Revista: Do
professor - CPAD
Data da
aula: 11 de Junho de 2017
Trimestre: 2°
de 2017
Texto Áureo
"Disse,
então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua
palavra. E o anjo ausentou-se dela."
(Lc
1.38)
Verdade Prática
Maria, mãe de Jesus, nos deixou um exemplo elevado de
humildade e submissão à vontade de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda
- Jo 1.46: Nazaré, cidade sem importância
Terça
– 1Co 1.27-29: Deus usa as coisas sem importância
Quarta
– Tg 4.6: Deus "dá graça aos humildes"
Quinta
- SI 147.6: Deus "eleva os humildes"
Sexta
- Lc 1.45: Maria, a serva bem-aventurada
Sábado
- Lc 1.28: Maria, a serva agraciada
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
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Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor,
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E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador;
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Porque atentou na baixeza de sua serva; Pois eis que desde agora todas as
gerações me chamarão bem-aventurada,
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Porque me fez grandes coisas o Poderoso; E santo é seu nome.
HINOS SUGERIDOS: 87,
122, 551 da Harpa Cristã
OBJETIVO
GERAL
Apresentar
Maria, mãe de Jesus, como exemplo de humildade e submissão à vontade de Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Analisar o
perfil de Maria, mãe de Jesus;
Explicar a
elevada missão de Maria;
Apontar o
papel de Maria no plano da salvação.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, na lição de hoje estudaremos a respeito do
caráter humilde e submisso de Maria, mãe de Jesus. Maria foi a escolhida, dentre
tantas mulheres que aguardavam a promessa divina, para gerar, pelo Espírito
Santo, o Filho de Deus. Maria ainda era uma menina quando foi chamada para tão
nobre missão, porém ela se colocou submissa à vontade divina, mostrando o
quanto confiava e amava ao Senhor. Ela não pensou o que poderia acontecer com
sua reputação, mas se entregou totalmente aos planos do Pai. Maria não somente
deu à luz o Salvador, como mãe esteve presente em todas as fases da vida do
Filho.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Maria
foi escolhida por Deus para protagonizar o papel mais importante que uma mulher
poderia receber. Foi uma missão singular e única na história das mulheres em
todos os tempos. Ela recebeu a missão de ser mãe de Jesus Cristo, o Verbo, que
"[...] se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a
glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade" (Jo 1.14). Em seu
ventre, ela acolheu, sob a graça do Espírito Santo, aquEle que veio ao mundo
para salvar a humanidade perdida.
PONTO CENTRAL
Maria, a mãe de Jesus, é um exemplo de
caráter humilde e submisso.
l - MARIA, A MÃE DE JESUS
1. Quem era Maria.
O
nome de Maria era muito comum em seu tempo. Deriva do nome hebraico Miriã. Na
septuaginta, versão grega do Antigo Testamento, o nome original é Manam. Ela
era da linhagem real, descendente do rei Davi. Mateus registra a genealogia de
Jesus, dizendo: "Livro da geração de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de
Abraão" (Mt 1.1). O texto prossegue até o versículo quinze que diz:
"e Eliúde gerou a Eleazar, e Eleazar gerou a Mata, e Mata gerou a Jacó, e
Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama o
Cristo" (Mt 1.15,16).
2. Suas qualidades e seu
caráter.
Maria
foi escolhida para ser mãe do Salvador, antes de tudo, por decisão divina. Mas
também por suas qualidades espirituais e morais.
a) Ela era virgem.
O
anjo Gabriel foi o enviado especial da parte de Deus à cidade de Nazaré ,
"a uma virgem", cujo nome era "Maria" (Lc 1.26,27).
Naqueles tempos, a virgindade física de uma jovem era um valor de grande
significado espiritual e moral (Is 62.5). José não teve relações com ela até
que Jesus nascesse. A concepção de Jesus, portanto, foi divina, virginal e
santa (Mt 1.25). Sua virgindade era indispensável para o cumprimento da profecia
de Isaías (7.14), 760 anos antes de Cristo (Mt 1.22,23).
b) Ela era agraciada.
