Lição 13 - O Milagre da Mulher Grega e Siro-Fenícia - Subsídios Dominical

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Lição 13 - O Milagre da Mulher Grega e Siro-Fenícia

Classe: Jovens – 3°Trimestre de 2018 | Data da Aula:  23/09/2018
TEXTO DO DIA
“Então, respondeu Jesus e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé. Seja isso feito para contigo, como tu desejas. E, desde aquela hora, a sua filha ficou sã.” (Mt 15.28)
SÍNTESE
Além de intercessora, a mulher cananeia era também sábia, pois respondeu o Mestre corretamente e assim recebeu a bênção que necessitava.
1 - Lições Bíblicas de Jovens – 3° Trimestre de 2018 – Acesse Aqui
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AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA – 1 Sm 25.3,18-35: Uma mulher intercessora e sábia
TERÇA – Et 2.5-10: Uma jovem obediente, sábia e temente a Deus
QUARTA – Rt 1.16,17: Uma mulher exemplar e influenciadora
QUINTA – 1 Sm 1.20-28: Uma mulher de palavra
SEXTA – Lc 1.38: Uma mulher de coragem e de fé
SÁBADO – Rm 16.3,4: Uma mulher que arriscava sua vida pelos outros
OBJETIVOS
• DEMONSTRAR o que significava a atitude do Mestre em aproximar-se de território pagão;
• ANALISAR a reação de Jesus ante o desesperado pedido da mulher;
• VALORIZAR a resposta da mulher e a humildade do Senhor em atendê-la.
INTERAÇÃO
O quanto estamos dispostos a reconsiderar uma decisão e rever uma posição? Pode parecer algo sem importância, mas se refletirmos com calma, veremos que não é tão simples. Geralmente ficamos tranquilos quando tudo está do “nosso jeito” e as coisas estão ao nosso favor. Mas, e quando somos contrariados ou as coisas não saem necessariamente como gostamos? Geralmente nos revoltamos e, exasperados, não raras vezes, falamos até daquilo que não sabemos, pois não apreciamos ser contrariados.

Acostumados com a ideia de que se tudo está indo bem é porque Deus está conosco, mas se algo não der certo significa que saímos da vontade dEle, podemos errar muito. Nem sempre a realidade funciona assim. Devemos ser sufi cientemente confiantes para crer que o Senhor da história tem o melhor para as nossas vidas, ainda que os contornos não sejam os que nós somos habituados ou conhecemos.

TEXTO BÍBLICO
Marcos 7.24-30
24 E, levantando-se dali, foi para os territórios de Tiro e de Sidom. E, entrando numa casa, queria que ninguém o soubesse, mas não pôde esconder-se,
25 porque uma mulher cuja filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar dele, foi e lançou-se aos seus pés.
26 E a mulher era grega, siro-fenícia de nação, e rogava-lhe que expulsasse de sua filha o demônio.
27 Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro saciar os filhos, porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.
28 Ela, porém, respondeu e disse-lhe: Sim, Senhor; mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos filhos.
29 Então, ele disse-lhe: Por essa palavra, vai; o demônio já saiu de tua filha.
30 E, indo ela para sua casa, achou a filha deitada sobre a cama, pois o demônio já tinha saído.

INTRODUÇÃO
A narrativa da presente lição encerra, tanto no material de Marcos quanto no texto paralelo, grandes ensinamentos (Mt 15.21-28). Contudo, o destaque neste momento inicial fica por conta do fato de a narrativa colocar em relevo a pessoa de uma mulher. Mais precisamente de duas, pois a mulher viera pedir por sua filha. Como anteriormente já foi frisado, o conhecimento dos costumes sociais do Antigo Oriente indica que a forma como Jesus tratava a mulher, naquele momento histórico, estava muito à frente de seu tempo.
 
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I – JESUS ENTRA EM TERRITÓRIO PAGÃO

1. Jesus entra em território pagão.
É exatamente isto que o texto quer destacar — a presença de Jesus, ou sua investida, em terras pagãs (v.24a). Apesar de o território de Tiro, na Fenícia, ser uma região prototípica na Bíblia, sobretudo no Antigo Testamento e, vale a pena pontuar, no aspecto negativo (Is 23.1-12; Jr 25.22; 27.1-11; Ez 26.1-21; Jl 3.4-8; Am 1.9,10), não é efetivamente a questão geográfica que interessa a Marcos, mas sim o aspecto demográfico, ou seja, a proximidade do Senhor com os gentios. Mesmo o texto não afirmando que Jesus tenha penetrado na terra de Tiro, não deixa de ser sugestivo que Ele tenha ao menos passado pela região.

