Trimestre: 1°
de 2017
Revista: Professor
Fonte: Lições Bíblicas de
Jovens, CPAD
TEXTO DO DIA
“[...] Dai. pois. a César 0 que é de César e a Deus. o
que é de Deus. ״(Mt 22.21)
SÍNTESE
A
fé cristã tem por princípio o respeito às autoridades constituídas, mas entende
que obedecer a Deus é muito mais importante.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA
- Ef 6.12: O combate da igreja é espiritual
TERÇA
- Lc 7.8: Homens sujeitos às autoridades
QUARTA
- 1Tm 2.1,2: A igreja e a oração pelos governantes
QUINTA
– Jo 19.11: Todo poder humano é dado por Deus
SEXTA
- At 5.29: Importa obedecer a Deus
SÁBADO
- 1Pe 2.17: Honrai o rei
OBJETIVOS
• MOSTRAR que
as autoridades são constituídas por Deus, por isso devemos nos submeter a elas;
• APONTAR
Daniel como um exemplo de servo no exílio:
• COMPREENDER
como se deu a administração de José no Egito.
INTERAÇÃO
Mostre aos alunos que a política é necessária e não podemos
viver sem ela, todavia precisamos conhecer bem o plano de governo daqueles que
se candidatam a um cargo político antes de escolher um candidato. Precisamos
nos informar e também orar.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para a aula de hoje sugerimos que você promova um debate. Divida a
turma em dois grupos. Escreva no quadro as questões que serão debatidas. Cada grupo
ficará com uma questão. Dê um tempo para que o grupo discuta a questão. Depois
peça que em círculo os alunos formem um só grupo e que a conclusão a que
chegaram seja exposta para todos. Ouça os alunos com atenção e faça as
considerações que achar necessárias, porém permita que eles fiquem à vontade
para exporem suas ideias sem constrangimento algum. Precisamos ouvir e saber o
que nossos alunos pensam para que possamos atendê-los e ajudá-los em suas
dúvidas. Sugestões de questões para serem debatidas:
“Até que ponto os crentes devem se sujeitar às autoridades? Quais
são as obrigações delas diante de Deus?"
“Igreja e Estado podem caminhar juntos? Qual deve ser o papel da
Igreja na política?'
TEXTO BÍBLICO
Romanos 13.1-7
1 TODA a alma esteja sujeita
às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as
potestades que há foram ordenadas por Deus.
2 Por isso quem resiste à
potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos
a condenação.
3 Porque os magistrados não
são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a
potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.
4 Porque ela é ministro de
Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada;
porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.
5 Portanto é necessário que
lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.
6 Por esta razão também
pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
7 Portanto, dai a cada um o
que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor,
temor; a quem honra, honra.
INTRODUÇÃO
O
homem é um ser político, e, como tal, tem necessidade de se relacionar com
outros de sua espécie. Deus estabelece autoridades para que governem e façam
justiça no mundo, a fim de que haja ordem e boa convivência entre os homens.
Mas até que ponto os cristãos devem se sujeitar às autoridades?
Quais
são as obrigações delas diante de Deus?
É
possível um cristão ser do meio governamental e manter sua integridade?
E
os deveres dos cristãos para com os governos?
Sobre
esses assuntos trataremos nesta lição.
I - AS AUTORIDADE S CONSTITUÍDAS E A SUBMISSÃO A ELAS
1. Os deveres das
autoridades.
Autoridades
existem para trazer ordem para a sociedade. Sem organização, leis e
instituições que as façam ser cumpridas, a vida em sociedade se torna inviável.
As autoridades precisam também zelar
pelo bem-estar de todos.
Em
nosso sistema politico, no qual o Estado é dirigido por governantes e legisladores
eleitos pelo povo, os que ocupam cargos púbicos devem exercer seus mandatos em
prol do bem comum, agindo com transparência e honestidade em
suas atribuições. Bons governantes são queridos pelo povo, mas os maus são uma
vergonha para qualquer nação.
2. Orando pelas autoridades.
Autoridades
e pessoas que estão em posição de evidência necessitam de nossas orações. Paulo
recomendou a Timóteo que “antes de tudo, que se façam deprecações, orações,
intercessões e ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os
que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada. em toda
a piedade e honestidade. Porque isto é bom e agradável diante de Deus, nosso
Salvador, que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da
verdade" (1 Tm 2.1-4). Estar em posição de poder expõe-nos a diversas
situações que, de outra forma, provavelmente não seriamos tentados pela
corrupção, pelo dinheiro, pela manipulação do poder com finalidades diversas
daquelas para as quais somos chamados. As autoridades precisam ser alvo da
oração dos santos, não apenas para que ajam de forma correta, mas para que
pensem e governem para os que, nelas, depositaram toda a confiança.
3. A sujeição as
autoridades.