Diz
Lucas: "E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada
[...]" (Lc 1.28a). O termo quer dizer que ela foi honrada por Deus, ou
"muito favorecida", e recebeu a graça divina em sua vida, 'não apenas
naquele momento, mas por toda a sua vida.
c) Tinha a presença do
Senhor.
Em
sua mensagem, diretamente da parte de Deus, o anjo disse: "o Senhor é
contigo" (Lc 1.28). Ao dizer que o Senhor era com ela, o anjo declarou o que
talvez ela não tivesse consciência de forma tão clara: Deus estava com ela.
d) Ela era bendita entre as
mulheres.
O
anjo declarou ante o olhar de espanto de Maria: "[...] bendita és tu entre
as mulheres" (Lc 1.28). Com essa expressão o anjo quis enfatizar que, para
Deus, ela era abençoada, ditosa, feliz. Não era para menos. No meio de tantos
milhares de mulheres, em Israel, ser alcançada por tão grande deferência da
parte de Deus era algo acima de qualquer pensamento humano.
SÍNTESE
DO TÓPICO l
Maria,
dentre tantas mulheres em Israel, foi a escolhida para gerar o Filho de Deus.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Maria
A maternidade é um privilégio doloroso. A jovem Maria, de Nazaré, teve o privilégio
único de ser mãe do Filho de Deus. Maria foi o único ser humano presente no
nascimento de Jesus que também testemunhou sua morte. Ela o viu chegar, como
seu bebé, e o viu morrer, como seu Salvador.
Maria achou que a visita inesperada de Gabriel foi desconcertante e
assustadora, a princípio, mas o que ela ouviu a seguir foi a notícia mais
espantosa: filho seria o Messias, o Salvador prometido de Deus. Maria não
duvidou da mensagem, mas perguntou como possível a gravidez. Gabriel lhe disse que
o bebé seria Filho de Deus. A resposta de Maria foi perfeita: 'Eis aqui a serva
do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra' (Lc 1.38).
Mais adiante, seu cântico de alegria nos mostra como ela conhecia
bem a Deus, pois seus pensamentos se encheram de palavras do Antigo Testamento.
Quando Maria levou o menino Jesus, aos oito dias de idade ao Templo,
para ser consagrado a Deus, encontrou duas pessoas devotas, Simeão e Ana, que
reconheceram a criança como o Messias, e louvaram a Deus. Simeão dirigiu a
Maria algumas palavras que ela deve ter recordado muitas vezes, nos anos que se
seguiram: 'uma espada transpassará também a tua própria alma' (Lc 2.35). Uma
grande parte de seu doloroso privilégio da maternidade seria ver seu filho
rejeitado e crucificado pelo povo que Ele tinha vindo para salvar. Podemos
imaginar que, mesmo que ela tivesse sabido tudo o que iria sofrer, como mãe de
Jesus, Maria ainda teria oferecido a mesma resposta. Como Maria, você também
está disponível para ser usado por Deus?" (Bíblica Cronológica Aplicação
Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 1283).
II - A ELEVADA MISSÃO DE MARIA
1. Deus a escolheu para ser
a mãe do Salvador.
Ao
ouvir tal saudação do anjo, Maria ficou perplexa: "Disse-lhe, então, o
anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus, e eis que em teu
ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus [...] (Lc
1.30,31)”.
2. O anúncio de que seria a
mãe do Salvador.
Admiração
e espanto perturbaram sua mente ao receber a notícia de que seria a mãe do
Salvador (Lc 1.34). Então, o anjo explicou que o menino nasceria pela virtude
do Espírito Santo (Lc 1.35). Assim, Maria demonstrou outra qualidade que lhe
era peculiar, e que muito agradara a Deus - a sua submissão à vontade do
Senhor: "Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim
segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela" (Lc 1.38).
3. Maria, mulher e mãe.
Maria
soube comportar-se como verdadeira mãe. Teve de se deslocar de Nazaré a Belém,
para alistar-se com o esposo num censo decretado pelo governo (Lc 2.1-5). Um
tremendo contraste! Um Rei, nascendo numa manjedoura. Com esmero, ela cuidou da
infância de Jesus. Aos oito dias de nascido, levou-o para ser circuncidado (Lc
2.21); depois, levou-o para ser apresentado no Templo (Lc 2.22,23; Lv 12.4).
