TEXTO
DO DIA
“Fiel é o que vos chama, o qual também
o fará.” (1 Ts 5.24)
SÍNTESE
O Senhor tem feito coisas grandes e
tremendas em nosso favor.
AGENDA
DE LEITURA
SEGUNDA – 2 Co 1.12: Vivendo na graça
de Deus
TERÇA – Sl 119.9: A Palavra como
bússola da vida
QUARTA – Ne 8.10: A nossa força vem da
alegria que Deus nos concede
QUINTA – Tt 3.5: Salvos pelas ricas
misericórdias
SEXTA – 1 Co 15.58: Tudo o que fazemos
para o Senhor é útil
SÁBADO – 1 Ts 5.26: Não pode faltar
carinho e afeto
OBJETIVOS
1.
PENSAR a respeito das maravilhosas obras que Deus faz
por nós;
2.
REFLETIR a respeito do que devemos fazer por nossos irmãos;
3.
MOSTRAR como deve ser a relação entre líderes e liderados.
INTERAÇÃO
Esta foi uma maravilhosa
jornada de três meses onde, mais uma vez debruçamo-nos sobre a Palavra de Deus.
A experiência de compartilhar com você, querido educador, ideias, estratégias e
conhecimento, foi algo especial da parte do Senhor. Espero, sinceramente, que sua
vida como educador possa ter sido tão edificada neste trimestre quanto a minha
como comentarista. Desejo ainda louvar a Deus por educadores como você que, por
se dedicarem de maneira tão comprometida ao ministério com jovens, faz com que
uma lição como esta tenha sentido e significado para centenas de milhares de
rapazes e moças.
Se durante este trimestre
tudo não ocorreu da maneira que você planejou não se frustre, o fim de um
trimestre é a oportunidade de recomeçar, reavaliar e renovar as esperanças. Um
grande abraço.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
A finalização de um
trimestre deve ser um momento de comemoração, de confraternização e de
agradecimento. Uma das formas de coordenar momentos assim é, após a ministração
da aula, conceder a palavra a cada educando para que eles expressem suas
impressões sobre o trimestre, ou montar uma apresentação com fotos que representem
o sentimento de alegria e unidade de todos os que participam de sua classe. Por
fim, você educador, declare toda sua gratidão pela vida de cada educando, por
cada momento juntos, por todo o processo de ensino-aprendizado, reconhecendo
publicamente que tudo é resultado da poderosa obra de Deus entre nós.
TEXTO BÍBLICO
1
Tessalonicenses 5.23-28
23 E o mesmo Deus de paz vos santifique
em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados
irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
24 Fiel é o que vos chama, o qual
também o fará.
25 Irmãos, orai por nós.
26 Saudai a todos os irmãos com ósculo
santo.
27 Pelo Senhor vos conjuro que esta
epístola seja lida a todos os santos irmãos.
28 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo
seja convosco. Amém.
2
Tessalonicenses 3.16-18
16 Ora, o mesmo Senhor da paz vos dê sempre
paz de toda a maneira. O Senhor seja com todos vós.
17 Saudação da minha própria mão, de mim,
Paulo, que é o sinal em todas as epístolas; assim escrevo.
18 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo
seja com todos vós. Amém!
INTRODUÇÃO
Paulo dedica a parte final das Epístolas
aos Tessalonicenses para o cuidado pastoral com aquela
comunidade local. Lembremo-nos que o apóstolo não era um simples pregador
itinerante, que casualmente passou por aquela região; ele reconhecia-se como líder
daqueles irmãos, responsável pelo bom desenvolvimento espiritual daquele grupo.
É por isso que suas palavras finais transbordam
de ternura, carinho e atenção. Não há uma tônica de reprovação,
não se percebe ao final das epístolas frustração pastoral.
I-
O DEUS QUE FAZ O EXTRAORDINÁRIO POR NÓS
1.
Torna-nos santos (1 Ts 5.23).
