TEXTO
DO DIA
"Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e
que é o que o SENHOR pede de ti senão que pratiques a justiça, e ames a
beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?' (Mq 6.8).
SÍNTESE
Nada justifica a opressão ou exploração de uma
pessoa por outra. Todo sacrifício feito à custa do sangue e lágrimas de outrem
é abominação A adoração torna-nos mais justos e bondosos.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA – Mq 3.11: Perfil da espiritualidade
no período de Miqueias
TERÇA - Mq 4.2: A vocação universal para o
louvor e adoração
QUARTA - Mq 6.7: Adorar é muito mais que cerimonialismo
QUINTA-Mq 6.15: Quando a prática religiosa não
se torna adoração
SEXTA-Mq 7.2; A situação decadente da
humanidade
SÁBADO - Mq 7.18: O incomparável Deus
OBJETIVOS
•
APRESENTAR período
sócio-histórico-espiritual de Miqueias.
•
MOSTRAR os três componentes
fundamentais para a adoração.
•
COMPARAR os dilemas e desafios de
Miqueias com os da Igreja atual.
INTERAÇÃO
Caro (a) educador (a) você tem uma poderosa
oportunidade semanal. Numa sociedade onde os jovens recebem vários apelos
pecaminosos, manter um grupo de moças e rapazes, durante um determinado
período, para exclusivamente estudarem a Palavra de Deus é um verdadeiro
milagre. Inclusive é possível dependendo de sua sensibilidade e do bom ambiente
que você promove em sala de aula. que você seja capaz de perceber determinados
comportamentos, medos, dúvidas ou dons. que um certo jovem tem e ninguém mais
detectou. Isto ocorre em virtude do poder, quebrantador e transformador, que a
Palavra tem. Por isso, todas as vezes que você estiver diante de seus
educandos, lembre-se: Você pode ser a única pessoa que os ouve e conhece de
verdade. Por isso, não perca a oportunidade de abençoá-los e de sempre que
possível ministrar cura, amor e esperança em suas vidas. Que suas aulas sejam
momentos de descontração, crescimento e alegria para seus alunos.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Inicie sua aula fazendo a seguinte indagação:
O que é ser bem- -sucedido? Dê exemplos de pessoas bem-sucedidas. (Se possível
escreva esta pergunta na lousa ou numa cartolina.) À medida que eles forem
respondendo vá coletando suas opiniões. Em seguida faça uma nova pergunta: “O
que é ser avivado? Após este segundo momento de respostas, faça um confronto
entre os exemplos de pessoas bem-sucedidas e as características de alguém
avivado. Leve sua classe a perceber que a vontade de Deus é que sejamos
continuamente avivados e que isso implica em sermos plenos em todas as áreas de
nossas vidas. Se algum educando definir alguém bem-sucedido com qualidades que
se contraponham ao Evangelho (por exemplo, como alguém ganancioso, poderoso,
egoisticamente feliz), demonstre que esse tipo de vida não é própria de um
cristão; esclareça-os que as riquezas não são pecado, a ganância sim.
TEXTO
BÍBLICO
Miquéias 7
1 AI de mim! porque estou feito como as
colheitas de frutas do verão, como os rabiscos da vindima; não há cacho de uvas
para comer, nem figos temporãos que a minha alma deseja.
2 Já pereceu da terra o homem piedoso, e não
há entre os homens um que seja justo; todos armam ciladas para sangue; cada um
caça a seu irmão com a rede,
3 As suas mãos fazem diligentemente o mal;
assim demanda o príncipe, e o juiz julga pela recompensa, e o grande fala da
corrupção da sua alma, e assim todos eles tecem o mal.
4 O melhor deles é como um espinho; o mais
reto é pior do que a sebe de espinhos; veio o dia dos teus vigias, veio o dia
da tua punição; agora será a sua confusão.
5 Não creiais no amigo, nem confieis no vosso
guia; daquela que repousa no teu seio, guarda as portas da tua boca.
6 Porque o filho despreza ao pai, a filha se
levanta contra sua mãe, a nora contra sua sogra, os inimigos do homem são os da
sua própria casa.
7 Eu, porém, olharei para o SENHOR; esperarei
no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.
INTRODUÇÃO
O profeta Miqueias, não era um simples
religioso de sua época. Ele foi um homem comprometido com a luta contra as
desigualdades e abusos dos poderosos sobre os mais frágeis em sua comunidade.
Para este profeta, como deve ser para todos nós. era impossível defender um
real avivamento que, além de transformações espirituais, também não causasse
mudanças nos paradigmas sociais.
