Obs. Subsídio teológico da lição 13.
O apóstolo
Paulo concluiu o capítulo 16 de Romanos com uma lista de saudações extensa. Ele
cita judeus e gentios, gente simples e autoridades. Isso mostra que o líder
precisa da ajuda de cooperadores. No capítulo 16 Paulo mostra que cultivava as
relações interpessoais (o relacionamento entre as pessoas).
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I. DESTACANDO OS PERSONAGENS DA LISTA DE PAULO
(Rm 16.1-16).
Da lista de
personagens saudadas por Paulo, quero destacar aqui algumas dessas pessoas
citadas por nome.
1. Priscila e Áquila (V. 3).
Priscila e
Áquila eram amigos íntimos de Paulo e durante um tempo trabalharam juntos
confeccionando tendas (At 18.2,3). Priscila era uma romana de classe nobre,
casada com Áquila, um judeu da região do Ponto, ambos cristãos cheios do
Espírito.
Acolhiam
uma igreja (grupo de crentes em Cristo) em sua casa, como anteriormente tinham
feito em Éfeso (1Co 16.19) e Corinto (At 18.26). A igreja atual tem muito a
aprender com essa antiga e saudável estratégia missionária.
Não há no
Novo Testamento um casal mais fascinante que Priscila e Áquila. Priscila é um
diminutivo afetuoso da Prisca. Comecemos com os fatos a respeito sobre eles
dentre os que estamos seguros.
Aparecem
pela primeira vez em Atos 18:2. Por esta passagem sabemos que anteriormente
estavam residindo em Roma. Cláudio promulgou um decreto, em 52 d. C.,
expulsando os judeus de Roma.
O
anti-semitismo não é uma coisa nova, e os judeus foram odiados no mundo antigo
como eles são freqüentemente odiados hoje em dia.
Quando os
judeus foram expulsos de Roma, Priscila e Áqüila se radicaram em Corinto. Eram
fabricantes de tendas, que era o mesmo ofício de Paulo, e ele encontrou um lar
com eles. Quando Paulo deixou Corinto e foi a Éfeso, Priscila e Áquila foram
com ele e se radicaram ali (Atos 18:18).
Tinha
chegado a Éfeso aquele douto e brilhante Apolo; mas por então Apolo não tinha
uma completa compreensão e apreciação da fé cristã; assim Priscila e Áquila o
levaram a sua casa e lhe brindaram amizade e instrução na fé cristã (Atos
18:24-26). Desde o começo Priscila e Áquila foram pessoas que conservaram um
coração aberto e uma porta aberta.
A vez seguinte que ouvimos falar já deles estão
em Éfeso.
Paulo
escreveu sua primeira carta aos coríntios de Éfeso e nela envia saudações de
Priscila e Áqüila e da Igreja que está em sua casa (1 Coríntios 16:10). Isto
foi muito antes dos dias em que chegaria a haver tal coisa como edifícios
especiais para as Igrejas; e o lar da Priscila e Áquila servia como lugar de
reunião para um grupo de cristãos. Quando voltamos a ouvir falar deles estão aqui
em Roma.
O decreto
de Cláudio, pelo qual os judeus tinham sido expulsos, tinha deixado de ter
vigência e Priscila e Áquila não duvidaram, como muitos outros judeus, em
voltar para seu antigo lar e a seus antigos negócios. E mais uma vez
descobrimos que são exatamente os mesmos: outra vez há uma Igreja, um grupo de
cristãos que se reúne em seu lar. Em outra ocasião, pela última vez, aparecem
em 2 Timóteo 4:19, e mais uma vez estão em Éfeso; e uma das últimas mensagens
que possivelmente Paulo tenha enviado foi uma mensagem de saudação a este casal
de cristãos que tinham passado tantas coisas com ele.
Priscila e
Áquila viviam uma curiosa vida nômade e instável. O próprio Áquila tinha
nascido no Ponto, na Ásia Menor (Atos 18:2).
Encontramo-los
primeiro residindo em Roma, logo em Corinto, logo em Éfeso, logo depois de
volta a Roma, e logo finalmente de volta a Éfeso; mas em qualquer lugar os
encontremos, achamos que seu lar é um centro de comunidade e serviço cristão.
Cada lar deveria ser uma Igreja, porque uma Igreja é um lugar onde habita
Jesus.
O lar da
Priscila e Áquila, em qualquer lugar estivesse, irradiava amizade, comunhão e
amor. Se alguém for um estranho em um povo estranho ou em um país estranho, uma
das coisas mais valiosas do mundo é ter um lar aonde ir. Tal lar tira a solidão
e protege da tentação.
2. Epêneto (v. 5).
Provavelmente,
salvo por meio da pregação de Paulo e disciplinado de maneira amorosa pelo
apóstolo. Ele foi o primeiro convertido
na Asia Menor (atual Turquia), que nos melhores manuscritos substitui a palavra
"Acaia".
3. Maria (v. 6).
A expressão
“Trabalhar muito" tem a
conotação de um trabalho pesado ao ponto da exaustão. O contexto sugere que ela
(Maria) pode ter ministrado na igreja de Roma desde a sua fundação e foi
mencionada a Paulo por outras pessoas (possivelmente Priscila e Áquila).
Entretanto, nada mais se sabe a respeito dela.
4. Andrônico e Júnias (Rm 16.7).
Andrônico e
Júnia eram judeus, amigos de Paulo, com quem estiveram presos em Éfeso, por
causa da pregação do Evangelho de Cristo (2Co 11.23). O nome “Júnia”, cuja
acentuação no original grego indica nome próprio feminino, tem gerado algumas
dificuldades para aceitá-la como parte do grupo apostólico. Entretanto, Paulo,
que a exemplo de Jesus, também emancipou as mulheres para o serviço cristão,
afirma que Andrônico e sua esposa eram crentes exemplares e gozavam de grande
admiração por parte “dos apóstolos”. Estiveram entre os “quinhentos irmãos” que
viram o Senhor ressuscitado (1Co 15.6). Portanto, exerciam o “ministério
apostólico” como missionários itinerantes, ainda que não fizessem parte oficial
do seleto grupo dos Doze (At 14.4-14; 1Co 12.28; Ef 4.11; 1Ts 2.6,7).
5. Trifena e a Trifosa (v.12).
Trifena e
Trifosa eram irmãs gêmeas que se dedicaram à obra do Senhor de forma exemplar.
6. Pérside (v. 12).
Pérside,
cujo nome significa “mulher persa” foi uma gentia cristã igualmente notável.
7. Rufo (v. 13).
Rufo é o
mesmo que fora designado como filho de Simão, o Cireneu (Mc 15.21). Marcos ao
escrever para Roma, no ano 60 d.C., usaria Alexandre e Rufo (membros da igreja
em Roma) para identificar Simão, o homem que ajudou a Jesus a carregar a cruz.
A expressão “eleito” tem o sentido de “distinguido” ou “apreciado”. O Simão
Niger de At 13.1 seria o mesmo de Mc 15.21 e, portanto, pai de Rufo. O que faz
da mãe de Rufo, mãe sentimental de Paulo. Quando Barnabé procurou Paulo para
cooperar no ministério em Antioquia, ele estava hospedado na casa dos pais de
Rufo (At 11.25,26).
8. Aristóbulo (v. 10).
Uma vez que
Paulo não o cumprimentou pessoalmente, ele provavelmente não era um cristão,
embora alguns parentes e servos da casa aparentemente o fossem. Um renomado
estudioso da Bíblia acredita que ele era neto de Herodes, o Grande.
II. A IMPORTÂNCIA DA MULHER
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