Assunto: Adolescentes da Bíblia
Editora: CPAD
Revista do Professor
Reverberação: Subsídios EBD
TEXTO BÍBLICO
Lucas 1.26-38
Destaque
LEITURA DEVOCIONAL
SEG...........Lc
1.26
TER...........Lc
1.28
QUA...........Lc
1.42
QUI............Lc
1.32
SEX............Lc
1.38
SÁB.............Lc
1.46
DOM............Lc
2.19
Objetivos
Levar
o aluno a desenvolver a obediência e a confiança em Deus;
Mediar
a reflexão acerca da vontade divina para nossas vidas;
Conscientizar
os alunos a viver para Cristo.
Material Didático
Professor,
use o quadro ou lousa para a exposição da aula, escrevendo alguns tópicos
importantes como objetivo de fixar o aprendizado do aluno.
Quebrando a Rotina
Estabeleça
um diálogo com os alunos a respeito do plano divino para a vida de Maria, a mãe
de Jesus, e de José, o seu esposo. Considere que o sentimento de mãe é algo bem forte, onde
a Bíblia compara várias vezes ao amor de Deus para com seus filhos, e promova uma
roda de conversa fazendo que os seus alunos opinem sobre-as renúncias que Maria
teve de fazer para que o propósito de Deus se tornasse realidade. Leve em conta
que Maria não podia permitir que o seu sentimento materno interferisse em suas
escolhas. Porquanto, o seu Filho amado teria que morrer pare salvar humanidade.
ESTUDANDO A BÍBLIA
Muitas vezes, passamos
por aflições, sofrimentos, perseguições e, até mesmo, humilhações em nossa vida
cristã, Embora não seja fácil, precisamos seguir em frente, firmes na rocha que
é Cristo. As pessoas do mundo dizem que os crentes não têm "vida" por
causa das suas renúncias. Porém, elas não entendem que fomos chamados para
obedecermos ao propósito divino a cumprir neste mundo. Logo, renunciar ao
pecado ainda é pouco diante da grandiosidade do chamado de Deus.
Caro Professor,
oriente os seus alunos acerca da importância de, desde cedo, renunciar as
próprias vontades por amor a Cristo. Nossos alunos precisam entender que a
confiança em Deus, e de que Ele sempre sabe o que faz, traz segurança para uma
vida cristã saudável. O sofrimento se torna pequeno diante da nossa missão em
dar frutos no Reino espiritual: "E
essa pequena e passageira aflição que sofremos vai nos trazer uma glória enorme
e eterna, muito maior do que o sofrimento" (2 Co 4.17).
Hoje, falaremos de uma
jovem muito especial que foi escolhida por Deus para ser a mãe de alguém ainda
mais especial. Vamos conhecer um pouco mais sobre Maria, a mãe de Jesus. Não
como a santa que alguns idolatram, mas como uma pessoa que era fiel e temente a
Deus.
Agraciada
Quando
o anjo Gabriel, enviado por Deus, foi à pequena cidade de Nazaré, na Galileia,
e apresentou-se a Maria, usou as seguintes palavras: "— Que a paz esteja
com você, Maria! Você é muito abençoada. O Senhor está com você" (Lc
1.28).
Desse
modo, o anjo a cumprimentou de forma honrosa. A jovem Maria ficou espantada e sem
entender o motivo daquela saudação, mas o anjo continuou dizendo que Deus
estava contente com ela (Lc 1.30) e, por isso, ela conceberia e daria à luz um filho,
cujo nome seria Jesus. Ele seria Filho do Deus Altíssimo e seria Rei sobre a
casa de Davi e a casa de Jacó, eternamente num reinado sem fim (Lc 1.31-33).
Maria recebeu todas as
promessas acerca do nascimento, ministério e reinado espiritual de Jesus. Mas
todas aquelas informações eram espantosas para uma simples jovem como ela. No
entanto, Deus a havia escolhido para ser a mãe do Salvador, aquela a quem
Jesus, o Filho de Deus, obedeceria e honraria aqui na terra. Ela seria
responsável pela criação e educação do Salvador da humanidade!
Meu caro adolescente,
quando Deus também olhou para você, Ele achou graça em você e o escolheu para
uma grande missão nesta terra. Talvez você ainda não saiba, ou está começando a
entender e a descobri r agora, mas não tenha medo, pois se Deus o escolheu, Ele
irá com você e lhe dará sabedoria para fazer a vontade divina até o fim.
AUXILIO
TEOLÓGICO
Agraciada
Maria foi agraciada mais do que todas as outras mulheres, porque lhe
foi concedido ser a mãe de Jesus. Mas as Escrituras não ensinam em lugar algum
que devemos dirigir-lhe orações, nem adorá-la, nem atribuí-la títulos
especiais. Maria é digna do nosso respeito, mas somente o Filho é digno da
nossa adoração.
(1) Maria foi escolhida por Deus porque achou graça diante dEle. Sua
vida santa e humilde agradou tanto a Deus, que Ele a escolheu para tão sublime
missão (2 Tm 2.21).
