A carta de Paulo aos Gálatas - Subsídios Dominical

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A Carreira Que Nos Está Proposta [ Revista Digital Cristão Alerta - 2° Trimestre 2024

A carta de Paulo aos Gálatas

Durante as duas primeiras viagens missionárias, Paulo fundou igrejas na Galácia, um distrito na Ásia Menor Central. Depois disso, alguns falsos mestres de Jerusalém foram até estas igrejas ensinando que a observância da Lei deveria ser acrescentada à fé para a salvação e santificação. A mensagem deles era uma mistura de cristianismo e judaísmo, de graça e Lei. Eles também negaram que Paulo era um apóstolo genuíno.

I. PROPÓSITO DOS GÁLATAS
Era com a intenção de refutar estes erros que Paulo escreveu esta carta um tanto acalorada. Nela, ele defende sua mensagem e ministério e estabelece a grande verdade do Evangelho como sendo pela graça, através da fé em Cristo somente e não pela observância da Lei. Ele explica o propósito da Lei e então aponta a insensatez de cristãos que desejam estar debaixo dela. Eles deveriam evitar os perigos do legalismo e viver na verdadeira liberdade e piedade cristã.
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II. DATA DOS GÁLATAS
A carta deve ter sido escrita por volta do ano de 49 d.C., antes do Concílio de Jerusalém (Atos 15). Se isto estiver correto, a carta aos Gálatas é até mais antiga do que 1 Tessalonicenses. Entretanto, alguns estudiosos preferem uma data posterior (algo em torno de 52-58 d.C.).

1. O PROPÓSITO DE PAULO AO ESCREVER (CAP. 1.1-10)

a) Saudação (1.1-5)
Paulo insiste, no início de sua carta, que seu apostolado não vinha dos homens ou mesmo de qualquer homem, mas diretamente de Jesus Cristo e de Deus o Pai. Nos primeiros versículos, ele introduz a morte vicária e a ressurreição corporal de Cristo, para enfatizar o fundamento de nossa salvação.

b) Somente um Evangelho (1.6-10)
O apóstolo Paulo fica admirado que os gálatas haviam absorvido tão rapidamente um evangelho pervertido e relembra que a maldição de Deus repousa sobre todo aquele que prega qualquer “evangelho” diferente do Evangelho da Graça de Deus.
2. PAULO DEFENDE SEU MINISTÉRIO (CAP. 1.11-2.10)

a) A conversão e o chamado de Paulo (1.11-24)
Uma breve conversão e uma história de pós-conversão mostra que o Evangelho que Paulo pregava veio de uma revelação direta do Senhor e não através dos outros apóstolos (embora fosse o mesmo Evangelho que eles pregavam). Ele relata o seu zelo pelo judaísmo, sua conversão a Jesus como o Messias na estrada de Damasco, seu tempo na Arábia e seu retorno a Damasco. Somente após três anos é que ele foi para Jerusalém e isso para uma visita de apenas 15 dias, com Pedro. De lá, foi para a Síria e Cilícia, sendo pessoalmente desconhecido às igrejas na Judéia.

b) O triunfo da graça em Jerusalém (2.1-10)
Quatorze anos depois, Paulo e Barnabé levaram um crente gentio, chamado Tito de Antioquia, para Jerusalém para um teste. Judaizantes haviam vindo para a Antioquia, insistindo que a circuncisão, “como um símbolo da observância da Lei”, era necessária para a salvação.
Os líderes em Jerusalém concordaram com Paulo e Barnabé que a circuncisão não era parte do Evangelho em nenhuma hipótese. O verdadeiro Evangelho era salvação pela graça através da fé para judeus e gentios da mesma forma e completamente separado da observância da Lei.

3. A REPREENSÃO DE PAULO A PEDRO (CAP. 2.11-21)
Mais tarde, quando Pedro veio a Antioquia, ele comeu com os crentes gentios em regozijo completo de sua liberdade cristã. Mas quando alguns homens vieram de Jerusalém, da parte de Tiago, Pedro então parou de ter comunhão com os crentes gentios, temendo que as notícias de seu comportamento chegariam até Jerusalém. Até Barnabé juntou-se a Pedro nessa hipocrisia.

