Há
os que entendem que a expressão "de maneira nenhuma" (Mt 5.34) é uma
proibição de toda e qualquer forma de juramento.
Entre
os que defendem essa interpretação estão os amish
e os quakers, que nos Estados Unidos
se recusam a jurar nos tribunais de justiça.
Eles acreditam que o Senhor Jesus não fez declaração sob juramento diante do Sinédrio (Mt 26.63,64). De igual modo, o apóstolo Paulo evitava fazer juramentos em afirmações solenes (Rm 9.1," 1 Co 1.23).
Eles acreditam que o Senhor Jesus não fez declaração sob juramento diante do Sinédrio (Mt 26.63,64). De igual modo, o apóstolo Paulo evitava fazer juramentos em afirmações solenes (Rm 9.1," 1 Co 1.23).
Outros
afirmam que a proibição de Jesus se restringe aos juramentos triviais, e por
essa razão o Senhor Jesus foi específico: "de maneira nenhuma, jureis nem
pelo céu, [...] nem pela terra, [...] nem por Jerusalém, [...] nem jurarás pela
tua cabeça (Mt 5.34-36).
Outro
argumento é que homens de Deus no Antigo Testamento faziam juramentos em
situação solene e o próprio Deus jurou por si mesmo (Gn 24.3; 50.6,25; Hb
6.13,16). Consideram, ainda, como juramento a resposta de Jesus e as
declarações solenes de Paulo (Mt 26.63,64; Rm 9.1; 1 Co 1.23). Essas últimas
passagens bíblicas não parecem conclusivas em si mesmas; entretanto, a proibição
relativa nos parece mais coerente. Mesmo assim, devemos evitar o juramento e
substituir o termo por voto solene em cerimônias de casamento.
Conclusão
Os
Juramentos (Mt 5.33-37). Mateus apresenta pela quarta vez a fórmula 'Foi
dito... Eu, porém, vos digo'. No comentário sobre a antiga lei, Jesus faz um
ajuste importante. Os juramentos eram permitidos e, em alguns casos, exigidos (Nm
5.19), mas Jesus proibiu o uso de juramentos. O emprego do advérbio holos ('de maneira nenhuma', Mt 5.34) indica
que Jesus esperava que esta atividade cessasse completamente.
Os
juramentos que aludem indiretamente a Deus, pela referência a céu, terra e até
a própria pessoa, eram proibidos, postura que respeita a transcendência e
imanência de Deus ainda mais.
A
moratória de Jesus sobre juramentos e votos também elimina o cumprimento de
votos tolos feitos imprudentemente. Ele atinge o cerne da questão: A pessoa
honesta não tem necessidade de fazer juramento; um simples sim ou não é
suficiente.