(2) A bênção de Maria, por ter sido escolhida, trouxe-lhe grande
alegria, mas também muita dor e sofrimento (ver 2.35), uma vez que seu Filho
seria rejeitado e crucificado. Nesta vida, a chamada de Deus sempre envolve
bênção e sofrimento, alegria e tristeza, sucesso e desilusão.
Segundo
a tua palavra
Maria submeteu-se plenamente à vontade de Deus e confiou na sua
mensagem através de um anjo. Aceitou alegremente a honra e ao mesmo tempo o
opróbrio resultante de ser a mãe da divina criança. As jovens crentes devem
seguir o exemplo de Maria quanto à castidade, ao amor a Deus, à fidelidade à
sua Palavra e à disposição de obedecer ao Espírito Santo" (Bíblia de
Estudo Pentecostal. CPAD, 1995, p.1501).
Sofreu humilhações
Maria
foi escolhida e isso não foi sem propósito, pois ela era uma jovem diferente
aos olhos de Deus. O Senhor conhecia não somente o corpo, como também o coração
de Maria. A Bíblia relata que ela era "uma virgem desposada com um varão
cujo nome era José" (Lc 1.27).
Precisamos
entender que o casamento dentro da cultura judaica era diferente do casamento
da nossa cultura ocidental. O termo "desposada" era uma promessa de
casamento, tipo um contrato, e funcionava como um noivado e tinha duração de um
ano, mas na prática, o homem e a mulher já estavam comprometidos.
No
entanto, não eram unidos sexualmente. O ato sexual só viria a ser concretizado
quando eles se casassem. Por esse motivo, a Palavra de Deus diz que Maria era
uma virgem "desposada", isto é, em vias de se casar, mas ainda não
casada e, portanto, virgem! Tanto que depois, quando o anjo lhe diz a respeito
de conceber um filho, ela questiona a possibilidade do ato: "— Isso não é
possível, pois eu sou virgem!" (Lc 1.34).
Diante
disso, o anjo Gabriel lhe respondeu: "— O Espírito Santo virá sobre você,
e o poder do Deus Altíssimo a envolverá com a sua sombra. Por isso o menino
será chamado de santo e Filho de Deus. [...] Porque para Deus nada é
impossível" (Lc 1.35,37).
Diante
disso, podemos entender que Maria assumiu o compromisso de arcar com as
consequências de ter sido o instrumento usado por Deus para trazer o Salvador
da humanidade a este mundo. No entanto, Deus cuidou de todas as coisas e proveu
as condições necessárias para que Maria fosse livre das perseguições que
sobrevieram em decorrência da gestação da criança. Deus a protegeu de
humilhações, infâmias e de qualquer exposição pública. Isso nos mostra que Deus
tem o controle de todas as coisas e está acima de qualquer dominação que
governe!
Portanto,
meu caro adolescente, todo os que querem ser obedientes e fiéis a Deus,
passarão por perseguições nessa vida. Porém, podem contar com o consolo de
Cristo em meio às adversidades.
A
mensagem do Anjo a Maria
Ela
turbou-se muito com aquelas palavras (v.29). Significa, literalmente, 'ela ficou
grandemente agitada'. Mas o versículo indica que foi a saudação, e não a
presença do anjo, que a perturbou. O que ele lhe disse era mais difícil de
entender do que a sua aparição e, aparentemente, mais inesperado. Ela
considerava significa, literalmente, 'ela-estava pensando'. Isto apresenta uma
prova de sua presença de espírito neste momento crítico da sua vida.
Em
teu ventre conceberás e darás à luz um filho (v.31). Aqui temos o anúncio da Encarnação.
O Filho de Deus realmente se tornaria carne, seria concebido e nasceria de uma
virgem. Neste Filho a divindade e a humanidade estariam unidas de maneira
inseparável.
O
seu nome, Jesus, significa 'Salvador' ou, mais literalmente, 'Jeová salva. E o
equivalente grego do hebraico 'Josué'.
Lucas
não joga com as palavras na etimologia do nome 'Jesus', como faz Mateus. Os
seus leitores, sendo gentios, não teriam entendido o objetivo das palavras 'porque ele salvará o seu povo dos seus
pecados' de Mateus 1.21, por não conhecerem a relação etimológica entre as
palavras 'Jesus' e 'salvar'.
Este será grande
(v.32).
No seu sentido mais elevado e verdadeiro. Deus é grande, e toda a grandeza
verdadeira vem dele e é reconhecida por Ele. Barnes acredita que essa frase é
uma referência direta a Isaías 9.5,6. Será chamado Filho do Altíssimo. Não quer
dizer que Ele simplesmente 'seria chamado' de Filho de Deus, mas é equivalente
a 'Ele não apenas Será o filho de Deus, como também será reconhecido como tal'.
Ele terá as marcas da divindade. Esta palavra hebraica era de uso comum, e
literalmente equivalente a 'Ele será o Filho do Altíssimo (Comentário Bíblico
Beacon. Vol.6. CPAD, 2006, p.363).
