Lição 13 - As Orações dos Santos no Altar de Ouro - Subsídios Dominical

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A Carreira Que Nos Está Proposta [ Revista Digital Cristão Alerta - 2° Trimestre 2024

Lição 13 - As Orações dos Santos no Altar de Ouro

Subsídio para a classe de Adultos - 3°Trimestre de 2018|Aula 23 de Setembro. Por Ev. Jair Alves
Apresentação
O Tabernáculo era santuário portátil que foi o centro do culto israelita até a construção do templo de Salomão, é conhecido por vários termos na Escritura. Cada um de seus nomes lança luz sobre um aspecto de sua função:
Ele era comumente conhecido como "santuário" (algumas traduções trazem "habitação") porque Deus havia escolhido viver ali entre seu povo (Êx 25.8).
• Deus mantinha audiências com o seu povo na “Tenda do Encontro" para aceitar os sacrifícios e perdoar os pecados deles (Êx 28.43).'
• Como "tabernáculo da aliança" ou "tabernáculo do Testemunho”, ele abrigava as tábuas da aliança firmada entre Deus e seu povo (Êx 38.21).
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Dentro do Tabernáculo[1], havia duas áreas separadas por um véu: o Lugar Santo e, separado deste lugar e oculto por um véu no qual estava bordado querubins, ficava o Lugar Santíssimo, o santuário interior que abrigava a arca da aliança (Êx 26.31-34 - NAA). A Arca da Aliança (Êx 25.10-22) ficava no Santo dos Santos, e a mesa dos pães da proposição (Êx 25.23-30), o castiçal de ouro (Êx 25.31-40), e altar do incenso (Êx 30.1-10) no Lugar Santo. Do lado de fora da entrada ficava um altar para o sacrifício (Êx 27.1 -8) e uma pia de bronze para a purificação cerimonial
(Êx 30.12-21).
Era no Lugar Santíssimo que o sumo sacerdote deveria uma vez por ano entrar para adorar a Deus com um incenso preparado para àquela ocasião.  Embora o altar de incenso estivesse no Lugar Santo, era considerado também parte da mobília do Santo dos Santos juntamente com a arca da aliança (Hb 9.1-10).

I- O LUGAR SANTÍSSIMO
Somente o sumo sacerdote poderia entrar no Santo dos Santos, e isso apenas uma vez por ano, no Dia da Expiação. Não era uma questão de escolha humana - tratava-se de um mandato divino. Qualquer sacerdote que desobedecesse morreria.

1. O dia para a entrada no Santíssimo Lugar
A data determinada era o décimo dia do sétimo mês (Lv 16.29; 23.26-32; 25.9; Nm 29.7-11). O calendário judaico é descrito em Levítico 23 a importância do sétimo mês (que equivale à nossa segunda quinzena de setembro e primeira quinzena de outubro). No primeiro dia do sétimo mês, as trombetas eram tocadas para anunciar o começo de um novo ano (Lv 23.23-25).
O décimo dia era o Dia da Expiação (Lv 23.26-32), depois vinha a Festa dos Tabernáculos (ou Tendas), que começava no décimo quinto dia do mês e durava uma semana (Lv 23.33-44).
O sumo sacerdote tinha de repetir o ritual do Dia da Expiação a cada ano, mas Jesus Cristo veio na hora certa (Cl 4.4, 5) para concluir a obra que ninguém mais podia terminar. "Se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado" (Hb 9.26). A morte de Cristo na cruz cumpriu o Dia da Expiação.
2. A expiação
O termo hebraico kapar, traduzido por "expiação", é usado dezesseis vezes em Levítico 16 e significa, basicamente, "resgatar, remover ao pagar um preço". O sacerdote colocava as mãos sobre a cabeça do sacrifício simbolizando a transferência de todos os pecados do povo para a vítima inocente, que morria no lugar deles. Expiação significa que é pago um preço e que sangue é derramado, pois uma vida deve ser dada em troca de outra (Lv 17.11).
a) A purificação no Dia da Expiação (Lv 16)
Os sacrifícios oferecidos no Dia da Expiação proporcionavam uma tríplice purificação:
1) Para o sumo sacerdote e sua família (Lv 16.6, 17),
2) Para o povo de Israel (v. 1 7) e
3) Para o tabernáculo (vv. 16, 20, 33).

