Lição 11 - Firmes na Verdade e na Graça de Deus - Subsídios Dominical

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A Carreira Que Nos Está Proposta [ Revista Digital Cristão Alerta - 2° Trimestre 2024

Lição 11 - Firmes na Verdade e na Graça de Deus


Observação. Este é um subsídio para ajudar os professores na ministração da lição 11Classe de Jovens | 2° Trimestre de 2018.
A Ideia da Trindade como Promotora do Futuro Redentor dos Cristãos em Tessalônica

Em 2 Tessalonicenses, há uma efusiva referência à obra da salvação realizada por meio da operação simultânea da Trindade. Apesar de associarmos, de um modo geral, a salvação ao sacrifício de Jesus no Calvário — o que é algo absolutamente coerente —, necessitamos compreender que a obra da salvação é um ato de cooperação eterna do Pai, do Filho e do Espírito Santo, de tal modo que, sem qualquer um destes, aquela ação divina não seria possível.

Ao falar sobre o papel de Deus Pai na operação da salvação, Paulo ressalta que somos salvos a partir da eleição promovida pelo Pai mediante Jesus de Nazaré e seu sacrifício. Sobre essa categoria teológica central quanto ao processo salvífico, a eleição, defende Jacó Armínio (1560–1609) numa citação longa, porém imprescindível:

O senhor acrescenta, então, que “ele não morreu igualmente pelos reprovados” (o senhor deve usar essa palavra, e não a palavra “perdidos”), “e pelos eleitos”. O senhor considera essas coisas na ordem errada, pois a morte de Cristo, na ordem das causas, precede o decreto de eleição e reprovação, de que se origina a diferença entre os eleitos e os reprovados. A eleição se fez em Cristo, morto, ressuscitado e que, meritoriamente, obteve graça e glória. Portanto, Cristo também morreu por todos, sem nenhuma distinção entre eleitos e reprovados. Pois essa dupla relação de homens é posterior à morte de Cristo, pertencendo à aplicação da morte e da ressurreição de Cristo e das bênçãos obtidas por eles. A expressão “Cristo morreu pelos eleitos” não significa que alguns foram eleitos antes que Cristo recebesse de Deus a ordem para oferecer a sua vida como o preço de redenção pela vida do mundo, ou antes que Cristo fosse considerado como morto (pois como poderia ser isso, uma vez que Cristo é o cabeça de todos os eleitos, em quem a sua eleição está  garantida?), mas a morte de Cristo só assegura a salvação para os eleitos, (ARMÍNIO, 2015, p. 531).

Sobre a eleição, como argumentado por Armínio no texto acima, algumas considerações precisam ser feitas:

1) Quanto à possibilidade de acesso à salvação, para usar as categorias definicionais de Armínio, não há diferenças entre eleitos e reprovados. Tentando ser mais claro ainda, a hipótese de uma eleição prévia para condenação eterna de pessoas, motivada única e exclusivamente por uma arbitrariedade condenatória de Deus que, segundo essa hipótese, elegeria uns e rejeitaria outros, como denuncia Armínio, não é condizente com a aceitação do Filho de Deus e da proposta de sacrifício na cruz do Calvário para a salvação ofertada a todos os homens.

2) Ainda que, segundo uma análise a partir do processo histórico, o decreto de eleição precede o sacrifício vicário de Cristo, ao voltarmos o perfil da análise, não para uma compreensão histórico-processual, mas eterno-causal, ficará evidente que a autodeterminação de Cristo por sacrificar-se por toda a humanidade como oferta necessária e suficiente precede o decreto eletivo que, uma vez antecedido pelo nexo causal do sacrifício, Tomando como referência o fato de que nós, enquanto seres perpassados pela temporalidade, realizamos nossa compreensão de mundo a partir da noção processual-linear de tempo — herança cristã à cultura mundial —, precisamos despir-nos de tais preconcepções fundamentais ao nosso pensar, para tentarmos visualizar a história da salvação a partir de seus encadeamentos lógicos, os quais nem sempre são subordinados a elementos históricos.

Se primeiramente houvesse ocorrido o decreto eletivo, necessariamente precisaríamos defender teses como, por exemplo, expiação limitada, decreto de condenação previamente estabelecido, monergismo e um tipo contraditório de “liberdade-determinada”.

3) Toda a eleição é mediante Cristo. Descontrói-se, assim, qualquer suposta acusação de pelagianismo ou semipelagianismo que Armínio e aqueles que comungam de suas ideias sofrem. O sinergismo que há entre humanidade e divindade é todo mediado pelo sacrifício de Jesus na cruz. A fé que fundamenta salvação não é oriunda de interpretações carnais ou de leituras eclesiástico-políticas; ela emana exclusivamente do coração bondoso do pai para TODA a humanidade. Não há autoeleição, ou seja, tudo é obra da misericórdia divina que insiste em alcançar-nos.

- Lições Bíblicas de Jovens – 2° Trimestre de 2018 – Acesse Aqui
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Conclusão
A santidade que emana da Trindade para a humanidade é-nos transmitida por meio da atuação do Espírito que, em comunhão com o nosso homem interior, testifica das grandezas tanto da salvação como do salvador. O Espírito conclama-nos à separação de tudo aquilo que é pecaminoso, orientando-nos a uma vida dedicada exclusivamente à glória de Deus.

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Fonte: A Igreja do Arrebatamento: O Padrão dos Tessalonicenses para estes últimos Dias, CPAD
Autor: Thiago Brazil


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