Revista de Adolescentes - Professor 4º
Trimestre – 2021 - CPAD
Editora: CPAD
Revista do Professor
Reverberação:
Subsídios EBD
TEXTO BÍBLICO
1 Samuel 16.1-13
Destaque
"Não
se impressione com a aparência nem com a altura deste homem. Eu o rejeitei
porque não julgo como as pessoas julgam. Elas olham para a aparência, mas eu
vejo o coração" (1Sm 16.7).
LEITURA DEVOCIONAL
SEG...................................................................Mt
23.27,28
TER.....................................................................Is
53.2
QUA..............................................................1Sm
9.2;16.14 QUI.....................................................................Et
1.11
SEX.....................................................................Et
2.7
SÁB.....................................................................2Sm
14.25
DOM....................................................................1Sm
16.7
Objetivos
- Conscientizar de
que a mídia influencia os nossos padrões de beleza.
- Mostrar
como construímos nossos conceitos de belo e feio.
- Compreender que
os padrões de beleza de Deus são contrários aos nossos.
Material Didático
Para a aula de hoje, você vai precisar de folhas de papel pardo,
revistas antigas e cola; Para embasar seus conhecimentos e se desejar indicar
para seus alunos, sugerimos que você leia o primeiro capítulo da obra
"Pronto — Cresci! E Agora?" De autoria de Susie Shellenberger, CPAD.
LEIA TAMBÉM ESTAS PUBLICAÇÕES:
Quebrando a Rotina
Distribuo revistas antigas; folhas de papel
pardo, tesoura e cola. Divida os Adolescentes em grupos e distribua os
materiais entre eles. Peça que encontrem figuras de homens e mulheres quê considerem
"bonitos" e elegantes. Oriente-os a colarem as figuras na folha de
papel pardo. Logo após, se reúna com os alunos em círculo e peça que cada grupo
mostre as figuras que escolheram e digam o porquê da escolha. Ouça todos com
atenção e foça as considerações que achar necessárias. Explique que estamos vivendo
a chamada "ditadura da beleza". Os padrões de beleza mudam de uma cultura
para a outra. O que é bonito para o chinês pode não ser bonito para o
brasileiro. Ou seja, cada povo tem a sua beleza.
Explique que
o conceito de beleza da nossa sociedade não está baseado em princípios
bíblicos. O mundo "exige" que os jovens sejam "sarados", as
meninas, têm que ser magras (estilo Barbie), louras e de cabelos bem lisos.
Este não é o padrão, de beleza dos brasileiros (cite algumas características do
nosso povo). Conclua, tendo Romanos 12.2. Explique que devemos cuidar do nosso
corpo, pois ele é o templo do Espírito Santo, porém a beleza deve vir de dentro
para fora. Não podemos aceitara "forma" deste mundo.
ESTUDANDO A BÍBLIA
Prezado professor, o tema da aula de hoje é
extremamente relevante, já que os adolescentes estão em fase de significativas
mudanças físicas. Diante dos padrões de beleza impostos pela mídia, muitos
jovens se sentem feios e acabam desenvolvendo uma baixa autoestima, adoecendo
emocionalmente e fisicamente.
Como construímos o nosso conceito a respeito do que é belo ou feio? Estes
conceitos são desenvolvidos na infância. Os pais influenciam este processo.
Segundo a psicóloga Sônia Pires, "desenvolvemos o conceito de beleza a
partir do que é valorizado como belo pelas pessoas que nos são
significativas."
É importante ressaltar no decorrer da lição que a beleza exterior, embora
valorizada em extremo por nossa sociedade, é efêmera. No entanto, como servos
de Deus, temos que cuidar bem do nosso corpo, pois ele é a morada do Espírito
Santo: Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita
em vós [...]" (1 Co 6.19). Cuide bem da sua saúde e da sua aparência, pois
você é um referencial para seus alunos.
OS PADRÕES DE BELEZA EM NOSSA SOCIEDADE
A beleza é subjetiva e muito pessoal. Cada cultura tem o seu padrão de
beleza. Em alguns países da África, a mulher bonita deve pesar alguns quilinhos
a mais. Nos Estados Unidos e na Europa, o ideal de beleza é a magreza. Todas
querem se parecer com a boneca Barbie e os homens com o namorado da Barbie, o
Ken. A mídia está sempre ditando um padrão único de beleza. Não é à toa que o
Brasil é o segundo país em número de cirurgias plásticas.
