Lição: 12- José, O Pai Terreno de Jesus – Um Homem de Caráter (Subsídio) - Subsídios Dominical

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A Carreira Que Nos Está Proposta [ Revista Digital Cristão Alerta - 2° Trimestre 2024

Lição: 12- José, O Pai Terreno de Jesus – Um Homem de Caráter (Subsídio)

Obs. Este artigo é um subsídio para a lição bíblica da classe de Adultos.
Pouco se fala sobre os aspectos do caráter de José, o marido da Mãe de Jesus. Entretanto, José teve um papel muito relevante na vida do menino Jesus. Foi José quem aceitou a gravidez de sua noiva e, de um filho que não era seu. Foi José que protegeu o menino e a sua mãe. Foi José o Escolhido por Deus para ser o pai adotivo de Jesus. 

I - O CARÁTER DE JOSÉ, O PAI ADOTIVO DE JESUS

1. Justo (Mt 1.19).
Sendo um homem justo, José não queria agir contra as leis de Deus. Casar com Maria teria sido uma confissão de culpa, quando ele não era culpado. Um divórcio público iria desgraçar Maria e, aparentemente, a compaixão que sentia não iria permitir que fizesse isso.

2. Discreto (Mt 1.19b).
“[...] Estando Maria... prometida em casamento a José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo (Mt 18b – KJA)”.
 
Como devem ter sido terríveis os sofrimentos na alma de José. Contudo, não lhe deve ter feito quaisquer recriminações. Deve ter silenciado, sem perguntar, para não magoar Maria. Não sabemos por quantos dias e noites José pensou no inesperado problema, o quanto sofreu, por quanto tempo vacilou antes de tomar uma decisão, ou quanto conhecimento tinha do sofrimento que resultaria da decisão que tomasse.

Como homem “justo”, José deve ter sofrido uma enorme tensão, a saber, entre o amor por Maria e a obediência à lei. Como homem justo, não podia casar com uma adúltera, sob pena de tornar-se culpado do adultério. Portanto, devido à lei, ele precisava divorciar-se de Maria.

a) Os dois caminhos para o divórcio.

Havia dois caminhos para esse divórcio de José: publicamente, isto é, mediante um processo, ou privadamente, por acordo secreto mediante uma carta de divórcio. Conseqüência do processo seria uma pena, que no domínio romano consistiria em expor Maria à vergonha pública. José não queria isso.

A pena por adultério, no Antigo Testamento, era a morte por apedrejamento, sendo a mesma a pena aplicada à infidelidade durante o noivado (Dt 22.23, 24). Na época do Novo Testamento, teriam apenas exigido de José que se divorciasse de Maria e a expusesse ao opróbrio.

b) O caminho de José escolheu.

José escolheu o outro caminho, que era separar-se entregando a Maria uma carta de divórcio, privadamente, com o consentimento dela.
Então, José... sendo um homem justo e não querendo expô-la à desonra pública, planejou deixá-la sem que ninguém soubesse a razão (Mt 1.19 - KJA)”.

c) Como ficaria a situação de Maria.

A Maria dava-se, assim, a possibilidade de casar com aquele que mantivera relações com ela (isto se fosse o caso). Desse modo, o escândalo não viria a público. Tudo teria permanecido na esfera interna.

3.  Obediente (Mt 1.20,24).

José vê a sua noiva, de repente aparecer grávida, ele então elabora um plano para deixar Maria sem expô-la à desonra (Mt 1.18,19). Antes de José colocar em prática o seu plano, lhe fora revelado de quem era e quem era o filho que a sua noiva estava carregando em sua barriga (Mt 1.20,21). Foi um anjo enviado por Deus, quem contou para José (Mt 1.20-24). É partir desta revelação que José recebera, foi que ficou claro para ele que Maria não havia cometido adultério. Sendo assim, prontamente José obedeceu à orientação do Senhor e, não a deixou (Mt 1.20-24). Por José ter sido obediente, teve o privilégio de ser o pai adotivo do Salvador que saio do ventre de Maria (Mt 1.21,24).


a) Os dois exemplos de Obediência de José.

Ele recebeu as seguintes ordens divinas:
1) Não deixar Maria e
2) Colocar o nome no filho de Maria de Jesus (Mt 1.20,21).
José obedece imediatamente ao anjo do Senhor. Logo depois de acordar, busca Maria para casa como sua esposa. Continuou obedecendo ao anjo do Senhor: quando a criança nasceu, deu-lhe o nome “Jesus”. Desse modo reconheceu juridicamente perante todo o mundo a criança como seu filho.

b) O crente e a obediência.

O cristão precisar ser da obediência: Ao Senhor em primeiro lugar e a sua (At 5.29) Palavra de Deus (Mt 7.24-27; Tg 1.22,23; 2Ts 3.14; 1Sm 15.22); aos pais (Cl 3.20); ao seu pastor (Hb 13.7,17) e aos governantes (Rm 13.1-7).

4. Homem de Fé.
Encontramos no Antigo Testamento alguns nascimentos por intervenção Divina (Gn. 18.11-14; 25.21; 1Sm 1.4-20), O nascimento de Jesus também foi um intervenção divina, porém diferente e única em toda a bíblia! Foi sim, um milagre. Ele fora gerado no ventre de Maria, pelo Espírito Santo (Mt 1.20), sendo assim, biologicamente falando, ele não teve pai humano. Aceitar que Jesus, não ventre de Maria, não era fruto de um adultério e muito menos obra humana, requer muito fé. Sendo assim, podemos claramente aceitar que José foi um homem de fé. Ele acreditou na mensagem divina, trazida pelo anjo do Senhor (Mt 1.20-24).

a) Exemplos de fé.

