Lição 6 - A Doutrina do Culto Levítico (Subsídio Adultos) - Subsídios Dominical

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Lição 6 - A Doutrina do Culto Levítico (Subsídio Adultos)

Subsídio para a classe de Adultos -  Lição 6 - A Doutrina do Culto Levítico | 3°Trimestre de 2018|Aula 5 de Agosto. Por Ev. Jair Alves
Apresentação
O livro de Levítico nos informa, que os israelitas deviam ser ensinados sobre todas as leis que o Senhor, havia dado por meio de Moisés (Lv 10.10,11). Em outras palavras, as doutrinas que orientavam os filhos de Israel vieram da parte do próprio Deus. Era de conhecimento do Povo, por exemplo, que a terra é do Senhor e toda criação, incluído animais, vegetais e o ser humano eram do Senhor (Gn 1 e 2). Tudo quanto existe foi criado por Deus; Sendo Ele o Criador de todas as coisas, somente Ele deve ser adorado; e tudo quanto há deve ser consagrado ao Deus Único e Verdadeiro.
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I – A DOUTRINA DA CRIAÇÃO DE DEUS
1. Deus criou o Universo
As Escrituras Sagradas mostram claramente a origem do Universo do seguinte modo: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). “E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus... e fez as estrelas” (Gn 1.14,16). Esta é a verdade sobre a origem do mundo de acordo com a Palavra de Deus. As teorias cosmológicas alheias à Bíblia são fraudulentas e enganosas. Do Gênesis a Apocalipse a Bíblia reafirma que Deus, de fato, criou o Universo (Ap 4.11; 10.6; 14.7).
 
2. O Universo foi criado de modo organizado

a) No primeiro dia, Deus criou a luz cósmica; fez separação entre a luz e as trevas, e criou o “Dia” e a “Noite” (Gn 1.1-5); não era ainda a luz solar, mas a luz cósmica, que está presente em todo o espaço sideral;

b) No segundo dia, Deus fez “uma expansão no meio das águas”, provavelmente águas em estado gasoso, acima e abaixo da “expansão”, e criou os “céus” (Gn 1.6-8);

c) No terceiro dia, Deus criou a Terra, os mares e a vegetação (Gn 1.9-13);

d) No quarto dia, Deus criou o Sol, a lua e as estrelas (Gn 1.14-19);

e) No quinto dia, Deus determinou que as águas produzissem “répteis”, “aves” e “grandes animais aquáticos” (Gn 1.20-23);

f) No sexto dia, Deus criou os animais terrestres e o homem (Gn 1.24,26). O ser humano não “evoluiu” dos seres irracionais, como a falsa ciência ensina (1 Tm 6.20), mas é um ser especial, criado por Deus, como afirma a Bíblia (Gn 1.26-29; 2.7-22; 5.1,2).

3. Deus fez todas as coisas
João, em seu evangelho, afirma a respeito de Jesus na criação do Universo: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.1-3; Sl 33.6). Por outro lado, a Bíblia registra que os escarnecedores ignoram que os céus e a terra foram criados pela Palavra de Deus (2 Pe 3.5).

4. A criação do ser humano
A raça humana teve sua origem em Deus, através de Adão (At 17.26; 1Co 15.45). O ser humano foi criado no sexto dia, como a coroa de toda a criação, e recebeu de Deus a incumbência de administrar a terra e a natureza. O homem não é meramente um animal racional, mas um ser espiritual criado à imagem e semelhança de Deus. A frase “Façamos o homem” (Gn 1.26), quer dizer: “Vamos fazer o ser humano”, pois o termo hebraico usado para “homem” é adam, que significa “gênero humano”. O ser humano criado por Deus se constitui em “macho e fêmea” (v.27). Esse ser humano recebeu diretamente de Deus o sopro em suas narinas (Gn 2.7). Em outro lugar, a Bíblia revela que Deus o fez um pouco menor do que os anjos (Sl 8.5).

