É dito a José (Mt
1.18-25) que Maria está grávida, que o filho tinha sido gerado pelo Espírito
Santo e que devia lhe pôr o nome de Jesus. Foi dito a José que o menino que
havia de nascer cresceria até tornar-se o Salvador que haveria de liberar o
povo de Deus dos pecados deles. Jesus não era apenas o homem nascido para ser
Rei como também o homem nascido para ser Salvador. Veio ao mundo não por seu
próprio interesse, mas sim por todos nós, os seres humanos, para nossa
salvação.
LEIA TAMBÉM ESTAS PUBLICAÇÕES:
I. A
FAMÍLIA DE JESUS
1. A mãe de Jesus
O nome da mãe de
Jesus se chamava MARIA (Mt 1.16). Jesus foi gerado no ventre de Maria pelo
Espírito Santo (Mt 1.18 a 20). Sendo assim Jesus foi à única pessoa nascido que
não teve pai biológico (Mt 1.20).
“Eis
os fatos relativos ao nascimento de Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava
comprometida para casar-se com José. Mas enquanto ela ainda era virgem, ficou
grávida pelo Espírito Santo (Mt 1.18-BV)”.
2. O pai adotivo de Jesus.
Maria se casou com
José, depois de Jesus ter sido gerado pelo Espírito de Deus na barriga de
Maria, portanto José aceitou a gravidez de Maria (Mt 1.18 a 24), sendo assim o
pai de criação do menino Jesus foi José.
3. Os irmãos de Jesus por parte de mãe.
Marcos 6.3: Não é
este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e
de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele.
O termo para se referir aos irmãos de Jesus é
“adelphós”. O que deixa claro que
Tiago, José, Judas e Simão, são de fato meios irmãos (filhos da mesma mãe) de
Jesus, e não primos. Para se referir a primos ou parentes, o original grego usa
o termo “suggenes”.
4. O
nascimento de Jesus.
a) Onde Jesus nasceu?
Ele nasceu em Belém
da Judéia (Lc 2.1 a7). Em Miquéias 5.2, Deus eliminou todas as cidades do
mundo, escolhendo Belém, uma localidade com menos de 1000 habitantes, para ser
o berço natal do Messias. Belém da Judéia era uma aldeia que ficava a uns 8 km.
Ao sul de Jerusalém. Embora Jesus tenha nascido em Belém, foi criado e passou
toda a adolescência em Nazaré, na Galiléia (Lc 1.26; 2.39,51; Mt 2.23).
b) Data aproximada do
nascimento de Jesus.
Jesus Cristo nasceu
na festa dos Tabernáculos, a qual acontecia a cada ano, no final do 7º mês
(Iterem) do calendário judaico, que corresponde [mais ou menos, pois o
calendário deles é lunar-solar, o nosso é solar] ao mês de setembro do nosso
calendário.
A festa dos Tabernáculos (ou das Cabanas)
significava Deus habitando com o Seu povo. Foi instituída por Deus como
memorial, para que o povo de Israel se lembrasse dos dias de peregrinação pelo
deserto, dias em que o Senhor habitou no Tabernáculo no meio de Seu povo (Lev
23.39-44; Ne 8.13-18).
Sobre o nascimento de
Jesus, concluímos que Ele nasceu mais ou menos entre os anos 5 e 6 antes da era
Cristã. E o mês não foi dezembro e sim mais ou menos no mês de Setembro.
Ele nasceu nos dias
do Rei Herodes. Esse Herodes (Mt 2.1), morreu no 4 a. C. Portanto, Sobre o
nascimento de Jesus sabemos muito pouco. Conforme estudos o ano mais provável
do nascimento de Jesus é 5 ou 6 antes da era cristã.
A data que Jesus
nasceu é desconhecida, porém no século IV, começou a ser usado o dia 25 de
dezembro como a data do nascimento de Jesus.
5. Os
idiomas de Jesus.
Jesus falava pelo
menos três idiomas:
1) O Aramaico
(O aramaico era o idioma do povo da época).
2) O Hebraico. Em Lucas 4.17 – 19 está registrado que
Jesus leu o livro de Isaías. Este livro lido por Jesus estava escrito em
hebraico.
3) O Grego. Existem algumas
passagens no Novo Testamento que não deixam dúvidas de que Jesus falava
realmente o grego daquela época. Leia:
(Atos 26.14)
a) Provas de que
Jesus falava também o Grego
“Eu Sou o Alfa e o Ômega
(Ap 1.8)...”
No livro do Apocalipse
Jesus se intitulou como Alfa e Ômega.
Ora, o que isto significa?
Significa que Jesus
usou a primeira e a última letra do alfabeto grego.
Este alfabeto possui
22 letras sendo que a primeira dele é chamada de Alfa e a última de Ômega.
Eu sou o Alfa e o
Ômega...
Eu sou o Alfa e o
Ômega, o princípio e o fim...
