O relacionamento entre pais e professores de da ED

Uma estratégia muito usada hoje em empresas para melhorar o relacionamento entre os empregados é a reflexão sobre os diversos assuntos de interesse e a boa articulação entre as equipes de trabalho. Reunir, discutir, conversar amigavelmente e encontrar soluções em equipe proporcionam também ao educador uma oportunidade de melhorar o seu fazer, o seu ensinar a Palavra de Deus, como verdadeiro ensinador cristão que é.
Vale a pena os educadores cristãos tomarem consciência de que precisam investir em todos os recursos possíveis para continuar conduzindo os seus alunos da ED na aprendizagem da Palavra de Deus.
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Os professores das classes de adolescentes, às vezes, passam por dificuldades maiores, por conta das diversas mudanças que acontecem nessa faixa etária. Portanto, basearemos esta reflexão sobre o relacionamento entre pais/família e professores de adolescentes da ED.

Quando a família não vai bem, a aprendizagem dos adolescentes também não, encontra-se prejudicada, por certo. Quando o professor diagnostica dificuldades na família do aluno adolescente deverá providenciar um tratamento para a situação, porque ele foi capacitado para isso, pois deve ser um especialista em educação.

Os pais devem ser orientados por estes educadores ou por uma equipe gestora da escola. Será que os pais podem ajudar seus filhos adolescentes a terem mais prazer em aprender a Palavra de Deus, assim como no ensino secular? Sem dúvida. Por outro lado, como educadores, não podemos deixar de conhecer a família do aluno e buscar manter um diálogo frequente com seus pais, que, na maioria das vezes, enfrentam diversos obstáculos na vida educacional de seus filhos. Precisamos descobrir a preciosidade existente nesse detalhe importantíssimo da Educação Cristã.

I. UMA RELAÇÃO DE PARCERIA

Como a escola secular, a ED também pode estabelecer encontros com os pais
das crianças e adolescentes. Em plena fase de crescimento e formação que esse ser humano passa, necessita de todo empenho na área de educação, de forma que aconteça uma preparação adequada para que nossas crianças e adolescentes possam enfrentar a sociedade tendo uma fé inabalável e vida
espiritual bem estruturada.

A ED deve criar situações onde os pais tenham a oportunidade de refletir, analisando experiências vividas pela família que possam conscientizá-los da educação cristã de seus filhos.


Por sua vez, os professores de adolescente precisam conhecer a família de seus alunos e reservar momentos para reflexão sobre a importância dessa relação para o crescimento da vida cristã das famílias da igreja.

Mesmo quando os pais dos alunos não são cristãos essa, relação também precisa ser estabelecida. Quantas crianças e adolescentes têm levado suas famílias ao Senhor através da ED!

Embora seja um direito constante do ECA, que toda criança e adolescente tem
direito à criação e educação em família, é comum hoje os pais ou responsáveis transferirem os seus deveres de educar para a escola, e a ED não fica isenta dessa situação.

E como é sabido por todos que a família vive uma crise de desestruturação, os professores e equipe gestora de cada escola devem se empenhar ao máximo para desenvolver projetos que envolvam a educação de sua clientela, levando sempre em conta a relação pais/professores.

Estabelecer deveres na educação dos adolescentes, na situação atual da sociedade em que vivemos, é um tanto complexo para todos. Daí a prioridade urgente de se cultivar um relacionamento saudável entre professores e pais, educando num consenso onde escola e lar se empenhem e juntos possam preparar melhor os adolescentes para uma vida adulta equilibrada.

Para muitos professores, essa é uma tarefa mais difícil. Eles estão sempre preocupados e sobrecarregados procurando exercer a função de pais e educadores e acabam por falharem porque não foram preparados para isso e muitos ainda não são pais nem adquiriram experiência nesse aspecto da vida.

O relacionamento entre professores da ED e pais deverá ser cultivado, não para vigiar, acusar ou apontar erros dos adolescentes, mas para conversar e auxiliar no processo da educação cristã entre escola e família. O correto é que entrem em acordo e se conscientizem de que as responsabilidades precisam ser compartilhadas entre pais e professores e que família e escola precisam caminhar juntas para construir uma educação de qualidade para nossas crianças e adolescentes, sem esquecer que a primeira responsabilidade da educação de crianças e adolescentes recairá sempre sobre os pais.

II. COMO OS PAIS PODEM AJUDAR?

1. Na frequência à ED.
A dificuldade maior está em fazer o pai entender que seu filho adolescente precisa de uma atenção maior e que o pai deve ter um tempo específico para o filho. Ir com o filho todas as manhãs de domingo para a Escola Dominical precisa ser prioridade e responsabilidade dos pais, o que não é tão fácil assim pelo fato de que, como estudante, acorda cedo a semana inteira para ir à escola, no caso dos que estudam pela parte da manhã.