Não há nenhuma parte de nosso ser que
Deus não deseje tratar e restaurar. Tudo o que há em nós: espírito, alma e
corpo, a maneira com que foram maculados pelo pecado através da Queda de Adão,
está em processo de restabelecimento por meio da obra redentora de Cristo. Como
o texto deixa muito claro, a obra da salvação é uma realização exclusiva de
Deus. Todavia, a manutenção deste estado em nossas vidas passa pela opção de
romper com o mundo de pecado e aproximar-se diariamente de Cristo. Como um
jovem pode, nesses dias tão difíceis, permanecer santo diante do Senhor?
Somente por meio de uma vida centrada na Palavra de Deus (Sl 119.9). Essa então
deve ser uma vida de renúncia aos prazeres do mundo, apego ao amor
incondicional a Deus, e esforço contínuo em seguir o projeto do Pai para nossas
vidas.
2.
Dá-nos abundantemente sua graça.
Muito mais do que um simples chavão religioso,
“a graça seja convosco” (1 Ts 5.28), é uma oração contínua de Paulo não apenas
pelos cristãos em Tessalônica, mas por todos aqueles com quem ele conviveu
ministerialmente. Se bem pensarmos, do que mais necessitamos senão, prioritariamente,
da graça? (2 Co 12.9). A suficiência de Cristo em nossa vida passa pela
compreensão da revelação da graça dEle em nossa história (2 Co 1.12). Diante de
tudo o que o Senhor tem feito por nós, fica difícil compreendermos a
manifestação do Pai em nossa vida mediante a sua graça. Lembremo-nos, já fomos
libertos do pecado para vivermos por meio do milagre restaurador da graça (Rm
6.14).
3.
Permanece para sempre convosco
(2 Ts 3.16). Tudo o que realizamos prospera
quando seguimos pacientemente as orientações do Eterno para nossa vida (Sl
1.3). Não há qualquer dúvida sobre o segredo da força que cotidianamente manifestamos
na luta contra a maldade; ela vem da alegria que o Senhor transmite ao nosso
coração (Ne 8.10). A promessa de Jesus antes de voltar ressuscitado ao Pai foi
que estaria conosco, todos os dias, até o cumprimento literal da vontade de Deus sobre todas as coisas (Mt 28.20).
Este é mais um desses poderosos milagres que o Senhor realiza em nosso favor:
apesar de frágeis pecadores, Ele nos ama incondicionalmente. É claro que o amor
de Deus tem como fundamento, não algum tipo de bondade que exale de nós, mas as
ricas misericórdias do Criador (Tt 3.5). Que bênção sobrenatural, o Deus
Todo-Poderoso que se alegra em
andar conosco, necessitados pecadores.
PENSE
A obra que o Senhor deseja realizar em
nós não implica em uma mudança e transformação de apenas algumas áreas em
detrimento de outras. O desejo de Deus é que todo o nosso ser – espírito, alma
e corpo – sejam libertos da escravidão do pecado e reposicionados para uma vida
só para Deus.
Ponto
Importante
A misericórdia de Deus liberada sobre nossa
vida não é uma autorização para pecarmos deliberadamente. Que a iniquidade seja
sempre um erro, uma queda, em nossa história, nunca um desejo obstinado que se
instale em nosso ser.
II-
O QUE NÓS DEVEMOS FAZER PELOS IRMÃOS?
1.
Orar uns pelos outros (1 Ts 5.25).
Paulo termina suas epístolas aos
tessalonicenses não apenas anunciando o que Deus faz continuamente por nós, mas
também aquilo que obstinadamente devemos fazer por nossos irmãos. Em primeiro
lugar, devemos manter uma vida de oração dedicada aos outros. Às vezes, parece
que oramos tanto apenas por nossas causas e desejos, que nos esquecemos que uma
parte da cura que Deus deseja trazer aos nossos corações passa por uma vida de
oração coletiva, intercessão, de clamor comunitário (Tg 5.16). Chega de falar
uns dos outros, reclamar uns dos outros; é hora de verdadeiramente dedicarmo-nos a uma experiência
de oração viva, segundo a qual sejamos testemunhas oculares das transformações
de Deus – as quais sempre serão muito maiores em nós, e nosso ser, do que nos
outros. Quando oramos com quebrantamento, somos sempre os primeiros a
experimentar as mudanças em nós mesmos.
2.
Colaborar para a construção de um ambiente de acolhimento e amor.
