TEXTO DO
DIA:
"E amava Isaque a Esaú, porque a caça era
de seu gosto; mas Rebeca amava a Jacó." (Gn 25.28)
SÍNTESE
A
divisão na família traz danos para todos, e somente Deus pode restaurar os elos
de carinho e lealdade danificados.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA
- Gn 25.22,23 - Uma família dividida desde as entranhas
TERÇA
- Gn 25.28 - Pais com filhos prediletos
QUARTA
- Gn 25.29-34 - Irmãos sem solidariedade
QUINTA
- Gn 26.34,35; 27.46 - Noras que são amargura
SEXTA
- Gn 27.6-14 - Cônjuge que engana
SÁBADO
- Gn 27.19,41 - Irmãos que contendem
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OBJETIVOS
MOSTRAR que a
família de Isaque era uma bênção, o que não impediu que tivesse sérios
problemas;
ANALISAR
criticamente de que forma a divisão se instalou na família de Isaque, causando
inúmeros prejuízos;
GLORIFICAR a Deus
pelo final feliz da família de Isaque, onde a humildade e o perdão
prevaleceram.
INTERAÇÃO
Professor, você é daqueles que reconhecem a importância dos
recursos didáticos como auxiliares no processo de ensino-aprendizagem e fazem
uso dessa ferramenta? Então você merece os mais efusivos parabéns! Os recursos
didáticos não são somente para as classes infantis. Eles são importantes
aliados em qualquer faixa-etária.
Na lição de hoje veremos que a divisão na vida de uma família
sempre causa uma enorme perturbação, correndo o risco de surgir um profundo
sentimento de descontentamento que pode chegar até à morte.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, a família do patriarca Isaque, que está no centro da
aula de hoje, foi extremamente abençoada, mas um dia permitiu que a divisão se
instalasse em seu interior. Sugerimos que você divida a sala em dois grupos: um
defenderá Esaú, e o outro Jacó. Dê um tempo para cada grupo preparar seus
argumentos (não precisa muito porque eles já conhecem a história). Após, ambos
apresentam a defesa dos respectivos personagens bíblicos, faça o fechamento da
atividade demonstrando que a divisão entre os irmãos trouxe muitos prejuízos, e
que a família de Isaque só teve um final feliz porque eles se perdoaram. No
final da aula, selecione alguns alunos para a seguinte tarefa: estudar, durante
a semana, o primeiro tópico da lição 12, a fim de ministrar sobre o assunto ali
abordado, na aula da penúltima semana.
TEXTO
BÍBLICO
Gênesis
27.6-8,13
6. Então,
falou Rebeca a Jacó, seu filho, dizendo: Eis que tenho ouvido o teu pai que
falava com Esaú, teu irmão, dizendo:
7. Traze-me
caça e faze-me um guisado saboroso, para que eu coma e te abençoe diante da
face do Senhor, antes da minha morte.
8. Agora,
pois, filho meu, ouve a minha voz naquilo que eu te mando.
13. E
disse-lhe sua mãe: Meu filho, sobre mim seja a tua maldição; somente obedece à
minha voz, e vai, e traze-mos.
INTRODUÇÃO
A
divisão em família sempre causa perturbação, correndo o risco de surgir um
profundo descontentamento que pode chegar até à morte. Este é o tema que
estudaremos.
I - UMA FAMÍLIA ABENÇOADA
1.
Pré-história.
Para
estudar sobre Isaque e sua família, é preciso entender o que aconteceu com a
família de seus pais, Abraão e Sara, em relação a ele. Um dia, houve um
conflito sobre quem seria o herdeiro de tudo, ao que Deus respondeu a Abraão:
"[...] em Isaque será chamada a tua semente" (Gn 21.12).