As pessoas recorrem às cirurgias em busca de um padrão de beleza que é
imposto pela mídia, que, por sua vez, mostra mulheres magérrimas, modelos e
atrizes lindas; porém, o que vemos é uma beleza produzida pela maquiagem, pelas
cirurgias, ou mesmo retocadas por programas de computadores. Temos que cuidar
do nosso corpo e da nossa aparência, porém sem exageros e com sabedoria. Não
podemos concordar com a chamada "ditadura da beleza", que nos é
imposta pela sociedade. Não se deixe levar pelos padrões de beleza da mídia.
A adolescência é uma fase marcada por mudanças físicas. Vamos,
literalmente, ganhando um novo corpo e aprendendo a lidar com ele. Atualmente,
muitos se preocupam somente com o exterior, mas o interior é semelhante a um
"sepulcro caiado" (Mt 23.27). A beleza precisa vir de dentro para
fora. Pode parecer cliché, mas esta é a mais pura verdade. De que adianta ser
belo (a) e ter um péssimo caráter?
Quando o povo decidiu escolher um rei por conta própria, eles escolheram
Saul, homem alto, forte e bonito (1 Sm 10.23,24). A escolha se deu segundo os
padrões sociais daquele tempo, daquela cultura. No entanto, os padrões divinos
são diferentes do nosso.
Certa vez, Deus falou com o profeta Samuel
que ele deveria ir à casa de Jessé e ali ungir aquele que Ele havia escolhido
para ser o novo rei de Israel, Jessé tinha vários filhos, porém Deus não falou
com Samuel qual dos filhos seria o escolhido (1Sm 16.1-3). Chegando à casa de
Jessé, ao ver Eliabe, Samuel pensou: "Este deve ser o escolhido de
Deus". Certamente, Eliabe deveria ser alto, forte, com uma boa aparência.
A escolha de Samuel seguia os padrões sociais de beleza da sua época. Porém,
Samuel aprendeu uma importante lição. O Senhor falou com ele dizendo: "Não
se impressione com a aparência nem com a altura deste homem. Eu o rejeitei
porque não julgo como as pessoas julgam. Elas olham para a aparência, mas eu
vejo o coração" (1 Sm 16.7). Samuel olhou todos os filhos de Jessé e o
Senhor lhe disse que nenhum daqueles que foram apresentados era o futuro rei.
Então Samuel perguntou a Jessé: "Você não tem mais nenhum filho? Jessé
respondeu: —Tenho mais um, o caçula, mas ele está fora, tomando conta das
ovelhas. — Então mande chamá-lo! — disse Samuel. — Nós não vamos oferecer o
sacrifício enquanto ele não vier" (1Sm 16.11).
Deus havia escolhido um adolescente, o mais novo da família. Os padrões
de Deus não são os nossos. Não podemos jamais julgar as pessoas pela aparência
exterior. Samuel era um homem de Deus, mas teve que aprender esta importante
lição. E você, costuma julgar as pessoas somente pela aparência?
AUXÍLIO DIDÁTICO
Professor, para uma reflexão a respeito do tema e do primeiro tópico
da lição, leia com atenção o seguinte texto: "Segundo Pierre Bourdieu,
sociólogo francês, a linguagem corporal é marcadora pela distinção social, que
coloca o consumo alimentar, cultural e forma de apresentação - como o
vestuário, higiene, cuidados com a beleza etc. - como os mais importantes modos
de se distinguir dos demais indivíduos. Nas sociedades modernas, há uma
crescente preocupação com o corpo, com a dieta alimentar e o consumo excessivo
de cosméticos, impulsionados basicamente pelo processo de massificação das
mídias a partir dos anos 1980, onde o corpo ganha mais espaço, principalmente
nos meios midiáticos. Não por acaso que foi nesse período que surgiram as duas
maiores revistas brasileiras voltados para o tema: "Boa Forma' (1984) e
'Corpo a Corpo (1987). Contudo, foi o cinema de Hollywood que ajudou a criar
novos padrões de aparência e beleza, difundindo novos valores da cultura de
consumo e projetando imagens de estilos de vida glamorosos para o mundo
inteiro. Da mesma forma, podemos pensar em relação à televisão, que veicula
imagens de corpos perfeitos através dos mais variados formatos de programas,
peças publicitárias, novelas, filmes etc. Isso nos leva a pensar que a imagem
da 'eterna' juventude, associada ao corpo perfeito e ideal, atravessa todas as
faixas etárias e classes sociais, compondo de maneiras diferentes diversos
estilos de vida. Nesse sentido, as fábricas de imagens como o cinema,
televisão, publicidade, revistas etc., têm contribuído para isso. Os programas
de televisão, revistas e jornais têm dedicado espaços em suas programações cada
vez maiores para apresentar novidades em setores de cosméticos, de alimentação
e vestuário. Propagandas veiculadas nessas mídias estão o tempo todo tentando
vender o que não está disponível nas prateleiras: sucesso e felicidade.
