Este é um subsídio para a
presente lição da classe de Adultos. Para a continuação da leitura de todo este
subsídio, acesse aqui.
Estudaremos mais um
dos aspectos do fruto do Espírito, chamado de “temperança (Gl 5.22)”. A segui
veremos a cerca de mais duas obras da carne, alistadas em Gálatas 5.19,21. São
elas: a prostituição e a glutonarias.
VEJA TAMBÉM
I. TEMPERANÇA, O FRUTO DO DOMÍNIO PRÓPRIO (Gl 5.22;
1Pe 1.6)
1. DEFININDO
TEMPERANÇA.
a) A palavra
temperança é a tradução do grego “egkrateia”, cujo significado é auto controle.
Temperança é uma virtude de alguém que domina seus desejos e paixões, seus
apetites sensuais. As áreas onde essa virtude opera são as seguintes: todo tipo
de apetite físico e mental, a ambição, o tipo de temperamento da pessoa, a ira,
a fala, todos os atos, tanto bons quanto maus.
b) Temperança é o
controle de si mesmo sob a orientação do Espírito Santo. É o domínio sobre o
ego, arrogância, brutalidade e vanglória. O autocontrole é o seguro do homem
contra o comodismo na imoralidade, na embriaguez, na disputa, na fofoca, na
vaidade e na ganância. Com a temperança, o homem evita os excessos que podem
acontecer em atividades normais como comer, beber e conversar.
2. CONSEQUÊNCIAS DA
FALTA DE TEMPERANÇA.
a) Na vida de Sansão.
A patética tragédia
do homem fisicamente forte, Sansão, foi o resultado de sua intemperança nos
desejos carnais. Sua paixão por uma mulher ímpia determinou sua desgraça (Jz
I4.2).
b) Na vida de Davi.
O amado rei de
Israel, Davi, colheu trágicos resultados por causa da falta de autocontrole nos
prazeres carnais (2Sm 11.2).
c) A falta de
temperança na vida de qualquer homem.
"Como cidade
derribada, que não tem muros, assim é o homem que não tem domínio próprio"
(Pv 25.28).
3. O CRISTÃO A
TEMPERANÇA.
a) Temperança é uma as
características requeridas de um líder da igreja (Tito 1.7,8)
b) Ela advém da obra do
Espírito no crente (Gl 5.22,23), deve ser ativamente buscada pelos cristãos (2
Pe 1.5),
c) A temperança é
essencial no ministério cristão (1Co 9.25-27).
d) Em várias ocasiões
em suas cartas, Paulo compara o cristão a um atleta que deve se exercitar e se
disciplinar a fim de ter alguma esperança de conquistar o prêmio (1 Co 9:24-27;
Fp 3:12-16; 1 Tm 4:7, 8).
4. A TEMPERANÇA EM
ÁREAS ESPECÍFICAS NA VIDA DO CRENTE.
a) Controle da
língua.
A temperança começa
com o controle da língua, e o apóstolo Tiago informa-nos o quão difícil é
realizá-lo (Tg 3.2). Se você não controla sua língua, sua fala, sua conversa,
não controla nada mais em sua vida. Se você realmente deseja o fruto da
temperança, peça ao Espírito Santo para controlar sua língua.
b) Moderação nos
hábitos cotidianos.
Em 1Coríntios
6.12-20, aprendemos a importância de honrar a Deus através do nosso corpo,
Nesta passagem, trata-se não só a respeito da imoralidade sexual, mas também
sobre qualquer outra prática que desonre o corpo e, consequentemente, desonre
Deus.
c) Moderação no uso
do tempo.
Provavelmente o maior
exemplo bíblico de satisfação excessiva dos próprios desejos é o rico insensato
de Lc 12.15-21. Jesus destacou a importância de usar nosso empo com sabedoria
em seu discurso em relação à vigilância (Lc 12.35-48). O crente equilibrado o
dividirá entre a família, o trabalho, o estudo da Bíblia, a Casa do Senhor, a
oração, o descanso e o lazer. O preguiçoso, ou o indivíduo que desperdiça tempo
em atividades inúteis, não tem domínio próprio (1Ts 5.6-8).
d) Autodomínio da
mente.
No mundo de hoje, há
muitas atrações e passatempos aparentemente inofensivos com o objetivo de
afastar-nos de nossas responsabilidades para com Deus. O que lemos, vimos, ou
ouvimos causa impacto em nossa mente, por isso precisamos da ajuda do Espírito
Santo a fim de conservá-la pura (Fp 4.8).
II. A PROSTITUIÇÃO, O PECADO CONTRA O CORPO (Gl
5.19; 1Co 6.18)
1. DEFININDO
“PROSTITUIÇÃO”.
A palavra
prostituição vem do grego “porneia”,
a qual ocorre por vinte e seis vezes: Mat. 5:32; 15:19; 19:9; Mar. 7:21; João
8:41; Atos 15:20,29; 21:25; I Cor. 5:1; 6:13,18; 7:2; II Cor. 12:21; Gál. 5:19;
Efé. 5:3; Col. 3:5; I Tes. 4:3; Apo. 2:21; 9:21; 14:8; 17:2,4; 18:3; 19:2.
a) Definindo a
palavra prostituição.