Os sacrifícios feitos na Terra purificavam o santuário terreno, mas o sacrifício de nosso Senhor purificou as "coisas celestiais" (Hb 9.23) com o sangue de um sacrifício mais elevado.
b) A lição do Dia da Expiação
O Dia da Expiação ensina sobre a salvação é que não pode haver salvação do pecado sem derramamento de sangue (Hb 9.22). Aqueles que rejeitam essa ideia e afirmam que querem apenas a "religião amorosa de Jesus" devem ouvir o próprio Cristo dizendo: "porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para a remissão de pecados" (Mt 26.28). "O Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mt 20.28).
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
De Tabernáculo para Templo
Quando os judeus se instalaram no território de Canaã, o tabernáculo tomou uma forma mais permanente em Siló (Js 18.1; Jz 18.31). Passou a ser permanente o bastante para que viessem a chamá-lo de templo, para que Samuel e Eli morassem nele e para que portas de entrada fossem abertas e fechadas (1 Sm 3.2,15). Mesmo depois dos filisteus terem destruído Siló, se apossado da Arca da Aliança e a devolvido aos judeus via Bete-Semes (1 Sm 6.1-10) e Quiriate-Jearim (1 Sm 7.2), ele continuava sendo uma espécie de tenda-templo (2 Sm 6.17; 7.2) e ficou ali até que Salomão construísse um templo permanente.

O Templo de Salomão
O templo de Salomão seguiu o mesmo princípio geral que o tabernáculo. Era um prédio dividido em duas seções para abrigar a Arca da Aliança e os outros objetos santos — mesa, castiçal e altar do incenso. Porém, havia diferenças. A estrutura inteira era feita de pedras revestidas de cedro e de metais preciosos e colocada sobre uma plataforma com degraus de acesso.

Um pórtico de entrada foi construído na frente do edifício, e esse era rodeado por três fileiras de pequenas câmaras que podiam ser usadas para depósito, escritórios e acomodação pessoal. O templo era duas vezes maior que o tabernáculo, não sendo, porém, muito impressionante; era feito de pedra comum e tinha cerca de 35m de comprimento. Mais impressionantes eram os objetos santos que ficavam logo depois do pórtico.


II - AS DIVISÕES E O MOBILIÁRIO DO TABERNÁCULO


Legenda:
1) Lugar Santíssimo (Êx 26.34; Lv 16)
2) Lugar Santo – Santuário (Êx 26.34; 28.29)

3) Véu Interior (Êx 26.31-33) - Dividia os dois cômodos sagrados do Tabernáculo — o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. Simbolizava a separação entre o homem e Deus por causa do pecado.

4) A arca do Concerto (Êx  25.10-22;40.20; Is 3.14-17; 1Sm 4-6; 2Sm 6.-15) – A arca, uma caixa feita de madeira de acácia revestida de ouro por dentro e por fora, tinha cerca de um metro e dez centímetros de comprimento por 70 centímetros de largura e 70 centímetros de altura. Um molde de ouro adornava sua tampa. Em cada uma das extremidades de sua tampa se elevavam dois querubins feitos de ouro batido. Essas figuras ficavam de frente umas para as outras, suas asas se estendiam como proteção para a arca, como uma espécie de pálio. A arca tipificava a presença de Deus com o seu povo (Êx 25.22) e os querubins, o seu trono (1Sm 4.4; Is 37.16).

Dentro da arca foram colocadas as tábuas de pedra da aliança (Êx 25.21), um jarro com o maná (16.33) e a vara de Arão (Nm 17.10). As tábuas da lei lembravam ao povo de que Deus faria cumprir os termos da aliança que firmara com eles. No Dia da Expiação anual, o sangue dos animais sacrificados era aspergido sobre a tampa da arca, que cobria as tábuas que definiam os termos que o povo havia transgredido (Lv 16.14-30).[2]

5) Altar de Incenso (Êx 30.1-10) – Ficava em frente do véu. Era utilizado para queimar o incenso especial de Deus e era também um símbolo da aceitação da oração.

6) Mesa para os Pães da Proposição (Êx 25.23-30; Lv 24.5-9) – Sobre ela ficavam 12 pães representando todo povo de Israel. Esses pães indicam a pessoa de Jesus como o Pão da Vida, o alimento do povo de Deus.
7) Candelabro de Ouro (Êx 25.31-39) – Ele indica a iluminação e a direção do Espírito Santo.

8) Bacia de Bronze (Êx 30.18;38.8; Lv 8.11) – Simbolizando a Palavra de Deus, esta peça continha água na qual os sacerdotes teriam de se lavar cada vez que ministrar no Altar do Holocausto.

9) Altar de Holocausto (Êx 27.1-8) – Essa peça, também chamada de Altar da Transferência, era a maior peça do Tabernáculo e apontava para a cruz de Jesus. Simbolizava a reconciliação com Deus através do sacrifício.