A adoração naquela época - isto é, durante os
reinados de Jotão, Acaz e Ezequias (1.1) - ganhou nova centralidade Os cultos
foram reestabelecidos, sacrifícios passaram a ser cerimonialmente apresentados,
todavia, ainda havia corrupção e injustiça entre o povo (21.2). Havia certo
pessimismo no coração de Miqueias com relação ao povo e o seu relacionamento
com Deus (1.9). Será que nossa geração está seguindo esse mesmo caminho? Vamos
pensar a esse respeito na aula de hoje.
I
- MIQUEIAS E SUA DENÚNCIA PROFÉTICA
1. O perfil de um adorador.
As informações biográficas a respeito deste
profeta são muito escassas. Além de seu próprio texto, temos na profecia de Jeremias
um registro sobre o seu ministério (Jr 26.18.19). Tanto pelo contexto mais
amplo da profecia de Miqueias, como pela sucinta citação de Jeremias, pode-se
inferir que ele tinha como tônica central de seu ministério o desenvolvimento
de uma fé viva. a qual deveria romper com o modelo vigente, onde sacerdotes e
profetas realizavam seus ministérios conforme o pagamento que recebiam (Mq
3.5.11). A cidade de onde Miqueias é oriundo. Moresete, não possui sua
identificação geográfica clara, mas provavelmente é um povoado da zona rural
próximo a Filistia Se levarmos em conta esta possibilidade. Miqueias seria um
homem humilde, do contexto campestre, que anunciava a vontade de Deus na mesma
época do palaciano profeta Isaías (Is 6.1).
2. O contexto sócio-religioso da comunidade de Miqueias.
As palavras do profeta são contra Jerusalém e
Samaria (1.5), apesar do profeta concentrar-se mais na denúncia da situação
espiritual do Reino do Sul (3.1). Mesmo diante do avivamento experimentado pelo
povo de Deus durante o reinado de Ezequias (2 Cr 29-31), havia um conjunto de
pecados que sistematicamente desenvolviam-se naquela comunidade: os ricos
estavam perversamente explorando os mais pobres (6.12-15).
Os profetas não denunciavam as mazelas
sociais, antes, por suborno que recebiam, anunciavam uma falsa paz (3.5-12).
Havia idolatria e práticas religiosas reprovadas por Deus (5.12-15); o cerimonialismo
legalista também era um desafio a ser superado naquela comunidade (6.6.7). Em
meio a todo esse contexto paradoxal (avivamento X pecaminosidade, justiça
divina X injustiça humana), o Senhor continuava atraindo e pacientemente
esperando uma mudança de comportamento do povo (6.8.9).
3. A profecia de Miqueias.
As palavras de Miqueias são, literalmente,
revelação àquela comunidade. O profeta ‘tira o véu' que tenta esconder a
condição deplorável que os mais pobres estavam vivendo naquele contexto
(3.1-4). Revela ainda os efeitos imediatos que sobreviriam sobre àquela
sociedade em virtude do conjunto de opressores (3.12), e os efeitos a longo
prazo que repercutirão naquela sociedade, tanto as repreensões (4.10-12) como
as restaurações (5.2-4). O esforço do profeta está em denunciar as condutas
pecaminosas que foram normalizadas entre os filhos de Israel (72), e propor uma
mudança radical de comportamento que espelhe a natureza graciosa e justa do
Senhor. Segundo a perspectiva defendida por Miqueias, o verdadeiro avivamento
traz a presença de Jeová para o meio do seu povo, para que este povo possa
revelar ao mundo a presença de Deus por meio de atos de justiça social.
O Pense!
A mensagem de Deus precisa ser anunciada a
todas as pessoas, em todos os contextos existentes.
O Ponto Importante
Os verdadeiros servos de Deus não são
coniventes com as práticas pecaminosas de sua sociedade, ainda que estas sejam
comunitariamente aceitas.
II - A ESSÊNCIA DA ADORAÇÃO SEGUNDO MIQUEIAS
(6.8)
1. A adoração conduz a bondade.
É impossível que aquele que conhece a Deus
permaneça deliberadamente numa vida de maldade, pois o pecado não o domina mais
(Rm 6.14). tendo sido afastado de nós (Sl 103.12), Não fazemos boas obras para
sermos salvos. todavia, uma vez íntimos do Pai. inevitavelmente espelharemos o
seu caráter por meio das boas ações que realizaremos (2 Ts 3.13).
A crueldade não pode ser um atributo daqueles
que se declaram adoradores do Senhor. João deixa isso bastante claro em 3 Jo
11. Se é para a glória de Deus que realizamos uma determinada ação, esta não
pode ter como meio a violência, opressão ou mentira (Cl 3.9), e seu fim não
pode ser a inveja, competição ou vanglória (Fp 2.3) Se de fato adoramos a Deus.
a bondade é o fundamento de nossa vida (Cl 312; Rm 15.14). Uma vez que a
adoração nos aproxima de Deus, ela também nos afasta do mal e atrai-nos para o
bem (Pv 14 22).