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO 1
O HOMEM CRIADO À IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS
O trecho de Gênesis 1.26,27 fala sobre o homem (incluindo o macho e a fêmea) como criado à imagem e semelhança de Deus. “Imagem” (no hebraico, tselem) é palavra usada para indicar estátuas e modelos de trabalho. No ser humano, implica num reflexo de algo existente na natureza de Deus. “Semelhança” (no hebraico, demuth) é palavra usada para indicar padrões e formas, que se parecem um tanto com o que retratam. Indica que existe em nós algo parecido com Deus.
A imagem de Deus em nós consiste em uma imagem tanto natural quanto moral - e não no sentido físico. Nossos corpos foram feitos de pó. Jesus não tinha a forma externa de um homem, antes da encarnação (Fp 2.5-7).
ü  A imagem moral inclui a vontade e a esfera da liberdade, onde podemos exercer nossos poderes de autodeterminação. Ela torna possível nossa comunhão e comunicação com Deus.
Deus é amor (1 Jo 4.8). Então, somos capazes de amar e responsáveis por esse exercício, primeiramente diante de Deus (Dt 6.5), correspondendo ao seu amor (1 Jo 4.19), e depois diante de nossos semelhantes, incluindo os estrangeiros (Lv 19.18,33,34; Dt 10.19; Mt 5.43,44 e Lc 10.27-37). Nosso intelecto informa nossa vontade, e por ela somos responsáveis.
ü  A imagem moral é também a qualidade que se relaciona ao que é certo ou errado no uso de nossos poderes. Isso nos empresta uma natureza moral, e fornece tremendo potencial para grandes males ou para a bondade, retidão e santidade verdadeiras (Doutrinas Bíblicas, Uma Perspectiva Pentecostal, 3ª Edição 1999 - CPAD


II – A DOUTRINA DA ADORAÇÃO A DEUS (Mt 4.10)
1. Adoração
A essência do culto está na adoração ao Senhor, e nunca é demais enfatizarmos essa verdade, pois adoração vazia significa culto frio e sem propósito. Adorar vem de uma palavra que significa "inclinar-se, prostrar-se em deferência diante de um superior". No contexto bíblico, portanto, essa palavra significa um prostrar-se diante de Deus em reconhecimento à sua divindade.
 
Você deseja ser um adorador? Anseia por estar na presença de Deus? Aspira ver a face do Pai? Isto só é possível através da salvação por Jesus Cristo. Então, louve e adore ao Deus da sua salvação. Mas lembre-se: adorar a Deus às vezes requer esforço e sacrifício. Quantas chuvas e calor já impediram você de adorar a Deus! Algumas pessoas olham para o guarda-roupa e queixam-se por terem de repetir as vestes da semana anterior e, por isso, deixam de ir à igreja para adorar a Deus. Não permita que nada o impeça de adorar ao Senhor.[1]

a) Princípios bíblicos sobre a Adoração

·        Na adoração a Deus está o prazer do cristão (Sl 9.1,2)
·        Aquele que adora a Deus separa-se das coisas profanas (Sl 15.1,2)
·        Adoração é um ato de temor a Deus (Sl 95.6-11)
·        Adoração que Deus não aceita (Is 29.13; Mc 7.6)
·        O significado da adoração (Hb 13.15; Rm 12.1; 1 Pe 2.5)
·        Adorando em espirito e em verdade (Jo 4.23,24)
·        Adorando a Deus com intensidade (Sl 29.2)
·        Adorando com instrumentos musicais (Sl 33.2)
·        Adorar somente a Deus (Ap 22.9)

b) Como devemos apresentar a nossa adoração?

ü  Em santidade — com sinceridade e pureza de coração (1Cr 16.29).

ü  Com humildade — os antigos servos de Deus prostravam-se para adorar a Deus. Esse era um gesto de humildade (Êx 4.31; 2 Cr 7.3).

ü  Com desprendimento — quando se está adorando, a vontade e o pensamento devem estar voltados para Deus, incondicionalmente (2 Co 5.15).

ü  Com reconhecimento — depois do retorno do cativeiro babilónico, o povo reconstruiu os muros da cidade e, então, reuniu-se para adorar ao Senhor por Sua misericórdia e grandeza (Ne 8.6; SI 111.2-4).

ü  Com reverência — reverência denota respeito, temor e veneração (Hb 12.28,29).

ü  Com sinceridade — a adoração constitui-se em momentos de humildade, reflexão e paz (SI 25.21; 1Co 5.8).