O
Senhor estava dizendo que o plano dEle se executaria por intermédio da semente
de Sara e, portanto, Isaque era o único herdeiro de Abraão (Gn 22.1,16),
devendo o outro filho, Ismael, ser expulso de casa. Sem Isaque, não haveria
futuro. Deus fez uma escolha e Abraão obedeceu. Não houve divisão na casa de
Abraão porque o velho patriarca ouviu a voz do Senhor.
2.
Casamento no Senhor.
Diante
da escolha do Senhor em relação a Isaque, Abraão enviou Eliezer para buscar uma
esposa da sua linhagem para ele (Gn 24.1-4). Tudo isso foi regado com muita
oração, certamente de Abraão, como também de Eliezer (Gn 24.12-14) e do próprio
Isaque (Gn 24.63). Rebeca foi escolhida por Deus e seus pais concordaram com o
casamento, questão muito importante, não só para aqueles dias, mas também para
os atuais.
3. História
que se repete.
A
mesma coisa que aconteceu com Sara também se repetiu com a esposa de Isaque:
Rebeca era estéril. Como Deus cumpriria sua promessa, de fazer com que houvesse
descendentes de Isaque como as estrelas do céu (Gn 15.5)? Isaque não ficou imobilizado, frustrado,
indignado com o Senhor, ou simplesmente aguardando que as coisas acontecessem
automaticamente. Mas ele fez uma campanha de oração que durou vinte anos, para
que Deus abrisse a madre de sua esposa, até que ela engravidou e então lhes
nasceram os filhos Esaú e Jacó (Gn 25.20,21; 26).
Pense
Se Deus escolheu Isaque como
herdeiro de Abraão, dizendo não a Ismael, por que Isaque não poderia escolher
Esaú e desprezar Jacó?
Ponto
Importante
Deus pôde escolher Isaque em
detrimento de Ismael, pois o fez em amor. E tudo deu certo. Quando os pais
escolhem, porém, o amor é afetado e tudo dá errado.
II -
PROBLEMAS
1. Pais com
preferências filiais.
A
abençoada família de Isaque, porém, permitiu que a divisão se instalasse em seu
seio. Isso sempre traz consequências terríveis, pois é na força da união
familiar que os projetos se realizam (Gn 11.6; Dt 32.30). Isaque certamente
entendeu que a preferência de Abraão por ele, em relação ao seu irmão Ismael,
aconteceu por ordem do Senhor. Mas o Altíssimo não determinou que houvesse
predileção dos pais em relação a qualquer dos filhos; aliás, a única coisa que
se sabia sobre o futuro das crianças era uma revelação que Deus dera a Rebeca,
dizendo que o maior serviria ao menor (Gn 25.23). Entretanto, como a palavra
não fora dirigida a Isaque, talvez ele não levasse a profecia muito a sério. À
proporção que a vida foi passando, Isaque se afeiçoou sobremaneira por Esaú e
Rebeca por Jacó (Gn 25.28). Pelo que se depreende do texto bíblico, essas
preferências não eram em nada discretas, sussurradas nos corações, mas
claramente perceptíveis. Era uma situação incomodamente colocada. Os pais
faziam questão de tomar partido.
2. Filhos
com cosmovisões distintas.
Esaú
e Jacó eram gêmeos bivitelinos. Não se pareciam fisicamente, muito menos
emocional e espiritualmente, além de possuírem cosmovisões distintas. A vida de
Jacó era agradável a Deus (Ml 1.2; Rm 9.13), mas Esaú não foi servo do Senhor
(Hb 12.16). A Bíblia o identifica como fornicário e profano. Os irmãos gêmeos
tinham visões distintas de mundo. Jacó valorizava as coisas espirituais, e Esaú
as materiais (Gn 25.34). Esaú, por exemplo, casou-se com duas mulheres pagãs,
as quais trouxeram muita aflição à família patriarcal (Gn 26.33,34), mas Jacó
decidiu esperar em Deus pela esposa certa (Gn 27.46).
3.
Rompimento familiar.