Eu sou o Alfa e o
Ômega, o primeiro e o último... (Apocalipse 1.8 – 21.6 – 22.13)
Quando Jesus disse
isto Dele mesmo, "Eu sou o Alfa e o Ômega," ele estava falando o
idioma grego. Ele usa essas duas letras gregas para ilustrar uma afirmação.
"Eu sou o primeiro e o último.", "Eu sou o começo e o fim."
Desta maneira Jesus nos mostra que Ele participa da divindade. No Antigo
Testamento Deus se revelara com o título de "o primeiro e o último". (Isaías
44.6 - 48.12)
Na Midrash,
(comentário teológico judaico), lê-se que o "selo de Deus" consiste
de três letras do alfabeto hebraico, "alefe, men e tave", a primeira
letra, a letra do meio e a última letra deste alfabeto hebraico.
Com isso Jesus estava
dizendo que ele era o Deus onisciente, que sabe todas as coisas, onipresente,
que está em todos os lugares da história, e onipotente, que pode tudo em todas
as coisas. Jesus conhece as coisas do começo ao fim.
Isso subentende que
Jesus conhecia todo o alfabeto grego, do começo ao fim. É digno de nota que
estas palavras de Jesus iriam ser escritas por João e reproduzidas nas igrejas.
Caso o Apocalipse não tivesse sido escrito na língua grega, não faria sentido Jesus
falar em caractere grego. Ao invés disso, se o livro estivesse destinado a
crentes judeus, na língua hebraica, Ele certamente usaria a frase "Eu sou
o Aleph e o Tav" que são respectivamente a primeira e a última letra do
alfabeto hebraico. Nunca Ele usaria a expressão "Eu sou o Alfa e o
Ômega".
Já que Jesus é uma
testemunha fiel e verdadeira (Apocalipse 3.14), não há porque negar que Ele
esteja dizendo a verdade!
“Se
partimos da premissa de que Jesus criou todas as coisas, incluindo a língua dos
homens, então é bem provável que Ele tinha o poder de falar qualquer língua ou
dialeto da terra”!
II-
JESUS, SEU NOME E TÍTULOS
1. O
nome de Jesus.
O nome Jesus aparece aproximadamente
979 vezes no Novo Testamento (ACF). Vejamos as duas primeiras ocorrências deste
nome.
1 LIVRO da geração de
Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. (Mt 1.1).
E Jacó gerou a José,
marido de Maria, da qual nasceu JESUS,
que se chama o Cristo (Mt
1.16).
Jesus é a forma grega (lesous, cuja pronúncia é Iesus
Mt 1.21) do heb. Yehoshúa (traduzido como Josué 218 vezes), que significa
"Salvador" ou “o Senhor é salvação”.
A
expressão grega christos é o adjetivo verbal semita, equivalente a
Messias, que, em hebraico, significa “o Ungido”.
No
Antigo Testamento, essa forma designava o rei de Israel (o ungido do Senhor,
como em 1 Sm 16.6), o sumo sacerdote (o sacerdote ungido – Lv 4.3).
No plural, essa expressão se refere
aos patriarcas em seu ministério de profetas (“meus ungidos” – Sl 105.15).
Jesus cumpriu a profecia messiânica, desempenhando essas três funções.
Mateus demonstra de forma clara e
inquestionável que Jesus Cristo é o Messias prometido nas diversas profecias do
AT, como nesse texto de Is 7.14. (Mt 2.15-23; 8.17; 12.17; 13.25; 21.4;
26.54-56; 27.9; 3.3; 11.10; 13.14, etc.)
O próprio Jesus usa as Escrituras para
comprovar sua identidade e ministério (Mt 11.4-6; Lc 4.21; 18.31; 24.44; Jo
5.39; 8.56; 17.12, etc.).
Jesus
é chamado de:
1. Jesus Cristo (Mt 1.1);
2. Messias (Jo 1.41);
3. Jesus de Nazaré (At 10.38);
4. Cristo Jesus (Rm 6.23).
Verdades
sobre Jesus - Ele
é:
1. O
Criador (Cl 1.16,17);
2. Deus (Jo 20.28; Rm 9.5);
3. O único que pode nós levar ao Deus Pai (Jo
14.6);
4. O único que pode nos salvar (At 4.12);
5. O único mediador entre Deus pai e os seres
humanos (1Tm 2.5);
6. Só nos tornamos filhos de Deus quando
recebemos e cremos em Jesus (Jo 1.11,12).
2.
Títulos de Jesus.
Is 9. 6: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos
deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome:
Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.
Os evangelhos contêm duas categorias de títulos: os que Jesus mesmo atribui
a si e os que os outros lhe conferem.
Os estudiosos têm discutido muito a natureza exata do primeiro grupo, mas
temos de permitir que as evidências das Escrituras falem por si mesmas.
Jesus usou certos títulos para si mesmo e permitiu a seus seguidores que o
chamassem de certas maneiras. Esses títulos nos esclarecem como Ele entendia a
si mesmo e sua missão.
(1) Filho do Homem.
Esse era o título preferido que Jesus aplicava a si mesmo. Ele se originou
do Antigo Testamento (Dn 7:13-14), mas foi usado durante o período
intertestamentário e escolhido por Jesus para definir sua missão messiânica.