A
sujeição às autoridades é um mandamento bíblico (Rm 13.1). Deus nos ordena que
respeitemos as autoridades constituídas. Se desejamos ter um viver quieto,
devemos cumprir as nossas obrigações em todos os aspectos, para não darmos mau
testemunho. Uma de nossas obrigações, como cidadãos, é escolher aqueles que nos
governarão. Essa escolha não deve ser leviana, pois colocando no poder pessoas
sem integridade e sem temor de Deus, nós mesmos seremos atingidos "Quando
os justos se engrandecem, o povo se alegra, mas. quando o ímpio domina, o povo
suspira" (Pv 29.2).
Não
podemos esquecer também de que devemos maior submissão a Deus. Somos cidadãos
dos céus, e se tivermos de escolher entre submeter-nos a leis injustas e
obedecer a Deus, vale o que disse o apóstolo Pedro, quando instado a não mais
falar de Jesus: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens" (At
5.29).
O
Pense!
A
história da Bíblia nos mostra que uma pessoa sem o temor de Deus. colocada em
posição de poder, faz com que sua nação sofra.
O
Ponto Importante
As
pessoas que ocupam cargos públicos devem saber que há um Deus nos céus, que a
tudo observa e recompensa, tanto em relação ao bem quanto em relação ao mal.
II ־ DANIEL, EXEMPLO DE SERVO NO EXÍLIO
1. Daniel.
Era
um jovem hebreu levado à Babilônia depois que Jerusalém foi sitiada por
Nabucodonosor (Dn 1.1). Esse jovem pertencia á linhagem nobre de Israel, e foi
levado cativo à Babilônia para ser treinado na língua e na cultura dos caldeus.
Seu traslado tinha como objetivo forçá-lo a portar-se como nobre de outra
cultura.
Conforme
Daniel 1.3.4, os moços a serem levados para a Babilônia de- veriam ser “dos
filhos de Israel, e da linhagem real,e dos nobres, jovens em quem não houvesse
defeito algum, formosos de aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e
sábios em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para
viver no palácio do rei, a fim de que fossem ensinados nas letras e na língua
dos caldeus’. As características eram bem especificas e inerentes à vida
política: Saber viver no palácio com inteligência e sabedoria.
2. Daniel, o profeta.
Ele
se destaca nas Sagradas Escrituras por, entre outras coisas, sua atividade
profética. Esse servo de Deus passou por três imperadores, e se manteve íntegro
em seu trabalho político. Sua vida de graça e seu exemplo nos mostra que é
possível ser um homem, ou mulher de Deus, no mundo politico. Como homem de
Deus, advertiu a Nabucodonosor a que agisse de forma correta em seu reino antes
de o monarca pagar um alto preço por sua arrogância:
"Portanto,
ó rei. aceita o meu conselho e desfaze os teus pecados pela justiça e as tuas
iniquidades. usando de misericórdia para com os pobres, e talvez se prolongue a
tua tranquilidade" (Dn 4 27).
3. Daniel, o homem público.
Daniel
não foi somente um profeta, e esse é o segundo motivo que o destaca nas Escrituras.
Ele foi um homem público conhecido por sua integridade Pela sua formação,
estava apto a atuar na esfera governamental, e. pelo caráter como homem de
Deus, foi um exemplo de gestor e conselheiro: não se furtou a ser usado por
Deus para repreender e advertir governantes ímpios.
A
Bíblia diz que o rei Dario tinha a intenção de torná-lo um funcionário pú-
blico de maior destaque ainda (Dn 6.1- 3).
Mas
os seus opositores buscaram algo que desabonasse sua conduta: Então, os
príncipes e os presidentes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do
reino: mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma: porque ele era fiel, e não
se achava nele nenhum vicio nem culpa. Então, estes homens disseram: Nunca
acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a procurarmos contra ele na
lei do seu Deus' (Dn 64.5) De fato, Daniel era um homem de comprovada integridade
moral e espiritual. Deus, nessa ocasião, livra Daniel na cova dos leões, pune
seus adversários e concede ao seu servo mais tempo para dar testemunho do Deus
de Israel em terra estrangeira, além de revelar ao profeta muitas coisas que
haveriam de ocorrer no fim dos tempos.
O Pense!
Tanto quanto profeta. Daniel foi um
exemplo de administrador público em toda a sua vida.
Ponto Importante
É possível ser um homem ou mulher que
tome decisões que agradem a Deus em qualquer lugar, inclusive nos meios
políticos e governamentais.
Ill - JOSÉ,
ADMINISTRADOR NO EGITO
1. José.
Ele
era filho de Jacó e bisneto de Abraão. Criado em uma família com vários filhos
de várias mulheres. José foi educado como o preferido de seu pai (Gn 37.3). Após
ter sonhado duas vezes que, um dia, estaria em posição de autoridade, seus
irmãos o venderam como escravo e fizeram de sua vida uma sucessão de tormentos
(Gn 37.1 - 36). Ele foi escravo e presidiário no Egito, mas nessas duas
situações, vemos que Deus era com José, tanto na casa de Potifar, como escravo,
quanto na prisão (Gn 39.2.21). Do cárcere. Deus o exaltou, levando-o à presença
de Faraó, onde foi colocado como o segundo homem no comando do Egito.
2. José, líder no Egito.
Após chegar a uma posição de destaque. José
teve de lidar com a política egípcia para colocar seus projetos em voga.
conseguindo estocar alimentos para os períodos de fome na terra (Gn 41.48.49).