Obediente
à vontade de Deus
Maria
aceitou a vontade de Deus e foi obediente. Não se negou a cumprir sua missão:
"— Eu sou uma serva de Deus; que aconteça comigo o que o senhor acabou de
me dizer! E o anjo foi embora" (Lc 1.38). Certamente, Maria renunciou aos
seus planos, afim de aceitar a vontade divina. José, preocupado com a situação,
não querendo que Maria fosse difamada, intentou deixá-la secretamente (Mt
1.19).
Entretanto,
o anjo também lhe apareceu, explicando que Maria iria conceber por uma ação
miraculosa do Espírito Santo. Desse modo, não precisaria temer em recebê-la em
sua casa. E o Espírito Santo envolveria Maria, cobrindo-a com a sua sombra, e
ela conceberia após o tempo certo, o menino Salvador (Lc 1.35). Seria uma
concepção milagrosa!
Em
alguns setores do Cristianismo, Maria é erradamente adorada como se fosse uma
deusa. Porém, há somente um Deus digno de adoração e louvor. As pessoas
confundem a graça que Deus achou em Maria com infalibilidade.
Embora
Maria fosse santa e digna para cuidar do Filho de Deus, era humana como nós. E
renunciou muitas coisas a fim de cumprir a vontade de Deus, assim como eu e
você devemos fazer.
A mãe do nosso Salvador!
A
jovem Maria foi escolhida para ser mãe do Salvador. Que missão! Deus sabia que
ela seria capaz de cumpri-la. Mesmo em meio às suas fraquezas e dificuldades,
confiaria no Senhor. Como mãe de Jesus, Maria sofreria muitas humilhações, pois
teria que assistir a Cristo rejeitado, crucificado e morto, e tudo isso sem
interferir na vontade de Deus.
Já
pensou como foi difícil para ela ver o seu filho, que nascera de seu ventre, a
quem ela protegeu desde pequeno, tornar-se adulto, ser crucificado e morto de
uma forma tão cruel sem que nada pudesse fazer? Maria teve que sacrificar seu
amor materno, em querer proteger seu filho e poupá-lo do sofrimento. Todavia, a
promessa da morte do Messias para a remissão dos pecados do mundo deveria ser
cumprida.
Desde
cedo, Jesus já cumpria sua missão de anunciar a vontade do Pai. Por exemplo, no
episódio em que Maria e José ficaram preocupados com o sumiço de Jesus e o
encontraram no Templo, em meio aos doutores (Lc 2.46). Maria foi uma figura
importante no ministério de seu filho; foi sábia, paciente, sofreu calada a sua
dor de mãe. Assim, também é importante que aceitemos os planos de Deus para
nossas vidas.
As
vezes, você pode até pensar que está desperdiçando a sua juventude, renunciando
os prazeres para viver em santidade, mas saiba que Cristo é a maior alegria que
um adolescente pode experimentar. A alegria do mundo é superficial. Pense
nisso!
Conclusão
Que
possamos viver em santidade, para que Deus ache graça em nós e, assim, como
Maria, também sejamos chamados de "agraciadas" ou
"agraciados". Sejamos obedientes em cumprir os planos de Deus e
renunciemos nossas próprias vontades para que vivamos para Ele.
Recapitulando
"Maria
foi agraciada entre todas as outras mulheres, porque lhe foi concedido ser mãe
de Jesus. Entretanto, as Escrituras não ensinam em lugar algum que devemos
dirigir-lhe orações, nem adorá-la e nem atribuir-Ihe títulos especiais.
Maria
é digna do nosso respeito, mas somente o Filho é digno da nossa adoração. Maria
foi escolhida por Deus porque ela achou graça diante dEle. Sua vida santa e
humilde agradou tanto ao Criador, que Ele a escolheu para tão sublime missão.
"Quem se purificar de todos esses erros de que tenho falado será usado
para fins especiais porque é dedicado e útil ao seu Mestre e está pronto para
fazer tudo o que é bom' (2Tm 2.21).
A benção de Maria, por
ter sido escolhida, trouxe-lhe grande alegria, mas também muita dor e
sofrimento, uma vez que seu Filho seria rejeitado e crucificado. Nesta vida, a
chamada de Deus sempre envolve benção e sofrimento, alegria e tristeza, sucesso
e desilusão" (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, 1995, p.1501).
A vida humilde e o
sofrimento de Maria nos servem de exemplo. Como cristãos, precisamos viver uma
vida de santidade, e confiarmos na vontade de Deus, mesmo que ela nos traga
humilhações e perseguições. Sofrer com Cristo ainda é melhor do que viver a
ilusória alegria deste mundo, pois a alegria mundana é passageira. Mas a nossa
alegria, embora às vezes seguida de dores, é uma alegria eterna e isso já é
suficiente para termos paz!
Refletindo
1.
Comente sobre o comportamento de Maria e as palavras do anjo Gabriel.
Resposta livre.
Mas
o professor deve fazer a mediação.
2.
O que as humilhações e os sofrimentos de Cristo significam para você?
Resposta pessoal.
3.
"Maria a mãe do Salvador." Comente a frase.
Comentário livre, mas o professor deve corrigi-la.