Paulo viu que isto era um ataque à verdade do Evangelho. Isto demonstrava que os crentes gentios de alguma forma eram imperfeitos em sua posição perante Deus. Então Paulo repreendeu publicamente a Pedro, acusando-o de inconsistência ao professar que cria na justificação pela fé somente, no entanto, agindo como se as obras da Lei fossem também necessárias. Pedro estava se colocando de volta sob a Lei da qual ele havia sido liberto pela morte de Cristo.

Paulo destacou que, se a justiça pudesse vir da Lei, então a obra de Cristo não foi suficiente. Aparentemente Pedro aceitou a repreensão de bom grado porque depois ele fala de Paulo como “nosso amado irmão” (2 Pe 3.15).

4. A GRANDE VERDADE DO EVANGELHO (CAP. 3.1-18)

a) Justificação é pela fé (3.1-5)
Paulo agora apresenta três provas de que a salvação ocorre pela fé e não pela guarda da Lei. Primeiramente é a experiência dos próprios gálatas. Eles haviam recebido o Espírito no momento de seu novo nascimento através da fé e não pelas obras. Eles não poderiam ser salvos pelas obras e eles certamente não poderiam ser santificados por elas também!
b) O Antigo Testamento e a fé (3.6-14)
A segunda prova é o testemunho das Escrituras do Antigo Testamento. Abraão foi justificado pela fé e não pela Lei (Gn 15.6). Ao invés de salvar os homens, a Lei amaldiçoa a todos quantos não a obedecem completa e continuamente (Dt 27.26). Habacuque 2.4 ensina distintamente que a Lei exige “fazer” e não “crer”. Aplicando Deuteronômio 21.23 a Cristo, Paulo mostra que, por se tornar amaldiçoado por nós, o Senhor nos redimiu da maldição da Lei.

c) A promessa inalterável (3.15-18)
A terceira prova está baseada na inviolabilidade de acordos meramente humanos. O argumento é este: em Gênesis 22.18, Deus fez uma promessa incondicional de abençoar todas as nações através de Cristo. A Lei que veio quatrocentos e trinta anos depois, não pode alterar este pacto mais do que uma vontade pode ser alterada após assinada e selada. A promessa de Deus não foi baseada na Lei; foi uma aliança de graça para ser recebida pela fé.

5. O PROPÓSITO DA LEI (3.19-29)
O propósito da Lei era revelar o pecado em seu real caráter como transgressão. Foi um pacto condicional entre duas partes e por isso exigia-se um mediador. Foi intencionada para ser um tutor temporário até Cristo surgir.
Agora, com a fé cristã, os crentes não estão sob um tutor, mas são tratados como filhos crescidos na família de Deus. Em Cristo são abolidas todas as distinções de raças, status social ou sexo do homem em relação à sua posição diante de Deus.

6. FILHOS E FILIAÇÃO (CAP. 4.1-16)

a) Herdeiros de Deus (4.1-7)
Os israelitas sob a Lei eram como crianças pequenas, cercados por guardas e chefes como se fossem escravos. Sob a graça, os crentes são tratados como filhos adultos com todos os privilégios e responsabilidades da filiação.

b) Escravidão e miséria não são para os crentes (4.8-11)
É loucura para os cristãos desejarem voltar à Lei novamente porque é um sistema de escravidão. Paulo expressa preocupação com aqueles que estavam desejando deixar Cristo por causa de cerimônias religiosas.

c) Amor perdido através do legalismo (4.12-16)
Quando o apóstolo veio primeiramente até os gálatas eles o receberam como um anjo ou até como o próprio Jesus Cristo, mas a atitude deles mudou depois que os falsos mestres e legalistas chegaram.