O consumismo desenfreado gerado pela
mídia em geral foca principalmente adolescentes como alvos principais para as
vendas, desenvolvendo modelos de roupas estereotipados, a indústria de
cosméticos lançando a cada dia novos cremes e géis redutores para eliminaras
'formas indesejáveis' do corpo e a indústria farmacêutica faturando alto com
medicamentos que inibem o apetite.
Preocupados com a busca desenfreada
da 'beleza perfeita' e pela vaidade excessiva, sob influência dos mais variados
meios de comunicação, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica apresenta uma
estimativa de que cerca de 130 mil crianças e adolescentes submeteram-se no ano
de 2009 a operações plásticas.
Evidentemente que a existência de cuidados
com o corpo não é exclusividade das sociedades contemporâneas e que devemos ter
uma especial atenção para uma boa saúde. No entanto, os cuidados com o corpo
não devem ser de forma tão intensa e ditatorial como se tem apresentado nas
últimas décadas. Devemos sempre respeitar os limites do nosso corpo e a nós a
mesmos" (CAMARGO, Orson. Mídia e Culto a
Beleza do Corpo. São Paulo, Disponível em: http://www.brasilescola.com/sociologia/a-in-fluencia-midia-sobre-ospadroesbeleza.htm.
Acesso em: 03 jul. 2014).
ATIVIDADE
Responda:
1. Como você definiria beleza?
Resposta pessoal. Este é um conceito difícil
de ser definido, pois cada um tem seu próprio conceito de beleza.
2. Por que atualmente tantas pessoas recorrem às cirurgias plásticas?
R: Porque querem seguir um padrão rígido de
beleza que é imposto pela mídia.
3. Por que, ao ver Eliabe, o profeta Samuel pensou que ele fosse o novo
rei?
R: Por sua aparência exterior.
4. Qual lição o profeta aprendeu na unção do novo rei?
R: Samuel aprendeu que não devemos julgar as
pessoas pela aparência, pois o que importa para Deus são os pensamentos,
sentimentos e emoções.
5. Como formamos o conceito
de belo e feio?
R: O conceito de belo ou feio é desenvolvido
na infância.
FEIO OU BONITO?
Como já é do seu conhecimento, é muito difícil uma definição de beleza,
pois o belo é algo relativo e pessoal. Como formamos o conceito de belo e feio?
Nosso conceito de beleza
e feiura é desenvolvido em nossa infância. Ele é influenciado primeiramente por
nossos pais e depois pelo grupo em que estamos inseridos.
Deus criou todas as coisas belas, porém, o
homem recebeu uma atenção especial do Criador. Fomos criados à imagem de Deus
(Gn 1.27). A imagem de Deus em nós significa que temos potencialidades para
termos um relacionamento pessoal com Deus. Você é especial e belo aos olhos do
Pai, mesmo que não esteja dentro do padrão de beleza de nossa sociedade.
Atualmente, as pessoas não valorizam mais as características interiores
das pessoas, como, por exemplo, o caráter. De que adianta ter um rosto
"lindo" e um "corpo perfeito", mas um interior estragado? A
aparência não é tudo. Os escribas e fariseus valorizavam muito o exterior, a
aparência. Veja o que Jesus disse a eles: "Ai de vocês, mestres da Lei e
fariseus, hipócritas! Pois vocês são como túmulos pintados de branco, que por
fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de
podridão. Por fora vocês parecem boas pessoas, mas por dentro estão cheios de
mentiras e pecados" (Mt 23.27,28).
AUXÍLIO DIDÁTICO
Professor, mostre aos alunos que, já nos tempos bíblicos, as
pessoas se preocupavam com a aparência e a beleza, mas que hoje temos visto um
exagero. É o que os sociólogos chamam de culto ao corpo e à beleza. Leia o
texto de Isaías 3.18-21 e observe a ornamentação usada na época. Leia também
Ezequiel 23.40 e observe que naquele tempo as israelitas usavam cosméticos. Em
o Novo Testamento, os acessórios eram também muito utilizados, pois o apóstolo
Pedro advertiu as mulheres que elas deveriam se enfeitar não somente com seus
adereços, mas com um espírito manso e tranquilo. Leia 1 Pedro 3.3,4.
