As ordenanças são rituais
que manifestam a graça de Deus aos crentes. É "um sinal exterior e visível
de uma graça interior e espiritual". As igrejas que enfatizam as
ordenanças creem que elas transmitem graça ou funcionam como "canais"
para ela.
As ordenanças são duas: o
Batismo e a Santa Ceia. Foram instituídos por Jesus. Disse Ele aos seus
seguidores: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os" (Mt 28.19). E ainda, durante a última ceia, ao repartir o
pão e o vinho, Jesus disse: "Fazei isto em memória de mini" (Lc 22.19).
Além dos dois sacramentos
(batismo e eucaristia), as igrejas católicas e ortodoxas reconhecem outros
cinco.
São eles:
• A confirmação de votos feitos pelos pais ou
padrinhos no batismo, que confere aos "candidatos" o direito de
participar como membros da Igreja;
• A
penitência ou reconciliação (antigamente chamada de confissão), que, segundo
eles, significa o perdão dos pecados cometidos após o batismo;
• O matrimônio, a aliança entre duas pessoas,
realizada na presença de Deus;
• A ordenação que é a consagração, aos que serão separados para o ministério;
• E a unção, que é o sacramento da cura.
I.
AS DUAS ORDENANÇAS DA IGREJA
1. O batismo.
O batismo é a ordenança pelo
qual uma pessoa é incluída na comunhão da Igreja. Tem sido praticado desde o
primeiro século. (Os quacres e o Exército de Salvação são as únicas
denominações de maior expressão que não praticam o batismo). Embora antigas, as
doutrinas a esse respeito variam muito e também são várias as maneiras do rito
ser realizado. Um autor o chamou de "as águas que dividem" o
cristianismo.
Vejamos alguns exemplos.
Primeiro, o
candidato deve fazer uma confissão pública de fé antes de ser batizado, por
causa do texto de Atos 2.38.
Segundo, a
palavra batizar significa "imergir". O batismo por imersão era a
forma mais comum na Igreja Primitiva e ainda o é entre os batistas,
pentecostais e muitas outras denominações. Na maioria das grandes denominações
cristãs, no entanto, ele é feito por aspersão (respingar água) ou por efusão
(derramar água). Finalmente, há aqueles que creem que o batismo purifica o
pecado original.
Os católicos são os
principais seguidores dessa doutrina. Já outros o veem apenas como um sinal da
inclusão da pessoa na aliança divina.
2. A santa ceia.
O segundo grande sacramento
é a santa ceia ou a santa comunhão. Em algumas denominações que adotam os
sacramentos, ela recebe o nome de eucaristia ( fato de gratidão"). Na
Igreja Católica, era conhecida como missa, do latim missio, em referência a um antigo costume de pedir que as pessoas
não balizadas se retirassem da Igreja antes da celebração da eucaristia. (Hoje
a palavra missa diz respeito ao culto de adoração da Igreja Católica, sendo a eucaristia
o rito principal).
Na Igreja Primitiva, era
chamada de ceia do Senhor, e celebrada através de uma refeição em conjunto.
(Ver l Co 11.17-34).
Com relação ao sacramento
propriamente dito, há diferentes interpretações. Os católicos romanos e algumas
denominações protestantes creem que Cristo esteja literalmente no pão e no
vinho. Outros acreditam que Ele se faz presente em espírito na distribuição do
pão e do vinho, e não propriamente nos elementos da ceia. Ainda, os
congregacionais, os batistas, os pentecostais e os menonitas, por exemplo, creem que essa presença de Cristo é
simbólica, COMO lembrança de sua morte redentora. Essas denominações baseiam-se
no que Jesus disse na última ceia: "Fazei isto em memória de mim" (Lc
22.19).
Nota. OS MENONITAS eram de uma seita de
anabatistas, fundada no início do séc. XVI, cujas características, entre outras,
são a crença na autoridade das Escrituras, a singeleza no vestir, a restrição
do casamento a membros do grupo, e a prática do ritual de lava-pés; ainda hoje,
tem adeptos na Holanda e nos Estados Unidos.
II. A Estrutura e a Liderança Eclesiástica
A Igreja cristã divide-se em
três "ramos" principais: a católica, a protestante e a ortodoxa.
Os protestantes possuem
várias denominações - associações de igrejas cujas doutrinas e crenças são
semelhantes - que, por sua vez, também se dividem em grupos menores. Há três
estruturas básicas de liderança eclesiástica como veremos a seguir.
1.
Episcopal.
Termo derivado da palavra grega
para "supervisor". Nesse sistema, os bispos têm autoridade sobre
distritos eclesiásticos, sínodos1 ou conferências. É uma estrutura hierárquica
"vertical" e é a mais antiga forma de liderança.
É adotada pela Igreja
Católica Romana, pela Ortodoxa Oriental e também por algumas protestantes,
sendo que todas afirmam levar adiante a sucessão apostólica.
A Igreja Metodista Unida e a
Igreja Evangélica Luterana também são lideradas por bispos, mas os
"cargos" são diferentes. Além disso, não declaram serem sucessores
dos apóstolos.
2.
Presbiteriana.
Termo derivado do vocábulo
grego para "ancião". Essa é uma forma de liderança representativa em
que se delega autoridade a presbíteros. Eles são escolhidos dentre os ministros
e anciãos das igrejas de um determinado distrito ou região, como acontece na
Igreja Presbiteriana e na reformada.
3.
Independente ou livre.
Nesse tipo de estrutura,
cada Igreja ou congregação se "auto lidera". Entre as denominações que
adotam esse sistema estão: a batista, a pentecostal, a evangélica livre e a
menonita, entre outras.
Essa é a estrutura de
liderança mais democrática. Nela delega-se autoridade a pessoas da própria
congregação, e não apenas a bispos, sínodos e presbitérios.
III. Títulos Clericais
Há diferentes títulos para
aqueles que assumem um ministério em tempo integral. O sacerdote é um membro do
clero da Igreja Católica Romana, Ortodoxa ou Episcopal que tem autoridade para
ministrar os sacramentos.
• Ministro (palavra que vem do
latim e significa "servo"), no contexto religioso, é alguém
consagrado e separado para servir a outros. Esse é um título usado para membros
do clero em geral.
• Reverendo vem do latim
reverendus e significa "alguém digno de respeito", expressão de
"cortesia" para membros do clero.
• Pastor vem do latim passere e é usado porque o líder atua
como um pastor
que cuida
de suas ovelhas.
•
Reitor vem do latim réctor,
que significa "diretor"; pessoa
responsável por uma
Igreja ou paróquia episcopal.
• Vigário é a pessoa que
assume "vicariamente" a função do reitor.
• Cura é aquele que presta
assistência ao reitor ou ao vigário, zelando pêlos membros da paróquia.
• Capelão é o indivíduo que
ministra em capelas de hospitais, escolas, prisões, em bases militares e em
outros lugares que não a Igreja.
• Diácono, da palavra grega
que significa "ajudante", é a pessoa que, na hierarquia das igrejas
católicas, ortodoxas ou episcopais, encontra-se abaixo do sacerdote. Já em
outras denominações diz respeito a membros comuns da Igreja que auxiliam os
ministros.
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Fonte: Eclesiologia,
IBADEP / Reverberação: Subsídios EBD