; 8.16,28,33; 9.32; 12.22; 15.22; Marcos 1.32; 5.15,16; 5.18; Lucas
8.36; João 10.21.
a) Definições da
palavra daimonizomai
ü Ser
endemoninhado, ser possesso por um demônio.
ü Significa
estar possuído por um demônio, atuar sob o controle de um demônio. "Os que
se achavam assim afligidos expressavam a mente e consciência do demônio ou dos
demônios que moravam neles, por exemplo, Lucas 8.28".
ü Estar
sob o poder de um demônio.
Em
suma, o termo grego daimonizomai significa
"ser possuído por demônios", e em nenhum lugar do Novo Testamento é
aplicado para um crente nascido de novo. Um crente nascido de novo jamais pode
ser possuído por demônios.
b) O próprio Cristo exclui a
possibilidade de um cristão ser possuído por demônios
Usando
a ilustração de uma casa, Jesus indaga: “Ou como pode alguém entrar em casa do
homem valente e furtar os seus bens, se primeiro não manietar o valente,
saqueando, então, a sua casa?” (Mt 12.29)
No
caso de uma pessoa possuída por demônios, o homem forte é obviamente o Diabo.
No crente habitado pelo Espírito, contudo, o homem forte é Deus. A força do
argumento de Cristo leva inexoravelmente à conclusão de que, para os demônios
possuírem um crente, eles teriam, primeiro, que atacar aquEle que o habita —
isto é, o próprio Deus!
Jesus
forneceu um argumento que leva à dedução, ao frisar: “E, quando o espírito
imundo tem saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso, e não o
encontra. Então, diz: Voltarei para a minha casa, donde saí. E, voltando,
acha-a desocupada, varrida e adornada. Então, vai e leva consigo outros sete
espíritos piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e são os últimos atos
desse homem piores do que os primeiros” (Mt 12.43-45, ênfase do autor).
A
questão
aqui é clara e precisa: se não estamos ocupados pelo Espírito Santo,
sujeitamo-nos à possibilidade de ser habitados por demônios. Se, por outro
lado, a nossa casa é habitação de Cristo, o Diabo não acha lugar em nós.
O
ensinamento consistente da Palavra de Deus é que os cristãos não podem ser
controlados, contra a sua vontade, por possessão demoníaca. O princípio é
perfeitamente seguro. Se você é um seguidor de Jesus Cristo, o próprio Rei
habita em você (veja Jo 14.23; Rm 8.9-17). E você pode descansar seguro de que
“maior é o que está em vós do que o que está no mundo” (1 Jo 4.4).
5.
Exemplos de possessões demoníacas
a) Um homem gadareno
(Mt
8.28- 34; Mc 5.1-20; Lc 8.26-39).
(1)
Ele era muito forte, de modo que não podiam controlá-lo.
(2)
Ele havia quebrado todas as correntes colocadas nele.
(3)
Ele estava morando em volta das tumbas.
(4)
Ele estava nu e sendo controlado por 6 mil demônios.
(5)
Ele estava possuído por muito tempo.
Os
demônios que nele agiam cometiam verdadeiras barbaridades: tratava-se de um
espírito imundo (Mc 5.2) que habitava entre os sepulcros (Mc 5.3); era
extremamente forte; era perigoso (ninguém o conseguia amansar); não dormia nem
de dia nem de noite; feria-se com pedras (Mc 5.4,5). Reconheceu' Jesus quando O
viu (Mc 5.7); identificou-se como legião (Mc 5.9). Reconhecendo a autoridade
imbatível de Jesus, o espírito que falava no homem pediu-lhe que não os
enviassem para fora daquela província, afinal, a ilegalidade espiritual daquele
lugar era propícia para atuação demoníaca (Mc 5.10). Finalmente os demônios lhe
pediram para entrar numa manada de porcos e Jesus os atendeu. Os porcos se
precipitaram no mar e morreram (Mc 5.12,13).
b) Um menino (Mt
17.14-20; Mc 9.14-29; Lc 9.37-43).
(1)
Ele estava endemoninhado desde a infância.
(2)
O demônio feria-o e o cortava.
(3)
Ele jogava-se na água e no fogo.
(4)
Ele sofria de convulsões severas.
(5)
Com frequência, ele era jogado violentamente no chão, fazendo-o rolar, soltando
espuma pela boca.
(6)
Ele ficou inconsciente e suspeitou-se que ele havia morrido quando o demônio
foi retirado por Jesus.