2. A justiça como fruto da adoração.
Miqueias chocou-se com a cumplicidade e com a
injustiça que imperavam entre aqueles que se declaravam povo de Deus (39).
Contudo, ele, como profeta do Senhor, proclamava em alto e bom som a justiça
(3.8). Aquele que adora a Deus ama a justiça porque o Senhor a ama também,
assim como ao homem justo (Sl 117:33-5:146.8). A justiça é parte integrante da
natureza de Deus, por isso a sua observância jamais vai contrariar o coração de
Deus; assim sendo, cuidado, não confunda justiça com legalismo-formalismo.
Nosso critério de justiça não é nossa constituição - esta é a base de mediação
de nossas relações civis mas -, sim a Escritura. Enquanto aqueles que não
conhecem a Deus associam o conceito de justiça a leis e punições, nós devemos
defender um tipo de justiça que se alinhe mais com o amor e a misericórdia.
3. Louvar a Deus torna o nosso coração humilde.
Sentimentos como autossuficiência e exaltação
tendem a ser próprios daqueles que estão longe do amor de Deus, e essa era a
situação deplorável dos contemporâneos de Miqueias (2.1; 3.9). Uma vida de
adoração torna-nos absolutamente conscientes de nossas finitudes. diante da
grandeza do Deus a quem adoramos somos confrontados com uma verdade eterna:
somos limitados e fracos. Deus é quem nos fortalece (2 Co 2.19; Is 40.29.30; Ef
6.10).
A soberba da geração de Miqueias expunha o
quão longe do Senhor eles estavam: de nada serviam os sacrifícios e cerimoniais
que faziam (6.6.7). A arrogância deles era um prenúncio de sua queda iminente
(Pv 16.18). A verdadeira adoração conduz-nos a mesma postura do publicano da
célebre parábola de Jesus (Lc 18.10-14). Não existe adoração sem
quebrantamento.
O Pense!
Na história do cristianismo, em nome de Deus,
foram iniciadas guerras, cometeram-se assassinatos, justificou-se o uso da
violência. Para que nunca mais voltemos a estes tempos vergonhosos precisamos
compreender que a fé que temos em Cristo não nos torna donos do mundo.
O Ponto
Importante
Infelizmente em nossa sociedade, a humildade é
um comportamento raro, especialmente entre aqueles que se dizem cristãos.
III- DE FATO SOMOS ADORADORES?
1. A Igreja e a justiça social.
A Igreja de Jesus Cristo não deve se esquecer
de que precisa também socorrer aqueles que têm necessidades. Em momentos, como
o que estamos enfrentando, em que a desigualdade social é manifestada
nacionalmente, devemos nos posicionar não apenas falando de Jesus para a nossa
sociedade, mas também estendendo as mãos para que possamos ver mais justiça
social de acordo com o que Deus planejou.
2. Somos cristãos ou consumidores de religiosidade?
O marketing religioso é um campo em amplo
crescimento no mundo dos negócios. Infelizmente, para algumas igrejas,
desenvolver uma comunidade de adoradores não é mais o foco; aspira-se um
mercado consumidor, por isso há todo um "portfólio" de opções para
atrair novos "clientes". A Igreja não pode se esquecer de que o foco
é Jesus. Como arautos do Senhor, precisamos pregara Palavra de Deus com
responsabilidade. Isto implica discipular pessoas, ensiná-las a se relacionarem
com Deus. É preciso mostrar que diferente do que o mundo tenta fazer em alguns
ambientes de adoração que recorrem as regras de mercado para atrair pessoas, a
Igreja não forma consumidores em busca de entretenimento, e sim ovelhas que
obedecem a Deus.
3. O mais importante não é o que temos, mas o que somos.
Os ricos opressores do contexto histórico de
Miqueias, queriam justificar sua opulência como derivada da bênção de Deus
(3.11). Na verdade eles tinham muito em virtude da opressão e exploração dos
mais frágeis.
Desenvolvamos nossa viva fé como um
instrumento de adoração a Deus que nos torna mais humanos, irmãos uns dos
outros, filhos de Deus Se o Senhor abençoar-nos com riquezas, o fará por meio
da justiça e da verdade (Sl 112.1-10).
O Pense!
A Igreja não é o Estado e nem cabe sê-lo:
logo. o modo e a finalidade pela qual a Igreja deve lutar por um mundo mais
justo devem ser diferentes daqueles utilizados pelo Estado. Enquanto este toma
suas medidas por força da lei ou por interesse populista, a aquela abraça a
causa de Cristo para si.
O
Ponto Importante
Nossa experiência de fé tem de fato
tornado-nos pessoas com valores e princípios diferentes daqueles que estão
estampados no mundo, ou tudo o que vivemos é uma adaptação religiosa da lógica
perversa e perniciosa do mundo que nos cerca?