2. Adorar 
No hebraico é sãhãh: 'adorar, prostrar-se, curvar-se'. Esta palavra é encontrada no hebraico moderno no sentido de 'curvar-se' ou 'inclinar-se', mas não no sentido geral de 'adorar'. O fato de que ocorre mais de 170 vezes na Bíblia hebraica mostra algo do seu significado cultural. Aparece pela primeira vez em Gênesis 18.2. O ato de se curvar em homenagem é feito diante de um superior ou soberano. Davi 'se curvou' perante Saul (1 Sm 24.8). Às vezes, é um superior social ou econômico diante de quem a pessoa se curva, como quando Rute 'se inclinou' à terra diante de Boaz (Rt 2.10). Num sonho, José viu os molhos dos seus irmãos 'inclinando-se' diante do seu molho (Gn 37.5,7,8).

A palavra sãhãh é usada com o termo comum para se referir a ir diante de Deus e  na adoração (ou seja, adorar), como em 1 Samuel 15.25 e Jeremias 7.2. Às vezes está junto com outro verbo hebraico que designa curvar-se fisicamente, seguido por 'adorar', como em Êxodo 34.8: 'E Moisés ... encurvou-se ['adorou', ARA]'. Outros deuses e ídolos também são o objeto de tal adoração mediante a ação de se prostrar diante deles (Is 2.20; 44.15.17) (VINE, W. E.; UNGER, Merril F.; WHITE JR., William. Dicionário Vine. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007. p. 31).

3. Devemos ser comprometidos com a adoração a Deus
Não dá para adorar mais ou menos, "quase adorar" ou adora-se a Deus ou não! Por isso, muitas pessoas procuram enganar a si mesmas achando que a simples presença num contexto religioso as faz adoradoras do Pai. A verdade é que aqueles que creem e buscam a Deus com simplicidade de coração, com certeza o acharão (Sl 119.7). Deus, durante todo o curso da humanidade, convida-nos a adorá-lo, reconhecê-lo como único Senhor (Sl 29.2; 150.6; Is 55.6). A Bíblia está repleta de narrativas a respeito de pessoas que, em sua disposição pessoal para adorar ao Senhor, foram abundantemente abençoados enquanto adoravam: Isaías teve o pecado perdoado (Is 6.7); Moisés conversou com Deus como quem dialoga com um amigo (Êx 33.11); Jacó teve um encontro inesquecível com Deus (Gn 32.28) e Paulo teve toda sua visão de mundo reorientada (2 Co 12.1-10).

No Antigo Testamento, o Senhor ordenou aos israelitas que adorassem exclusivamente a Ele, proibindo a idolatria no meio de seu povo (2 Cr 7.19,20). Os Judeus tinham um sistema de adoração divinamente estabelecido. O povo se reunia fora do Tabernáculo (no pátio) ou mais tarde no Templo e nas Sinagogas.

No Novo Testamento, tendo Deus se revelado aos homens na pessoa de Jesus Cristo, Ele se propôs edificar a Igreja; uma comunidade nova e redimida, onde os cristãos são instruídos a se reunirem com o propósito de adorá-lo.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO 2
1. Adorar é um ato de rendição a Deus.
Nas línguas bíblicas, o sentido do termo “adoração” é chegar-se a Deus de modo reverente, submisso e agradecido, a fim de glorificá-Lo. Adorar é um ato de total rendição, gratidão e exaltação jubilosa a Deus (Sl 95.6; 2 Cr 29.30; Mt 2.11). Éo Espírito Santo que habilita o crente a adorar com profundidade e temor a Deus (Jo 4.23,24; Ef 5.18,19; 1 Co 14.15; At 10.46; Fp 3.3).

2. Adorar é um sublime ato de serviço a Deus.
O servir a Deus tem relação direta com o adorar a Deus. O serviço que fazemos para Deus por amor e gratidão, sob o estímulo do Espírito Santo, é uma forma de adoração. Na verdade, como afirmou o pastor Russell Shedd: “o Senhor reivindica a totalidade do serviço dos seres a quem Ele resgatou e deu vida”.

3. Adorar a Deus requer reverência.
Deus é infinitamente sublime em majestade, poder, santidade, bondade, amor e glória. Por isso, devemos adorá-Lo e servi-Lo com toda reverência, fervor, zelo, sinceridade e dedicação (Hb 12.28,29). Portanto, adoração e reverência são elementos inseparáveis em nosso culto a Deus. Adorar é também exaltar e reconhecer que Deus é o Senhor, Criador de todas as coisas (Sl 95.3-6).