A prostituição, no
original (gr. porneia), inclui o
adultério ou qualquer outro tipo de imoralidade sexual (Mt 5.32; 19.9).
Em sentido estrito, é a intimidade sexual com prostitutas e a infidelidade
conjugal. Deus a proíbe com veemência (Dt 23.17); é grave pecado (1Co 6.16); é
insanidade, loucura, estupidez e torpeza (Pv 7.4-10; 1 Co 6.15-18).
O
dicionário Grego Strong apresenta as seguintes definições para o termo grego “porneia”.
-
Relação sexualmente ilícita;
-
Adultério, fornicação, homossexualismo, lesbianismo, relação com animais;
-
Relação sexual com um homem ou mulher divorciada (Mt 19.9; Mc 10.11-12).
b) Imoralidade
sexual.
Abaixo,
relacionamos as principais descrições bíblicas de imoralidade sexual:
1.
Imoralidade sexual é ter relações sexuais antes do casamento, com qualquer
pessoa.
Um
padrão inconfundível na Bíblia concernente ao comportamento sexual é que o sexo
antes do casamento, com qualquer pessoa, é pecado. Em geral, o sexo entre
pessoas solteiras é chamado de fornicação. Entre pessoas casadas é chamado de
adultério e entre pessoas do mesmo sexo é chamado de homossexualismo.
O
sexo antes do casamento, praticado com o futuro cônjuge, é tão pecaminoso
quanto com qualquer outra pessoa. Noivos não são casados, até que a união seja
oficializada pelas autoridades civis e religiosas. Relações sexuais entre
noivos antes da oficialização do casamento, é fornicação. Casais de noivos que
fazem “votos secretos” entre si para poderem ter relações sexuais antes de
estar formalmente casados não estão casados aos olhos de Deus e estão cometendo
fornicação.
De
vez em quando encontro casais que não são legalmente casados, que tiveram
relações sexuais e que acharam que assim estavam casados aos olhos de Deus. O
sexo antes do casamento nunca foi chamado de casamento na Bíblia – é sempre
chamado de fornicação ou adultério. A vontade de Deus é clara: não se deve
manter relações sexuais com ninguém, antes do casamento.
2.
Imoralidade sexual é ter relações sexuais após o casamento com outra pessoa
além do cônjuge.
Depois
do casamento, a relação sexual mantida com qualquer outra pessoa além daquela
com quem o indivíduo está casado é sempre chamada de imoralidade.
3.
Imoralidade sexual é qualquer atividade sexual praticada com qualquer pessoa
além do cônjuge.
Inclui
qualquer coisa que uma pessoa faça com outra (exceto com o cônjuge) com o
propósito de obter prazer ou satisfação sexual. Ou seja, atividades sexuais
solitárias, com crianças, com membros da família (incesto) ou com um parceiro
contratado (prostituição). Todas essas atividades são imorais aos olhos do
Senhor.
4.
Imoralidade sexual é fazer qualquer coisa em si próprio com o propósito de
instigar o desejo sexual.
Este
princípio geral é muito útil para ajudar o cristão a definir se está indo na
direção da imoralidade. A Bíblia direciona a realização dos desejos sexuais
para o cônjuge. Buscar deliberadamente instigar ou satisfazer os desejos
sexuais com qualquer outra pessoa além do cônjuge ou de qualquer outra forma
está fora dos limites da vontade de Deus.
2. O CRENTE
MORALMENTE E SEXUALMENTE PURO.
O crente, antes de
mais nada, precisa ser moral e sexualmente puro ( 2Co 11.2; Tt 2.5; 1Pe 3.2). A
palavra “puro” (gr. hagnos )
significa livre de toda mácula da lascívia. O termo refere-se a abstenção de
todos os atos e pensamentos que incitam desejos incompatíveis com a virgindade
e a castidade ou com os votos matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao
domínio próprio e a abstenção de qualquer atividade sexual que contamina a
pureza da pessoa diante de Deus. Isso abrange o controle do corpo “em
santificação e honra” (1Ts 4.4) e não em “concupiscência” (Hb 4.5).
Este ensino das
Escrituras é tanto para os solteiros, como para os casados. No tocante ao
ensino bíblico sobre a moral sexual, vejamos o seguinte:
a) A intimidade
sexual é limitada ao matrimônio.
Somente nesta
condição ela é aceita e abençoada por Deus (Gn 2.24; Ct 2.7). Mediante o
casamento, marido e mulher tornam-se uma só carne, segundo a vontade de Deus.
Os prazeres físicos e emocionais normais, decorrentes do relacionamento
conjugal fiel, são ordenados por Deus e por Ele honrados.
b) Pecados graves
diante de Deus.