O título era adequado por ter um tom messiânico. Também era suficientemente
flexível para permitir que Jesus lhe atribuísse o sentido que quisesse.
Precisou fazer isso porque a idéia corrente de Messias em seu tempo era a de um
herói militar, ao passo que ele viera para ser o Salvador do mundo.
Título Filho do Homem de
quatro maneiras diferentes.
Jesus usou o título Filho do Homem de quatro maneiras diferentes. Primeira,
como sinônimo frequente de "eu". Jesus estava simplesmente
referindo-se a si mesmo (ver, por exemplo, Mt 26.24).
Em segundo lugar, o Filho do Homem exerce autoridade divina (ver, por
exemplo, Mt 9.6).
Em terceiro lugar, o Filho do Homem cumpre sua missão terrena pela morte e
ressurreição (ver, por ex., Mt 12.40; 17.9, 12, 23).
Em quarto lugar, o Filho do homem retomará em grande glória para consolidar
seu reino (ver, por exemplo, Mt 16.27-28; 19.28). Dessa maneira Jesus definiu
quem ele era como Filho messiânico do homem.
III- O JULGAMENTO, A CRUCIFICAÇÃO E
A RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. O julgamento.
Na semana antes de sua morte, Jesus foi recebido em Jerusalém como rei (Lc
19.29-40), e limpou o Templo dos mercadores e dos cambistas (19.45,46).
Ele agia conforme o Messias prometido de Deus! Entretanto, as autoridades
judaicas o viam como uma ameaça (veja Jo 11.47-53). Assim, elaboraram um plano
para se livrarem dEle. Eles o prenderam e o julgaram por pretender ser o
Messias (Lc 22.6 6-7 1).
Acusaram-no de tentar liderar uma revolta contra o imperador romano (Lc
23.2) e pediram para o governador romano, Pilatos, para crucificá-lo.
2. A crucificação.
Na cruz, foi pregado um título: “Este é o Rei dos Judeus”. Muitas pessoas
zombavam de Jesus, porque não poderiam acreditar que o verdadeiro Messias de
Deus seria morto na cruz (23.35-39). Jesus foi morto por afirmar que falava e
agia como o Filho de Deus (veja Lc 22.70,71). A ressurreição representou a
confirmação de Deus de que Jesus falara a verdade sobre si mesmo.
3. A ressurreição.
Os discípulos achavam que a crucificação era o fim de suas esperanças de
que Jesus era o Messias. Mas, ao terceiro dia, Ele ressuscitou dos mortos.
Quando apareceu para os discípulos, explicou-lhes que eles haviam
compreendido de forma equivocada as profecias do Antigo Testamento (Lc
24.25-27,44-47). Jesus não falhara em seu papel como Messias; antes, por meio
de sua morte e ressurreição, cumprira o que Deus prometera!
Paulo apontou a ressurreição como a revelação ou declaração da verdadeira
identidade de Jesus como o Filho de Deus (Rm 1.4). Depois da ressurreição,
Jesus retornou ao Pai (Jo 16.28; 20.17) para ficar no lugar de honra, à direita
de Deus (At 7.56; Hb 1.2,3).
IV – O CARÁTER DE JESUS
Encontramos facilmente nas páginas da Bíblia, vários qualidades de Jesus.
Essas qualidades nós descrevem o caráter de nosso Salvador Jesus Cristo.
Portanto, destacamos aqui dez qualidades de Jesus.
1) Bondade (Jo 10.11,14).
2) Verdade (Jo 1.14; 14.6).
3) Humildade (Mt 11.29; Jo 13.1-17).
4) Obediência (Fp 2.8; Hb 5.8; Rm 5.19).
5) Mansidão (Mt 11.29)
6) Santidade (1Pe 1.15,16, 19b; Hb 4.15).
7) Justiça (1Jo 1.9; 1Jo 2.1,29)
8) Compaixão (Lc 7.13, Mt 9.36).
9) Amor (1Tm 1.14; Ef 3.19; Ef 5.2).
10) Perdão (At 10.43; Ap 1.5).
As qualidades de Jesus servem de modelo a ser seguindo por quem é realmente
seu seguidor. Vejamos, pois, o que Jesus, depois de dá exemplo de humildade
disse:
“Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz,
façais vós também (Jo 13.15)”.
Conclusão.
Jesus foi concebido pelo poder do Espírito Santo de Deus, e não por um pai
humano (Mt 1.18,20; Lc 1.35). De forma consistente, também falou de como saiu
“do Pai” para vir “ao mundo” (Jo 16.28). Enquanto, para alguns seres humanos, o
nascimento é o início da vida, o nascimento de Jesus era uma encarnação (Jo
1.1-3) — Ele existia como o Filho de Deus antes de seu nascimento humano.
Jesus, de forma distinta dos governantes pagãos, não era um filho adotado dos
deuses, mas, sim, o eterno Filho de Deus. O Deus conosco (Mt 1.23).
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