A
divisão que começou como uma fagulha, ainda no ventre materno (Gn 25.22,23),
transformou-se em um grande incêndio. Depois de Jacó enganar o pai e a Esaú, o
rompimento dos irmãos foi total.
Pense
Será
que Rebeca, algum dia, se arrependeu por ter criado toda a confusão que ensejou
o rompimento familiar entre seus filhos? Tudo aquilo compensou?
Ponto
Importante
O
ódio plantado na família pode ser incontrolável. O certo é cortar logo o mal na
raiz, pelo perdão.
III - FIM DA HISTÓRIA
1. A fuga.
Fugir
nunca é a melhor saída. É importante que cada pessoa assuma os seus erros e
arque com as consequências. Jacó, porém, diante do drástico rompimento
familiar, empreendeu uma longa viagem à terra de seus avós maternos. Não sabia
que lá, distante dos cuidados de Rebeca, passaria por momentos bastante
difíceis. Seu tio Labão foi um péssimo anfitrião. Egoísta e traiçoeiro, ele fez
Jacó experimentar dos próprios métodos familiares, com os quais enganara seu
pai e seu irmão. Jacó reclamou que Labão o enganara, mudando o seu salário dez
vezes, com o objetivo de que ele não tivesse prosperidade nos negócios, mas o
Senhor o ajudou e o abençoou (Gn 31.7,41). Todavia, como toda fuga tem seu fim,
chegou o dia em que Deus determinou que Jacó voltasse à sua terra.
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2. O
retorno.
Deus
tinha mandado que o avô de Jacó, Abraão, saísse da sua terra e da sua
parentela, para uma terra que manasse leite e mel, mas o Senhor nunca
determinou o retorno do pai da fé à sua terra natal. Por quê? Porque a vida de
Abraão, em Ur dos Caldeus, estava bem resolvida familiarmente! Abraão não
partiu fugido. Ele saiu de cabeça erguida. Entretanto seu neto, Jacó, ao
contrário, tinha deixado marcas de sofrimento na vida do pai e do irmão e, por
isso, era preciso retornar para acertar as contas com o passado (Gn 32.3), pois
quem assim não procede nunca poderá seguir em frente.
3. O
reencontro.
Vinte
anos já tinham decorrido desde a fuga de Jacó, mas agora ele retorna com tudo
que possuía para se reencontrar com a sua família. Esaú era uma sombra no seu
passado. Uma marca indelével. Diante disso, Jacó enviou mensageiros para
informar a Esaú que ele estava chegando (Gn 32.3-5).
O
medo da vingança assombrava o fugitivo patriarca e ficou ainda mais forte
quando os emissários voltaram, pois disseram que Esaú viria ao seu encontro com
quatrocentos homens (Gn 32.6,7). A partir daí, Jacó voltou a tratar diretamente
com Aquele que pode fazer todas as coisas e que aparecera a ele no caminho de
ida (Gn 28.10-17). Ele fez uma vigília a noite inteira e teve um encontro com
Deus (Gn 32.22-31). Ao amanhecer o dia, Esaú despontou no horizonte, com
quatrocentos homens. Um grande exército para a época! Mas o Senhor se
compadeceu de Jacó e houve reconciliação entre os irmãos.
Pense
Qual o único jeito de resolver um
antigo problema que envolve um grande e duradouro ódio, o qual foi a causa da
divisão na família?
Ponto
Importante
Não houve mortandade entre os
filhos de Isaque, porque Jacó buscou a Deus (Os 12.3,4) e se humilhou ante
Esaú, recebendo o perdão. Só Deus cura traumas familiares.
À
proporção que a vida foi passando, Isaque se afeiçoou sobremaneira por Esaú e
Rebeca por Jacó (Gn 25.28). Pelo que se depreende do texto bíblico, essas
preferências não eram em nada discretas, sussurradas nos corações, mas
seguramente perceptíveis.