O texto de 1 Tessalonicenses 5.26,
registra um elemento cultural das sociedades do oriente que, para muitos de nós
ocidentais contemporâneos (cheios de noções comportamentais bem diferentes),
soa no mínimo estranho. Na verdade, podemos compreender este texto de duas maneiras
muito simples: a primeira seria o entendimento de que o beijo era uma tradição
cultural disseminada naquele meio, e que Paulo fez menção da mesma.
A outra opção é interpretar as palavras
paulinas apenas como uma despedida educada, assim como em nossos dias, após uma
boa conversa com um amigos despedimos dizendo: “Um beijo para todo mundo.” Independente da opção interpretativa,
ambas levam a uma conclusão: É nosso dever ser acolhedores e fraternos, nunca
competitivos e brigões.
3.
Fazer notórias as verdades de Deus (1 Ts 5.27; 2 Ts 3.17).
O desejo do apóstolo era que todas as
pessoas tivessem acesso às informações, ensinos e orientações que estavam
naquelas epístolas. Os textos eram públicos e deveriam ser lidos em
coletividade, pois a finalidade era a edificação comunitária. Nosso papel é
este, à semelhança de Paulo, tornar as profundas verdades do Reino o mais simples possível. Se tivermos
a oportunidade de estudar mais um pouco (e isto é típico desta geração de
jovens) não devemos fazer disso um instrumento de exaltação, mas um dom para
serviço na causa do Mestre.
Fujamos das intermináveis querelas pseudoteológicas,
que no mais das vezes apenas envenenam a alma tanto de quem as debate quanto de
quem as escuta (Tt 3.9). Concentremo-nos em anunciar as riquezas e maravilhas do
Evangelho.
Pense!
A maldade de nossa sociedade tem
prejudicado nossas relações interpessoais, inclusive dentro da
Igreja. É necessário que nossa mente seja restaurada à imagem de
Cristo, para que possamos pensar diferente, de maneira mais pura e tenhamos
relacionamentos mais saudáveis.
Ponto
Importante
Na maioria das vezes, quando oramos por
outros, especialmente quando estamos em situações de conflito,
somos tendenciosos a orar clamando por mudança na vida dos outros, mas e se o
propósito de Deus em toda essa situação for transformar algo em nós?
III-
COMO SEU LÍDER SE DESPEDIRÁ DE VOCÊ?
1.
Agradecendo a Deus pelo fim de um período turbulento?
A despedida de Paulo dos
tessalonicenses como vimos acima, foi carinhosa e cheia de votos de felicidade.
Alguns líderes não veem a hora do ano, do trimestre, do congresso terminar para
depois entregarem seus cargos, pois infelizmente os liderados não cooperam, e
ainda fazem muitas críticas. Que tipo de liderado é você? Cooperador ou
maledicente? Você teria coragem de liderar o ministério de jovens, o conjunto
musical, a classe da Escola Dominical de sua igreja? Se você fosse um líder
você desejaria um grupo de liderados exatamente como você é hoje? Estas
perguntas não devem ser respondidas em público, elas são na verdade um convite
a reflexão interior, pessoal, individual. Façamos apenas mais uma pergunta: e
se Paulo fosse o líder do grupo no qual você está envolvido, como ele se
despediria?
2.
Exausto emocional e espiritualmente?
O índice de líderes adoecidos nas comunidades
locais é altíssimo. Estafa, estresse, ansiedade, estas são algumas das mazelas
que dedicados servos de Deus têm adquirido em virtude da sobrecarga de trabalho a que se submetem. O que
você tem feito para auxiliar seu líder? De que maneira sua participação como liderado
tem sido uma bênção para quem lidera? Todos podem ser melhores, mas você também
não!? Seu líder é daqueles que “carregam o piano” sozinho e ainda tem que
escutar comentários como: “Não ficou bom!”, “Qualquer um faria melhor!”, “Coisa
de amador!”? Auxilie seus líderes, pois aquilo que fazemos para o Reino de Deus
tem um valor eterno. Líderes também precisam de amigos e apoiadores, pois
ninguém consegue fazer a obra de Deus sozinho.
3.
Em lágrimas de gratidão por tudo aquilo que você tornou-se.