EXEMPLOS BÍBLICOS DE BELEZA E NÃO FORMOSURA
Na Bíblia, encontramos a história de homens e mulheres que eram bonitos,
segundo os padrões de beleza do seu tempo. Apesar disso, alguns desses
"bonitões" e "bonitonas" não foram bem-sucedidos e nem mais
abençoados que os demais.
Tomemos como exemplo o jovem Absalão. Ele era filho do rei Davi e, de
acordo com as Escrituras, era um homem belo (2 Sm 14.25). E bom lembrar que ele
era bonito segundo os padrões de beleza de sua época. No seu tempo, ele
certamente seria considerado um bom partido para as moças solteiras.
No entanto, a beleza de Absalão era apenas exterior, pois seu caráter era
duvidoso. Ele era do tipo que, para subir na vida, derrubava as pessoas que
estavam a sua frente (2 Sm 15.10). Absalão tentou usurpar o trono do seu pai e
acabou sendo morto (2 Sm 18.14,15).
A Palavra de Deus também relata a formosura da rainha Vasti (Et 1,11).
Certo dia, o rei Assuero, depois de beber e comer muito, desejou exibir a
beleza da rainha, e mandou que ela fosse chamada. No entanto, Vasti se recusou
a entrar na presença do rei (Et 1.10-12). Ela não honrou seu marido; antes, o
colocou numa situação difícil perante todos os seus príncipes e súditos. A
rainha foi destronada e uma bela e sábia jovem assumiu o seu lugar, a rainha
Ester, que não somente era bonita, mas demonstrou ter um caráter de qualidade
(Et 2.17).
Do mesmo modo, Jesus não estava dentro dos padrões de beleza do seu tempo,
mesmo assim, todos queriam a sua companhia. Ele revolucionou a história da
humanidade. O Filho de Deus não queria atrair e conquistar as pessoas pela sua
beleza física, e sim por seu amor e graça.
Não há nada de errado em desejar ser bonito e ter uma boa aparência,
porém, lembre-se de que não podemos nos esquecer de investir também na beleza
interior, desenvolvendo o fruto do Espírito Santo. Não podemos julgar as
pessoas pela sua aparência, mas sim pelas suas ações e frutos.
AUXÍLIO DIDÁTICO
Professor, segundo o Departamento Científico de Terapia Nutricional da
Sociedade Brasileira de Pediatria, os casos de distúrbios alimentares entre
crianças e jovens vem aumentado. Este tema deve ser estudado com cuidado pelos
professores e também por pais que precisam ser orientados pelas escolas e, no
nosso caso, a Escola Dominical. Família e Escola Dominical devem trabalhar
unidas para evitar que este terrível mau alcance nossos jovens. Os pais devem
se preocupar se a criança ou o jovem não quiser manter o peso mínimo para a
idade e a sua altura, ou se ele começar a perder peso sem causa aparente e
demonstrar um medo excessivo em ganhar peso, ou mesmo se exagerar nos exercícios
físicos.
RECAPITULANDO
É preciso cuidar do nosso corpo, ter uma boa aparência, porém sem
exageros. Não se deixe levar pelos padrões de beleza impostos pela mídia. Siga
os padrões de Deus para que em tudo Ele seja glorificado em sua vida (1 Pe
4.11). Sabia que a maior preocupação de Deus não é com a nossa aparência, e sim
com o nosso coração. Os padrões de Deus não são os nossos. Não podemos jamais
julgar as pessoas pela aparência exterior. Não há nada de errado em desejar ser
bonito e ter uma boa aparência, porém, lembre-se de que não podemos nos
esquecer de investir também na beleza interior, desenvolvendo o fruto do
Espírito Santo. Não podemos julgar as pessoas pela sua aparência, mas sim pelas
suas ações e fruto. Deus o criou de forma especial. Ele o ama pelo que você é.
REFLETINDO
1. Qual a sua reação diante dos apelos da mídia?
R: Resposta pessoal,
2. Como você define a beleza?
R: Não existe uma definição única. Cada
pessoas tem o seu padrão de beleza.
3. Você tem cuidado da sua saúde e da sua aparência?
R: Resposta pessoal.
Fonte: Lições
Bíblicas de Adolescentes – 3° trimestre de 2017, CPAD – Reverberação: Subsídios
EBD