A Reforma Protestante e os Pentecostais - Subsídios Dominical

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A Carreira Que Nos Está Proposta [ Revista Digital Cristão Alerta - 2° Trimestre 2024

A Reforma Protestante e os Pentecostais

A suprema conquista da Rema foi o reconhecimento das Sagradas Escrituras como a fonte única da doutrina, do conteúdo da fé cristã. A salvação é somente pela graça, recebida somente pela fé de cada cristão.

Martinho Lutero veio em primeiro lugar como fundador de um movimento que se perpetuou, ao passo que “Igrejas Reformadas” é o termo aplicado às que seguiram o movimento de João Calvino. Eles próprios se submeteriam ao consenso do que as Sagradas Escrituras ensinam. Daí Calvino dizer que “a igreja reformada sempre deve estar se reformando”.

Historicamente, a igreja, quando passou a ser a religião oficial do Império Romano, já sem perseguições e martírios, foi desenvolvendo um sistema de jejuns meritórios, justamente o que se critica. Os reformadores, diante disso, rejeitavam dias obrigatórios de jejuns. Por outro lado, a volta sistemática aos ensinos bíblicos pelas igrejas verdadeiramente fiéis trouxe de volta o jejum no seu sentido espiritual, de comunhão com Deus, de buscar a sua presença e com fé.

1. O jejum
O jejum, na Bíblia, inclui abstinência de todos os alimentos durante determinado período de tempo. É normalmente vinculado com atos públicos de religião, seja no Dia da Expiação (Lv 16.29-31), seja em tempos de perigo nacional (Jz  20.26) ou de arrependimento e renovação da fé em Deus.
Sempre era ligado à oração, a humilhar-se diante de Deus, a buscar a face do Senhor, e qualquer indivíduo podia jejuar em momentos de aflição, para buscar o consolo da parte de Deus, ou como expressão de piedade ou devoção conforme a ocasião que cada fiel escolhia.

Em Ester 4.16, livro em que não aparece literalmente o nome de Deus, o jejum para os judeus significava, especificamente, buscar a Deus, humilhar-se diante Dele, pedir a sua intervenção. Tratava-se de uma campanha de oração a Deus!

Os profetas podiam condenar o jejum falso, como rito praticado por pessoas que não se arrependeram genuinamente diante de Deus e que não se deixariam comover pelo amor ao próximo (Is 5.8 e Jr 14.11-12), mas, justamente assim, definem o que o jejum deve ser.

Jesus mesmo fez seu grande jejum no deserto antes de iniciar o seu ministério (Mt 4.1-2 e Lc 4.1-2). Por contraste com os jejuns tão comuns entre os judeus dos seus tempos, com tantas regras e pormenores, Jesus enfatizou ser o jejum mais um ato individual de devoção a Deus, sem ostentação pública, e menos apropriado na presença pessoal de Jesus do que depois da sua partida (Mt 6.16-18; 9.14-15).

Nossos críticos jamais deveriam esquecer da expressão “meios da graça” que os reformadores usavam bastante. Orações, leituras bíblicas, pregações, o batismo, a Santa Ceia e numerosos princípios registrados na Bíblia, todos são meios de o crente apresentar a mão vazia para aceitar a graça. “Graça” desvinculada de qualquer ligação entre o ser humano e Deus parece bem sub-protestante.

Consideramos infundada a declaração “os pensadores pentecostais desenvolveram uma explicação baseados nas experiências”. Convém lembrar que a “explicação” provém da Bíblia. A definição pentecostal é das Escrituras Sagradas, e uma igreja pentecostal só pode ter existência sólida no estudo da Palavra de Deus.

O termo “Pentecostal”, foi usado a partir de 1907, na Grã-Bretanha, pelas igrejas históricas tradicionais (anglicanas, episcopais, metodistas, evangélicas), para se referir aos crentes que criam e recebiam o batismo no Espírito Santo, por causa da analogia entre esse movimento e o dia de Pentecostes (At 2.1-13), isto é, por causa da efusão do Espírito e das manifestações de poder, que eram observadas por toda a parte nas ilhas britânicas.
Por sua vez, “pentecostal” é o crente que crê na possibilidade de receber a mesma experiência do Espírito Santo que os apóstolos receberam, no dia de Pentecostes.
A palavra pentecostal começa ser usada, como vimos acima, em 1907, entretanto, o Movimento Pentecostal, iniciado no livro de Atos e que continua em nossos dias, é a materialização da promessa de revestimento de poder da parte do Senhor Jesus Cristo para a sua Igreja. Deus declarou que seu Espírito seria derramado sobre toda a carne (Jl 2.28), e essa promessa foi cumprida após o retorno de Jesus aos céus, no Dia de Pentecostes (At 2.1-39). Em um mundo repleto de pensamentos que se voltam cada dia mais contra Deus, a mensagem pentecostal e o poder de Deus dão à Igreja a autoridade para testemunhar de Jesus, trazendo libertação aos oprimidos, cura aos enfermos e salvação aos perdidos.

É verdade que a doutrina pentecostal dá muita ênfase às experiências pessoais do cristão com o Senhor Jesus. Mas, a diferença básica é que essas experiências são fundamentadas na Palavra de Deus. Religião sem sobrenatural é mera filosofia.

Na farta literatura pentecostal que tem surgido a partir de 1900, existem muitos estudos bíblicos sobre a atuação do Espírito Santo na Bíblia e comprovações de que a mesma atuação continua se desdobrando onde ela é aceita, isto sem negar a soberania divina que permite surgir a mesma operação milagrosa onde nem era esperada. Quaisquer experiências são fruto dessa atuação do Espírito Santo, “repartindo particular mente a cada um como quer” (1Co 12.11). Cada uma tem suas características individuais.

Uma das características da Dispensação da Graça é o fato de Deus comunicar-se com cada crente individualmente, independentemente de sexo, raça e idade, por meio de sonhos, visões, profecias e até pelas pequenas coisas naturais do dia-a-dia (At 2.17-18). Esses privilégios eram restritos aos profetas ou a alguém escolhido por Deus para uma obra específica nos tempos do Velho Testamento (Nm 12.6).

A notícia a respeito do batismo no Espírito Santo e os dons milagrosos que se seguiam correu muito rapidamente, e muitas pessoas acolhiam-na como o cumprimento dos seus anseios espirituais. As experiências seguiam às doutrinas; assim como também a experiência segue à conversão, como realidade sólida baseada na obra específica realizada por Cristo.
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Temos, sim, o dom da profecia, mais apropriada para surgir num culto de adoração. O dom provém da parte do Espírito Santo. Assim, temos em Atos 21.9 “quatro filhas donzelas, que profetizavam”. Recebiam o dom da profecia da parte do Espírito Santo.

As igrejas pentecostais legítimas andam na Bíblia, é o Espírito Santo quem lhes confirma a total veracidade e o poder espiritual das Escrituras Sagradas.
A marca distintiva da Reforma Protestante está presente em nosso meio, Sola Scriptura, Sola Gratia, Solo Cristus, Sola Fides e Soli Deo Gloria. Nossas crenças e práticas são provenientes das Escrituras Sagradas. Defendemos os mesmos pontos cardeais da fé cristã das demais igrejas e denominações co-irmãs.

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