O adultério, a
fornicação, o homossexualismo, os desejos impuros e as paixões degradantes são
pecados graves aos olhos de Deus por serem transgressões da lei do amor (Êx
20.14) e profanação do relacionamento conjugal. Tais pecados são severamente
condenados nas Escrituras (Pv 5.3) e colocam o culpado fora do reino de Deus
(Rm 1.24-32; 1Co 6.9,10; Gl 5.19-21).
c) A imoralidade e a
impureza sexual não somente incluem o ato sexual ilícito, mas também qualquer
prática sexual com outra pessoa que não seja seu cônjuge. Há quem ensine, em
nossos dias, que qualquer intimidade sexual entre jovens e adultos solteiros,
tendo eles mútuo “compromisso”, é aceitável, uma vez que não haja ato sexual
completo. Tal ensino peca contra a santidade de Deus e o padrão bíblico da
pureza.
Deus proíbe,
explicitamente, “descobrir a nudez” ou “ver a nudez” de qualquer pessoa a não
ser entre marido e mulher legalmente casados (Lv 18.6-30; 20.11, 17, 19-21;
18.6).
d) O crente deve ter
autocontrole e abster-se de toda e qualquer prática sexual antes do casamento.
Justificar intimidade
premarital em nome de Cristo, simplesmente com base num “compromisso” real ou
imaginário, é transigir abertamente com os padrões santos de Deus. É igualar-se
aos modos impuros do mundo e querer deste modo justificar a imoralidade. Depois
do casamento, a vida íntima deve limitar-se ao cônjuge. A Bíblia cita a
temperança como um aspecto do fruto do Espírito, no crente, i.e., a conduta
positiva e pura, contrastando com tudo que representa prazer sexual imoral como
libidinagem, fornicação, adultério e impureza. Nossa dedicação à vontade de
Deus, pela fé, abre o caminho para recebermos a bênção do domínio próprio:
“temperança” (Gl 5.22-24).
III. A GLUTONARIA (Gl 5.21)
Glutonarias em
Gálatas (5.21 - ARC) é a tradução de “komos”.
Glutão em Mateus 11.19 e Lucas 7.34 - ARC, é a tradução do original “phágos”.
1. GLUTÃO.
A palavra glutão no
hebraico é “zalal”, no grego é “phágos”. No hebraico, zalal (glutão), aparece por quatro vezes com esse sentido: Deu.
21:20; Pro. 23:20,21; 28:7. E no grego, phágos,
que ocorre por duas vezes: Mat. 11:19 e Luc. 7:34. O vocábulo grego phágos significa aquele que come demais.
A palavra hebraica
envolve a ideia de “leveza”, de “falta de dignidade”, o que significa que um
indivíduo qualquer entrega-se à frivolidade, comendo, bebendo e divertindo-se.
Essa palavra indica mais do que meramente a pessoa que come demais, o que
também é glutonaria.
O trecho de
Deuteronômio 21.20 refere-se a esse vício dentro do contexto de um filho
rebelde, que também é glutão e beberrão. De acordo com a legislação judaica,
esses pecados (ou a combinação dos mesmos) tornavam o indivíduo culpado digno
da pena de morte. O vício da glutonaria é repreendido em Provérbios 23.21.
Os trechos de Mateus
11.19 e Lucas 7.34 referem-se a esse
vício em conexão com as acusações contra Jesus. Na verdade Jesus nunca foi um
glutão e beberrão, pois ele jamais cometeu pecado (Hb 4.15). O trecho de Tito
1.12 fala em “ventres preguiçosos” (no grego, gastéres argai). O termo
grego gastér (glutão)
significa “porções internas”, incluindo o estômago; mas pode indicar,
metaforicamente, um glutão, que vive para satisfazer o estômago.
O conceito da
glutonaria, pois, sempre aparece associado a outros excessos pecaminosos. Lemos
que os antigos romanos, em seus festins e banquetes, provocavam o vômito, para
que pudessem tornar a comer: comiam e vomitavam, comiam e vomitavam. Apesar de
ser muito repelente, e a despeito de que nem todos combinem o comer em excesso
com uma vida devassa, mesmo assim é errado sobrecarregar o corpo com alimentos
demasiados.
2. GLUTONARIA.
A glutonaria
significa “qualidade de glutão, de quem come exagerada e excessivamente”.
A glutonaria e a
bebedice são hábitos pecaminosos contra os quais somos advertidos na Bíblia (Pv
23.20,21). Alguém que repreende outrem por alcoolismo e ao mesmo tempo come
de forma excessiva é incoerente. Esse tal prejudica-se igualmente, pecando
contra o corpo. Precisamos da ajuda do Espírito Santo para educar nossos
hábitos alimentares. Precisamos da temperança como fruto do Espírito Santo.
a)
Alerta conta a glutonaria.
ü Lucas 21.34: E olhai
por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de
embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia.
ü Romanos 13.13:
Andemos honestamente, como de dia; não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem
em desonestidades, nem em dissoluções, nem em contendas e inveja.
Fonte: E-book
Subsídio EBD – Vol 07