Exemplo da fé de José na mensagem divina enviada pelo anjo do Senhor.
1) Ele acreditou que o filho no ventre de sua noiva, não era fruto de Adultério.
2) Ele acreditou no impossível sua nova estava grávida do Espírito Santo.
3) Ele acreditou que a criança, no ventre de sua noiva, seria o Salvador, tanto é que ele, em um ato de obediência, colocar o nome no menino de Jesus (1.21,23,24).

b) A importância da fé.

Assim como a fé foi importante para a vida de José, ela ainda é para os crentes de nossos dias. Vejamos a importância da fé.
1) O justo virá da fé (Hb 10.38),
2) A fé nós faz aceitar o poder criativo de Deus (Hb 11.3),
3) Sem fé é impossível a gradar a Deus (Hb 11.6),
4) A fé vem pela Palavra do Senhor (Rm 10.17),
5) A fé é uma arma para vencermos o mundo (1Jo 5.4; Hb 11.33),
6) Doentes são curados através da oração da fé (Tg 5.15),
7) Nosso pedido ao Senhor, deve ser feito com fé (Tg 1.6),
8) Jesus é o autor de nossa (Hb 12.2),
9) A fé no capacita para rejeitarmos benefícios passageiros (Hb 11.24),
10) Através da fé podemos obedecer irrestritamente as ordem Divina (Hb 11.7,8).
Por fim, veja o que escrito em Efésios 2.8: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus”.

5. José foi aprovado no teste de Deus.

Antes mesmo de José saber da gravidez de Maria, o anjo Gabriel havia falado com Maria sobre a milagrosa gravidez desta jovem virgem (Lc 1.26-31).

Certamente seria mais fácil, para José, suportar a situação de gravidez de sua noiva, de um filho que não era seu, se Deus tivesse permitido, que o anjo contasse para José da gravidez de Maria, antes mesmo dela ter ficada grávida. Porém, isto não aconteceu.

Só depois que ele descobriu que Maria já estava grávida e planejado deixá-la, foi que o anjo veio em sonho falar com ele. Isto foi na verdade uma provação. Um teste para o justo José. Ele passou no teste.

O teste de José nos ensina a seguinte lição. “É importante fazer o que é moralmente correto. Mas ao faze isso, é igualmente importante agir com compaixão e cuidado”.
 

II - TRADIÇÕES ENVOLVIDAS NOS ANTIGOS CASAMENTOS JUDEUS

Os leitores modernos precisam entender as tradições envolvidas nos antigos casamentos judeus. Primeiro, as duas famílias precisavam concordar com a união e negociar o dote. Depois, era feita uma proclamação pública e o casal ficava “comprometido”.

Embora o casal não estivesse oficialmente casado, seu relacionamento só poderia ser quebrado com a morte ou o divórcio.
As relações sexuais ainda não eram permitidas. Esse segundo estágio durava um ano, e durante esse período o casal vivia separadamente, junto aos seus respectivos pais. Esse período de espera tinha o propósito de demonstrar a pureza da noiva, pois se fosse demonstrado que ela estivesse grávida, o casamento poderia ser anulado.

1. José, o noivo de uma grávida do filho que não era seu.
Como Maria e José estavam comprometidos, eles ainda não tinham tido relações sexuais. Mas, antes de se ajuntarem, [Maria] achou-se ter concebido do Espírito Santo. Maria estava comprometida e grávida, e José sabia que o filho não era seu. A aparente infidelidade de Maria acarretava um rigoroso estigma social.

Para eliminar qualquer dúvida sobre a pureza de Maria, Mateus explicou que Maria concebeu do Espírito Santo. Durante a época do Antigo Testamento, o Espírito agia sob a iniciativa de Deus (por exemplo, Gênesis 1.2). Desse modo, ficou esclarecida a iniciativa divina na concepção de Jesus. Lucas 1.26-38 registra esta parte da história.

O noivado era um arranjo legal, sendo os noivos chamados marido e mulher (Dt 22.24), e podia ser dissolvido apenas por divórcio. José e Maria legalmente eram marido e mulher, mas não haviam consumado o casamento através da relação sexual. Só a certeza de que o filho de Maria fora gerado pelo Espírito Santo predispôs José a reter Maria como sua esposa.

2. O casamento de José com Maria (Mt 1.24).
Aparentemente, José estava quebrando a tradição quando recebeu Maria como sua mulher, pois o habitual período de um ano de espera ainda não tinha se passado.

Entretanto, ele fez o que Deus mandou e “concluiu” o trâmite do casamento, levando Maria para viver consigo. Não importava o estigma social, não importava o que as más línguas locais dissessem ou pensassem sobre sua atitude, José sabia que estava obedecendo à ordem de Deus ao se casar e cuidar de Maria durante a sua gravidez.

3. José, o homem que casou com a grávida virgem (Mt 1.23,24, 25).

Para terminar com quaisquer dúvidas sobre a concepção e o nascimento de Jesus enquanto Maria ainda era virgem, Mateus explicou que ela permaneceu virgem até que deu à luz seu filho. Essas palavras também deixam de lado a noção de que Maria viveu a vida toda como virgem: depois do nascimento de Jesus, José e Maria consumaram seu casamento e Jesus teve vários meio-irmãos (Mt 12.46). Dois dos seus meio-irmãos foram mencionados na igreja primitiva - Tiago, como líder da igreja de Jerusalém, e Judas, autor do livro que leva o seu nome.

Conclusão.
José age como aqueles personagens sagrados do Antigo Testamento, homens e mulheres, que obedeciam ao chamado de Deus, mesmo quando fazê-lo seria transgredir toda e qualquer forma humana de senso comum. Quando submetido à prova, José exibiu o seu caráter justo.


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