Que os nossos sentimentos, sejam
semelhantes aos de Paulo: haja gratidão e alegria (Rm 16.6,12; 1 Co 16.10; Fp
4.3). Para tanto reconheçamos que nosso trabalho nunca é inútil ou insignificante
quando o fazemos para a glória do Senhor (1Co 15.58). A verdadeira alegria de
um líder, não é pelas coisas que faz, mas pelo legado que deixa na vida das pessoas.
O testemunho de acompanhar pessoas feridas na alma e desacreditadas da fé, e
vê-las restauradas e louvando a Deus é algo fantástico. Quanto vale o preço de
uma vida restaurada pelo poder de Deus? Quanto se pode pagar por um sonho
ministerial que se torna realidade? O que se pode dar em troca da vida de um
jovem alicerçada na presença do Criador? Em todos os casos a resposta é
a mesma; NADA! Cristo seja sempre tudo em nós.
Pense!
O trabalho na igreja local é muito árduo,
e na maioria das vezes sem nenhum tipo de reconhecimento. Não sejamos do grupo
dos que criticam e nada fazem. Coloquemo-nos como aqueles que estão dispostos,
sempre, a fazer o melhor para o Reino dos Céus. Trabalhemos não para os homens,
mas para o Deus que nos vocacionou.
Ponto
Importante
Que sejamos abençoadores do Reino de
Deus; ativos servos, conscientes de nossa vocação para o serviço do Mestre.
Abandonemos a imaturidade cristã e que o nosso coração seja alinhado com o coração
do Pai.
SUBSÍDIOS
As Petições e Bênçãos de
Paulo (5.25-28)
Não é incomum para Paulo
pedir oração por si ou por seus companheiros (Rm 15.30-32; 2 Co 1.11; Ef
6.19,20; 2 Ts 3.1). Esse não é um pedido superficial; o apóstolo conhece o
poder da oração e o valor de mencionar os companheiros cristãos no aspecto de uma
parceria ministerial. É uma honra alguém lhe pedir oração, porque esta atitude
demonstra confiança em sua pessoa. Paulo orou muito por esses crentes e
continuava a fazê-lo; porém admitia a necessidade de ter outros crentes que o
apoiassem. Paulo era sempre grato pelo apoio recebido, quer se tratasse de
oração, ajuda financeira, ou voluntária. O
pedido de oração ‘formou um vínculo de intercessão mútua’ com os
cristãos tessalonicenses. O pedido de Paulo faz parte de sua intenção de
promover a solidariedade e a união entre os crentes: ‘saudai a todos os irmãos com
ósculo santo’ (v. 26; cf. Rm 16.16; 1 Co 16.20; 2 Co 13-12). A cultura dita os
costumes nessas práticas casuais; portanto seriamos negligentes se acusássemos uma igreja de
ser antibíblica por não ter o costume do ‘ósculo santo’ (ARRINGTON, French. L.
e STRONSTAD, Roger (Ed.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento.
2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004. p. 1407).
CONCLUSÃO
O melhor jeito de despedir-se de um
grupo é deixando muita vontade de não ir embora. Líderes e liderados precisam
reconhecer seus papéis no Reino dos Céus e trabalhar, cotidianamente, para que
cada um cumpra suas responsabilidades e acreditemos que o Senhor é que fará por
nós aquilo que somos incapazes de realizar. Que nossas despedidas sejam sempre
alegres, e cheias de boas recordações. Façamos algo pelo Reino.
HORA
DA REVISÃO
1. A partir
de seus conhecimentos adquiridos durante todo este trimestre, comente um pouco
a respeito do relacionamento de Paulo com a igreja em Tessalônica.
Resposta
pessoal.
2. O que
significa ter o corpo, alma e espírito santificados?
É viver
inteiramente para a glória de Deus, em todo o âmbito da vida.
3. O que
nós, enquanto igreja local, podemos fazer para tornar nossa vida em comunidade melhor?
Resposta
pessoal.
4. De que
modo você, hoje, pode ajudar as lideranças de sua igreja local?
Resposta
pessoal.
5. No que
você se imagina trabalhando na obra de Deus, a curto, médio e longo prazo?
Resposta pessoal.