Por outro lado, o professor precisa estimular o aluno de tal forma que ele
fique ansioso e interessado para voltar no próximo domingo, querendo aprender algo novo. Como bons educadores da Escola Dominical, devemos investir em todos os recursos possíveis para atrair a presença dos nossos alunos. A frequência de todos é muito importante, tanto para o acompanhamento do currículo que a Lição traz quanto à participação nas atividades e aprendizagem de cada tema proposto.

2. No comportamento social do adolescente.

Muitos pedagogos que estudam e escrevem sobre esses temas concordam que crianças e adolescentes se espelham nos pais ou responsáveis para agir na maioria de suas atitudes. Observando seus pais, eles tendem a copiar o comportamento que mais presenciam neles, pela sua convivência, ainda que
às vezes de maneira inconsciente.

Durante muitos anos de magistério com classes de adolescentes, na rede pública de ensino e na ED, tenho refletido constantemente sobre "comportamento", e não consigo imaginar que na família é possível aprender atitudes tão desagradáveis e reprováveis praticadas por alguns dos nossos alunos. Aí teríamos de pensar numa estratégia de reeducar os pais antes de tentar solucionar a problemática de seus filhos.

Ainda temos alguns alunos atenciosos e colaboradores nesse aspecto. Isso mostra que suas famílias são mais eficazes em sua educação e mais presentes em suas vidas escolares. A verdade é que, na família onde há um bom relacionamento entre todos, os adolescentes têm um comportamento que
faz a diferença nos meios sociais.

Uma boa conversa resolve muitos problemas. Em contrapartida, disciplinas ríspidas e intolerâncias sempre piorarão o problema, pois geralmente tornam o adolescente mais rebelde e sem vontade de aprender. Por isso, professores e pais precisam buscar sabedoria para agir da melhor forma possível na educação de adolescentes.

3. Na participação e interação com a classe

A timidez é característica comum a essa faixa etária. No entanto, às vezes, pode revelar uma série de problemas adquiridos na infância e que precisam ser trabalhados neste momento da vida do adolescente.

Aqueles que têm medo de falar, ler ou escrever precisam de uma atenção maior e também do contato com a família para se descobrir como resolver com mais facilidade a situação.

Os pais devem procurar saber das tarefas escolares de seus filhos e procurar se envolver para ajudar no desenvolvimento de seus filhos. Por estas razões é que, como bons educadores, não podemos desconhecer ou ignorar a família do nosso querido aluno adolescente.

Há questões que devemos tratar com os próprios adolescentes, pois eles são capazes de compreender e melhorar suas atitudes, outras a intervenção dos pais nos auxiliam sobremaneira. Umas turma participativa facilita o trabalho do educador no processo educacional e resulta sempre em bons dividendos na aprendizagem.

III. COMO AJUDAR NA EDUCAÇÃO CRISTÃ DOS ADOLESCENTES

A receptividade de um professor simpático e amoroso tem um valor fundamental na vida dos adolescentes, que na maioria das vezes, chegam à classe abalados e sofrendo crises próprias de sua idade, dadas as mudanças que naturalmente lhes ocorrem no decorrer desses poucos anos. Tais problemas devem ser observados, compartilhados e tratados por pais e educadores.

Precisamos buscar alternativas que resultem em maior desempenho do nosso trabalho refletido na mudança de caráter e nas atitudes dos nossos adolescentes, sob pena de não estarmos fazendo o mínimo desejável como educadores cujo enfoque é a transformação de vidas para esse mundo e para a eternidade.

Pelo tamanho dos desafios e da responsabilidade que temos nesta árdua e importante missão, não podemos cruzar os braços e nos conformar com situações que é nosso dever procurar solucioná-las.

Quando envolvemos os pais dos adolescentes no processo da educação cristã de seus filhos, eles procuram nos ajudar se responsabilizando muito mais pelo zelo espiritual de seus filhos e, consequentemente, colhendo melhores resultados em seus relacionamentos e aprendizagem.

Não podemos perder as oportunidades, o nosso tempo é agora. Fazemos parte da igreja desta geração, e como ensinadores cristãos, precisamos fazer agora para o Senhor.

Será que temos demonstrado disposição para contribuir com um assunto
de tão grande importância? Dependemos do Senhor, com certeza, mas a nossa parte precisa ser executada agora, já!

A ED é a maior escola que educa para a vida, uma equipe que prima por integrar e educar seus alunos nos fundamentos da Palavra de Deus, contudo não é isenta de também enfrentar sérios problemas na educação de crianças e adolescentes. Por isso, precisa ser a melhor Escola, onde os líderes da Igreja priorizem maior investimento numa melhor educação para todos. Querido professor, se você está contribuindo para a transformação de seus alunos, amém! Prossiga assim e Deus seja louvado para sempre em sua vida!

Por: Alderi Ribeiro de Moura Cruz / Ensinador Cristão, n° 50 - CPAD

Blog: Subsídios ebd
A ferramenta de Pesquisas e Estudos dos Professores e Alunos da Palavra de Deus" (sub-ebd.blogspot.com.br). 
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