III - ALTAR DE INCENSO - SÍMBOLO DA ACEITAÇÃO DA ORAÇÃO.  (Êx 30.1-10; Ap 5.6-10)

Encontramos no capítulo cinco de apocalipse a expressão “taças de ouro cheias de incenso” (v 8b -NAA), já em Levítico 16.12,13, vemos o sumo sacerdote pegando o incensário cheio de brasas de fogo e dois punhados de incenso e levando para dentro do Santíssimo Lugar.

No Apocalipse, muitas vezes as orações dos santos são comparadas ao incenso que queimava em frente ao Lugar Santíssimo (Ap 5.8; 8.3,4). Esse incenso, uma mistura nas exatas proporções de especiarias preciosas, era destinado somente a Deus e em um lugar específico. Caso fosse usado de forma imprópria, o transgressor, como castigo, seria excluído do povo de Deus (Êx 30.34-38).
A oração é um ato de adoração e como tal só pode ser oferecida a Deus, que lhe confere um grande valor e a considera como o incenso da antiguidade. As orações não devem ser dirigidas ao imperador romano, à sua imagem ou a qualquer outro ser — qualquer que seja o dever cívico que alguém possa reclamar. Isso significa a “adoração da Besta” (veja o tópico relacionado à adoração da Besta em 13.4). A violação desse princípio resultará exatamente no mesmo castigo imposto por Deus aos israelitas: o transgressor deverá ser excluído para sempre (14.9-11; cf. 20.4). [3]

1. O crente e a oração
Oração é o ato pelo qual o crente, através da fé em Cristo Jesus e mediante a ação intercessora do Espírito Santo, aproxima-se de Deus com o propósito de adorá-lo, render-lhe ações de graça, interceder pelos salvos e pelos não-salvos, e apresentar-lhe as petições de acordo com a sua suprema e inquestionável vontade (Jo 15.16; Rm 8.26; 1 Ts 5.18; 1 Jo 5.14; 1 Sm 12.23).

2. Combinando oração com jejum
O exercício espiritual de jejuar e orar longamente, em face de uma necessidade urgente, não pode ser encarado como um artifício para se obter a atenção de Deus ou sua aprovação àquilo que desejamos. Apesar de o jejum ter consigo mesmo uma recompensa toda peculiar, tal recompensa diz respeito mais àquele que jejua do que ao objetivo final da oração. A prática da oração associada ao jejum deve resultar numa percepção espiritual mais aguçada e num aumento de fé. A oração e o jejum podem trazer valiosas contribuições à vida do crente ou de toda a congregação, embora nunca se deva permitir que sua prática degenere numa formalidade vazia ou numa tentativa de manipular Deus [...]”. (BRANDT, R. L.; BICKET, Z. J. Teologia bíblica da oração. 3.ed., RJ: CPAD, 2003)

3. O exemplo de Jesus na oração

a) Na escolha dos apóstolos
Jesus precisava escolher seus discípulos e não fez isso de improviso, nem segundo critérios puramente humanos. Antes de fazer a difícil escolha, Ele “subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus”. Quando o dia raiou, Ele se levantou, “e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos” (Lc 6.12,13).

b) Antes de ir ao Calvário
Jesus orou a Deus, rogando por seus discípulos (Jo 17.1,9,20). Mais tarde, às vésperas de encarar o Gólgota, Jesus foi ao monte das Oliveiras, como era seu costume (Lc 22.39) e, ali, no Getsêmani, orou intensamente, submetendo-se à vontade de Deus (Lc 22.42). Do início ao fim do seu ministério, Jesus nos deu o exemplo de oração. Se quisermos vencer na vida cristã, teremos que nos dedicar à oração.

c) Em momentos difíceis
Diante do sepulcro de Lázaro, morto há quatro dias, Jesus orou ao Pai, agradecendo-Lhe, por sempre o haver ouvido (Jo 11.41,42).



[1] A palavra tabernáculo em português vem do latim tabernaculum e significa tenda. Em hebraico (mishkan), o vocábulo quer dizer, literalmente, lugar de habitação. Algumas vezes, faz referência somente a uma tenda. Em outras passagens, alude a uma tenda cercada por um pátio. A mesma palavra no hebraico é usada posteriormente para o santuário em Siló (SI 78.60) e para os santuários de adoração em Jerusalém antes e depois de o templo ser construído (SI 26.8;46.4;74.7).
[2] Bíblia de Estudo Arqueológica
[3] Comentário Bíblico Pentecostal CPAD

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