Periodicamente o levavam para a festa da Páscoa (Lc 2.40,41).
SÍNTESE
DO TÓPICO II
Embora
ainda fosse uma menina, Maria recebeu da parte de Deus uma elevada missão.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Maria tem dificuldade em entender o que o anjo lhe contou.
Sendo virgem, ela não tem ideia de como ela pode ter um filho. Seu casamento
não fora consumado fisicamente. Gabriel diz que o nascimento de Jesus será
provocado pela vinda do Espírito Santo sobre ela e pela sombra do poder de
Deus. Lucas tipicamente vincula o Espírito Santo com o poder de Deus. O verbo
'descer' (eperchomai, em Lucas 1.35)
também é usado para se referir à promessa do Espírito que vem sobre os
discípulos no Dia de Pentecostes (At 1.8). A sombra (episkiazo) diz respeito à presença de Deus (Êx 40.35) e nos faz
lembrar da nuvem que deu sombra como sinal da presença divina na transfiguração
(Lc 9.34). A presença poderosa de Deus repousará sobre Maria, de modo que a
criança que ela gerar será o Filho de Deus, Concebido pelo Espírito Santo, Ele
será santo como alguém especialmente ungido pelo Espírito (Lc 4.1). A linguagem
de Lucas o claramente trinitária: o Altíssimo, o Filho de Deus e o Espírito
Santo, Lucas não dá indicação exata de quando Maria concebeu Jesus; esse
nascimento milagroso não tem paralelo. Pessoas como Abraão e Sara e Zacarias e
Isabel, que estavam em idade avançada para gerarem filhos, receberam filhos por
Deus. O poder extraordinário de Deus superou a esterilidade e idade avançada
desses casais. Mas o nascimento de Jesus não se ajusta a esse padrão. No seu
caso, Deus não venceu a incapacidade dos pais terem filhos, mas a engravidou na
ausência completa de um pai humano, O nascimento de Cristo é um acontecimento
dos últimos dias e introduz uma nova era que culminará no julgamento final e na
salvação dos redimidos. A glória da vinda de Deus em carne exigia um milagre
como o nascimento virginal para indicar a coisa poderosa que Deus estava
fazendo por nossa salvação" (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo
Testamento. Vol. 1, 4.ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 322).
CONHEÇA MAIS
O
estado civil de Maria (Lc 1.27)
"Em grego, o estado específico de Maria era de parthenos, uma virgem. Ela estava
comprometida em se casar com José quando atingisse a maioridade, por meio de um
contrato matrimonial. Conquanto a relação sexual não fosse permitida nesse tipo
de relacionamento, era como se Maria estivesse 'casada' com José." Para
conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 652.
Ill - O SEU PAPEL NO PLANO DA SALVAÇÃO
1. Maria deu à luz "a
semente da mulher."
Após
a tragédia do pecado, por amor e misericórdia. Deus declarou, na repreensão a
Satanás: "E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a
sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o alcanhar" (Gn
3.15). Essa declaração divina é considerada o "protoevange-Iho" de Deus.
Diz Paulo: "mas, vindo a plenitude dos tempos. Deus enviou seu Filho,
nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei,
a fim de recebermos a adoção de filhos" (Gl 4.4,5).
2. Maria não é redentora.
Nos
ensinos do Novo Testamento não existe nenhuma base para considerar Maria como
redentora, ou mediadora entre Jesus e os homens. Este posicionamento é
perigoso, pois a Bíblia diz que não devemos ir além do que está escrito (1Co
4.6). O ensino de que Maria é redentora e mediadora provém do dogma,
estabelecido no Concílio de Éfeso, realizado em 431 d.C. Naquele Concílio,
chegaram à conclusão de que Maria era Mãe de Deus, pois Jesus era Deus. Tal
conclusão fere a revelação bíblica por várias razões. Deus é eterno, o Criador.
Uma criatura não pode ser sua mãe. Isso é pecado da mariolatria, o que não
condiz com o caráter humilde, submisso e santo da mãe de Jesus (Lc 1.38). Na
verdade, Maria era mãe do Filho de Deus encarnado, Verdadeiro Deus e Verdadeiro
Homem.
