Obs. Este
artigo é APENAS UMA PARTE do subsídio para a lição bíblica da classe de Adultos. Para a
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Introdução
Além de Abraão,
Moisés é o homem mais reverenciado pelo povo judeu. Voltar à Lei significava
voltar a Moisés, e, para os leitores desta Epístola aos Hebreus, a tentação de
fazer exatamente isso era grande. Era importante o autor convencê-los de que
Jesus Cristo é maior do que Moisés, pois todo o sistema religioso judaico
desenvolveu-se por meio de Moisés. Neste Subsídio, vemos que Jesus Cristo é
superior a Moisés em diversos aspectos.
I.
CRISTO É SUPERIOR A MOISÉS EM SUA TAREFA (Hb 3.1, 2)
É óbvio que Cristo é
superior a Moisés em sua Pessoa. Moisés foi apenas um homem, chamado para ser
profeta e líder, enquanto Jesus Cristo é o Filho de Deus, enviado ao mundo pelo
Pai (Jo 3.16 – 18).
Moisés foi chamado e
comissionado por Deus, mas Jesus foi enviado por Deus como a "última
Palavra" para os homens pecadores. Pode ser interessante ler alguns
versículos do Evangelho de João que se referem a Jesus como o "enviado de
Deus" (Jo 3.1 7, 34; 5.36, 38; 6.29, 57; 7.29; 8.42; 10.36; 11.42;
observar, também, 13.3).
1. Jesus, o apóstolo e sumo sacerdote – Moisés não (Hb
3.1).
O título
"apóstolo" refere-se a "alguém enviado com uma comissão"
(Hb 3.1b). Na terminologia judia descrevia os enviados do sinédrio, a corte
suprema judia. O sinédrio enviava apóstolos
investidos de sua autoridade e portadores de suas ordens. No mundo grego
significa frequentemente embaixador. Neste caso Jesus é o supremo embaixador de
Deus.
Jesus Cristo não é
apenas Apóstolo, mas também Sumo Sacerdote. Moisés foi um profeta que, em
algumas ocasiões, serviu como sacerdote (ver SI 99.6), mas nunca foi sumo
sacerdote. Esse título pertencia a seu irmão, Arão. Aliás, Jesus Cristo é
chamado de "grande sumo sacerdote" (Hb 4.14).
2. O trabalho de Jesus como apóstolo e Sumo Sacerdote
Jesus Cristo é o
perfeito Sumo Sacerdote (representante) e Apóstolo (missionário) de Deus para o
resgate (Salvação) da humanidade (Mc 6.30; 1Co 1.1). Jesus muitas vezes se
referiu a si mesmo como aquele que fora “enviado” ao mundo pelo Pai (Mt 10.40;
15.24; Mc 9.37; Lc 9.48; Jo 4.34; 5.24-38; 6.38).
Como Apóstolo, Jesus
Cristo representou Deus diante dos homens; como Sumo Sacerdote, hoje ele
representa os homens diante de Deus no céu. Por certo, Moisés cumpriu
ministérios semelhantes, pois ensinou a Israel a verdade de Deus e orou por
Israel, quando se encontrou com Deus no monte (ver Êx 32.30-32). Moisés foi, em
primeiro lugar, o profeta da Lei, enquanto Jesus Cristo é Mensageiro da graça
de Deus (ver Jo 1.17). Moisés ajudou a preparar o caminho para a vinda do
Salvador a Terra.
a) Jesus foi fiel e sem pecado (Hb 3.2,5; 4.15).
O autor de Hebreus,
porém, observa que tanto Moisés quanto Jesus Cristo foram fieis à obra que
receberam de Deus. Moisés não foi sem pecado como Jesus Cristo, mas foi fiel e
obedeceu à vontade de Deus (Nm 12.7).
No Antigo Testamento,
o sumo sacerdote representava os judeus diante de Deus. Jesus Cristo nos liga a
Deus. Não há nenhum outro caminho para alcançar a Deus. Por Jesus Cristo ter
vivido uma vida sem pecado, Ele é o substituto perfeito para morrer por nossos
pecados. Ele é o nosso representante perfeito perante Deus.
Leia também:
- Estudos Auxílios para professores da EBD – Acesse Aqui
II.
O MINISTÉRIO DE JESUS FOI SUPERIOR AO DE MOISÉS
1. O ministério de Jesus na ‘casa’ de Deus (Hb 3.2-6).
O termo "casa"
é usado seis vezes em Hebreus 3.2-6. É uma referência ao povo de Deus, não a um
edifício material. Moisés ministrou a Israel, o povo de Deus, sob a antiga
aliança. Hoje, Cristo ministra a sua Igreja, o povo de Deus, sob a nova aliança
("a qual casa somos nós"; Hb 3.6).
