Lição 3- O Perigo das Obras da Carne (Subsídio)

Este é um subsídio para a presente lição da classe de Adultos. Para a continuação da leitura de todo este subsídio, acesse aqui.
Quem vive deliberadamente na prática das obras da carne, além de não desfrutar de uma verdadeira comunhão como Jesus, não pode agradar a Deus (Rm 8.8) e não poderá entrar no Reino do Senhor (Gl 5.21b). O crente que não assume um compromisso de obediência a Palavra de Deus (Tg 1.22; Mt 7.21), corre o terrível risco de não desfrutar da vida eterna com Jesus Cristo e sua santa igreja.


I. PERIGO DAS OBRAS DA CARNE

1. QUEM AS PRÁTICA NÃO PODE AGRADAR A DEUS (RM 8.8).
“Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus (Rm 8.8)”.
Agradar a Deus deve incluir a ideia de estar alguém em harmonia com Deus, de ser-lhe agradável tanto na natureza de sua alma como na natureza de seus atos. O verbo agradar, neste contexto, por conseguinte, não pode ser separado do processo moral da santificação, que é fruto do poder do Espírito Santo manifestado na alma.
Aquilo que o Espírito de Deus faz em um homem agrada a Deus; e aqueles que estão destituídos dessa influência não podem agradar a Deus.

2. AS OBRAS DA CARNE PODE CAUSAR A MORTE ESPIRITUAL DO CRENTE.
O fato de o crente não pôr um fim às ações pecaminosas do corpo resulta em morte espiritual (Rm 8. 6,13).
A palavra "morrereis" (Rm 8.13) significa que um cristão pode passar da vida espiritual para a morte espiritual. Assim, a vida de Deus que recebemos ao nascer de novo (Jo 3.3-6) pode ser apagada na alma do crente que se recusa a mortificar, pelo poder do Espírito, os atos pecaminosos do corpo.

3. QUEM PRÁTICA AS OBRAS DA CARNE NÃO HERDARÁ O REINO DE DEUS (GL 21. B).
Embora Paulo afirme que é impossível herdar o reino de Deus mediante a prática das obras da lei (Gl 2.16; 5.4), ensina também que a pessoa pode excluir-se do reino de Deus envolvendo-se com práticas pecaminosas (1 Co 6.9; Mt 25.41-46; Gl 5.21; Ef 5.7-11).
CONTRASTE ENTRE A CARNE E O ESPÍRITO

1. OS DESEJOS DA CARNE SÃO CONTRÁRIOS AOS DESEJOS DO ESPÍRITO.
A carne produz um certo padrão e modo de pensar. Do mesmo modo, o Espírito Santo também produz um certo padrão e modo de pensar.
Quero dizer a vocês o seguinte: deixem que o Espírito de Deus dirija a vida de vocês e não obedeçam aos desejos da natureza humana (isto é, a carne). Porque o que a nossa natureza humana quer é contra o que o Espírito quer, e o que o Espírito quer é contra o que a natureza humana quer. Os dois são inimigos, e por isso vocês não podem fazer o que vocês querem” (Gálata 5.16,17 - NTLH).

O conflito espiritual interiormente no crente envolve a totalidade da sua pessoa. Este conflito resulta ou numa completa submissão às más inclinações da "carne", o que significa voltar ao domínio do pecado; ou numa plena submissão à vontade do Espírito Santo, continuando o crente sob o senhorio de Cristo (v. 16; Rm 8.4-14).
O campo de batalha está no próprio cristão, e o conflito continuará por toda a vida terrena, visto que o crente por fim reinará com Cristo (Rm 7.7-25; 2 Tm 2.12; Ap 12.11; Ef 6.11).

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2. O CONFLITO ENTRE "CARNE" E ESPÍRITO É INTENSO.

Carne e Espírito são opostos, travando contínuo combate. Se o cristão está andando no poder de um deles, não pode estar no controle do outro.
Paulo diz que é incapaz de fazer o que é certo e incapaz de evitar fazer o que é errado (Rm 7.14-25). Esse conflito e frustração acompanharão os cristãos enquanto viverem no corpo. Contudo, vigiando e orando contra a tentação e cultivando virtudes opostas ao pecado, eles podem, através da ajuda do Espírito, "mortificar" maus hábitos específicos (Rm 8.11-13; CI 3.5). Assim, os cristãos experimentarão muitos livramentos e vitórias específicos em sua batalha contra o pecado, ao mesmo tempo em que não são expostos a tentações que não possam resistir (1 Co 10.13).

VIDA DOMINIDA PELA CARNE X VIDA DOMINADA PELO ESPÍRITO SANTO.

1. A VIDA SOB O DOMÍNIO DA CARNE.
Existe a vida dominada pela natureza humana pecaminosa; a vida cujo foco e centro é o eu; a vida absorvida pelas coisas que fascinam a natureza humana pecaminosa; a vida cuja única lei são os seus próprios desejos; a vida que toma o que quer onde quer.