2. Jesus queria “esconder-se”, mas não foi possível.
A intenção do Mestre em entrar em uma casa para “esconder-se” (v.24b), não significa que Ele tenha agido de má-fé ou mesmo sido negligente, antes indica que o Senhor, juntamente com o colégio apostólico, buscava fazer uma pausa necessária em uma casa que, muito provavelmente, pertencia a um judeu conhecido deles. Contudo, mesmo com toda a sua discrição e estando fora da área em que atuava ministerialmente, não pôde manter-se afastado do cumprimento de sua missão.

3. Uma mulher procura Jesus.
O evangelista revela que a possibilidade de o Mestre passar incólume, e no anonimato, não foi possível “porque uma mulher cuja filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar dele, foi e lançou-se aos seus pés” (v.25). A fama de Jesus havia extrapolado a Judeia e a Galileia (Mt 4.24; Jo 12.20-22). Isto era um fato. Não obstante, considerando o aspecto puramente histórico e a cultura da época, a situação dessa pessoa que procurara o Senhor em nada lhe era favorável, pois se tratava de uma mulher que, pela forma com que se colocara diante do Mestre, estava em flagrante desespero.

II – A REAÇÃO DE JESUS DIANTE DO PEDIDO DA MULHER

1. A religião da mulher e sua naturalidade.
Devido ao domínio grego que outrora havia prevalecido na região, Marcos informa que a mulher era “grega”, isto é, uma legítima gentia nos costumes incluindo a religião que não era o judaísmo, e siro-fenícia de nação, ou seja, aqui sim o aspecto de sua naturalidade (v.26). Tal informação vem a calhar com os propósitos e os destinatários do Evangelho de Marcos que, como tradicionalmente tem sido defendido, são os romanos, isto é, cristãos de origem pagã. A narrativa neste caso seria, dentro do contexto do que anteriormente havia sido discutido (Mc 7.1-23), a demonstração concreta de que realmente não havia diferença entre judeu e gentio, pois não é o ritual que define a pessoa e sim o coração. Dessa forma, os ouvintes e leitores de Marcos deveriam ficar em paz, pois eram tão alvo do amor divino quanto os judeus.
2. Um pedido desesperado.
A despeito de a cultura grega antiga ser conhecida não apenas por sua mitologia, mas também por causa de sua racionalidade e lógica (1 Co 1.22-25), essa mulher mostrava-se desesperada diante do fato de que sua filha estava dominada pelo demônio. De certa forma, o texto paralelo parece sugerir que juntamente com a possessão havia também enfermidade (Mt 15.28c). Portanto, não é de admirar que esta mulher estivesse extremamente aflita. Ela roga ao Senhor que expulse o espírito maligno de sua filha (v.26). Tal súplica indica que tudo que ela ouvira falar acerca do Mestre fora suficiente para produzir-lhe a confiança de que Ele poderia libertar sua filha.

3. A curiosa resposta do Senhor.
Jesus responde de forma, no mínimo curiosa, à interpelação da mulher: “Deixa primeiro saciar os filhos, porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos” (v.27). Os intérpretes são unânimes a respeito do fato de que “filhos” trata-se de uma alusão aos judeus, enquanto que “cachorrinhos” refere-se aos gentios. Eles, todavia, se dividem quanto ao significado do texto. Há os que acreditam ser uma resposta dura, marcada pela distinção que o judeu faz entre ele e as demais pessoas, tratando muitas vezes os gentios como “cães”, enquanto outros defendem a ideia de que se trata de um “dito espirituoso” que pedia uma resposta igualmente “engenhosa”. Independentemente de qual delas é a correta, o fato é que o Mestre, no texto de Marcos, fala de precedência e não de exclusão. Ele deve atender primeiramente os judeus e posteriormente os demais. Contudo, como pode ser visto no prólogo do quarto Evangelho, foi justamente entre os gentios que sua obra acabou sendo mais proeminente (Jo 1.11-13).

III – UMA RESPOSTA SÁBIA E O RECEBIMENTO DO MILAGRE

1. Uma surpreendente resposta.
Seja qual for a interpretação que se dê à resposta de Jesus, dura ou espirituosa, a verdade é que o clímax da passagem está na reação da mulher. De forma surpreendente ela respondeu a Jesus: “Sim, Senhor; mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos filhos” (v.28). A sábia resposta da mulher demonstrou que ela não apenas entendeu o que o Mestre disse, mas que, além disso, aceitou as posições apresentadas! De fato a resposta da mulher traz à mente uma cena bastante corriqueira: Uma grande mesa em que uma família banqueteia e, no entorno, cães de estimação, ou não, se deliciam com os restos que caem ou que são lançados. Digno de menção também é a expressão grega Kyrios ― (Senhor) ― que ela utiliza para dirigir-se a Jesus. Tal destaque é merecido porque está é a única ocorrência da expressão, como forma de confissão, em todo o Evangelho de Marcos. E ela não vem de um judeu, mas de uma gentia, uma mulher pagã que desde o momento que viu Jesus reconheceu seu senhorio, pois “lançou-se aos seus pés” (v.25).