3. Maria não é mediadora.
Não
se pode negar a honra e os privilégios que Deus concedeu a Maria de Nazaré,
para ser a mãe do Filho de Deus, encarnado em seu ventre. Mas a ela, não se
deve render culto ou adoração. Jesus disse: "Ao Senhor, teu Deus, adorarás
e só a ele servirás" (Mt 4.10). Abaixo algumas heresias a respeito do
culto a Maria.
a) Assunção de Maria.
O
Papa Pio XII, em sua bula Munificentíssimo Deus (de 1° de novembro de 1950) diz
que Maria "... foi levada de corpo e alma para a glória do céu". Na
verdade, Maria foi sepultada e, agora, aguarda a ressurreição, no arrebatamento
da igreja.
b) Intercessão de Maria.
Que
absurdo! A Bíblia diz claramente: "Porque há um só Deus e um só mediador
entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem" (1Tm 2.5). "... o qual
está à direita de Deus, e também intercede por nós" (Rm 8.34). Só Jesus
pode interceder por nós diante de Deus, porquanto por nós Ele morreu na cruz.
c) Suprema autoridade de Maria!
Um
ensino como esse jamais honra Maria, a Mãe de Jesus como Homem. Só pode ser de
origem maligna para confundir as mentes incautas, levando-as à mariolatria.
Jesus disse que todo o poder lhe foi dado no céu e na terra (Mt 28.18).
SÍNTESE DO TÓPICO III
O papel de Maria no plano da salvação era de extrema
grandeza.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Em Gênesis 3.15, Deus disse à serpente: A Semente da mulher te
ferirá a cabeça. Compare a referência de Paulo a isto em Romanos 16.20. A
serpente só poderia ferir o calcanhar da Semente da mulher. De fato, ferir não
é forte o bastante para traduzir o termo hebraico, que pode significar moer,
esmagar, destruir. Uma cabeça esmagada que leva à morte é contrastada com um
calcanhar esmagado que pode ser curado. O versículo de Gênesis 3.15 é chamado
de 'proto-evangelho', pois contém uma promessa de esperança para o casal
pecador. O mal não tem o destino de ser vitorioso para sempre; Deus tinha em
mente um Vencedor para a raça humana. Há um forte caráter neste versículo.
Em 3.14,15, vemos 'Calcanhar Ferido'.
1) O Salvador prometido era a Semente da mulher— o Deus-Homem;
2) Esta Semente Santa feriria a cabeça da serpente— conquistar o
pecado;
3) A serpente feriria o calcanhar do Salvador — na cruz, ele
morreu" (Comentário Bíblico Beacon: Génesis a Deuteronômio. led. Rio de
Janeiro: CPAD, 2005, p. 41).
CONCLUSÃO
Maria
merece todo o respeito, a honra e o reconhecimento de seu papel, no plano de
Deus em relação à humanidade. Na presciência de Deus, Jesus já era "a
semente da mulher" (Gn 3.15), que haveria de ferir a cabeça da serpente,
que é o Diabo. Ela foi a única mulher que concebeu pelo Espírito Santo. Mas não
há qualquer base bíblica para que lhe rendamos culto, adoração, ou a
considerarmos mediadora entre Deus e os homens, pois esse papel é exclusivo de
Jesus Cristo, Nosso Senhor.
PARA REFLETIR
A
respeito de Maria, mãe de Jesus, uma serva humilde, responda:
• Qual o valor da virgindade
de Maria
Era
indispensável para o cumprimento da profecia de Isaías (7.14).
• Que contraste se vê no
nascimento de Jesus?
Um
Rei, nascendo numa manjedoura.
• Por que Maria não pode ser
"Mãe de Deus"?
Porque
uma criatura não pode ser mãe do Criador.
• Por que Maria não pode ser
Intercessora?
Por
que só Jesus é mediador entre Deus e os homens.
• Por que Maria não tem
autoridade suprema no céu?
Porque
só Jesus tem todo o poder no céu e na terra.
CONSULTE