SUBSÍDIO 1
“Miqueias profetizou nos dias dos reis Jotão,
Acaz e Ezequias em Judá (Mq 1.1-9) e dos reis Pecaías. Peca e Oseias em Israel
(2 Rs 15.23-30). e sua mensagem era tanto para Judá quanto para Israel (Mq
1.1-9). Ele predisse o cativeiro do povo do Reino do Sul e do Reino do Norte.
Viu a queda de Samaria pela Assiria e a queda de Jerusalém pela Babilónia.
Pelos reis que lhe foram contemporâneos, o periodo de seu ministério profético
pode ser estabelecido de 752 a.C. a 697 a.C. Um detalhe muito significativo é
que Deus escolheu Miqueias para profetizar o local do nascimento do Messias (Mq
5.2; Mt 21.5.6).
A mensagem de Miqueias pode ser dividida,
fundamentalmente, em duas partes; na primeira, que compreende os capítulos de 1
a 3, ele denuncia os pecados de Samaria e Jerusalém, e anuncia a condenação
vindoura; e na segunda, que vai do capitulo 4 ao 7, ele traz uma mensagem de
consolação, de redenção do povo judeu e de promessas de bênçãos Outro destaque
da mensagem de Miqueias é que ele foi usado por Deus também para denunciar a
opressão e as injustiças sociais em Israel, especialmente nos capítulos 2 (v
1.2.8 9) e 3 (v 2.3.11), mas também no capitulo 6 (v. 8-12)* (COELHO. A; DANIEL
S. Os Doze Profetas Menores 1.ed Rio de Janeiro: CPAD. 2012. pp 56.57).
SUBSÍDIO 2
‘Miqueias expõe os falsos profetas pelo que
realmente são. Afirma que suas visões serão tiradas. Os que, por dinheiro,
deram orientações erróneas às pessoas serão abandonados em suas próprias
ilusões sombrias Pelo fato de eles mesmos estarem na noite espiritual, não
poderiam fazer predições ou tornar a vontade de Deus conhecida. Em consequência
disso, as trevas espirituais infestarão toda a nação Elas caem sobre todo
homem, ou grupo de pessoas, que. por fins ignóbeis e egoístas, fecham os olhos
à verdade. Agir irresponsavelmente com a justiça, faz os homens perderem todo o
senso de principio; 'direitos' e 'deveres' tomam-se meras palavras (ver Mt
722.23; 1 Jo 1.7).
É muito ruim estar sob o governo de lideres
que não temem a Deus, mas é pior ser guiado por falsos mestres. Jesus falou
sobre eles quando se referiu a cegos que guiam cegos (Mt 15.14) e mencionou a
necessidade de andarmos na luz para que não sejamos surpreendidos (Jo
12.34-36). Se por um ganho monetário ou por outro motivo vil, os lideres da
igreja torcem o Evangelho, quando as pessoas lhes pedem conselhos, não tem a
resposta do Senhor para dar E como são densas essas trevas! (Mt 619-23: cf. Is
5 20.21) (Comentário Biblico Beacon. Oseias a Malaquias Vol 5 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2012. p. 180).
CONCLUSÃO
Assim como na época de Miqueias necessitamos
urgentemente de um avivamento. Contudo, esse movimento não pode reduzir-se
apenas a um conjunto de práticas religiosas, antes deve contemplar a totalidade
de nossos papéis e relacionamentos. Deste modo, uma Igreja avivada segundo a
vontade de Deus, imprescindivelmente colaborará para uma sociedade melhor.
HORA DA
REVISÃO
1. Quais os principais problemas que
enfrentava a sociedade de Miqueias?
Os ricos estavam perversamente explorando os
mais pobres; os profetas não denunciavam as mazelas sociais, antes, por suborno
que recebiam, anunciavam uma falsa paz; havia idolatria e práticas religiosas
reprovadas por Deus; o cerimonialismo legalista também era um desafio a ser
superado naquela comunidade.
2. Por que o avivamento que estava
acontecendo em Judá. segundo Miqueias,não era pleno?
Porque não havia o bem-estar social junto corro
bem-estar espiritual.
3. Apresente as três características
que demonstram o coração de um adorador.
Bondade. Justiça e Humildade.
4. Hoje, existem desafios similares
aos que Miqueias enfrentou em nossas comunidades? Quais?
Teologia da Prosperidade, triunfalismo,
narcisismo.
5.O que devemos ofertar a Deus como
sinónimo de nossa adoração a Ele?
Todo nosso ser, não simplesmente nossos bens.
Fonte: Lições Bíblicas de Jovens, 4° trimestre de 2016
Editora: CPAD