Poderia a segunda pessoa da Trindade ser tentada? - Subsídios Dominical

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A Carreira Que Nos Está Proposta [ Revista Digital Cristão Alerta - 2° Trimestre 2024

Poderia a segunda pessoa da Trindade ser tentada?

“Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo” (Leia Mateus 4. 1 -11). Nessa narrativa, dois agentes invisíveis preparam-se para um grande confronto.
Enquanto o Espírito Santo transporta Jesus ao lugar da tentação, encontra-se já o adversário preparado para o tentar.

A tentação estava nos propósitos de Deus. O Senhor muitas vezes permite sejamos tentados para que o seu nome seja enaltecido, e Satanás, derrotado. Para o nosso próprio bem somos submetidos à tentação, embora pareça- nos contraditório. Não foi, por acaso, o que aconteceu a Jó?

I. PODERIA A SEGUNDA PESSOA DA TRINDADE SER TENTADA?

Como Filho do homem, Jesus possuía alma passível de tentação e corpo sujeito a fome e canseira. Afinal, assumira ele a forma humana; revestira-se de carne para enfrentar batalhas, não para viver de forma contemplativa. Nessa condição, o Senhor Jesus “como nós, em tudo foi tentado” (Hb 4.15).

A Bíblia afirma que quando Jesus veio a este mundo, deixou de lado o poder e os privilégios da divindade. De forma consciente, limitou-se a viver aqui como mero homem. Até mesmo os milagres que realizou foram atribuídos por ele ao poder do Espírito (Mc 3.22-30). O esvaziamento descrito por Paulo é um processo progressivo de humilhação.

Jesus esvaziou-se;
nasceu em semelhança de homem;
foi obediente, mesmo quando isso significou a morte;
aceitou a morte vergonhosa reservada aos criminosos mais vis!

1. POR QUE FOI TENTADO?

Em primeiro lugar, para iniciar seu ministério com um forte golpe contra Satanás, cujas obras viera destruir (1 Jo 3.8).

Sua missão era finalmente expulsar o adversário da terra, assim como Deus o expulsara do Céu. Aqui, o Espírito mostra-se sábio estrategista.
Uma vitória retumbante sobre o chefe das hostes inimigas, logo de início, desmoralizaria todas as forças do mal. Tal vitória seria mais que decisiva para o conflito que iria se desenrolar e cujo final já podemos pressentir. Cada demônio que, naquela época, vivesse a atormentar a humanidade, ficaria sabendo que o império do mal estava prestes a desmoronar-se.

Afugentado o maioral dos demônios, pôs-se Jesus imediatamente a expulsar as castas inferiores das trevas.
O Senhor Jesus foi ungido pelo Espírito Santo para exercer um ministério espiritual que acabaria por quebrar o poder que tem Satanás sobre os homens. Sua obra era “amarrar o homem valente” e “saquear-lhe a casa” (Mt 12.29). Satanás assustou-se ao ver o seu reino ameaçado.
Se pudesse, persuadiria Cristo a transferir seu ministério do plano espiritual para o natural. Era seu intento induzir o Senhor a substituir o programa espiritual por uma plataforma política.

II. TENTADO COMO HOMEM

Ao ler a respeito da tentação de Jesus, em Mateus 4, precisamos ter em mente a ideia da kenosis (Em teologia, a humilhação de Jesus é chamada kenosis, que significa “esvaziar-se” . Paulo desenvolve essa doutrina de forma resumida em Filipenses 2).
Jesus, já fisicamente debilitado após quarenta dias de jejum no deserto, foi tentado por Satanás, mas não usou a força de sua natureza divina para resistir! A resposta de Jesus à primeira tentação de Satanás deixa isso muito claro.

“Se és o Filho de Deus”, desafiou Satanás, “manda que estas pedras se transformem em pães” . Jesus respondeu com uma citação de Deuteronômio: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4.2-4). Observe o detalhe: “Nem só de pão viverá o homem!”.

1. TENTADO COMO FILHO DO HOMEM

Mesmo sendo tratado como Filho de Deus, Jesus deixou clara sua intenção de viver como ser humano na terra. Do mesmo modo que você e eu, Jesus estava sujeito à fome, aos impulsos e às necessidades que pulsam dentro de nós e nos pressionam a pecar, mas ele enfrentou cada uma das tentações de Satanás.
Rejeitando o privilégio de sua divindade. Jesus enfrentou as mesmas tentações que enfrentamos.
Graças a esse fantástico ato de auto-esvaziamento, você e eu podemos nos encher de esperança. Jesus venceu as tentações — como ser humano! Visto que ele combateu a tentação em sua natureza humana, você e eu, da mesma maneira, podemos vencê-la.

III. AS TRÊS TENTAÇÕES

Tanto Mateus quanto Lucas descrevem as três tentações de Jesus. Mas a ordem difere. Cada escritor relata a experiência de Jesus procurando destacar o ponto alto do teste conforme sua perspectiva pessoal.

1. A VISÃO DE LUCAS
Lucas, que descreve Jesus como ser humano autêntico e vigoroso, entendeu a tentação  do pináculo do Templo (a de jogar-se lá do alto e assim provar que o Pai estava com ele) como o teste culminante.

Todos nós, em determinados momentos, sentimo-nos abandonados por Deus — quando as coisas não estão dando certo e começamos a duvidar de sua provisão.
Como o texto citado por Jesus salienta, o aspecto principal dessa tentação era colocar Deus à prova, para ver se o “SENHOR está entre nós, ou não” (Êx 17.7).

2. A VISÃO DE MATEUS
Mateus, no entanto, considerava essa tentação menos importante que a visão de todos os reinos do mundo, a qual Satanás descortinou diante de Jesus. “Tudo isto te darei” , atiçou o tentador, “se te prostrares e me adorares’ (Mt 4.9).

O Homem nascido para ser Rei viu os reinos que seriam seus. E foi lembrado que poderiam ser seus naquele momento. Todo o sofrimento seria evitado — toda a angústia, toda a rejeição, toda a dor da morte em que ele carregaria sozinho os pecados de toda a humanidade.

E novamente Jesus escolheu: “ ...está escrito: ‘Adore o Senhor, o seu Deus, e só a ele preste culto” ’ (Mt 4.10). O caminho para o trono significava o cumprimento total da vontade de Deus. Não havia lugar para atalhos. Não havia outro caminho.
Antes que pudesse reinar, Jesus precisava aprender pela experiência o significado mais profundo da submissão à vontade do Pai. A coroa o aguardava, porém só depois da cruz.

Por: EV. Jair Alves
Divulgação: Subsídios EBD
Myer Pearlman, Livro: Mateus – o evangelho do Grande Rei, CPAD

Lawrence Richards, Comentário do Professor, VIDA

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