III – A TEOLOGIA DE LEVÍTICO
Todo livro da Bíblia tem uma teologia. O que isso quer dizer? Cada livro bíblico apresenta Deus e seu modo de agir sob certo aspecto específico à conjuntura em que parte da Escritura Sagrada foi escrita. Por exemplo, é notório que o Evangelho de João apresenta a pessoa de Jesus de maneira bem distinta dos demais Evangelhos. Logo, dizemos que a Cristologia do apóstolo João, sob certo ponto de vista, é diferente em objetivo da Cristologia dos outros Evangelhos. A isso chamamos Teologia Bíblica. A partir do estudo desta disciplina teológica é que se sistematiza as grandes doutrinas, organização esta, que denominamos Teologia Sistemática.

Os principais temas teológicos de Levítico são:

v Teontologia: a existência de um Deus que se comunica com o ser humano, e, com este, firma um concerto eterno.
v Diaconologia: o ser humano, agora redimido, é intimado a consagrar-se amorosa e inteiramente ao serviço de Deus.
v Doxologia: amando e servindo a Deus, o homem e a mulher demonstram-lhe, na prática, a sua adoração.
v Soteriologia: observando as leis divinas e, pela fé, cumprindo-as, o crente do Antigo Testamento era salvo. Hoje, repito, não mais precisamos observar as leis cerimoniais do Levítico. Mas a essência e o espírito de seus mandamentos são ainda válidos: consagração amorosa e incondicional ao Senhor.[2]


2. Aspectos da natureza divina apresentados em Levítico
Podemos afirmar que o culto levítico apresenta traços da natureza divina que aparecem perfeitamente no livro de Gênesis.
Por exemplo,
(1) "tudo que existe foi criado por Deus", ora, desde a exigência de primogénitos animais, dos primogénitos do povo figurados na tribo de Levi, de uma família específica para o exercício do ministério do sumo sacerdote, o tempo todo Deus está dizendo: "tudo é meu";
(2) os animais, os vegetais, ou seja, toda criatura inferior ao ser humano pertence a Deus;
(3) o ser humano todo, a imagem e semelhança de Deus, é do Senhor, onde tal verdade está representada pela exigência divina à sacralidade da vida, no convite ao ser humano para ser um adorador a Deus, no serviço voluntário e amoroso das pessoas a Deus. O tempo todo o livro do Levítico, por intermédio do culto, está mostrando que Deus é quem governa tudo.

3. Aspectos que devem ser ressaltados hoje
É de suma importância esclarecer que, como no Levítico, o nosso culto a Deus representa o que Ele é. Por Ele ser o absoluto, o Criador de tudo, rendemos-lhe um culto reverente. Mas num sentido, outrora inexistente no tempo do Levítico: por meio de Seu Filho, Deus nos justificou, regenerou e santificou de uma só vez. Ele nos vivificou enquanto éramos ainda pecadores (Ef 2.1). [3]
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO 3
O SACRIFÍCIO DE ANIMAIS
Deus instituiu o sacrifício de animais como uma ordenança, pela qual o pecador pudesse aproximar-se dEle, com arrependimento e fé, e deste modo experimentar o  perdão, a salvação e a comunhão da parte dEle.

(1) O sacrifício do animal era uma lição objetiva indicando o princípio do sacrifício e da expiação vicários. A vida do animal inocente era oferecida
em lugar do adorador pecaminoso e culpado.

(2) O sacrifício expressava o arrependimento da pessoa e, se constituía tanto em confissão do pecado, quanto em reconhecimento da  necessidade de purificação e de redenção.

(3) Quando um sacrifício era oferecido com fé e obediência, Deus se aprazia no ato do adorador e, deste modo, outorgava ao  penitente a graça e o perdão almejados (4.3,20; 5.15,16).

(4) O sacrifício provia a expiação "cobrindo" o pecado.

(5) Note que, sob a perspectiva do Novo Testamento, os sacrifícios de animais eram imperfeitos por não poderem levar os adoradores à maturidade na fé e à obediência, que hoje estão disponíveis ao crente do novo concerto (Hb 10.1-4). A ordenança do sacrifício era um prenúncio ou sumário preliminar do "único sacrifício pelos pecados", efetuado quando Jesus Cristo ofereceu o seu corpo uma única vez e para sempre (Hb 10.12)

Fonte: E-book Subsídios EBD, Vol. 13 – Acesse AQUI e Adquira a continuação desse Subsídio.



[1] KLAUBER, M. O Caminho do Adorador. RJ: CPAD, 2007
[2] Apontamentos do Pr. Claudionor de Andrade
[3] Ensinador Cristão, ano 19 – N° 75 - CAPD

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