O contraste entre
Moisés e Cristo é claro: Moisés era um servo da casa, enquanto Jesus Cristo é o
filho em sua casa. Moisés era um membro da família dessa casa, mas Jesus Cristo
edificou a casa! A propósito, a verdade destes versículos é um argumento
poderoso em favor da divindade de Jesus Cristo. Se Deus edifica todas as coisas
e Jesus Cristo edificou a casa de Deus, segue-se, então, que Jesus Cristo é
Deus.
Há outro elemento a
ser considerado na superioridade de Cristo em relação a Moisés: o profeta
Moisés falou de coisas por vir, enquanto Jesus Cristo cumpriu tais coisas (Hb 3.6).
Moisés ministrou "nas sombras", por assim dizer (ver Hb 8.5 e 10.1),
enquanto Cristo trouxe consigo a luz plena e definitiva do evangelho da graça
de Deus.
III.
MOISÉS COMO TIPO[1] DE CRISTO
Moisés é o personagem
referido em maior número de livros da Bíblia. Seu nome aparece em trinta e um
dos livros do volume sagrado e em 847 vezes.
Ele é chamado:
Servo
do Senhor (Êx 14.31);
Fiel
em toda a sua casa (Nm 12.7 e Hb 3.5);
Homem
de Deus (Dt 33.1);
Profeta
que não teve igual (Dt 34.10,11);
O
escolhido de Deus (SI 106.23) e outros títulos.
1. Moisés como tipo de Cristo apresenta muitos pontos.
1.2.
Ameaçado de morte e preservado por Deus (Êx 2.2-10; Hb 11.23). Jesus também (Mt
2.13-15).
1.2.
Dominou a água do mar (Êx 14.21) - Jesus (Mt 8.26).
1.3.
Alimentou uma multidão (Êx 16.15,16; Jo 6.31) - Jesus (Jo 6.11,12).
1.4.
Teve seu rosto iluminado (Ex 34.35) - Jesus (Mt 17.1-5).
1.5.
Os irmãos estiveram contra ele (Nm 12.1) - Jesus (Jo 7.5).
1.6.
Intercedeu pelo povo (Êx 32.32) - Jesus (Jo 17.9).
1.7.
Escolheu 70 auxiliares (Nm 11.16) - Jesus (Lc 10.1).
1.8.
Esteve a sós com Deus 40 dias em jejum (Êx 24.18) - Jesus (Mt 4.2).
1.9.
Andava com 12 tribos - Jesus com doze apóstolos.
1.10.
Apareceu depois da morte (Mt 17.3) - Jesus (Atos 1.3).
Na história inteira
de Moisés, existem muitos ensinos tipológicos.
Foi cheio de
sabedoria e “poderoso em palavras e ações”. Era “muito meigo, mais que todos os
homens na face da terra” — até chegar Jesus, que podia dizer: “Sou manso e
humilde de coração”.
Moisés realizou
milagres que foram corretamente atribuídos ao “dedo de Deus” (Ex 8.19; Lc
11.20); e dele podia ter sido dito:
“Que tipo de homem é
este, que até os ventos e as ondas lhe obedecem?”. Nesses dois casos,
entretanto, era apenas o instrumento humano de Deus, ao passo que o Senhor
Jesus Cristo manifestava seu próprio poder divino.
“Em Israel nunca mais
se levantou profeta como Moisés, a quem o Senhor conheceu face a face”,
até Deus suscitar Aquele “semelhante a Moisés” que prometera enviar (Dt
18.15-19). “Ouçam a ele!” (Mt 17.5).
Em Salmos 99.6,
Moisés é mencionado como sacerdote, e sabemos que era “rei do seu povo”, e
pastor, juiz e líder do povo. E, porém, como intercessor que ele nos lembra, de
modo tão preeminente, do Senhor Jesus. Quando Deus se irava com os israelitas,
“Moisés, seu escolhido, intercedia diante dele para evitar que sua ira os
destruísse” ( SI 106.23). Quando estavam lutando contra os inimigos, Moisés
subiu ao topo do monte e se sentou como intercessor: “E aconteceu que, quando
Moisés levantava a mão, prevalecia Israel; e quando abaixava a mão, prevalecia
Amaleque”.
Em Deuteronômio 5.5,
ele diz à nação:
“Naquela ocasião eu
fiquei entre o Senhor e você para declarar-lhe a palavra do Senhor”. Desse modo
prefigurava o “único Mediador entre Deus e os homens, o Homem Jesus Cristo”; o
“intercessor junto ao Pai”; aquele que “vive sempre para interceder” por nós.