Além disso, comprou terras para Faraó, e orientou a divisão de víveres para os
habitantes do Egito e àqueles que, para lá, iam para comprar alimentos.
3. José, o governador.
Como
a fome naqueles dias se tornou impiedosa, os irmãos de José foram ao Egito
adquirir alimentos, e se depararam com José, sem o saber. Como governador do
Egito. José poderia usar de suas prerrogativas políticas para castigar seus
irmãos pelo mal que lhe fizeram. Eles chegaram a dizer, em outras palavras, que
José estava morto: [...] Nós, teus servos, somos doze irmãos, filhos de um
varão da terra de Canaã: e eis que o mais novo está com nosso pai, hoje; mas um
já não existe" (Gn 42.13). Depois José se deu a conhecer a eles, trouxe-os
para serem preservados no Egito e reencontrou seu pai, Jacó, em um dos
encontros mais marcantes das Sagradas Escrituras: Então, José aprontou o seu
carro e subiu ao encontro de Israel, seu pai. a Gósen. E, mostrando-se-lhe,
lançou-se ao seu pescoço e chorou sobre o seu pescoço, longo tempo. E Israel
disse a José: Morra eu agora, pois já tenho visto o teu rosto, que ainda vives"
(Gn 46.29.30). Apesar de tudo, José perdoou seus irmãos, se fez conhecer,
reencontrou seu pai e fez com que sua família fosse preservada no Egito. E como
homem de Deus. profetizou: “Certamente, vos visitará Deus, e fareis transportar
os meus ossos daqui’ (Gn 50.25). Mesmo podendo se utilizar do poder que tinha
nas mãos. punindo seus próprios irmãos por tudo o que fizeram. José preferiu
lembrar das promessas feitas a Abraão, e rogou pelos filhos de Israel sobre a
terra que Deus lhes daria.
Pense!
Deus
fez José prosperarem lugares pouco prováveis, e recompensou sua integridade
guardando-o da morte e tornando-o uma pessoa importante em terra estranha.
Ponto Importante
José,
em seus últimos dias, falou da fidelidade de Deus em relação a retirar o povo
de Israel do Egito e leva-lo à Terra Prometida.
SUBSÍDIO
O Princípio da Obediência Civil
Como
discípulos de Cristo, obriga-mo-nos a exercer plena e exemplar- mente a nossa
cidadania terrena, pois somente assim viremos a glorificar o Pai Celeste.
Afinal, somos cidadãos dos santos e representantes do Reino de Deus. Cabe-nos,
por isso, observar rigorosamente o que nos recomenda a Bíblia Sagrada.
1. A doutrina da obediência
civil.
É
o ensinamento bíblico que aponta os deveres do cidadão às leis e deliberações
do governo secular. Esse principio foi exposto de maneira bastante clara pelo
apóstolo Paulo (Rm 13.1-7).
2. As obrigações sociais do
cristão.
Estas
são as principais obrigações do cristão numa sociedade politicamente
organizada: orar e promover a paz da cidade (Jr 29.7): honrar os governantes e
interceder por eles: submeter-se às autoridades (Rm 13.1) e pagar impostos (Rm
13.7).
Quer
na vida particular, quer na pública, deve o cristão ser um exemplo de lisura e
incorruptibilidade, principalmente se exercer algum cargo eletivo. Todavia,
jamais deve abrir mão de sua consciência cristã. Ele obedecerá às leis, sim:
contudo, rejeitará as que contrariarem a Palavra de Deus" (ANDRADE.
Claudionor. As Novas Fronteiras da Ética Cristã, 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD.
2015. p 218).
CONCLUSÃO
É
possível a uma pessoa, em posição de autoridade no mundo político, ser íntegra e
trabalhar pelo bem do povo. E, como cristãos, devemos orar por tais pessoas,
para que exerçam com sabedoria a vocação para a qual foram chamadas.
HORA DA REVISÃO
1. Quais são os deveres das
autoridades?
Autoridades existem para trazer ordem para a sociedade. As
autoridades precisam também zelar pelo bem-estar de todos.
2. Faça um resumo do nosso
sistema político.
Em nosso sistema político o Estado é dirigido por governantes e
legisladores eleitos pelo povo.
3. É nosso dever orar pelas
autoridades? Justifique a resposta com um texto bíblico.
Sim. A Palavra de Deus recomenda que ‘antes de tudo, que se façam
deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens, pelos
reis e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e
sossegada, em toda a piedade e honestidade. Porque isto é bom e agradável
diante de Deus, nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem e venham
ao conhecimento da verdade (1Tm 2 .1-4).
4. A sujeição as autoridades
é um dever bíblico?
Sim. A sujeição às autoridades é um mandamento bíblico (Rm 13.1).
Deus nos ordena que respeitemos as autoridades constituídas.
5. Cite exemplos de servos
que exerceram um papel político.
Moisés, Daniel e José.
Fonte: Lições Bíblicas de Jovens – 1°
trimestre de 2017
Revista: Professor
Editora: CPAD
Reverberação: †Subsídios EBD