2. O elogio do Senhor e a concessão do milagre.
Se a resposta é surpreendente, não menos inesperado nessa narrativa é o fato de que é a siro-fenícia que dá o tom do assunto e acaba fazendo toda a diferença. Na verdade, ela decide o desfecho final, pois o Mestre, no texto paralelo, por exemplo, a elogia (Mt 15.28b), e aqui no texto de Marcos, Ele observa: “Por essa palavra, vai; o demônio já saiu de tua filha” (v.29). Ambas as narrativas não deixam margem alguma para dúvida, foi a resposta da mulher quem decidiu o final feliz desse episódio em que o Senhor parece colocar à prova a fé dessa mãe.

3. A confirmação do milagre.
Chega a ser intrigante a confiança dessa estrangeira. Tal como o oficial do rei (Lc 7.1-10), ela não solicita que Jesus vá até a sua casa, mas apenas pede que o Senhor expulse o demônio de sua filha. Ela crê que, à distância, Jesus tem tanto poder que pode realizar esse milagre. De fato, Marcos encerra essa narrativa com fortes tons comprobatórios dizendo que “indo ela para sua casa, achou a filha deitada sobre a cama, pois o demônio já tinha saído” (v.30). Os comentaristas concordam em dizer que as expressões utilizadas indicam uma libertação total, ou seja, o espírito imundo não mais achou lugar e, por isso, não retornaria.

SUBSÍDIO
Jesus expulsa o demônio de uma jovem / 7.24-30
[...] 7.24 Jesus viajou cerca de trinta milhas até o território de Tiro, e depois de Sidom (7.31). Essas eram duas cidades portuárias localizadas no Mar Mediterrâneo e ao norte de Israel. Ambas praticavam um intenso comércio e eram muito ricas. Além disso, eram duas orgulhosas e históricas cidades cananeias. Na época de Davi, Tiro mantinha boas relações com Israel (2 Sm 5.11), mas logo depois a cidade tornou-se conhecida pela sua imoralidade. Seu rei até afirmava ser Deus (Ez 28.1ss.). Toda cidade se regozijou quando Jerusalém foi destruída em 586 a.C., porque sem a sua concorrência o comércio e os lucros de Tiro iriam aumentar. Provavelmente, Jesus e seus discípulos foram a esse território dos gentios pensando que lá seriam menos conhecidos e assim poderiam ter algum tempo de privacidade para descansar. Foram à casa de alguém (provavelmente o lar de um judeu que vivia nesse local) e não queriam que ninguém soubesse sobre sua chegada. Mas nem mesmo nesse território Jesus conseguiu manter sua presença em segredo” (Comentário do Novo Testamento. Aplicação Pessoal. Vol 1. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp. 235,236).

CONCLUSÃO
Uma das grandes lições deste episódio é que Jesus, ao aproximar-se da região gentílica, de certa forma permitiu-se ser interpelado, como de fato o foi, por alguém que não pertencia à nação de Israel. Tal atitude antecipa a abertura do Evangelho, a mensagem de salvação e o caminho de Deus aos que não tinham nenhuma esperança, isto é, a nós que, parafraseando Pedro, em outro tempo, não éramos povo, mas, agora, somos povo de Deus; que não tínhamos alcançado misericórdia, mas, agora, alcançamos misericórdia (1 Pe 2.10).

HORA DA REVISÃO
1. Dentro do contexto, a narrativa da libertação da filha da siro-fenícia fora uma demonstração concreta de quê?
A demonstração concreta de que realmente não havia diferença entre judeu e gentio, pois não é o ritual que defi ne a pessoa e sim o coração.

2. Quais são as duas opções interpretativas da resposta de Jesus à mulher?
Há os que acreditam ser uma resposta dura, marcada pela distinção que o judeu faz entre ele e as demais pessoas, tratando muitas vezes os gentios como “cães”, enquanto outros defendem a ideia de que se trata de um “dito espirituoso” que pedia uma resposta igualmente “engenhosa”.

3. A sábia resposta da mulher traz à mente uma cena. Qual é?
Uma grande mesa em que uma família banqueteia e, no entorno, cães de estimação, ou não, se deliciam com os restos que caem ou que são lançados.

4. O que foi decisivo para o desfecho final dessa história?
A resposta da mulher.

5. Qual seria sua reação diante da resposta de Jesus?
Resposta pessoal.

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