7. ESCRAVIDÃO E LIBERDADE (CAP. 4.17-31)

a) A perplexidade sobre seus novos convertidos (4.17-20)
Estes judaizantes eram zelosos ao tentar afastar os crentes de Paulo e a resposta dos gálatas deixaram-no perplexo.

b) Lei e graça não se misturam (4.21-31)
Paulo agora retorna a um capítulo da história doméstica de Abraão que mostra que o legalismo é escravidão e que ele não pode se misturar com a graça. Sara e Isaque representam graça, enquanto Agar e Ismael representam a Lei. Assim como Agar era uma jovem escrava, assim a Lei produz escravidão.
Assim como Ismael perseguiu Isaque, assim a Lei persegue a graça. Assim como Sara e Agar não poderiam viver sob o mesmo teto, da mesma forma graça e Lei não podem se misturar.
Assim como Ismael não poderia herdar, da mesma forma aqueles debaixo da Lei nunca podem herdar a grande salvação de Deus.

8. O PERIGO DO LEGALISMO (CAP. 5.1-15)

a) A guarda da Lei sufoca a liberdade (5.1-5)
Os crentes devem permanecer na liberdade na qual Cristo os tornou livres e não se colocarem sob a Lei. É totalmente pecaminoso para eles voltar à Lei de alguma forma. O legalismo é um jugo da escravidão. Tira todo o valor de Cristo. Exige-se a impossível tarefa de guardar toda a Lei. Significa o abandono de Cristo como a única esperança de justiça.

b) O influência maligno do legalismo (5.6-12)
O legalismo não tem nenhuma utilidade. É desobediência à verdade. Não é um ensinamento divino. Ele gera mais e mais maldade. Traz julgamento para aqueles que o ensinam. Elimina o sacrifício da cruz. Paulo deseja que os judaizantes se afastem dos gálatas (ou até mesmo que se mutilassem!).

c) A liberdade cristã positiva (5.13-15)
A liberdade cristã é livre para servir e não para pecar; para amar um ao outro e não para criticar e brigar.

9. PODER PARA UM VIVER PIEDOSO (CAP. 5.16-26)
O Espírito Santo é o poder do crente para um viver piedoso. Se andarmos no Espírito, não satisfaremos os desejos da carne. A carne e o Espírito estão em um conflito incessante, mas o Espírito nos dá o poder para superá-la. Aqueles que praticam as obras da carne não vão herdar o reino.
Aqueles que crucificaram a carne, isto é, crentes verdadeiros, manifestam o fruto do Espírito. Já que nascemos do Espírito, devemos andar no Espírito, evitando a competitividade invejosa dos legalistas.

10. EXORTAÇÕES PRÁTICAS (CAP. 6.1-10)
Crentes maduros devem restaurar aqueles que caíram, suportar os problemas uns dos outros, suportar aqueles que ensinam a Palavra e fazer o bem a todos, especialmente àqueles da comunhão cristã.

11. CONCLUSÃO (CAP. 6.11-18)

a) A glorificação dos legalistas (6.11-13)
O objetivo dos falsos mestres era de ostentarem-se tendo muitos seguidores. É fácil conseguir isso fazendo as pessoas pensar que podem alcançar o favor de Deus por suas obras – neste caso, pela circuncisão.

b) A glorificação do apóstolo (6.14-17)
O terreno para a glorificação de Paulo não estava na carne de homens, mas na cruz de Cristo (14). Não é a circuncisão que conta – ou falta de circuncisão – mas a evidência da nova criação. Paz e misericórdia são a porção daqueles que andam de acordo com esta regra da nova criação. Paulo tinha as marcas de propriedade do Senhor Jesus no seu corpo – as cicatrizes que foram afligidas pelos perseguidores.

b) Bênção e graça (6.18)
Gálatas encerra com a bênção da graça – a palavra que tanto caracteriza o Evangelho de Paulo. Significa tudo por nada, para aqueles que nada merecem, a não ser a condenação.

Fonte: COMENTÁRIO BÁSICO DO NOVO TESTAMENTO
Autor: WILLIAM MACDONALD
Tradutor: Edison Henrique Pesch
Editora: Actual Edições
Ano: 2015
Reverberação: †Subsídios EBD

Blog: Subsídios ebd
A ferramenta de Pesquisas e Estudos dos Professores e Alunos da Palavra de Deus" (www.sub-ebd.blogspot.com). 

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