A fim de ensinar acerca do crescimento do
Reino de Deus, Jesus conta uma parábola conhecida como a parábola do Grão de
mostarda (Mc 4.30 – 32) e outra chamada de parábola do fermento (Lc
13.18,19).
Nesta oportunidade discorreremos sobre a
parábola do Grão de Mostarda.
I
- INTERPRETAÇÃO DAS PARÁBOLAS SOBRE O REINO DE DEUS (Mc 4.30,31)
1. Grão
de Mostarda
O termo mostarda” ocorre cinco vezes no Novo
Testamento (Mt 13.31; Mt 17.20; Mc 4.31; Lc 13.19; Lc 17.6).
A mostarda brota de uma minúscula semente e
chega à altura de uma árvore de três metros ou mias.
Embora o grão de mostarda não seja a menor
semente de toda a criação, ela era usada em provérbios rabínicos para designar
a menor entre todas as coisas.
O grão de mostarda ilustra o desenvolvimento
que ultrapassa as expectativas.
A
expressão “um grão de mostarda”
Uma pequena quantidade de algo é comparada a
um grão de mostarda, bem como algo que cresce até um tamanho extraordinário.
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2. A
lição básica da parábola do Grão de Mostarda
O que Jesus quer dizer é que, da mesma
maneira como uma semente minúscula irá crescer e tornar-se uma grande planta,
também o reino de Deus irá produzir muitas pessoas que creem verdadeiramente.
Aplicação da Parábola
O Reino de Deus cresceu e, por intermédio de
seu crescimento, ele deve servir de sombra e descanso às almas cansadas. O
crescimento do Reino de Deus não tem outro objetivo que levar descanso às almas
cansadas e áridas no caminho da vida. Por isso, apóstolo Paulo afirma:
"porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e
alegria no Espírito Santo" (Rm 14.17).
Não se pode, porém, desprezar a simplicidade
do Reino de Deus. Se há algo marcante no Evangelho é a valorização da
simplicidade. Isso é tão valorizado que o apóstolo chegou a declarar
enfaticamente: "Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua
astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se
apartem da simplicidade que há em Cristo" (1 Co 11.3).
VEJA A VÍDEO AULA
II
- A EXPANSÃO DO REINO DE DEUS
1. Os
dois aspectos do Reino de Deus.
A expressão “reino de Deus” refere-se
ao domínio de Deus, o Criador, sobre a criação e, em especialmente, sobre os
que aceitam sua soberania. Ela faz alusão ao presente e ao futuro (Mt
12.28; 21.43).
a) Aspecto Presente –
A fase invisível
A
fase invisível presente é apresentada nos Evangelhos no chamado ao
arrependimento feito por João Batista e por Cristo (Mt 3,2; 4.17,23; Lc 4.43;
cf, Mt 10.7).
O
governo de Deus na terra hoje é eficaz somente entre aqueles que foram libertos
das trevas e transferidos para o reino de seu Filho (Cl 1.13).
O
reino existe no presente onde os cristãos estão vivendo em sujeição à vontade
de Deus, onde o seu poder está produzindo vidas transformadas (1 Co 4.20).
O
reino de Deus não é uma questão de conseguir o que se quer comer e beber, mas
uma questão de conduta íntegra, de se ter paz e harmonia com outros crentes, e
alegria inspirada pelo Espírito Santo (Rm 14.17).
b) Futuro – o aspecto
visível
O
aspecto visível futuro do reino, quando o Messias reinará sobre a terra a
partir de Jerusalém, é predito em muitas passagens do AT (Dt 30.1-10; Sl 2; 72;
89.1929; 110; Is 11.1-16; 65.17-66.24; Jr 32.3644; 33.4-18; J1 3.17-21; Zc
14.9-17). O aspecto futuro diz respeito
a reino milenial.
2. Jesus ensina sobre o início pequeno do Reino
Nessa parábola do
grão de mostarda, Jesus insistiu que seu reino seria muito pequeno no início –
na verdade, ele se iniciou com Jesus sozinho, e, depois da sua ascensão, foi
deixado aos cuidados de doze apóstolos e apenas umas poucas centenas de outros
seguidores.
A semente, então, semeada no dia de
Pentecostes, era pequena e insignificante —"cerca de cento e vinte"
(At 1.15-26).
Ao longo da história
a Igreja alcançou milhares de pessoas. Hoje a Igreja de Cristo compõe-se de
bilhões de crentes espalhados pelo planeta (Mt 8.11).
III-
QUEM PARTICIPA DO REINO DE DEUS?
Para alguém ser participante do Reino de Deus
é preciso:
1. Ser
discípulo de Jesus
Não basta apenas ser frequentador de Igreja.
É preciso ser discípulo de Cristo (Mc 8.34-38).
O discípulo não é mero aprendiz, mas alguém
que segue as pisadas de seu Mestre e possui íntimo relacionamento com Ele (1 Pe
2.21).
É dever do verdadeiro discípulo de Jesus
produzir fruto (Leia Jo 15.8).
O discípulo de Cristo deve ser uma pessoa
obediente:
“Vós sereis meus amigos, se
fizerdes o que eu vos mando” (Jo 15.14).
2. Se
submeter à vontade de Deus
Não basta profetizar em nome de Jesus!
Não basta expulsar demônios!
Não Basta fazer milagres!
É preciso fazer a vontade de Deus.
Nem todo o que me diz:
Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu
Pai, que está nos céus (Mt 7.21).
CURIOSIDADE
Explicando um pouco sobre o recurso linguístico usado por
Jesus — o Símile
A arte de comparar coisas
que tenham similitude, ou semelhança entre si, que seja análogo entre si,
denominamos símile. É uma figura de linguagem importantíssima para extrair um
sentido no exercício de comparação entre dois termos ou expressões. Ou seja, o
símile é uma figura de linguagem que estabelece a comparação das coisas que
tenham semelhança entre si.
CONCLUSÃO
Depois da lição de hoje voltemos a orar: Pai
nosso, que estás nos céus, venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim
na terra como no céu (Mt 6.9,10). O Reino de Deus teve um início insignificante
e, desde então, cresceu assustadoramente. Ao final dos tempos, ele atingirá
todo o Universo.