SUBSÍDIO 1
Quando a
Cobiça Vence
O poder mal-empregado quase sempre é resultado da cobiça. Com
muita frequência, pessoas bem-intencionadas em posição de poder dizem a si
mesmas: trabalhei duro por longo tempo. Mereço algo mais do que estou obtendo
agora como recompensa. Em consequência, a cobiça toma as rédeas.
As prisões estão cheias de pessoas que em todos os outros
aspectos são decentes mas se tornaram cobiçosas. Sei disso porque fiz amizade
com muitas delas: advogados, empresários, médicos e até mesmo ex-agentes do
FBI. Havia um que fora juiz federal. Como chegaram a esse ponto em suas vidas?
Foi o sentimento, a busca, a crença de que estavam acima de tudo e podiam fazer
o que quisessem sem jamais prestar contas de sua conduta ou atos. Foi o poder
que desejaram a todo custo.
Se quisermos a presença de Deus em nossas vidas, a mentira tem
de ir embora! O jogo do poder deve terminar! Precisamos nos arrepender do
pecado do engano.
Deus quer levar-nos para além da responsabilidade, até a
honestidade total - com Ele, com outros e com nós mesmos" (DORTH, Richard
W. Orgulho Fatal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp.84,86).
SUBSÍDIO 2
A escolha
do nome lsaque ("ele sorri")
Deve ter causado uma variedade de sentimentos a cada vez que era
pronunciado. Mais importante, era um testemunho do poder de Deus em tornar
realidade a sua promessa.
Em uma família de vigorosos desbravadores, lsaque era do tipo
quieto, que se importava mais com seus próprios negócios, a menos que recebesse
um chamado especifico para agir. Ele foi o filho único protegido desde que Sara
livrou-se de Ismael.
Em sua própria família, lsaque ocupava a posição patriarcal, mas
Rebeca tinha o poder. Ao invés de ser firme, lsaque achava mais fácil mentir ou
condescender a fim de evitar confrontos. Apesar desses defeitos, lsaque fazia
parte dos planos de Deus. O exemplo que recebera de seu pai incluía uma grande
fé no único Deus verdadeiro. A promessa de Deus, de criar uma grande nação
através da qual Ele abençoaria o mundo, foi passada de lsaque para seus filhos
gêmeos.
Não é raro nos identificarmos com lsaque em suas fraquezas. Mas
considere um instante: Deus trabalha através das pessoas a despeito de suas
falhas. Ao orar, fale com Deus que você está disponível para ser usado por Ele.
Você descobrirá que a disposição de Deus em usá-lo é ainda maior que o seu
desejo de ser usado" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro:
CPAD, 2013, p. 20).
CONCLUSÃO
Os
descendentes de Isaque experimentaram as consequências de uma semente de
discórdia plantada pelos próprios pais. Fica o exemplo. É preciso haver
equilíbrio no tratamento dos filhos, confiança no caráter de Deus, que sempre
cumpre as suas promessas, e um profundo desejo de construir um lar que
glorifique ao Senhor, que faça a diferença na terra. Esse é o plano de Deus
para os jovens que esperam nEle!
HORA DA REVISÃO
1. Mencione
três famílias que, conforme a lição, sofreram divisões profundas.
Família
de Gideão, do rei Acazias e do imperador Nero.
2. Segundo
a lição, por que não houve divisão na família de Abraão?
Porque
ele ouviu a voz de Deus.
3. Como a Bíblia identifica a Esaú?
Como
fornicário e profano.
4. Qual o
principal problema de Isaque e Rebeca, em relação aos filhos?
Eles
tinham preferências filiais: Isaque amava a Esaú e Rebeca a Jacó.
5. Por que
Jacó teve que retornar para a terra de seu pai, conforme a lição?
Jacó
tinha deixado marcas de sofrimento na vida do pai e do irmão, e, por isso, era
necessário retornar para acertar as contas com o passado.
Blog: Subsídios ebd
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da Palavra
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