A vida dominada pelos desejos e pelas atividades da natureza humana pecaminosa está no caminho da morte. Permitir que as coisas do mundo dominem completamente a vida é auto extinguir-se; é um suicídio espiritual.

2.  A vida dominada pelo Espírito.
Existe a vida dominada pelo Espírito de Deus. No coração do homem está o Espírito. Assim como vive no ar, vive em Cristo, nunca separado dele. Como respira o ar, e o ar o enche, assim o cheia Cristo. Não tem uma mente própria. Cristo é sua mente. Não tem desejos próprios; a vontade de Cristo é sua única lei. Está dominado pelo Espírito, dominado por Cristo, focalizado em Deus.
A vida dominada pelo Espírito, a vida centrada em Cristo, a vida focada em Deus está a caminho da Vida. Diariamente se vai aproximando do céu mesmo que ainda esteja na Terra. Diariamente se assemelha mais a Cristo, é mais um com Cristo. É uma vida em tão firme progresso para com Deus que a transição final da morte é só uma etapa natural e inevitável no caminho.
A morte é a consequência do pecado. Portanto, todos os homens morrem inevitavelmente; mas o homem que está dominado pelo Espírito, e cujo coração está ocupado por Cristo, morre só para ressuscitar.

ALERTA PARA OS CRENTES CARNAIS
Ao escrever aos coríntios, Paulo mostra (1Co 3.1,3) que alguns deles viviam como carnais (gr. sarkikos), isto é, ao invés de resistirem com firmeza às inclinações da sua natureza pecaminosa, entregavam-se a algumas delas. Embora não vivessem em contínua desobediência, estavam em parceria com o mundo, a carne e o diabo em certas áreas das suas vidas, e mesmo assim querendo permanecer como povo de Deus (1Co 10.21; 2Co 6.14-18; 11.3; 13.5).

1. A FIGURA DO CRENTE CARNAL.
Embora os crentes de Corinto não vivessem em total carnalidade e rebeldia, nem praticassem grave imoralidade e iniquidade, que os separaria do reino de Deus (1Co 6.9-11; Gl 5.21; Ef 5.5), estavam vivendo de tal maneira que já não cresciam na graça, e agiam como recém-convertidos, sem divisar o pleno alcance da salvação em Cristo (1Co 13.1,2). A carnalidade deles era vista na “inveja e contendas” (1Co 3.3). Não se afligiam com a imoralidade dentro da igreja (1Co 5.1-13; 6.13-20). Não levavam a sério a Palavra de Deus, nem os ministros do Senhor (1Co 4.18,19). Moviam ação judicial, irmãos contra irmãos, por razões triviais (1Co 6.6-8). Observe-se que aos crentes coríntios que estavam vivendo em imoralidade sexual ou pecados semelhantes, Paulo os têm como excluídos da salvação em Cristo (1Co 5.1,9-11; 6.9,10).

2. PERIGOS PARA OS CRISTÃOS CARNAIS.
Os cristãos carnais de Corinto corriam o perigo de se desviarem da pura e sincera devoção a Cristo (2Co 11.3) e de se conformarem cada vez mais com o mundo (2Co 6.14-18). Caso isso continuasse, seriam castigados e julgados pelo Senhor, e se continuassem a viver segundo o mundo, acabariam sendo excluídos do reino de Deus (1Co 6.9,10; 11.31,32). Realmente, alguns deles já estavam mortos espiritualmente, por viverem em pecados que levam a isso (ver 1Jo 3.15; Rm 8.13; 1Co 5.5; 2Co 12.21; 13.5).

3. ADVERTÊNCIAS AOS CRISTÃOS CARNAIS.
a) Se um crente carnal não tomar a resolução de se purificar de tudo quanto desagrada a Deus (Rm 6.14-16; 1Co 6.9,10; 2Co 11.3; Gl 6.7-9; Tg 1.12-16), ele corre o risco de abandonar a fé.
b) Devem tomar como exemplo o fato trágico dos filhos de Israel, que foram destruídos por Deus por causa de seus pecados (1Co 10.5-12).
c) Devem entender que é impossível participar das coisas do Senhor e das coisas de Satanás ao mesmo tempo (Mt 6.24; 1Co 10.21).
d) Devem separar-se completamente do mundo (2Co 6.14-18) e se purificar de tudo quanto contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a sua santificação no temor do Senhor (2Co 7.1).

Conclusão
Todo ser humano tem uma natureza pecaminosa (também chamada de “carne”). Mas os crentes em Cristo têm acesso ao Espírito Santo. Na verdade, Paulo diz: “O Espírito de Deus habita em vós” (Rm 8.9). Os crentes ainda estão na carne, mas como nasceram de novo, eles também têm o Espírito de Deus. A questão é qual deles estará no controle. Se preferirmos deixar o controle por conta da nossa carne, o resultado será a morte, tanto física como espiritual. Mas preferir deixar o controle da nossa mente com o Espírito Santo irá nos trazer uma plena vida terrena, a vida eterna e a paz com Deus.
Comentarista de Subsídios EBD: Ev. Jair Alves

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